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PROJETO DE PESQUISA- FERNANDO LUIZ

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13
CURSO DE DIREITO
FERNANDO LUIZ PEDROSA TAVARES COELHO
DA UNIÃO ESTÁVEL COMO ENTIDADE FAMILIAR:
as mudanças ao longo dos anos.
JOÃO PESSOA
2
2019
FERNANDO LUIZ PEDROSA TAVARES COLEHO
DA UNIÃO ESTÁVEL COMO ENTIDADE FAMILIAR:
as mudanças ao longo dos anos.
Projeto de Pesquisa elaborado para a disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisa lecionada pela prof. Hélcia Macedo a ser entregue junto a Coordenação do Curso de Direito do Centro Universitário de João Pessoa, como requisito obrigatório para a composição da nota da 2ª avaliação semestral do período 2019.1
JOÃO PESSOA
3
2019
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 JUSTIFICATIVA	4
4 OBJETIVOS	5
4.1 GERAL	5
4.2 ESPECÍFICOS	5
5 A UNIÃO ESTÁVEL E SUAS MUDANÇAS AO LONGO DOS ANOS	5
5.1 DO CONCUBINATO A UNIÃO ESTÁVEL	5
5.2 A UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS DO MESMO SEXO	7
5.3 DO NAMORO PROLONGADO X UNIÃO ESTÁVEL	9
6 METODOLOGIA	10
7 RECURSOS	12
8 CRONOGRAMA	12
REFERÊNCIAS	12
1 INTRODUÇÃO
Trata-se de um projeto com objetivo de demonstrar a evolução histórica e jurisprudencial da hoje denominada “União Estável”, antes ineficaz perante o Estado brasileiro, por ser forma natural de constituição de família, era denominada de casamento de fato, ou concubinato puro, tratada com certo olhar preconceituoso. Demonstra ter-se dado o reconhecimento da união estável apenas com o advento da Constituição Federal de 1988, uma vez que, anteriormente à sua edição, a jurisprudência negava quaisquer direitos decorrentes da relação “concubinária”, exceto de natureza estritamente patrimonial. 
Pós este marco, aconteceram as maiores mudanças jurisprudenciais e legislativas, regulando expressamente a união estável, os direitos e deveres do companheiro. Vem-se aqui, caro leitor, mostrar a crescente rejeição da população por formalidades excessivas, com isso a simplicidade da união estável, baseando-se na afetividade, uma união fática, natural, vem crescendo em número significativamente superior à família casamentaria.
Nesta hipótese acredita-se que seja louvável a atitude do legislador, que, em sede constitucional caracterizou a união estável, agora, como uma entidade familiar, submetido a uma nova terminologia, abandonando a antiga nomenclatura de “concubinato”, deveras estigmatizada e preconceituosa, adotando o princípio constitucional implícito na Constituição Federal, a afetividade, elemento fundador das novas entidades familiares, a exemplo da união estável. 
Buscaremos nesta pesquisa trazer o passo a passo da evolução história, jurisprudencial e legislativa da união estável, seu tratamento constitucional, sua transformação em entidade familiar respeitada.
Destacaremos suas mudanças principais ao longo dos anos, bem como, os direitos e deveres do companheiro nesta união de fato.
Abordaremos a como ponto de destaque a igualdade dada a união estável para casais do mesmo sexo, as uniões homoafetivas, a decisão judicial do STF que trouxe este direito à tona, que veio a combater o preconceito, e garantir um direito fundamental aos casais do mesmo sexo.
Enfim buscaremos dissecar o tema, com a importância dada nos dias atuais pela união estável, pelo crescente aumento de uniões registradas no Brasil, que cresce assustadoramente.
Distinguiremos a figura do namoro prolongado da união estável, a figura do contrato de namoro poderia acabar com os efeitos da existência de uma união estável? Temos o objetivo de lhes mostrar as decisões que abarcam este tema.
2 JUSTIFICATIVA
 	Ó caro leitor, sabe-se que a cada dia a sociedade como um todo, vem objetivando a desburocratização das questões do dia-a-dia, com isso a união estável vem se solidificando como uma forma de família muito visada e importante nos tempos atuais, precisando de fato, ser estudada cada vez mais, pelo grande impacto feito na vida cotidiana. O IBGE registrou um aumento de 57% no número de formalizações de uniões estáveis registradas em cartório, passando de 87.085 a 136.941, entre os anos de 2011 a 2015. 
Por isso, a união estável assume especial papel na sociedade contemporânea, pois possibilita compreender o caráter instrumental da família, permitindo que se efetive o ideal constitucional de que a família (seja ela qual for, casamentária ou não) tenha especial proteção do Estado. 
Importante ponto a ser debatido, e que se torna cada vez mais comum no dia-a-dia é a união estável entre pessoas do mesmo sexo, vale lembrar que desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) atribuiu à união homoafetiva os mesmos efeitos da união estável heteroafetiva, baseando-se sobretudo na afetividade. Em 2011, foram registradas 1.252 uniões entre pessoas do mesmo sexo. A união estável homoafetiva cumpre um papel fundamental na sociedade, assegurou um dos direitos mais básicos, que é o de constituir uma família, independentemente da orientação sexual, tema este de extrema importância prática no cotidiano jurídico. 
Dúvida inexiste de que uma relação contínua e duradoura entre pessoas do mesmo sexo poderá produzir efeitos no âmbito do Direito das Famílias, seja na esfera pessoal ou na existencial. Trata-se de simples projeção do princípio da pluralidade das entidades familiares, reconhecendo que a sua base fundante é a mesma das relações heteroafetivas, como o casamento e a união estável. 
