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EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

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FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR 
Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR 
Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 
Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 
LOANDA - PARANÁ 
 
TIAGO GONÇALVES CHAVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Loanda - PR 
JUN/2019 
 
 
 
 
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TIAGO GONÇALVES CHAVES 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como quesito para 
aprovação na disciplina de Educação e Meio 
Ambiente, do curso de PEDAGOGIA da Faculdade 
Intermunicipal do Noroeste do Paraná – FACINOR, 
Loanda – PR. Prof. Sandra Maria Chinellato Alencar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Loanda - PR 
JUN/2019 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Educação ambiental é um processo de educação responsável por formar 
indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação 
e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade, considerando a temática de 
forma holística, ou seja, abordando os seus aspectos econômicos, sociais, 
políticos, ecológicos e éticos. Dessa forma, ela não deve ser confundida 
com ecologia, sendo, esta, apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão 
ambiental. Portanto, falar sobre Educação Ambiental é falar sobre educação 
acrescentando uma nova dimensão: a dimensão ambiental, contextualizada e 
adaptada à realidade interdisciplinar, vinculada aos temas ambientais e globais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Educação Ambiental 
O termo Educação Ambiental foi criado em 1972, durante a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia), assim que 
a sociedade se alertou sobre o conhecimento dos problemas ambientais e os 
governos definiram que educação era o necessário naquele momento para mudança. 
De acordo com NOBREGA (2008), criou-se o termo Educação Ambiental porque o 
homem estava se afastando da natureza. Os processos educativos haviam ficado 
racionais e a escola descuidara dos sentimentos, das sensações e das relações em 
sala de aula, esquecendo o ar, a água, o corpo, o bairro, a cidade e o planeta. Assim, 
a partir dessa Conferência, a Educação Ambiental se propõe a discutir os problemas 
ambientais por meio da formação dos indivíduos e, para isso, contaria com 
ferramentas transformadoras. 
No ano de 1981, no Brasil, a Lei 6.938 instituiu a Política Nacional de Meio 
Ambiente situando a Educação Ambiental como um dos princípios que garantem “a 
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar no país condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana” 
Em meio muitas críticas surgiram documentos oficiais e não oficiais que dentre 
eles apresentavam planos de ações para os países envolvidos com esta preocupação, 
podendo lidar com os problemas de sustentabilidade, e também reconhecer a 
educação ambiental como fator importante para propiciar a reflexão e o debate 
podendo ficar claro que a educação ambiental é um processo de aprendizagem 
continuo, baseado na capacidade de respeito por todos os seres e todas as formas 
de vida. 
Em 1999, é promulgada a Lei nº 9.795, que instituiu a Política Nacional de 
Educação Ambiental, regulamentada pelo Decreto 4.281/2002. O decreto reafirma os 
principais pontos da Lei 9795/99, que definiu a educação ambiental como "uma prática 
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do 
ensino formal", não como disciplina específica no currículo de ensino, mas presente 
em todas as matérias. O decreto estende a obrigatoriedade da Educação Ambiental 
para uma variedade de instituições: instituições educacionais públicas e privadas dos 
sistemas de ensino, órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio 
 
 
 
 
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Ambiente (Sisnama) e outros órgãos públicos, envolvendo entidades não 
governamentais, de classe, meios de comunicação 
Já nos anos de 2000, houve então a Assembleia Geral das Nações Unidas, 
onde houve um acordo que estabeleceu então a resolução nº 254, declarando 2005 
como o início da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, 
depositando na Unesco a responsabilidade pela implementação da iniciativa. 
A Educação e Educação Ambiental possuem uma afinidade, uma proximidade 
e encantamento, uma boa amizade. Amigo é sinal de respeito verdade, 
companheirismo, e na amizade a intimidade é condição para que algo nos toque e 
nos transforme, realizando um encontro entre educação e discussões de temas a 
cerca de valores, preocupações, políticas, sociais, culturais. AMORIM ( 2005) Antonio 
Carlos. 
Art. 1º da lei nº 9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental. 
 
