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E-book-Petição-Inicial

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OS 7 MAIORES 
ERROS DA 
PETIÇÃO INICIAL
por Desembargador do TJMG
Amauri Pinto Ferreira
QUEM É
 Dr. Amauri Pinto Ferreira 
 Formado em Direito pela Universidade do Vale do Paraíba 
em 1985 e especializado em Direito Processual Civil, 
Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Com 30 
anos de Magistrado, atou por diversas comarcas no estado até 
chegar ao TJ.
 Advogado em São José dos Campos, no interior de São 
Paulo de 1985 até 1989 e professor de Direito em faculdades do 
interior de Minas Gerais.
 Autor do livro Da Calúnia, Injúria e Difamação, Ed. Rio de 
Janeiro.
2
OS 7 MAIORES ERROS DA PETIÇÃO INICIAL
DESEMBARGADORAMAURI
http://www.instagram.com/desembargadoramauri
Caro Advogado,
 Uma petição inicial bem elaborada é o ponto fundamental 
para o sucesso do advogado na defesa do seu cliente. 
 Na ocasião das aulas que ministrei, sempre armei que o 
advogado, quando da elaboração da petição inicial, deve estar 
necessariamente atento ao regramento constitucional e 
processual, que são os precursores infalíveis para o bom 
resultado da demanda proposta.
 A elaboração de peças jurídicas exige do advogado muita 
responsabilidade e comprometimento prossional para com a 
defesa dos interesses de seus clientes.
 Em meus quase 30 anos de magistratura, diuturnamente 
analisando petições, me deparei com peças muito bem 
elaboradas e outras nem tanto, estas, com vários erros, inclusive 
aqueles passíveis de ocasionar a inadmissibilidade da Ação, 
causando evidente decepção para o advogado e consequente 
frustração da parte.
 Diante de tais circunstâncias, no exercício do magistério 
resolvi escrever sobre alguns erros que são inadmissíveis 
quando da confecção da petição inicial, no intuito de chamar a 
atenção dos advogados para que tais falhas não ocorram. 
Nesse contexto, destacamos inicialmente que o atual Código de 
Processo Civil (lei 13.105 de 16 de março de 2015) elenca os 
requisitos da petição inicial junto ao artigo 319, sendo certo que 
a lei processual estabelece dois procedimentos, o comum e o 
especial.
 As leis extravagantes, de igual forma, também regulam 
formas especícas a serem seguidas quando da elaboração da 
petição inicial, de modo que a referida peça poderá, portanto, 
apresentar divergências procedimentais em razão das regras 
diferentes ditadas pela lei processual e leis extravagantes.
 A análise que passaremos a fazer se restringe ao 
procedimento comum, ao passo que as petições iniciais regidas 
pelos procedimentos especiais e demais leis esparsas serão 
estudadas em outra ocasião.
3DESEMBARGADORAMAURI
http://www.instagram.com/desembargadoramauri
4
Assim, listo os 7 maiores erros numa petição inicial que eu vi 
durante os meus 30 anos de magistratura.
1. ERRO NO ENDEREÇAMENTO
 Quanto ao tema, observamos que o atual Código de 
Processo Civil alterou a redação anterior, suprimindo a 
expressão “o juiz ou tribunal”, dispondo atualmente que “A 
petição inicial indicará o juízo a que é dirigida”.
 Diante da clara regra trazida pelo legislador, é inconcebível 
que o advogado, quando da elaboração de sua petição inicial, 
não identique corretamente o juízo competente, a quem 
deverá ser dirigida a peça.
 A propósito, quando do exercício da magistratura em 
Primeira Instancia, por diversas vezes já recebi petições iniciais 
equivocamente endereçadas à Justiça Estadual, quando, à luz 
da legislação aplicável à matéria, deveriam ser dirigidas a 
justiça federal, e até mesmo à justiça do trabalho.
 No mesmo contexto, em exercício nas varas cíveis 
especializadas, recebia petições que deveriam ser dirigidas a 
outros juízos, tais como varas de família, feitos tributários, 
fazenda pública e outras.
