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Farmacologia I Odontologia UFPR ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) - Os AINES são algumas vezes chamados de fármacos semelhantes á aspirina e estão entre os mais usados de todos os fármacos, havendo atualmente mais de 50 AINES disponíveis no mercado; 1898 → 1940, 1950 e 1960 → 1970 Descoberta da aspirina Fenilbutazona e indometacina Descoberta do mecanismo de ação da aspirina(enzima COX) 1992 Descoberta da COX 2 - Esses fármacos proporcionam alívio sintomático de dor e edema em inflamações crônicas e em inflamações agudas, como traumas esportivos, fraturas.. Proporcionam também alivio da dor pós-operatória, dental, menstrual e de cafaléias e enxaqueca. Mecanismo de ação O mecanismo de ação comum a todos os AINES é a inibição da enzima COX (ciclo-oxigenase) de ácidos graxos, inibindo a produção de prostaglandinas e tromboxanos. - Há duas isoformas conhecidas da enzima COX, que são estreitamente relacionadas e catalisam a mesma reação, porém, possuem diferenças entre sua expressão nos tecidos e entre seus papeis funcionais; - Suas estruturas são parecidas, ambas possuindo um canal hidrofóbico onde se insere o acido araquidônico para a reação ocorrer; A COX-2, entretanto, possui um bolso lateral volumoso que não é encontrado na COX - 1; →COX-1: enzima constitutiva, expressa na maioria dos tecidos. Desempenha funções de “manutenção” no organismo, estando envolvida na homeostase dos tecidos, e é responsável pela produção de prostaglandinas envolvidas em papeis fisiológicos (citoproteção gástrica, agregação plaquetária, início do parto..) →COX-2: tem sua produção induzida nas células inflamatórias quando estas são ativadas, sendo responsável então pela produção dos mediadores prostanóides da inflamação; Como exceção, ela é expressa constitutivamente nos rins e SNC. - A maioria dos AINES tradicionais são inibidores de ambas as isoenzimas, embira variem no grau em que inibem cada isoforma. Acredita-se que a ação anti-inflamatória e analgésica dos AINES esteja relacionada a sua inibição de COX-2, enquanto seus efeitos indesejáveis, particularmente os que afetam o trato gastrointestinal, resultam predominantemente da sua inibição de COX-1. - As enzimas COX são enzimas bifuncionais, possuindo duas atividades catalíticas distintas. A primeira etapa, de dioxigenação incorpora duas moléculas de O2 ao ácido araquidônico, dando origem ao intermediário altamente instável PGG2; A segunda etapa é a de peroxidação que converte PGG2 a PGH2 adicionando um grupo hidroxila. O PGH2 pode então ser convertido em outros eicosanoides, por outras distintas enzimas; - A maioria dos AINES inibe apenas a reação de dioxigenação e são inibidores competitivos reversíveis, com excessão da aspirina que é irreversível. Metabólitos do ácido araquidônico: →Prostaglandinas: vasodilatação, dor, febre, proteção gástrica... →Tromboxano A2: agregação plaquetária; →Prostaciclina: vasodilatação, inibe agregação plaquetária. Efeitos fisiológicos das prostaglandinas: No trato gastrointestinal: - aumento da produção de muco - diminui produção de HCl PROTEÇÃO DO TGI - aumenta vascularização da mucosa Rim: - regulação da reabsorção do sódio - aumenta fluxo sanguíneo local Efeitos fisiológicos das prostaciclinas e tromboxanos Possuem efeitos opostos; Prostacicilina: é produzida pela célula endotelial e causa vasodilatação e inibição da agregação plaquetária; Tromboxano: produzido pelas plaquetas e induz agregação plaquetária; Efeitos fisiopatológicos das prostaglandinas →Inflamação: auxiliam na vasodilatação, o que gera um aumento do fluxo sanguíneo e então os sinais da inflamação, calor, rubor e edema; →Dor: quando ocorre lesão em algum tecido, prostaglandinas começam a ser produzidas. Elas possuem receptores na fibra de dor, que quando são muito ativados sensibilizam a fibra de dor, por diminuir o limiar dos canais iônicos (“deixa a fibra mais fácil de ser ativada” – hiperalgesia); →Febre: durante uma infecção severa por exemplo, muitas citocinas são produzidas e elas agem no hipotálamo induzindo a síntese de COX – 2 e então a