Ó caro leitor é de importância indubitável o tema escolhido, sua repercussão nos dias atuais, mostra a relevância do projeto feito, provocar os leitores, para que compreendam e obtenham discernimento necessário para enxergar que não existe hierarquia entre as formas de constituição de família, sendo a união estável heteroafetivas ou homoafetivas, tão prestigiadas quanto o casamento, equiparado a este em diversos aspectos legais.
3 PROBLEMA
 Quais as principais mudanças ao longo dos anos da hoje denominada “União estável”?
4 OBJETIVOS
4.1 GERAL
· Analisar o instituto da união estável sob o ponto de vista histórico, jurisprudencial, constitucional e infraconstitucional e sua transformação em entidade familiar.
4.2 ESPECÍFICOS
· Destacar as principais mudanças na união estável ao longo dos anos;
· Verificar a diferença prática da união estável de um namoro longo;
· Demonstrar a importância do permissivo legal dado a união estável entre pessoas do mesmo sexo com base no princípio da igualdade e dignidade da pessoa humana.
5 A UNIÃO ESTÁVEL E SUAS MUDANÇAS AO LONGO DOS ANOS
5.1 DO CONCUBINATO A UNIÃO ESTÁVEL
Já destacamos o caráter informal da união estável, gênero de família social das mais importantes dentro de nossa sociedade, ganhou status formal e juridicidade com a Constituição da República de 1988, ao tutelar, em seu artigo 226, três espécies de entidades familiares: a matrimonial, a monoparental e a decorrente de união estável. 
Como ensina Caio Mário da Silva Pereira: “Num primeiro plano, o Constituinte de 1988 passou a considerar as uniões extraconjugais como realidade jurídica, e não apenas como um fato social. Retirou-lhes todo o aspecto estigmatizante, no momento em que as colocou sob a proteção do Estado. Não se pode eliminá-la do âmbito do Direito Civil. Eis que a Constituição as insere no artigo 226, no Capítulo destinado à Família. “
A expressão “concubinato” é hoje utilizada para designar o relacionamento amoroso envolvendo pessoas casadas, que infringem o dever de fidelidade, também conhecido como adulterino. (GONÇALVES, 2017. p. 792)
O concubinato, ou melhor dizendo, as uniões estáveis passaram a integrar o que o constituinte chamou de entidade familiar, ampliando, assim, a ideia tradicional de família.
Fazendo um esboço histórico, o Código Civil de 1916 somente reconhecia o casamento como entidade familiar, nem sequer admitindo a existência de uniões extramatrimonializadas. O casamento era a única forma de constituição de família, sendo chamada de “família legítima”, sendo, portanto “ilegítima” toda e qualquer outra forma familiar, ainda que marcada pelo afeto. 
A livre união das pessoas inquestionavelmenteé anterior ao casamento, mesmo porque jamais foi da natureza humana viver isolado, surgindo a família como um fato natural e, no princípio, em defesa da subsistência. Famílias foram sendo constituídas pelo instinto sexual e pela conservação da prole por elas geradas, como de modo semelhante acontece no mundo animal, surgindo com o tempo a evolução dos modelos de convívio e de interação das sociedades afetivas, até o advento do matrimônio ao lado da união informal. (MADALENO, 2018, p.1425)
Todavia, como tinha o casamento caráter indissolúvel, pessoas optavam por viver maritalmente com alguém, mas não casando. Essas pessoas passaram a viver em entidades que foram intituladas de concubinato. 
Silvio Rodrigues cita como causa geradora da multiplicação do concubinato a inexistência até 1977, do divórcio a vínculo em nosso país, o que fazia com que as pessoas separadas contraíssem uma nova relação amorosa que se prolongava no tempo sem qualquer tipo de formalidade.
Segundo Chaves e Rosenvald (2019), verificamos que concubinato significava: “A união entre homem e mulher sem casamento, seja porque não poderiam casar, seja porque não poderiam casar. ”
A palavra concubinato tinha forte carga pejorativa, derivada da expressão em latim “concubere” com significado de “dividir o leito”, “dormir com”, “amante, amásia, amigada”. 
Toda essa carga de preconceito refletia, sem sombra de dúvidas, a mentalidade de uma época. 
Antes da vigência da Constituição Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal, editou duas súmulas, reconhecendo uma mínima proteção a quem vivia concubinariamente.
Súmula 380: “ Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. ”
Súmula 382: “A vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, não é indispensável à caracterização do concubinato. ”
A jurisprudência vinha admitindo a indenização por serviços prestados da concubina no transcurso da vida em comum.
Hoje em dia o concubinato (relação entre amantes) não pode pelo prisma eminentemente técnico se confundir com a união estável, haja vista que a união estável foi referendada pela Constituição e está a gerar efeitos jurídicos, enquanto o concubinato é uma mera sociedade de fato. Não podendo ser confundida com uma relação eventual.
Cabe salientar, que, no passado a expressão “concubinato” era utilizada para denotar a existência de uma união estável. O ilustre professor Álvaro Villaça Azevedo utilizava a expressão “concubinato puro”. Todavia no presente não se deve utilizar o termo concubina de forma atécnica, devendo-se utilizar o termo companheira ou convivente.