 “Os processos por meios dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades., atitudes 
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida 
a e sua sustentabilidade” 
 
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino de geografia, 
um dos objetivos gerais da educação da geografia traz a questão ambiental 
relacionado com o homem, onde diz que 
 
“lhes permitam ser capazes de identificar e avaliar as ações 
dos homens em sociedade e suas consequências em diferentes 
espaços e tempos de modo a construir referenciais que 
possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões 
socioambientais locais”. 
A Educação Ambiental não deve ser entendida como um tipo especial de 
educação., mas sim de um processo longo e contínuo de aprendizagem de uma 
filosofia de trabalho participativo em que todos, como, família, escola e comunidade, 
devem estar envolvidos. O processo de aprendizagem de que trata a educação 
 
 
 
 
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ambiental, não pode ficar restrito exclusivamente à transmissãode conhecimentos, à 
herança cultural do povo as geração mais novas ou a simples preocupação com a 
formulação integral do educando inserindo em seu contexto social. 
Este, deve ser um processo de aprendizagem centrado no aluno, construtivo a 
longo prazo e respeitador de sua cultura e de sua comunidade devendo ser um 
processo crítico, criativo e político, com preocupação de transmitir conhecimentos, a 
partir da discussão e avaliação crítica dos problemas comunitários e também da 
avaliação feita pelo aluno, de sua realidade individual e social, na comunidades em 
que vive. 
A educação ambiental se torna um exercício para a cidadania. 
Ela tem como objetivo a conscientização das pessoas em relação ao mundo 
em que vivem para que possam ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar 
o meio ambiente natural que a cercam. Essa conscientização se dá a partir do 
conhecimento dos seus recursos, os aspectos da fauna e da flora gerais e, específicos 
de cada região; e, os problemas ambientais causados pela exploração do homem, 
assim como os aspectos culturais que vão se modificando com o passar do tempo e 
da mudança dos recursos naturais, como a extinção de algumas espécies por 
exemplo. 
De acordo com Marcia Helena Quinteiro Leda o maior objetivo é tentar criar 
uma nova mentalidade com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela 
natureza, criando assim um novo modelo de comportamento(...) A educação 
ambiental é um exercício para a participação comunitária e não individualista. 
 
VERTENTES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
A educação ambiental é uma novidade da educação, já praticada em alguns países, 
foi proposta em 1.999 no Brasil. Trata-se de uma metodologia de ensino que visa 
disseminar seus conhecimentos a respeito do meio ambiente. Seu objetivo é despertar 
nos indivíduos habilidades, competências e atitudes para se aplicar às 
responsabilidades de conservar e preservar a natureza. 
Existem muitos métodos de se educar ambientalmente para que o indivíduo se torne 
um cidadão ecologicamente correto. Da mesma maneira, existem muitas vertentes 
que procuram definir, mais precisamente os objetivos, propostas, pensamentos e 
conceitos a respeito da educação ambiental. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o
 
 
 
 
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL CONSERVADORA E CRÍTICA 
Um projeto conservador de Educação ambiental baseado em uma visão liberal 
de mundo acredita que a transformação da sociedade é conseqüência da 
transformação de cada indivíduo. Desta forma a educação por si só, é capaz de 
resolver todos os problemas da sociedade, basta ensinar o que é certo para cada um, 
tornando-se assim uma educação teórica, transmissora de informações. Nesta 
concepção as relações sociais são secundarizadas no trabalho pedagógico, 
enfocando o indivíduo. 
Em uma concepção Crítica de educação ambiental acredita-se que a 
transformação da sociedade é causa e consequência da transformação de cada 
indivíduo, havendo reciprocidade dos processos nos quais propicia a transformação 
de ambos. Nesta visão educando e educador são agentes sociais que atuam no 
processo de transformações sociais, portanto, o ensino é teoria-prática-práxis. Ensino 
que se abre para a comunidade com seus problemas sociais e ambientais, sendo 
estes conteúdos de trabalho pedagógico. Segundo Guimaraes (2006), aqui a 
compreensão e atuação sobre as relações de poder que permeiam a sociedade são 
priorizadas, significando uma educação política. 
Essa EA em construção é crítica ao modelo cientificista, mecanicista, e ainda critica o 
modelo atual de desenvolvimento que se concretiza na proposta de modernização que 
é conservador (moderniza para manter a situação atual) criando sentido como por 
exemplo sobre o desenvolvimento sustentável, caracterizando sustentabilidade como 
campo de disputa .O educador ambiental crítico posiciona-se como cidadão não 
estreitamente pedagógico, mas político de sua intervenção. 
Cabe mencionar que alguns embates entre visões de mundo na educação 
ambiental, estabelecendo posicionamentos distintos, se estruturam em pelo menos 
quatro eixos que se desdobram em vários pressupostos e que formam diferenciadas 
abordagens, as quais é preciso dar a devida atenção ao se assumir determinada 
opção teórica e metodológica. Os eixos que se destacam são; quanto à condição de 
ser natureza; quanto a condição existencial; quanto ao entendimento do que é educar 
e quanto à finalidade do processo educativo ambiental. 
 