produção de prostaglandinas, que irão mudar o termostato hipotalâmico para uma temperatura mais alta; As ações farmacológicas dos AINES interferem justamente nesses mecanismos: - Efeito antipirético (controlar a febre): Os AINES reajustam o termostato hipotalâmico quando ele está desequilibrado, através da inibição da produção de prostaglandinas no hipotálamo, abaixando a temperatura corporal; Ex: paracetamol - Efeito analgésico: diminuem a geração de prostaglandinas na periferia, o que significa uma menor sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos mediadores inflamatórios; Pode ser usado para cefaleia, lombalgia, metástases ósseas, dor pós - operatória.. Ex: aspirina, paracetamol, ibuprofeno (uso por curto prazo), naproxeno, piroxicam (dor crônica). - Efeitos antiinflamatórios: a diminuição de prostaglandina e prostaciclina reduz a vasodilatação e, indiretamente, o edema. Não é reduzido o acumulo de células inflamatórias. Pode ser usado para artrite reumatoide, gota.. Efeitos colaterais comuns → Distúrbios gastrointestinais: eventos gastrointestinais adversos são os efeitos indesejáveis mais comuns dos AINEs, que resultam principalmente da inibição da COX-1 da mucosa gástrica, que é responsável pela síntese de prostaglandinas que normalmente inibem a secreção de ácido e protegem a mucosa; Os efeitos colaterais gastrointestinais comuns incluem desconforto gástrico, dispepsia, diarreia, náuseas e vômitos, e em alguns casos, hemorragia e ulcerações gástricas; →Reações cutâneas: os rashes cutâneos são efeitos indesejáveis comuns dos AINEs, que podem variar desde reações eritematosas leves, urticaria e fotossensibilidade, até doenças mais graves e potencialmente fatais, como a síndrome de Steven-Johnson; →Inibição da função renal: ocorre devido a inibição da síntese dos prostanóides envolvidos na manutenção do fluxo sanguíneo renal (PGE2 e PGI2 e prostaciclina); →Inibição da motilidade uterina: AINEs não podem ser utilizados no ultimo trimestre de gestação; →Reações de hipersensibilidade (asma): quando o AA é liberado dos fosfolipideos ele também é metabolizado pela enzima LOX (lipoxigenase), que tem como produto o leucotrieno, que faz quimiotaxia e broncoconstrição. Quando um AINE é indicado para um paciente asmático por exemplo, a produção de leucotrienos é aumentada, podendo precipitar crise asmática. Principais AINES ➔ AINES não seletivos: são capazes de inibir tanto COX-1 quanto COX-2; Podem possuir preferência por inibir um ou outro tipo de COX, mas tem a capacidade de inibir as duas; São AINES não seletivos: aspirina, nimesulida, naproxeno, ibuprofeno, diclofenato, cetoprofeno; - São contraindicados para pessoas com histórico de doença gastrointestinal, como ulcerações por exemplo; - Podem ser associados com protetores gástricos, como o omeprazol; - Os AINEs com uma seletividade maior por COX-1 causam mais danos no TGI, enquanto que os mais seletivos COX-2 causam mais dano cardiovascular. Aspirina: a aspirina (ácido acetilsalisílico) AAS, foi um dos primeiros fármacos sintetizados. Não traz benefícios apenas na inflamação, mas em algumas outras condições. Um exemplo disso é o uso da aspirina em baixas doses para prevenção do infarto e AVC (através da sua ação anti plaquetária, prevenindo a formação de trombos); Atua inibindo irreversivelmente COX-1 e COX-2; É administrada por via oral, absorvida rapidamente e 75% são metabolizados no fígado; Se administrada concomitantemente com a varfarina,a aspirina pode causar um aumento potencialmente perigoso do risco de sangramento; Efeitos adversos: →Em doses terapêuticas: sangramento gástrico, geralmente assintomático; →Superdosagem: Salicismo - acontece com qualquer salicilato (aspirina se transforma em salicilato durante sua hidrolise no fígado). O Salicismo é caracterizado por vertigem, diminuição da audição, náuseas e vômitos; →Síndrome de Reye: doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que acomete o cérebro e fígado. Ocorre em crianças e está relacionada ao uso de salicilatos em conjunto com infecção viral. ➔ AINEs seletivos: são inibidores seletivos da enzima COX-2; - Quando foi