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a O Pel Fuz na Defesa ASSUNTO Defesa de Área OBJETIVOS a. Identificar os princípios de emprego das frações do Pel Fuz na Def quando no LAADA, na Res e no PAC. b. Explicar os fundamentos da defesa. INTRODUÇÃO DESENVOLVILMENTO a. Tipos e fundamentos das Op Def. b. Organização, segurança, Med Coor e Controle e apoio de fogo na Defesa. d. O Pel no PAC. e. O Pel na reserva. CONCLUSÃO Retirada de dúvidas SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES INICIAIS a. As operações defensivas são situações temporárias adotadas por uma força, até que se possa tomar ou retomar a ofensiva. b. Serão realizadas para ganhar tempo, economizar forças em uma área, impedir o acesso do inimigo a uma determinada região, destruir forças inimigas canalizadas para uma área e proteger ou cobrir a manobra de uma força amiga. DESENVOLVIMENTO c. A missão da infantaria, na defensiva, é deter o inimigo pelo fogo à frente da posição, repelir o seu assalto pelo combate aproximado e destruí-lo ou expulsá-lo pelo contra-ataque, caso ele consiga penetrar na posição. DESENVOLVIMENTO d. O defensor deve aproveitar toda oportunidade para obter a iniciativa, selecionando a área de combate, forçando o inimigo a reagir conforme o plano defensivo, explorando as vulnerabilidades do inimigo por meio de ações ofensivas e contra-atacando as forças inimigas que tenham obtido sucesso. DESENVOLVIMENTO TIPOS DE OPERAÇÕES DEFENSIVAS a. Defesa em posição – operação realizada para deter a progressão do inimigo, em uma área previamente organizada, resistindo a um ataque inimigo ou destruindo suas forças. b. Movimento retrógrado – movimento tático para a retaguarda, de forma organizada, a fim de se evitar um combate decisivo, sob condições desfavoráveis, que possa comprometer a integridade da força. DESENVOLVIMENTO FUNDAMENTOS DA DEFENSIVA a. Os fundamentos da defensiva são usados para assegurar o máximo de coordenação entre o dispositivo da tropa, as características do terreno e a aplicação da potência de fogo. DESENVOLVIMENTO b. Os fundamentos da defensiva são: 1) utilização adequada do terreno; 2) máximo emprego de ações ofensivas; 3) apoio mútuo; 4) defesa em todas as direções; 5) defesa em profundidade; 6) dispersão; DESENVOLVIMENTO 7) segurança; 8) integração e coordenação das medidas defensivas; 9) flexibilidade; 10) utilização judiciosa do tempo disponível. DESENVOLVIMENTO DEFESA DE ÁREA a. A defesa em posição compreende as seguintes formas de manobra: a defesa de área e a defesa móvel. b. A defesa de área é adotada para manter uma determinada área, cuja posse é assegurada pelo emprego da maioria de meios em primeiro escalão, a fim de resistir a um ataque inimigo. DESENVOLVIMENTO c. A defesa móvel é empregada a partir do escalão divisão de exército com a finalidade de destruir as forças inimigas, canalizadas para uma região favorável no interior da posição defensiva, por meio de um potente contra-ataque realizado por forças blindadas. DESENVOLVIMENTO d. O pelotão de fuzileiros pode participar de ambas as formas de manobra, enquadrado pela companhia de fuzileiros, em operações defensivas realizadas por escalões superiores. DESENVOLVIMENTO MEDIDAS DE PLANEJAMENTO Organização da Defesa 1) A defesa é escalonada em três áreas: área de segurança, área de defesa avançada (ADA) e área de reserva. A posição defensiva é composta pela área de defesa avançada e pela área de reserva. O pelotão de fuzileiros pode ser empregado em qualquer das três áreas citadas. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Escalonamento da defesa do Batalhão 2) Área de segurança a) A área de segurança está localizada entre o limite anterior da área de defesa avançada (LAADA) e a posição dos elementos de segurança. As forças que guarnecem esta área constituem o escalão de segurança. DESENVOLVIMENTO b) A missão do escalão de segurança é dar o alerta oportuno da aproximação do inimigo, retardar e desorganizar sua progressão, impedir a observação terrestre e os fogos diretos sobre a ADA, iludir o inimigo quanto à verdadeira localização do LAADA e realizar ações de contrarreconhecimento. DESENVOLVIMENTO c) O escalão de segurança possui a seguinte composição: (1) Força de cobertura (F Cob) – elemento de segurança lançado, normalmente, pelo exército de campanha, para proporcionar tempo para a preparação da posição defensiva, por meio de uma ação retardadora, cerca de 80 a 120 Km à frente do LAADA; DESENVOLVIMENTO (2) Postos Avançados Gerais (PAG) – elemento de segurança da divisão de exército, estabelecido cerca de 8 a 12 Km à frente do LAADA; e (3) Postos Avançados de Combate (P Avç C) – elemento de segurança da brigada, estabelecido cerca de 800 a 2000 m à frente do LAADA. (4) Elementos de segurança aproximada – consistem em postos de vigia/escuta e patrulhas de ligação, lançados até 500 m à frente do LAADA. DESENVOLVIMENTO 3) Área de defesa avançada A área de defesa avançada está localizada entre o LAADA e a retaguarda dos elementos em primeiro escalão. b) A missão dos elementos da ADA é deter o inimigo pelo fogo à frente da posição e repelir o seu assalto pelo combate aproximado. DESENVOLVIMENTO 4) Área de reserva a) A área de reserva está localizada entre a retaguarda dos elementos em primeiro escalão e a retaguarda do escalão considerado. b) A missão da reserva é aprofundar a defesa, limitando as penetrações inimigas; realizar contra-ataques e reforçar ou substituir os elementos da ADA. DESENVOLVIMENTO b. Medidas de Coordenação e Controle 1) Limite anterior da área de defesa avançada (LAADA) – linha balizada pela orla anterior dos núcleos de defesa de primeiro escalão (traçado real). A localização geral do LAADA, normalmente definida em acidentes nítidos do terreno, indica a área a ser defendida e proporciona flexibilidade para um melhor aproveitamento do terreno. DESENVOLVIMENTO 2) Zona de ação – área de responsabilidade, normalmente definida por limites, atribuída a uma peça de manobra a partir do escalão companhia de fuzileiros. Ao pelotão de fuzileiros é atribuída uma parte da zona de ação da companhia, definindo-se uma frente de defesa para o pelotão. 3) Limites – estendem-se à frente e à retaguarda do LAADA, a fim de delimitar a área de responsabilidade da companhia. Normalmente, não são usados limites entre os pelotões. DESENVOLVIMENTO 4) Pontos limites – marcados sobre os limites laterais para indicar o traçado geral do LAADA e a linha dos P Avç C, definindo onde os elementos vizinhos devem coordenar seus fogos e dispositivos defensivos. 5) Zona de reunião – área onde uma tropa se reúne a fim de se preparar para o cumprimento de uma determinada missão. Na defesa, a partir do escalão batalhão, é comum o estabelecimento de zonas de reunião para os elementos em reserva. DESENVOLVIMENTO 6) Posições de aprofundamento – núcleos de defesa localizados na área de reserva para a continuação do combate defensivo em profundidade. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Medidas de coordenação e controle da defesa 2) Apoio de Fogo Classificação dos Fogos na Defensiva (1) Fogos longínquos – planejados para bater o inimigo o mais longe possível a fim de retardar a sua progressão, sendo constituídos, normalmente, pelos fogos dos postos avançados de combate, dos morteiros e artilharia. DESENVOLVIMENTO (2) Fogos defensivos aproximados – planejados para desorganizar o ataque inimigo, antes do assalto, sendo constituídos pelos fogos da ADA e desencadeados a partir de linhas de acionamento, que coincidem com o alcance de utilização de cada armamento, observando as limitações topotáticas impostas pelo terreno. DESENVOLVIMENTO (3) Fogos de proteção final – planejados para repelir o assalto inimigo, sendo constituídos pelos fogos da ADA e desencadeados a partir da linha de proteção final (LPF), que coincide com a posição de assalto inimiga (cerca de 100 a 200 metros à frente do LAADA). A artilharia e os morteiros desencadeiam as suas barragens. (4) Fogos no interiorda posição – planejados para limitar as possíveis penetrações inimigas e apoiar os nossos contra-ataques, sendo desencadeados no interior dos núcleos de defesa e de seus intervalos. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO b) Planejamento do Apoio de Fogo do Pelotão (1) Na defesa, é o fogo que detém o inimigo. Posições de tiro de armas de apoio do batalhão e da companhia podem ser desdobradas no interior do núcleo de defesa do pelotão. Cabe ao comandante do pelotão coordenar o posicionamento de tais peças com o seu dispositivo defensivo. (2) A unidade de tiro das metralhadoras é a peça, devendo ser empregadas aos pares para obter o desejável cruzamento de fogos. Podem ocupar posições de tiro distintas e receber setores de tiro diferentes. DESENVOLVIMENTO (3) As metralhadoras do grupo de apoio devem, em princípio, ser posicionadas nos intervalos dos grupos de combate. Condições especiais do terreno podem impor a localização das peças no interior dos núcleos dos grupos de combate. DESENVOLVIMENTO (4) A direção principal de tiro das metralhadoras, coincidente com a LPF, deve permitir o cruzamento de fogos à frente do núcleo de defesa do pelotão, priorizando o bloqueio da via de acesso. Em razão do alcance de utilização das metralhadoras, seus fogos permitirão, ainda, bater secundariamente os intervalos entre os pelotões da ADA. As metralhadoras do pelotão reserva têm a missão de bater os intervalos e flancos dos núcleos de defesa da ADA. DESENVOLVIMENTO (5) A peça de morteiro leve ocupa uma posição de tiro no interior do núcleo de defesa do pelotão. A posição deve proporcionar segurança para a peça e, se possível, um itinerário desenfiado para o remuniciamento. Deve, ainda, permitir a observação e o controle do tiro pelo chefe de peça. DESENVOLVIMENTO (6) São planejadas concentrações de morteiro leve com referência em acidentes do terreno que constituam locais favoráveis ao desdobramento de tropas e armas coletivas inimigas ou que constituam regiões de passagem obrigatória. (7) O comandante do pelotão pode, também, solicitar apoio de fogo de morteiros e artilharia à companhia, a fim de complementar os fogos do pelotão. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Posicionamento das metralhadoras c) Defesa Anticarro do Pelotão (1) O pelotão dispõe de armas anticarro orgânicas (lança-rojões), distribuídas aos grupos de combate. Pode receber, também, armas anticarro em reforço da companhia (canhões sem recuo). (2) Deve planejar o emprego dos canhões sem recuo de modo a bater as vias de acesso favoráveis à progressão dos carros de combate inimigos, atribuindo a cada peça um setor e uma direção principal de tiro. DESENVOLVIMENTO (3) Os lança-rojões devem ser, em princípio, posicionados nas extremidades dos grupos de combate a fim de flanquear os carros inimigos que ataquem suas posições. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Posicionamento da armas anticarro 3) Construção de Obstáculos a) O pelotão constrói os obstáculos de proteção local, que consistem em redes de arame, lançadas de 40 a 100 metros dos abrigos, ao redor do seu núcleo de defesa. Pode, ainda, lançar redes suplementares, interligando as redes de proteção local dos pelotões. A infantaria emprega, normalmente, a concertina e a cerca de quatro fios. DESENVOLVIMENTO b) As redes táticas de arame, integrantes da barreira de cobertura imediata, construída pela engenharia, devem ser batidas pelos fogos de proteção final das metralhadoras dos pelotões da ADA. c) Tropas de infantaria podem auxiliar a engenharia na construção de parcela dos obstáculos do plano de barreiras, normalmente aqueles de menor complexidade técnica e que não exigem pessoal ou material especializados. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO Posicionamento dos obstáculos c. O Pelotão nos Postos Avançados de Combate 1) O pelotão de fuzileiros pode receber a missão de constituir os postos avançados de combate (PAC) ou integrá-los como parte de uma força maior. São, normalmente, instalados entre 800 e 2.000 metros do LAADA, constituindo o elemento de segurança da brigada. DESENVOLVIMENTO 2) Sua missão principal é dar o alerta oportuno da aproximação das forças inimigas e impedir a observação terrestre e os fogos diretos sobre a ADA. Dentro de suas possibilidades, busca retardar e desorganizar a progressão do inimigo, e iludi-lo quanto à verdadeira localização do LAADA. DESENVOLVIMENTO 3) Em qualquer caso, cumprirá sua missão por meio do estabelecimento de postos de vigilância, em dispositivo linear, cujo efetivo varia de uma esquadra até um pelotão de fuzileiros. Os postos de vigilância organizam núcleos de defesa na crista topográfica dos acidentes capitais que proporcionem boa observação e bons campos de tiro em profundidade, sobre as vias de aproximação das forças inimigas. DESENVOLVIMENTO 4) Os PAC estabelecem, também, a sua segurança aproximada, empregando vigias e patrulhas de ligação à frente, nos flancos e à retaguarda da posição. Cada posto deve selecionar e reconhecer o seu itinerário de retraimento, em princípio, por caminhos desenfiados, até o acolhimento na ADA. DESENVOLVIMENTO 5) A conduta consiste em alertar os elementos da ADA sobre a aproximação do inimigo e engajá-lo pelo fogo, o mais longe possível, buscando retardá-lo e desorganizá-lo. Ao ser ameaçado por um desbordamento ou por um engajamento pelo combate aproximado, o posto deve retrair. A decisão do retraimento é do comandante do batalhão ou da brigada, podendo ser delegada ao comandante dos postos avançados de combate. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO O Pel Fuz no PAC d. O Pelotão Reserva da Companhia 1) O pelotão de fuzileiros pode constituir a reserva da companhia de fuzileiros, desdobrada na área de defesa avançada do batalhão. A preparação de sua posição defensiva é similar a de um pelotão em primeiro escalão no LAADA e visa a dar profundidade ao dispositivo defensivo da companhia, bloqueando as vias de acesso inimigas ao interior da posição. DESENVOLVIMENTO 2) O pelotão reserva se localiza de 200 a 500 metros à retaguarda dos pelotões de primeiro escalão, preparando uma ou mais posições de aprofundamento, conforme as condições do terreno relativas às vias de acesso. DESENVOLVIMENTO 3) Se forem organizadas duas ou mais posições de aprofundamento, o pelotão ocupa o núcleo que barra a melhor via de acesso do inimigo, ficando em condições de ocupar as outras posições, desde que haja itinerários desenfiados para o seu deslocamento. Não havendo itinerários desenfiados entre as posições, o pelotão pode ser dividido, ocupando-as simultaneamente, mas preservando a integridade tática dos grupos de combate. DESENVOLVIMENTO 4) O pelotão reserva da companhia possui as seguintes missões: a) preparar as posições de aprofundamento da companhia; b) limitar as penetrações inimigas nos núcleos do LAADA; c) excepcionalmente, realizar contra-ataque para restabelecimento do LAADA; d) reforçar os pelotões de primeiro escalão, mediante ordem; DESENVOLVIMENTO e) estabelecer os postos avançados de combate, quando determinado; f ) lançar as patrulhas de ligação, no âmbito da subunidade; g) apoiar pelo fogo os pelotões de primeiro escalão; e h) cobrir os flancos e intervalos dos pelotões de primeiro escalão. DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO O Pel Reserva da Companhia Apoio mútuo e dispersão DESENVOLVIMENTO Apoio mútuo entre 2 Pel Fuz em Núcleos Def 500 m Afastamento mínimo entre 2 Núcleos de Pel Fuz 200 m Afastamento entre 2 tocas duplas terreno limpo 20 m terreno sujo 10 m simples terreno limpo 10 m terreno sujo 5 m Frente e profundidade do pelotão de fuzileiros na defesa de área DESENVOLVIMENTO Frente ocupada 400 m Frente defendida 900 m Profundidade do núcleo 50 a 200 m Prazos para organização da posição defensiva DESENVOLVIMENTO Tipo de posição Tempo de organização Pos fortificada 15 ou mais jornadas de trabalho Pos organizada Igual ou maior que 5 e menor do que 15 jornadas detrabalho Pos sumariamente organizada Igual ou maior que 1 e menor do que 5 jornadas de trabalho Resistência descontínua Mais de 6 horas e menos de 1 jornada de trabalho CONCLUSÃO RETIRADA DE DÚVIDAS