 
 
 
 
 
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A relação natureza e sociedade 
A contradição nas relações humanas com a natureza concretizam 
principalmente no avanço industrial e tecnológico, avanços esses, onde tudo é 
extraído da natureza de forma desenfreada. 
 Tudo se inicia no período paleolítico, no qual a relação homem e natureza era 
harmônica. Neste período por volta de 700 – 500 mil anos antes de Cristo, o homem 
e seus interesses com a natureza era de sobrevivência, consistia no uso dos recursos 
conforme a necessidade momentânea para o consumo. 
 Com o tempo e o desenvolvimento da espécie humana, novos métodos foram 
desenvolvidos para sua sobrevivência, como pesca e caça, para isso, a construção 
de objetos como lanças, passaram a ser construídos, também para proteção. 
 Nesse desenvolvimento, veio o cultivo, que com o tempo cresceu e a 
necessidade de cultivar mais, pois as comunidades/grupos cresciam cada vez mais. 
A necessidade do cultivo para alimentação fácil, fez com que crescem cada vez mais 
a produção, junto a preocupação em guardar. 
 Ao longo tempo de desenvolvimento da espécie, e o crescimento desenfreado 
populacional, exigiu a produção acelerada de alimentos. Contudo surge o sistema 
industrial na Europa, estendendo-se para a América do Norte, consequentemente 
aumentando a pressão atmosférica da terra. 
Alguns princípios básicos podem servir para orientar a humanidade para o 
desenvolvimento de técnicas que gerem o equilíbrio entre os seres humanos e o 
mundo natural. Os humanos devem conhecer a Terra, antes de tomar qualquer 
atitude. 
A humanidade deve sair da bolha industrial em que vive, mudar o 
comportamento, valorizando e interagindo com o mundo natural o qual faz parte, 
respeitando as transformações do meio no seu devido tempo. 
É importante haver um processo participativo e sustentável, cada um fazendo 
a sua parte e respeitando o ciclo de cada ser existente no planeta. As técnicas 
adquiridas pelo homem devem servir para proteger o planeta, cuidar dos resíduos 
gerados, para se proteger de alguma transformação natural, e não para destruir a vida. 
Deve haver respeito à grandeza da natureza, reverência à Terra. Enquanto não se 
aprender a celebrar a Terra, não será possível curá-la. 
 
 
 
