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Peça da aula 7 de prática simulada penal revisada Vânia

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MERÍTÍSSIMO JUÍZO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL
MATIAS, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº, CPF nº, filiação, residente e domiciliado na rua, numero, CEP, cidade, vem por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo)
FUNDAMENTAÇÃO DA PEÇA
Vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência Com fulcro no artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal e art. 310, I do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir requer:
 RELAXAMENTO DE PRISÃO 
 DOS FATOS
O requerente foi preso em 15/11/2016, por volta das 22 horas pela Polícia Militar e levado à sede policial, pela suposta prática do crime previsto no artigo 180 do Código Penal.
O requerente, na data acima mencionada, conduzia o veículo automotor de marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, na Av. Brasil, nesta Capital quando foi abordado pela guarnição da polícia militar e por eles constatado que o veículo conduzido pelo requerente se tratava de produto de crime.
Após a apreciação dos fatos apresentados pelos policiais militares, entendeu a autoridade policial pela lavratura do auto de prisão em flagrante, promovendo, de imediato o encarceramento do conduzido, pela pratica do crime de receptação, nos termos do artigo 180, caput do Código Penal. 
 Ato continuo o requerente foi conduzido à delegacia e lá a sra. Miranda, suposta proprietária do veículo apontou Matias como autor do crime de roubo, ocorrido 2 dias atrás, ou seja, em 13/11/2016.
FUNDAMENTAÇÃO
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em fragrante, uma vez não ter ocorrido fragrante delito de nenhum crime, Art. 302 CPP.
Pelo exposto, resta clarividente que a prisão do requerente é ilegal e deve ser relaxada imediatamente por força do dispositivo no Art. 648, I e VI CPP.
Matias não praticou receptação Art. 180 CP, pois a suposta vítima Sr. ª Miranda reconheceu o investigado como suposto autor do crime de roubo Art. 157 CP ocorrido 2 dias antes. Logo não haveria fragrante delito com relação ao crime de roubo.
Ora, se não vejamos, não pode ao conduzido ser atribuído a autoria dos dois delitos nessas circunstâncias, ou seja, sendo ele, em tese reconhecido pela vítima como o autor da subtração do veículo, não cabe a prisão em flagrante pelo ilícito de receptação. 
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em flagrante, uma vez não ter ocorrido flagrante delito de nenhum crime. Frise-se que nenhuma evidência de crime foi encontrada.
Mesmo assim, o delegado responsável pelo inquérito realizou a prisão em flagrante do requerente, sem que houvesse qualquer motivo técnico e justo para tanto.
 DO MÉRITO
Da ilegalidade da prisão por ausência dos pressupostos do artigo 302 do Código de Processo Penal.
Matias não praticou receptação (artigo 180 do Código Penal), es que, a suposta vítima, senhora Miranda, reconheceu o investigado como suposto autor do crime de roubo (artigo 157 do Código Penal) ocorrido dois dias antes.
Logo, não havia flagrante delito com relação ao crime de roubo, contudo, o requerente foi preso em flagrante e a autoridade policial determinou a lavratura do Auto da Prisão em Flagrante.
A prisão em flagrante (artigo 302 do Código de Processo Penal) exige flagrante delito, o que não ocorreu no caso concreto, sendo a prisão ilegal.
A Constituição Federal diz que a prisão ilegal será imediatamente relaxada nos termos do artigo 5º, inciso LXV, da Constituição da República Federativa do Brasil.
DO PEDIDO
a) Por todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência o reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante delito, com consequente RELAXAMENTO DA PRISÃO.
b) Peço que se expeça o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, por ser medida da mais salutar justiça.
c) Por fim, a Requerente firma compromisso de comparecer a todos os atos de persecução penal, ocasião que provará sua inocência.
Termos em que, pede deferimento
Local e Data.
Advogado
OAB/UF

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