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Portfólio 1 - Saturnino Tavares- 8092095

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SATURNINO TAVARES DA SILVA NETO
8092095
Educação Física Para Grupos Especiais e Adaptada
Primeiro Portfólio
Trabalho apresentado ao Claretiano Centro Universitário para a disciplina Educação Física Para Grupos Especiais e Adaptada como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrado pelo professor: Antônio Eduardo Ribeiro.
Maceió
2019
Descrição da atividade
· Ainda hoje não é raro que nos deparemos com a desinformação e nos surpreendamos com situações de preconceito e discriminação que assolam as pessoas com deficiências. Para tentar compreender o desprezo e o assistencialismo que rodeiam e marginalizam esses indivíduos, é necessário analisar a origem de todo o processo, cujos desdobramentos continuam até o tempo presente.
· Nas culturas antigas, as pessoas com deficiência, consideradas incapazes de assegurar a própria sobrevivência por meio da caça e da pesca, poderiam colocar em risco a segurança de toda a tribo, face aos perigos da época.
· Gradativamente, pessoas que apresentavam condições atípicas (pessoa com deficiência) que eram submetidas à exclusão social passaram a ser encaminhadas a instituições onde, mediante a segregação, poderiam receber atendimento especializado.
· Durante as últimas décadas, predominaram práticas sociais pré-inclusivistas orientadas por um modelo médico de deficiência, visando à integração social de pessoas em tal condição.
· Recentemente, as práticas sociais inclusivas têm se baseado em um modelo social da deficiência pautado em princípios como autonomia.
· Você já deve ter ouvido falar em integração e inclusão social, não é mesmo? Mas será que você saberia apontar algumas diferenças entre essas práticas sociais? Embora, muitas vezes, esses termos sejam empregados como sinônimos, você perceberá que existem diferenças importantes entre tais paradigmas sociais.
· Mas, afinal, o que caracterizam estes paradigmas histórico-sociais que influenciam nossas atitudes, costumes e hábitos cotidianos?
· Diante do exposto, o estudante deverá construir no quadro toda contextualização das formas de atendimentos que foram realizados no decorrer dos tempos às pessoas com deficiência em relação aos tipos de Paradigma descritos.
	Tipos de Paradigmas
	Conceito/definição/significado
	Forma de atendimento
	Crie um exemplo
	
	
	
	
	Paradigma histórico-social da exclusão
	A exclusão é a ação e o efeito de excluir. Deixar alguém ou algo de lado, descartar, afastar, negar possibilidades. Aqueles que não gozam de oportunidades de desenvolvimento ou que não conseguem satisfazer as suas necessidades básicas são considerados excluídos. (CONCEITO. DE, 2013; RIBEIRO, 2019)
	Isenção de qualquer responsabilidade para com a pessoa com deficiência. (DANTAS et al, 2010).
As pessoas com deficiência eram consideradas inválidas, inúteis, seres desqualificados e inferiores, nesse sentido, essas pessoas viviam fora do seio familiar, à margem da sociedade, sendo negligenciadas, abandonadas ou até mesmo mortas. Total rejeição social (PAGLIUCA et al, 2015; SANTOS, VELANGA e BARBA, 2017) 
	Na Grécia ou Roma, os bebês nascidos com deficiência eram abandonados à própria sorte. (SANTOS, VELANGA e BARBA, 2017)
Do ponto de vista da Educação Física é realizar uma prática de exercício físico que só as pessoas consideradas “aptas” podem participar, enquanto a pessoa com deficiência não seriam levadas em consideração ou não passar de meras observadoras. (ALVEZ e DUARTE, 2013)
	
	
	