 
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Marcos Históricos da Educação Ambiental 
No plano internacional, destaca-se em 1951 a publicaçãodo “Estudo da 
Proteção da Natureza no Mundo”, organizado pela União Internacional para a 
Conservação da Natureza – UICN, que havia sido criada em decorrência da 
Conferência Internacional de Fontainbleau, na França, em 1948, com apoio da 
UNESCO. A UICN se transformaria no Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente – PNUMA, em 1972, em razão da Conferência de Estocolmo. 
Momento relevante da educação ambiental surgiu em razão de uma catástrofe, 
no início da segunda metade do século XX. Em 1952, um acidente de poluição do ar 
decorrente da industrialização, ocorrido em Londres, Inglaterra, provoca a morte de 
cerca de 1.600 pessoas. Diante da necessidade de compreender-se esse quadro, 
realizou-se naquele país, em março de 1965, a “Conferência de Educação da 
Universidade de Keele”, onde pela primeira vez utilizou-se a expressão “Educação 
Ambiental” (Environmental Education). Houve recomendação de que a educação 
ambiental deveria se tornar uma parte essencial de educação de todos os cidadãos. 
Naquela época, porém, a educação ambiental era vista como ecologia aplicada, ou 
seja, conservação, conduzida pela biologia. 
A Conferência de Estocolmo de 1972, realizada em razão das idéias divulgadas 
pelo Clube de Roma, principalmente pelo relatório intitulado “Os limites do 
crescimento”, trouxe dois importantes marcos para o desenvolvimento de uma política 
mundial de proteção ambiental, que foram: a criação do Programa das Nações Unidas 
para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi, Quênia, e a recomendação 
de que se criasse o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), conhecida 
como “Recomendação 96”. A Recomendação 96 sugere que “Se promova a educação 
ambiental como uma base de estratégias para atacar a crise do meio ambiente”. 
O princípio 19 da Conferência de Estocolmo de 1972 estabeleceu: 
No Seminário de Educação Ambiental realizado em Jammi (Comissão Nacional 
Finlandesa para a UNESCO, 1974), foram fixados os Princípios de Educação 
Ambiental. Considerou-se que a educação ambiental permite atingir-se o escopo de 
proteção ambiental, e que não deve ser encarada com um ramo científico ou uma 
disciplina de estudos em separado, e sim como educação integral e permanente. 
 
 
 
 
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No ano de 1975, a UNESCO, em colaboração com o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), criou o Programa Internacional de Educação 
Ambiental (PIEA), em atenção à recomendação 96 da Conferência de Estocolmo de 
1972. 
Relevante dizer que a ONU declarou o ano de 1990 como “Ano Internacional 
do Meio Ambiente”, com isso gerando discussões ambientais em todo o mundo. 
Vinte anos após a Conferência de Estocolmo, 1992 foi o ano em que realizou-
se, no Rio de Janeiro, Brasil, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92. Afirmou-se, no princípio 10 da 
Declaração ali proposta: 
“A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, 
no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada 
indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que 
disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e 
atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar 
dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a 
participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será 
proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no 
que se refere à compensação e reparação de danos.” 
 
ALGUMAS DAS BASES TEÓRICAS DAS METODOLOGIAS DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
KARL MARX 
Marx fundamentava suas teorias naquilo que é o homem ou no que é sua 
existência. Ele também enfatizava que “o homem é condenado a ser livre”. Ao falar 
sobre as relações sociais do homem, ressaltava que elas deveriam ser entendidas 
pelas relações que o próprio homem deveria manter com a natureza, local onde ele 
desenvolve suas práticas. Assim como o homem produz o seu próprio ambiente, por 
outro lado, esta produção da condição de existência não é livremente escolhida, mas 
sim, previamente determinada. 
De acordo com as teorias marxistas, o homem pode fazer a sua História, mas 
não nas condições que ele mesmo escolhe, no entanto, mesmo historicamente 
determinado pelas condições, ele é responsável por todos os seus atos, pois é livre 
 
 
 
