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PEÇA PROCESSUAL ATIVIDADE 2 PENAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA …. VARA CRIMINAL DA COMARCA DE (CIDADE) (UF)
FABIANO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), (endereço), vem por meio de seu advogado, conforme procuração em anexo (documento 01), requerer a Vossa Excelência o pedido de RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, visando declaração de nulidade do auto de prisão em flagrante (nº) com a correspondente expedição de alvará de soltura com o fundamento no art. 5º LXV, da Constituição Federal e artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal, e rejeição da Ação Penal com fundamento no art. 395, Inciso III do Código de Processo Penal, pelas seguintes razões fáticas e jurídicas: 
1) DOS FATOS
O requerente foi preso em 01/05/2019 pela Polícia Militar e recolhido posteriormente a Delegacia, pela suposta prática do crime previsto no artigo art. 157, §2º, II e §2º-A, I, do Código Penal.
Conforme mencionado a Sra Telma percebeu a aproximação de dois rapazes, os quais a abordaram portando uma arma de fogo e acabaram por subtrair a sua bolsa e o seu celular modelo S9. Apos 2 horas em local distante do ocorrido Telma apontou para uma calçada e localizou a sua bolsa. Os meliantes subtraíram o dinheiro da carteira e levaram o seu celular da marca Samsung, modelo Galaxy S9. O restante dos pertences estava na bolsa jogada na calçada. Telma afirmou que não tinha muito dinheiro, apenas uma nota de R$20,00 e duas notas de R$5,00. Após ter achado os pertences apontou o requerente e Fabrício como a autor do roubo. Fabiano e Fabrício, foram presos em suposto flagrante, um com nada nos bolsos e fabiano com um celular modelo S8 e uma nota de vinte reais, além de não possuírem nenhuma arma de fogo.
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em flagrante, uma vez não ter ocorrido flagrante delito de nenhum crime. Frise-se que nenhuma evidência de crime foi encontrada junto ao requerente ao sequer próximo a ele.
Mesmo assim, o delegado responsável pelo inquérito realizou a prisão em flagrante do requerente, sem que houvesse qualquer motivo técnico e justo para tanto.
Pelo exposto, resta clarividente que a prisão do Requerente é ilegal e deve, portanto, ser relaxada imediatamente por força do disposto no artigo 648, incisos I e VI do Código de Processo Penal, haja vista não haver justa causa para a prisão em flagrante do Requerente, e pela acusação quanto ao mesmo ser totalmente infundada e não haver nenhuma prova de que tenha sido flagrado praticando qualquer delito.
2) DO DIREITO
Prender em flagrante é capturar alguém no momento em que comete um crime. Flagrante é o delito; a flagrância é uma qualidade da infração: o sujeito é preso ao perpetrar o crime, preso em (a comissão de um crime flagrante (atual). É o delito que está se consumando. Prisão em flagrante delito é a prisão daquele que é surpreendido cometendo uma infração penal.
Não obstante seja esse o seu preciso significado, certo é que as legislações alargaram um pouco esse conceito, estendendo-o a outras situações.
Daí dizer o artigo 302 do CPP que se considera em flagrante delito, quem:
I) está cometendo a infração penal; 
II) acaba de cometê-la; 
III) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido, ou por qualquer pessoa, em qualquer situação que faça presumir ser o autor da infração;
IV) é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis, que façam presumir ser ele o autor da infração.
As duas primeiras modalidades são consideradas flagrante próprio, a terceira, flagrante impróprio ou quase flagrante e, finalmente, a última, flagrante presumido.
Todavia, MM. Juiz, nenhuma das modalidades acima expostas ocorreu no caso em tela, conforme pode-se observar do auto de prisão em flagrante.
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, levar consigo uma pequena quantia em dinheiro (ou até mesmo uma quantia maior), nunca foi tipificado como crime, muito menos possuir um celular de modelo diferente da vitima.
Ademais, de acordo com a autoridade policial o requerente teria praticado o crime roubo, contudo, não houve a entrega ou recebimento de qualquer tipo de bem utilizando arma de fogo, pelo contrário, nenhum objeto foi localizado junto ao requerente, nem os objetos pessoais da vitima e nem a arma do suposto crime cometido pelo requerente.
Pelo exposto, requer seja decretado o relaxamento da prisão do requerente expedindo-se o competente alvará de soltura, por ser medida de JUSTIÇA.
Além do relaxamento da prisão após a verificação da falta de JUSTA CAUSA, o não recebimento da Ação Penal, de acordo com o art. 395, III. Que diz:
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
	III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
 
3) DOS PEDIDOS
a) Por todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência o reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante delito, com consequente RELAXAMENTO DA PRISÃO expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, por ser medida da mais salutar justiça.
b) A rejeição da Ação Penal conforme art. 395, III do Código de Processo Penal.
Nesses termos, 
Pede deferimento.
(CIDADE), (DATA) .
(Nome do Advogado)
ADVOGADO – OAB/UF:0000.

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