	
	Paradigma histórico-social da Segregação
	É a ação de segregar, marginalizar, de separar, de isolar, de se afastar; afastamento, separação. O isolamento forçado de um grupo para afastá-lo do grupo principal ou de outros. (CONCEITO. DE, 2013; RIBEIRO, 2019)
	As potencialidades dos sujeitos com deficiência não tinham credibilidade e havia a crença socialmente difundida de que essas pessoas poderiam oferecer algum perigo para a sociedade. (PAGLIUCA et al, 2015)
Nesse sentido, vigorava a concepção de que os indivíduos quem não se encaixava no “padrão de normalidade” ficavam enclausurados em prisões, nos asilos ou os hospitais psiquiátricos, entre outros. (BEYER, 2016; MUNSTER, 2013)
Diferente da completa exclusão, o modelo social da segregação era o assistencialismo, mas que se resumia a apenas atenção básica de abrigo, vestuário e alimentação. Já que assistência recebida era, por vezes precária, onde o foco ainda estava em esconder a pessoa com deficiência. (MUNSTER, 2013; SANTOS, VELANGA e BARBA, 2017).
	No século 18, quando as primeiras instituições começaram a surgir, pessoas com deficiência mental, por exemplo, eram internadas, em hospitais, asilos ou instituições específicas para pessoas com a mesma deficiência. (MUNSTER, 2013).
No ponto de vista da Educação Física, os indivíduos considerados normais estariam aprendendo esportes como futsal, handebol, entre outros, enquanto um individuo com espectro autista, por exemplo, estaria restrito as atividades mais indivíduos, com o xadrez.
	
	
	
	
	Paradigma histórico-social da Integração
	Trata-se da ação e efeito de integrar ou integrar-se, incorporação, constituir um todo, completar um todo com as partes que faltavam; unir os elementos num só grupo. (CONCEITO. DE, 2011; DICIO, 2019)
	No período de integração havia o intuito de adaptar a pessoa ao meio. Nessa perspectiva, a pessoa com deficiência é incluída parcialmente em um ambiente e deve se adequar às condições desse sistema pronto, que realiza apenas alguns ajustes superficiais. (PAGLIUCA et al, 2015; PASSETO, 2018)
A pessoa com deficiência é vista como algo que precisa ser tratado, curado e resolvido. Sendo assim, a intervenção dos profissionais tem finalidade corretiva, e é bastante pautada na aquisição e no treinamento de habilidades para diminuir os efeitos da deficiência para que ele seja reabilitado e se torne mais adequado para a vida em sociedade. (MUNSTER, 2013; PASSETO, 2018)
O grande problema do paradigma de “integração” era que as nem todos os alunos com deficiência cabiam nas turmas de ensino regular, e os selecionados como “aptos” eram inseridos nas salas, mas não havia preparo ou formação dos profissionais da educação para recebê-los e muito menos para mediar à educação dos alunos integrados. (SANTOS, VELANGA e BARBA, 2017).
	Nesse contexto, o professor de Educação deveria desenvolver as potencialidades de todos os seus alunos, inclusive dos com deficiência, acabavam por exclui-los das aulas, muitas vezes, sob o pretexto de preservá-los, isso quando esses alunos não eram dispensados da aula. (OLIVEIRA, 2012)
Um exemplo disso seria em uma aula de futsal, por exemplo, o aluno com deficiência física participaria somente da parte teórica do esporte e na parte prática ficaria nas arquibancadas já que o professor de educação física não estava preparado para planejar uma aula prática em que ele pudesse ser incluído.
	
	
	