descoberta a COX-2, acreditava-se que medicamentos inibidores seletivos da COX-2 poderiam ser mais uteis, por serem bons analgésicos e antiinflamatorios, e ainda diminuir os distúrbios gastrointestinais. porém, foi descoberto que esses medicamentos geram um grande risco de problemas cardiovasculares; - Em 1998 o rofecoxibe, inibidor da COX-2 foi colocado no mercado, um dos medicamentos que teve a mais rápida aprovação para poder ser comercializado, porém, foi retirado do mercado 1 ano após o início da sua comercialização, por ter causado óbitos por problemas cardiovasculares; - Os inibidores seletivos de COX-2 geram problemas cardiovasculares pois, alguns indivíduos dependem da COX-2 para sintetizar as PGs (antiagregantes), que são importantes reguladores da função cardiovascular, e não da COX-1. Se esse mecanismo de produção de PGI2 for perturbado, poderá ocorrer aumento dos episódios trombóticos, incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os inibidores seletivos de COX-2 portanto diminuem a produção de prostaciclina e aumentam tromboxano. - Estão atualmente em comercialização (com receita) os seguintes inibidores seletivos de COX-2: celecoxibe (celebra), etoricoxibe (usados no tratamento de osteoartrite e artrite reumatoide) e parecoxibe (tratamento de curto prazo de dor pós-operatória) - Contraindicado para pacientes com histórico de doença cardiovascular; ➔ AINES atípicos - É o caso do paracetamol e da dipirona; - São considerados AINEs atípicos pois são excelentes analgésicos e antitérmicos, atuando na COX-2 do SNC, portanto inibindo a síntese de prostaglandinas nesse local, porém, não tem efeito anti-inflamatório, não são capazes de atuar na COX periférica, no local de inflamação. Não compartilham dos efeitos gástricos ou plaquetários dos outros AINES; - Suas indicações de uso portanto é para dor e febre; →Paracetamol: é administrado por via oral e metabolizado no fígado (meia – vida de 2 a 4 horas); - Com doses terapêuticas, seus efeitos adversos são poucos e incomuns, podendo acontecer apenas algumas reações alérgicas na pele; - Doses toxicas causam hepatotoxicidade potencialmente fatal. O metabolismo do paracetamol pelas enzimas CYP no fígado produz um composto chamado NAPQUI (metabolito toxico), que é neutralizado pela conjugação com glutationa. Quando doses muito altas de paracetamol são ingeridas, não há glutationa suficiente para se conjugar com o NAPQUI e então esse metabolito toxico se acumula e reage com constituintes da célula, causando necrose no fígado. →Dipirona: pode causar agranulocitose (diminuição do número de células sanguíneas), motivo pelo qual sua comercialização é proibida em muitos países. ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (AIES) INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Também chamados de corticóides ou glicocorticóides, são indicados para alergias, asma, patologias osteoarticular, rejeição a transplantes (são imunosupressores) e doenças cutâneas. Na odontologia, tem uso tópico em úlceras da cavidade oral e inibição da inflamação (edema) e sistêmico em intervenções invasivas (extração de terceiro molar, cirurgia de reconstrução ortognática). Normalmente, os efeitos colaterais são maiores. ESTRUTURA Nas suas moléculas existem esteroides e são análogos sintéticos do cortisol. -Patologia Osteoarticulares - Reações alérgicas - Doenças neurológicas, pulmonares, cutâneas -Úlceras na boca, Anti-inflamatórios (extração de 3Ms) para prevenir edemas e nas cirurgias de reconstrução oral e remoções de extensas lesões ósseas CORTICOTERAPIA Os corticoides são utilizados para tratar doenças autoimunes, antialérgicas e imunossupressoras. Possuem ação anti- inflamatória esteroidais → são análogos sintéticos do cortisol. CORTISOL Eixo HPA- glândula adrenal. É o hormônio do estresse, que pode ser físico (hipoglicemia ou hipotermia) ou psicológico. Possui funções essenciais na manutenção da homeostase; Ele não é armazenado e não existe como elemento pré-formado. Sua síntese ocorre conforme a necessidade. A estimulação começa no núcleo paraventricular do hipotálamo, liberando o hormônio liberador