Maria Helena Diniz traz uma classificação lúcida e clara do concubinato, que o divide em: Concubinato puro: união duradoura entre homem e mulher desimpedidos. Concubinato impuro: um ou ambos os concubinos é/são comprometido(s) ou sofre(m) algum impedimento para o casamento. O concubinato impuro pode ser: Adulterino: o caso, por exemplo, de um homem casado manter relação concubinária ao lado/concomitantemente com a manutenção de uma família legítima; Incestuoso: quando há parentesco próximo entre os concubinos.
5.2 A UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS DO MESMO SEXO
Os professores Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona lecionam que: “A união estável é a relação afetiva de convivência pública e contínua, entre duas pessoas, do mesmo sexo ou não, com objetivo imediato de constituição de família. “ 
Atente-se caro leitor que no conceito extraído dos professores acima citados, encontrar-se as expressões “entre duas pessoas, do mesmo sexo ou não. ”. 
Não é de fato, o que se encontra na dicção da Constituição Federal. Porque o conceito fora então alargado? O reconhecimento da união estável homoafetiva como unidade familiar aconteceu em maio de 2011. O Supremo julgou procedentes duas ações de controle, ambas relatadas pelo ministro Ayres Britto.
Com base no princípio da igualdade:
 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, p. 85).
De acordo com a ONU, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a união estável homossexual por meio de uma decisão judicial.
Reconhece o Ministro do Supremo Tributal Federal, Dias Toffoli: “Esse reconhecimento representa a consolidação dos direitos alcançados pela sociedade e o compromisso do Estado brasileiro de construir uma sociedade, na forma do seu inciso 4º, artigo 3º, mais livre, justa e solidária, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor ou quaisquer outras formas de discriminação”	
Todas as pessoas, a despeito de sua origem e de suas características pessoais, têm o direito de desfrutar da proteção jurídica que estes princípios lhes outorgam. Vale dizer: de serem livres e iguais, de desenvolver a plenitude de sua personalidade e de estabelecerem relações pessoais com um regime jurídico definido e justo. E o Estado, por sua vez, tem o dever jurídico de promover esses valores, não apenas como uma satisfação dos interesses legítimos dos beneficiários diretos, como também para assegurar a toda a sociedade, reflexamente, um patamar de elevação política, ética e social. Por essas razões, a Constituição não comporta uma leitura homofóbica, deslegitimadora das relações de afeto e de compromisso que se estabelecem entre indivíduos do mesmo sexo. A exclusão dos homossexuais do regime de união estável significaria declarar que eles não são merecedores de igual respeito, que seu universo afetivo e jurídico é de “menos-valia”: menos importante, menos correto, menos digno. (BARROSO, 2011)
A orientação sexual do cidadão passa a figurar, obviamente, no campo da autonomia privada, sendo vedada qualquer forma de interferência estatal nesse sentido. A negação das uniões homoafetivas, portanto, comportariam em evidente abuso do direito do Estado em intervir em relações nas quais não detém gerência.
O Reconhecimento da união homoafetiva pelo STF virou um patrimônio para humanidade, baseando-se nos princípios basilares do nosso direito, a dignidade da pessoa e humana e a igualdade e sobretudo na afetividade, princípio de importância notável no direito de família. 
É também aplicação expressa do princípio da não-intervenção no direito de família. 
Prevê o artigo 1513 do CC: “É defeso a qualquer pessoa de direito público ou privado interferir na comunhão da vida instituída pela família”. Trata-se da consagração do princípio da liberdade ou da não intervenção na ótica do Direito de Família.
5.3 DO NAMORO PROLONGADO X UNIÃO ESTÁVEL
Ó caro leitor, não podemos confundir a existência de um namoro qualificado com uma união estável. 
O namoro é um relacionamento afetivo entre duas pessoas que não se caracteriza como entidade familiar, embora possa ser uma preparação para se constituir família.
O namoro simples se enquadra em um relacionamento aberto, às escondidas ou sem compromisso, e não se confunde com a união estável. Já o namoro qualificado é aquele com convivência contínua, sólida, perante a sociedade, e que se confunde muito com a união estável pelos mesmos requisitos objetivos, quais sejam, ausência de impedimentos matrimoniais, convivência duradoura, pública e contínua.
A diferença existente entre o namoro qualificado e a união estável é o requisito subjetivo, ou seja, a vontade de constituir família, a qual deverá ser consumada, pois além da existência da afetividade, a mesma se concretiza com a mútua assistência em que o casal seja referência de família no meio social.
Vale ressaltar que a união estável é uma forma de constituição de família, é o que reza a própria CRFB este tema está claro no art. 226, § 3º temos que: “ É reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento"
Já o namoro, não é considerada uma entidade familiar, pois não existe a affectio maritalis, que é a afeição conjugalou o fito de se constituir família, embora estejam presentes algumas características como estabilidade, intimidade e convivência.