	
	Paradigma histórico-social da Inclusão
	Introdução de algo em; ação de acrescentar, de adicionar algo no interior de; inserção. (RIBEIRO, 2019)
	Na inclusão propõe que família e sociedade adaptem-se às necessidades das pessoas. Considera-se que ocorre uma incorporação total em um ambiente que, sofreu mudanças importantes para receber e respeitar as características de todos (e não apenas daqueles com deficiência). (PAGLIUCA et al, 2015; PASSETO, 2018)
O foco sai do princípio da igualdade (todos são iguais e devem ser tratadas da mesma maneira) e passa a ser o princípio da equidade (as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas). (PONTES et al, 2009).
	 Na inclusão, o professor de educação física deve favorecer criança, um pleno desenvolvimento, de acordo com a sua necessidade e a sua capacidade de aquisição de movimentos. E o professor não pode dispensar a oportunidade destes alunos em participar da aula, pois mesmo o aluno com algum tipo de deficiência, seja ela qual for, têm necessidades de fazer atividades que desenvolva a sua relação social, motora e afetiva. (OLIVEIRA, 2012)
Numa prática inclusiva de “Tag rugby”, o aluno com deficiência auditiva seriaorientado sobre as regras do jogo por um interprete que acompanharia esse individuo, e durante a pratica do jogo - que aconteceria com todos os alunos ao mesmo tempo - ao invés de retirar a fita (“tag”) do cinto do portador da bola e gritar: “TAG” como é orientado nas regras (CBRu, 2012), o aluno iria agitar essa fita na frente do campo de visão do portador da bola, assim democratizando a prática sem causa nenhuma tipo de prejuízo pra nenhum dos participantes do jogo.
Referencias: 
ALVES, Maria Luíza Tanure; DUARTE, Edison. A exclusão nas aulas de Educação Física: fatores associados com participação de alunos com deficiência. Movimento, v. 19, n. 1, p. 117-137, 2013.
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidade educacionais especiais. 2ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.
Conceitos fundamentais. Diversa, 2019. Disponível em: <https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/por-onde-comecar/conceitos-fundamentais/>. Acesso em: 18 de set. 2019
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE RUGBY (CBRu). Tag Rugby: Manual do Professor. 2012. Disponível em: <http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/sugestao_leitura/tag_rugby.pdf> Acesso em: 18 de set. 2019.
DANTAS et al. Os vários paradigmas que permeiam a história da pessoa com deficiência em nossa sociedade. WebArtigos. 2010. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/os-varios-paradigmas-que-permeiam-a-historia-da-pessoa-com-deficiencia-em-nossa-sociedade/33351/>. Acesso em: 18 de set. 2019
Exclusão. Conceito.de, 2013. Disponível em: <https://conceito.de/exclusao>. Acesso em: 18 de set. 2019
Integração. Conceito.de, 2011. Disponível em: < https://conceito.de/integracao>. Acesso em: 18 de set. 2019
Integração. Dicio, 2019. Disponível em: < https://www.dicio.com.br/ integracao />. Acesso em: 18 de set. 2019
MUNSTER, Mey de Abreu Van. Educação física especial e adaptada. Batatais: Claretiano, 2013.
OLIVEIRA, Flavia Fernandes de. Dialogando sobre educação, educação física e inclusão escolar. Revista Digital Buenos Aires, n. 51, 2002.
PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag et al. Pessoa com deficiência: construção do conceito por esta população. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 16, n. 5, p. 705-713, 2015.
PASETTO, Carolina Ventura Fernandes. Educação física adaptada. São Paulo: Editora Sol, 2018. 148p.
RIBEIRO, Débora. Exclusão. Dicio, 2019. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/exclusao>. Acesso em: 18 de set. 2019
RIBEIRO, Débora. Inclusão. Dicio, 2019. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/inclusao>. Acesso em: 18 de set. 2019
RIBEIRO, Débora. Segregação. Dicio, 2018. Disponível em: < https://www.dicio.com.br/segregacao/>. Acesso em: 18 de set. 2019
SANTOS, Jusiany Pereira da Cunha dos; VELANGA, Carmem Tereza; BARBA, Clarides Henrich. Os paradigmas históricos da inclusão de pessoas com deficiência no Brasil. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 14, n. 35, p. 313-340, 2017.
SASSAKI, Romeu Kasumi. Inclusão: Construindo Um a Sociedade Para Todos. 3ª edição. Rio de Janeiro: WVA, 1999, 174p.
Segregação. Conceito.de, 2013. Disponível em: < https://conceito.de/segregacao>. Acesso em: 18 de set. 2019

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