de corticotropina que induzirá células específicas da hipófise anterior a liberar o ACTH. Ao chegar nas glândulas andrenais, acontece a liberação de cortisol em uma região específica chamada zona fasciculada. Os níveis de cortisol respeitam os níveis circadianos, sendo liberados no período da manhã em maior quantidade. É contrabalanceado durante a noite pela secreção de melatonina, o hormônio do sono. O hormônio nos protege no período de vigília. Estresse→ físico, emocional, hipoglicemia, calor e frio extremos, dor, traumas, infecções... Quanto maior o estresse, maior os níveis de cortisol. Os hormônios inibem a liberação deles mesmo quando liberados em quantidade suficiente. Ele inibe tanto a adrenal quanto o hipotálamo. O corticoide é muito semelhante ao cortisol. Se ele é administrado, o corpo não produz o hormônio, pois pensa que não precisa. O cortisol (e as drogas esteroidais) se ligam nos mesmos receptores da aldosterona: MR e GR. O MR é o qual a aldosterona se liga e faz regulagem da quantidade de água que é excretada (balanço hidroeletrolítico). Quando o cortisol se liga a esses receptores, acontece retenção de líquidos e aumento da pressão arterial, ex.: asmáticos que usam bombinhas. Quem toma muito corticoide fica com as pernas finas e o tronco cheio. Na periferia: ocorre o aumento da degradação de proteínas (catabolismo) e diminui a utilização de glicose (GLUT volta para o meio intracelular), também ocorre o aumento dos efeitos lipolíticos de alguns hormônios de crescimento. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS: Circula a uma globulina específica, que é só dele. É a GBG- Globulina de fixação de corticoides. Os receptores podem ser: MINERALORECEPTOR (MR) onde a afinidade pela aldosterona e cortisol é igual. São localizados nos túbulos renais e fazem a reabsorção de Na e K, principalmente de Na. Nessa situação, a aldosterona e o cortisol regulam/retém o Na. Os fármacos diuréticos aumentam a eliminação de Na e água. E o GR, que possui afinidade pelo cortisol e pela cortisona, mas não a aldosterona. Ele possui distribuição ampla. Se tem alodosterona→ ligação no MR, aumento da PA (SNC), gerando alterações no humor, depressão pelo aumento de cortisol. Mecanismo de Ação Os receptores responsáveis pelos efeitos anti-inflamatórios e imunosupressores são os GR, no qual a aldosterona não se liga e que estão localizados no meio citoplasmático das células. No plasma tem a proteína transportina. O cortisol precisa se desligar e entrar no meio intracelular para encontrar o receptor (GR). Todas as drogas devem ser lipofílicas. Caso contrário, o acesso ao receptor fica muito difícil. Normalmente esse receptor está desativado por associação de proteínas chaperonas. Quando há ligação do cortisol (ou da droga) no receptor, ocorre uma mudança conformacional que faz com que essas proteínas se dissociem. Ele é um receptor citoplasmático com ação no núcleo. As regiões específicas no DNA reconhecem o complexo e quando ocorre ligação ocorre mudança na transcrição de algumas proteínas, por isso a resposta é lenta. O cortisol age em vários sistemas, como fígado,na musculatura esquelética, nos adipócitos, e na inibição da dor. Estimula a glicogênese, aumenta a produção de proteínas e diminui a utilização da glicose. O hormônio faz com o GLUT (transp. de glicose) volte para o meio intracelular, aumentando a glicose no sangue (hiperglicemia). Por isso, em paciente diabéticos, NÃO SE DEVE USAR AIEs HIPOADRENOCORTICISMO- Síndrome de Addison: queda na concentração de cortisol. Aumento do estresse, fraqueza, aumento de peso e hipocalcemia. HIPERADRENOCORTICISMO- Síndrome de Cushing: aumento na concentração de cortisol. Sintomas: face em lua cheia, distúrbios emocionais, efeitos dos osteoclastos e osteoblastos, hiperglicemia, hipertrofia cardíaca, escova de búfalo, úlceras cutâneas e pele fina. Estrutura Química do Cortisol Alguns exemplos de corticoides são: Hidrocortisona, Fludocortisona, Dexametasona, Prednisolona e Triancilina Possuem núcleo esteroide. Algumas mudanças podem ser feitas para melhorar a ação nos receptores GR. Ex.: se eu quero que ele não