E para diferenciar a união estável do namoro qualificado, é necessário que seja avaliado cada caso em especial, sendo necessária a presença concomitante de todos os requisitos para reconhecer a união estável, pois, exteriormente ambos se assemelham muito. Deve se atentar não apenas no vínculo afetivo, mas, principalmente, ao elemento interno do animus, que é a vontade de constituir família, através de características externas e públicas, como os compromissos assumidos na vida e no patrimônio, a coabitação, e em tese, o pacto de fidelidade, em que demonstram o entrelaçamento de interesses e vida. Não é apenas o ânimo interno, mas também a aparência em fatos e atos da vida em comum. Essa é a linha tênue que separa o namoro da união estável.
A união estável não pode se confundir com um namoro longo, tido como um namoro “qualificado”. No último caso a um objetivo de família futura, enquanto na união estável a família já existe (animus familiae). (TARTUCE, 2016)
A união estável é caracterizada: pela união entre duas pessoas que têm convivência pública, notória, contínua e com intuito de constituição de família. Já o namoro qualificado é uma evolução do afeto em que as pessoas estão juntas, mas não têm intenção de constituir uma família.
No entanto, nem todo namoro se transforma em união estável, mesmo depois de um tempo longo. A grande diferença entre as duas relações, segundo a lei, é a intenção de constituir família, que, na prática, representa um relacionamento semelhante a um casamento sem papel passado.
Na união estável a família já está constituída: há responsabilidades, obrigações e deveres recíprocos.
Namorar não traz consequências de ordem jurídica. Com o fim do namoro não há partilha de bens (já que não há regime de bens instituído nesse tipo de relação), não há o dever de prestar alimentos reciprocamente ou direitos sucessórios (herança) e previdenciários.
Já a união estável funciona como um casamento em todos os seus aspectos. Há deveres inerentes ao casal, abrangendo questões patrimoniais, além das afetivas. Tanto que se não houver um documento especificando o regime de bens escolhido pelos conviventes, entende-se que vigora o regime da comunhão parcial de bens, no qual presume-se o esforço comum para aquisição do patrimônio durante o relacionamento.
6 METODOLOGIA
Esta seção aborda questões relativas aos procedimentos metodológicos aplicados nesta pesquisa sobre a evolução da união estável no direito brasileiro. Para tanto organizamos nosso texto da seguinte maneira: explicaremos as pesquisas e os métodos predominastes sobre a vertente da natureza metodológica, o método de abordagem, o método de procedimento, a classificação da pesquisa quanto ao objetivo geral e ao procedimento técnico e a técnica de pesquisa.
Nesta pesquisa, no que tange a natureza da vertente metodológica produzira uma abordagem qualitativa por priorizar uma investigação minuciosa da evolução da união estável no Brasil. Priorizaremos como ponto central o descrever as mudanças ao longo dos anos da legislação aplicável a união estável no cenário brasileiro.
Com relação ao método de abordagem o adotado será o hipotético-dedutivo pois será apanhado o fato-problema que é a evolução ao logo dos anos da união estável, logo depois será observado os fatores geradores desta evolução, e partir disto, encontrar-se-á as consequências que por eles são produzidas. Acredita-se que as mudanças se deram, pois, o direito de certa forma, acompanha a evolução social e os costumes, tendo em vista o grande aumento de famílias não casamentarias ao longo dos anos, que precisavam de proteção do estado.
Referente ao método de procedimento, utilizaremos o histórico-comparativo, onde considerara a evolução histórica e as origens que cercam o tema, o antes e depois da união estável, antes e pós a promulgação da Constituição de 1988. Assim, fazendo comparações entre as diversas legislações
Quanto ao procedimento técnico será utilizada a pesquisa bibliográfica com referência ao Novo Curso de Direito Civil: Famílias, de Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona, Curso de Direito Civil: Famílias, de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, Curso de Direito Civil: Famílias de Flávio Tartuce, a Constituição da República Federativa Do Brasil, 1998 e Código Civil de 2002, visando a interpretação das diferentes vertentes, para chegar em um ponto comum entre todas.
Quanto ao objetivo geral, a pesquisa adotará a pesquisa descritiva, buscando dar a visão de diferentes vertentes sobre a união estável no Brasil. As experiências com as antigas legislações ao longo dos anos. 
A técnica de pesquisa empregada será a documentação, utilizando-se das principais fontes, leis, escritos, documentos, livros sobre o tema a fim de se aprofundar e enriquecer a pesquisa.
O projeto buscará identificar as mudanças ao longo dos anos da hoje denominada “União estável”, sua evolução legal e jurisprudencial ao longo dos anos.
7 RECURSOS
A pesquisa será executada exclusivamente pelo acadêmico proponente da pesquisa.
Os dados serão coletados por revisão bibliográfica, cujos dados secundários serão
obtidos na Constituição Federal, nas Leis Codificadas, na legislação ordinária, na doutrina e
na jurisprudência
8 CRONOGRAMA
	ATIVIDADES 
	Meses / 2019
	