 O erro na indicação do juízo competente na petição inicial 
demonstra, para o magistrado, que o advogado é despreparado 
para o exercício da atividade, já que, se o primeiro requisito 
legal da peça se mostra errôneo, certamente o prossional 
desconhece as demais normas de maior complexidade. Desta 
forma, ao elaborar a petição inicial, especicamente no 
endereçamento da peça, o advogado não pode deixar de 
observar a norma constitucional, processual e também as leis de 
organização judiciária dos tribunais, para o correto 
encaminhamento do pedido.
 A forma usual, diante da nova norma processual é:
 “Ao Juízo da .....vara....”
 Ou quando dirigida à Segunda Instancia
 “Ao juízo da Presidência do Tribunal....”.
 Deve ser observado, contudo, que a forma utilizada no 
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5
endereçamento da peça, mesmo diante da legislação revogada 
(lei 5.869 de 11 de janeiro de 1973), não ocasiona qualquer 
nulidade processual, porém, não deixa de ser, conforme 
discorrido linhas acima, uma falha na atuação do advogado.
2. ERRO NA QUALIFICAÇÃO DAS PARTES E/OU 
AUSÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DO 
LITISCONSORTE, QUANDO 
OBRIGATÓRIO/NECESSÁRIO
 O segundo requisito da petição inicial é a qualicação das 
partes, de se observar que a nova legislação processual civil 
alargou o rol de dados a serem informados na petição, tais 
como “os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de 
união estável, a prossão, o número de inscrição no Cadastro 
de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, 
o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do 
réu”.
 Quanto a esse aspecto, o erro mais comum que 
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observamos, o qual agora poderá ser amenizado, se resume a 
não qualicação do réu. Quando o advogado não possuir as 
informações de qualicação do réu, com a nova disposição da 
norma processual, poderá requerer ao juiz diligências capazes 
de suprir a insuciência de dados, sendo certo, todavia, que tal 
circunstância deve ser utilizada em casos excepcionais, na 
medida em que o requerimento deverá especicar 
expressamente as diligências a serem cumpridas, atentando-se 
para as hipóteses previstas nos parágrafos 2º e 3º do artigo 319 
do Código de Processo Civil.
 Ainda sobre o tema, destacamos ser bastante comum os 
casos de ações que exigem o litisconsórcio necessário (art. 114 
CPC), a existência de omissão na qualicação do(s) litisconsorte 
(s), podendo ser utilizada a forma supra citada.
 Tal falha poderá ser suprida pelo juiz quando da aplicação 
da norma contida no parágrafo único do artigo 115 do Código 
de Processo Civil, todavia, recomenda-se que o advogado evite 
que o juiz verique o erro, providenciando de antemão a 
qualicação das partes/litisconsortes, haja vista que, quando da 
elaboração da petição inicial possui, ou ao menos deve possuir 
conhecimento de que o direito controvertido a ser discutido 
perante o Poder Judiciário, necessitará de tais dados para a 
regular tramitação da Ação.
 Outra questão a ser observada previamente, é a 
legitimidade e interesse processual das partes, particularidade 
que, uma vez não delimitada, poderá levar o juiz a não resolver 
o mérito, de acordo com o disposto no artigo 485, VI, do Código 
de Processo Civil.
3. FATOS E OS FUNDAMENTOS JURIDICOS DO 
PEDIDO.
 O terceiro requisito previsto em nossa legislação, para se 
fazer presente na petição inicial, como sendo “o fato e os 
fundamentos jurídicos do pedido” também é peculiaridade 
constantemente marcada por erronia por parte dos advogados.
 O Fato a ser descrito na petição inicial é o evento empírico, 
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que embasa a pretensão, como sendo as questões que lesaram 
ou ameaçaram o direito do cliente/parte.
 Deve o advogado descrever de forma pormenorizada os 
fatos que conduziram o ajuizamento da ação. Sobre o tema, 
vale a lição trazida pelos professores Luiz Guilherme Marinoni e 
Sergio Cruz Arenhart, no livro Curso de Processo Civil, vol. 2, 
Processo de Conhecimento ed. RT : “O autor, em outras 
palavras, narra o fato que constitui o direito por ele armado”.
Por outro lado, o prossional deve ser conciso em sua narração, 
transcrevendo osfatos de forma clara e objetiva.
 Quanto ao aspecto, há petições que narram fatos que não 
guardam qualquer relação com o direito violado, peças 
confusas, que não permitem alcançar uma conclusão concreta 
do caso, tornando cansativa a leitura e, por muitas vezes, 
levando ao insucesso da parte em sua pretensão, diante da 
erronia em amoldar os fatos aos fundamentos jurídicos que 
embasam o pedido.