haja no MR, faço mudanças na sua forma estrutural. Posso melhorar sua absorção, meia vida, diminuir seu metabolismo hepático, adiposo (retenção) e aumentar sua habilidade de interagir com o GR. A alteração na reatividade cruzada do esteroide com o MR → não absorção de Na e acúmulo de água. As administrações podem ser via: intravenosa (rápido aumento de concentração), intramuscular (ação prolongada com liberação lenta), tópica (espaços sinoviais) e oral. Onde a maioria se liga a albumina e não a transcortina. Os efeitos colaterais estão relacionados a dose e a frequência. A Dexametasona tem 30 x maior potência anti- inflamatória em uma dose maior, equivalente a 27 vezes menor dose. AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA Antialérgicas e imunossupressoras. Age nos sintomas de DOR, CALOR, RUBOR, VERMELHIDÃO E PERDA DE FUNÇÃO; Ele aumenta síntese de proteínas anti-inflamatórias e diminui a síntese de pró-inflamatórias (histamina, PGs, inteleucinas); No DNA existem elementos responsivos (dímero do receptor GR): fazem o aumento da proteína anti-inflamatória, como a Anexia-1, MAPK, fosfatase 1). DNA enovelado pela histona não faz síntese de proteína. Os elementos responsivos são proteínas que tem a capacidade histona acetiltransferase. Toda vez que uma histona é acetilada, ela relaxa o DNA, vem as polimerases e fazem cópias da área, promovendo síntese de proteínas. CASCATA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO Inibem a COX (cicloxigenases) SIMPLIFICANDO: Eles estão localizados no citoplasma, mas agem no núcleo, com o RNAm, se ligando a duas proteínas de choque térmico, que torna a ligação instável, que faz o complexo se desligar, após isso, ocorre a formação de dímero, que vai em direção ao núcleo modular a síntese proteica. A resposta é demorada. ➔ Eles ferem a membrana, inibindo a fosfolipase A2, não deixando produzir AA pela anexina-1 (inibe o começo da cascata). ➔ Ação 1: Anexina, aumento da síntese ➔ Ação 2: diminui a síntese das pró inflamatórias (citocinas, quimiocinas, enzimas) Célula- aumenta estimulo pró inflamatório através de muitas proteínas→ fatores de transcrição→ esquema dos elementos responsivos → utilizam a propriedade de acetilar histona abrindo o DNA Corticosteróide → GR → inibem as proteínas que acetilam ou se unem as proteínas que fazem desacetilação da histona. O sistema fica saturado, o GR não mobiliza mais, se associa a histona-D-acetilase diminuindo a síntese de proteínas pró-inflamatórias; “O glicocorticoide une as histonas e desacetila” Efeitos do uso: Quando se trata com esse fármaco, as células do SI não saem do vaso para combater inflamação/infecção. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, pois exacerba o processo anti-inflamatório, mas diminui a capacidade de acabar com as infecções. Eles podem agir tanto na HISTONA ACETILASE quanto na HISTONA DESACETILASE EFEITOS ADVERSOS Não são tão comuns em doses terapêuticas (uso esporádico) Está relacionado a duração, escolha do fármaco, aplicação e doses. TEMPO! Podem causar efeitos maiores em determinadas pessoas- Susceptibilidade individual SNC, sistema endócrino, olhos, TGI, sistema cardiovascular, sistema imune, pele, músculo, tecido conjuntivo, distribuição de tecido adiposo, metabolismo de carboidrato, lipídio, crescimento e desenvolvimento ➔ Depressão, psicose diminui a liberação de FSH, TSH, GH, ulcerações, retenção de água, diminui a massa óssea, diminui crescimento, aumenta catabolismo de proteínas, causa imussupressão. ➔ Diminui a ação dos osteoclastos e aumenta a ação dos osteoblastos = Osteoporose INTERAÇÕES NA ODONTOLOGIA Associados aos anti-hipertensivos causam retenção de H2O; AINE- toxicidade aditiva, risco de úlceras no TGI, hemorragia digestivas Barbitúricos- sono Insulinas- hipoglicemia/ hiperglicemia → corticoide Resumo Canal Teoria da Medicina: ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) ➔ Inflamação: enorme quantidade de substâncias liberadas, como as PGs, que são importantes também em outras vias do corpo. ➔ Ácido araquidônico – fosfolipase A2 – enzimas LOX e COX 1 e 2 ➔ COX1- fisiológica ou constitutiva, síntese