	Fev
	Mar
	Abr
	Maio
	Levantamento dos materiais bibliográficos
	x
	X
	X
	X
	Leitura e análise crítica do material
	x
	X
	X
	X
	Primeiras atividades sob Orientação
	
	x
	X
	X
	Elaboração de questionários ao público envolvido
	
	
	
	
	Pesquisa de campo (coleta de informações)
	x
	
	
	
	Organização e seleção do material (Orientação)
	
	x
	X
	X
	Execução do trabalho (digitação e diagramação)
	
	x
	X
	X
	Conclusões necessárias para impressão
	
	x
	X
	X
	Apresentação
	
	
	
	X
 REFERÊNCIAS
STOLZE, Pablo; PAMPLONA, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. São Paulo: SaraivaJus, 2018.
CHAVES, Cristiano; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. São Paulo: JusPodivm, 2018.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil. São Paulo: Editora Forense, 2016.
MADALENO, Rolf. Direito de Família. São Paulo: Editora Forense, 2018.
GONÇALVES, Carlos. Direito Civil Brasileiro. São Paulo: SaraivaJus, 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Alexandre de Moraes. 16.ed. São Paulo: Atlas, 2000
BRASIL. Código civil. Organização de Sílvio de Salvo Venosa. São Paulo: Atlas, 1993.

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