 Vale ressaltar, outrossim, que fundamento jurídico não é 
fundamento legal.
 O fundamento jurídico deve decorrer dos fatos relatados na 
petição inicial, ou seja, é a explicação à luz do ordenamento 
jurídico do porquê o autor merece o que está pedindo diante das 
circunstâncias fáticas.
 Ex: “O autor narra que transitava em uma rodovia, na sua 
correta mão de direção e foi interceptado por um outro veículo 
de propriedade ou mesmo dirigido pelo réu, cujo automóvel 
ingressou de forma irregular na pista de rolamento destinada 
ao autor, dando causa ao acidente”. Ao lado de tal narrativa, 
deve ser descrito os danos causados, apontando o réu como 
sendo o causador do evento danoso, portanto, obrigado a 
indenizar.
 Neste caso deve o advogado, quando da elaboração da 
petição inicial, descrever de forma concisa a forma como se deu 
o evento, dos atos irregulares praticados pelo réu, assim como 
os danos.
 Por m, frisa-se que fundamento legal é a indicação do 
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artigo de lei que fundamenta a decisão, cuja particularidade 
não é requisito essencial da petição inicial.
4. PEDIDO
 O pedido está regulamentado pelo ordenamento 
processual nos artigos 322 a 329 do Código de Processo Civil.
Todavia, a questão a ser analisada nesta breve exposição não 
está atrelada aos requisitos do pedido, mas, sim, aos erros 
rotineiramente apresentados em várias petições iniciais.
 O pedido é a pretensão do autor, que se abstrai a partir de 
uma interpretação dos fatos e fundamentos jurídicos 
formulados na petição inicial. Tal requisito é de importância 
fundamental para a satisfação dos eventuais direitos do cliente 
do advogado, pois um pedido formulado de forma errônea ou 
mesmo incompleta, poderá prejudicar toda a expectativa 
postulada, já que a sentença a ser proferida será baseada 
sempre no pedido, na medida em que o Juiz estará adstrito ao 
pedido, não podendo, via de regra, ultrapassá-lo.
 O pedido deve ser objetivo, certo e determinado, quando 
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possível. Será sempre a declaração do direito, a condenação a 
satisfazer eventual direito, a exemplo, a desocupação, o 
despejo, o cumprimento de determinado direito ou obrigação, 
etc.
 Deve guardar nexo com os fatos e fundamentos jurídicos.
 Quando da formulação do pedido, o advogado deve 
projetar mentalmente como será a sentença em caso de 
procedência da pretensão, razão pela qual, os pedidos devem 
ser redigidos de forma clara.
 A propósito, já observei várias petições em que o advogado 
simplesmente deixou de fazer o pedido ou o fez em total 
incoerência com os fatos articulados. Igualmente, já me deparei 
com pedidos formulados em menor extensão ou mesmo diverso 
da pretensão deduzida.
5. NOMENCLATURA DAS PARTES
 Quando da elaboração da petição inicial, após a 
qualicação das partes, o advogado deverá se referir a elas 
utilizando a terceira pessoa, com as terminologias autor e réu, 
requerente e requerido, exequente e executado, apelante e 
apelado, agravante e agravado, denunciante e denunciado, 
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etc. Lado outro, vale ressaltar que ninguém vem ao judiciário 
para suplicar algo, de modo que as denominações “suplicante e 
suplicado” não devem ser utilizadas.
6. UTILIZAÇÃO DO LATIM, CITAÇÃO DE 
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA NA PETIÇÃO INICIAL:
 O excesso de citações doutrinárias e jurisprudenciais na 
petição inicial deve ser evitado, pois o advogado terá outros 
momentos para debater o direito postulado, tais como a 
manifestação em torno da resposta do réu e, como tal, poderá 
novamente utilizar tais fontes subsidiárias de direitos.
 A petição inicial deve ser clara e objetiva, o que dispensa a 
utilização excessiva do latim, atentando-se sempre para o ponto 
fundamental buscado em juízo, o qual logicamente não 
necessitará de tal contextualização.
7. NOMINAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL
 Não é requisito essencial da petição inicial o nome da ação, 
ao passo que a identicação errônea, não será causa de 
improcedência.
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