de PGs presentes nas plaquetas ➔ COX 2 inflamatória- mas é fisiológica nos rins, SNC e endotélio vascular Enzima tromboxano sintase age na prostaglandina e produz o tromboxano A2. ➔ Ações da prostaglandina: muco estomacal, degradação dos alimentos pelos ácidos e substâncias. Podem causar lesão nas paredes gástricas, muco fabricado pelas PGs protegem desse dano. A PG também protege estimula a menos secreção do ácido clorídrico. Tromboxano é um potente indutor do processo de coagulação, as prostaciclinas param o processo de coagulação. Precisa ter equilíbrio entre as duas substâncias No rim, as PGs são importantes para a vasodilatação e filtração e manutenção do TFG. Possui ações de broncoconstrição e broncodilatação, inibição da lipólise entre outros. Atividade da Prostaglandina durante a inflamação: capacidade de produzir febre e dor; A febre ocorre pela ação da PGE2 no hipotálamo, na dor crônica a PGE1 e 2 AINEs precisam ter 3 ações: ➔ Anti-inflamatória ➔ Poder de provocar analgesia ➔ Ação antipirética, para baixar a febre Eles agem por meio da inibição da enzima COX, que não produz mais prostaglandina. Existem os AINES não seletivos que inibem tanto a COX 1 quanto a COX 2 e os seletivos de COX1 ou COX2. Mesmo assim, os AINES não seletivos tem preferência pela COX1. Eles não cessam o processo inflamatório, mas inibem as PGs Interrupções nas PGs podem: formar úlceras pépticas no TGI. AINE não seletivo atuado na COX 1 e 2 não haverá produção de muco, podendo até causar hemorragias. Deve-se cuidar com a colonização do H. pylori para evitar maiores danos. Os inibidores da bomba de prótons, como o Omeprazol ajudam a diminuir a acidez estomacal, o Mizoprostol auxilia na produção de PGs. Os AINEs nos rins, em pessoas mais idosas e cardiopatas, as PGs são necessárias para manter a taxa glomerular em constância. A falta de PGs podem causam insuficiência renal aguda. Outros efeitos: problemas na coagulação, vômitos, náuseas AINES mais conhecidos ➔ AAS/ aspirina ➔ Dipirona ➔ Paracetamol Esses três fármacos não são verdadeiros AINES, são bons analgésicos e antipirético, mas são ruins anti-inflamatórios. Eles são inativados pelos peróxidos. AAS ácido acetil salicílico: inibidor irreversível de ambas as enzimas COX. É um inibir plaquetário, ocorre falha no processo de coagulação. Ação anti agregante plaquetária. Uso crônico- em cirurgias podem ser perigosos. Deve-se parar de tomar o fármaco alguns dias antes do procedimento. Exacerbação da asma, alergia, intoxicação. Não ultrapassa a barreira hemato encefálica em doses baixas, mas em doses altas podem Paracetamol: utilizado em crianças para baixar a febre. Usado em alívio de dores de cabeça, muscular etc. Em doses elevadas, ele é extremamente tóxico para o fígadoDipirona: não é utilizada nos EUA. É semelhante ao paracetamol, mas sem muito risco para o fígado AINES TÍPICOS/ CLÁSSICOS Pertencem a classe dos AINES e fazem ações anti-inflamatória, analgésica e antipirética. ➔ Uso crônico: acometimento reumatológico, doenças autoimunes como gota, artrite reumatoide... Dicoflenaco: preferência pelas COX 2, risco diminuído de causar úlceras. Tem capacidade de penetrar na cápsula articular Ibuprofeno: mais usado para dores esporádicas. São necessárias doses altas para fazer efeito, menos agressivos ao TGI Outros AINES: Cetoprofeno, Naproxeno, Piroxican e Nimesulida. AINES seletivos da COX2 ou Coxibes Não age na COX1, mas possuem feitos adversos muito mais graves que os não seletivos; ➔ Não causa úlceras no TGI, mas nos vasos sanguíneos, onde temos as células endoteliais que possuem COX2, que produz PGI 2 inibidora da coagulação. Nas plaquetas, temos a produção de Tromboxano A2, o resultado disso, é que a inibição apenas da COX 2, isso perpetuará no acúmulo de Tromboxano A2. A probabilidade de eventos trombóticos é maior. Podendo causar infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo encefálico, acidente vascular encefálico etc. não temos mais comercialização desse fármaco. O único é celecoxibe, porém estritamente utilizados apenas por indicação médica.
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