 
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para escolher. Se o homem se constitui a partir de seu próprio trabalho, a sociedade 
se constitui a partir das condições materiais de produção, que depende de fatores 
naturais (como clima,, biologia, geografia, ...), que promovem a relação Homem-
Natureza, assim como da divisão social do trabalho e da cultura. 
A liberdade depende da relação que o homem tem com a natureza, somos 
responsáveis pelos nossos atos, O homem produz o seu próprio ambiente e esta 
condição não é livremente escolhida, mas pré-determinada. Fala da Igualdade, o 
capitalismo trouxe o desequilíbrio, fome, exclusão, pobreza. 
EDGAR MORIN 
A estrutura do pensamento Moriniano é pautada numa epistemologia da 
complexidade que compreende quantidades de unidades, interações diversas, 
incertezas, indeterminações e fenômenos aleatórios. Seu trabalho consiste na 
sistematização da crítica aos princípios objetivos, hipóteses e conclusões de um saber 
fragmentado. A complexidade, cerne (parte principal) do pensamento de Morin, traz 
em seu bojo a tarefa de ligar tudo que está disjunto. 
“ O regresso ao começo não é um círculo vicioso se 
a viagem, como hoje a palavra trip indica, significa 
experiência, donde se volta mudado. Então, talvez 
tenhamos podido aprender aprendendo. Então, o círculo 
terá podido transformar-se numa espiral onde o regresso 
ao começo é, precisamente, aquilo que a afasta do 
começo”. (MORIN, 1977, P.25) 
Fala da complexidade em ligar tudo (teoria cartesiana) critica o saber 
fragmentado e fala da importância do saber sistematizado, conhecer e a experiência 
(objetivos, hipóteses, conclusões) sistematizar é aprofundar, conhecer cientíifico para 
transformação, também fala da liberdade de escolha, nós construímos o nosso destino 
a partir das escolhas que fazemos. A escola tem que preparar o aluno para não ver 
as coisas de modo isolado (teoria cartesiana) por partes ( especialista) mas saber de 
tudo um pouco. 
PAULO FREIRE 
Paulo Freire nos propõe uma Pedagogia da Liberdade, a qual tem suas 
exigências e a primeira delas é exatamente o reconhecimento dos privilégios da 
prática. E este é particularmente o caso quando a própria elaboração teórica em sua 
 
 
 
 
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abertura à história, ilumina a urgência da alfabetização e de conscientização das 
massas neste País em que os analfabetos constituem na metade da população e 
são a maioria dos pauperizadospor um sistema social marcado pela 
desigualdade e pela opressão. 
A preocupação básica da Pedagogia de Paulo Freire é conscientização e 
mudança, combate a concepção ingênua da Pedagogia que se crê motor ou alavanca 
da transformação social e política, o pessimismo sociológico que consiste em dizer 
que a educação reproduz mecanicamente a sociedade. Analisa as possibilidades e as 
limitações da educação, nasce um pensamento pedagógico que leva o educador e 
todo profissional e se engajar social e politicamente, a perceber as possibilidades da 
ação social e cultural na luta pelas transformação das estruturas da sociedade 
classista. 
 “ A educação é utópica no sentido de que é uma prática 
que vive a unidade dialética, dinâmica entre a denuncia e o 
anuncio, entre a denuncia de uma sociedade injusta e espoliadora 
(rouba) e o anuncio do sonho possível de uma sociedade que pelo 
menos seja menos espoliadora, do ponto de vista das grandes 
massas populares que estão constituindo as classes sociais 
dominadas”. (PAULO FREIRE, 1984, p.100) 
 
A Função da escola não é ensinar o que o aluno pode aprender sozinho mas fazer 
com que os conceitos evoluam para o cientifico. 
LEONARDO BOFF 
Para Leonardo estima-se então que dessa vez não será diferente e há chance 
de salvamento. Mas para isso devemos percorrer um longo caminho de conversão de 
nossos hábitos cotidianos e políticos, privados e públicos, culturais e espirituais. A 
degradação crescente de nossa casa comum, a Terra, denuncia nossa crise de 
adolescência. Importa que entremos na idade madura e mostremos sinais de 
sabedoria. Sem isso não garantiremos um futuro promissor. 
Boff (2003, p.17) formaliza esta questão dizendo: “mais que o fim do mundo estamos 
assistindo ao fim de um tipo de mundo. Estamos enfrentando uma crise civilizatória 
generalizada. Precisamos de um novo paradigma de convivência que funde uma 
relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um novo pacto social entre os 
 
 
 
 
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povos no sentido de respeito e de preservação de tudo que existe e vive. Só a partir 
dessa mutação faz sentido pensarmos em alternativas que representem uma nova 
esperança. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com o desenvolvimento desordenado, as altas produções de produtos que 
agridem o ambiente se multiplicaram cada vez mais, desta forma se faz cada vez mais 
importante conscientizar a população sobre a importância da consciência ambiental, 
pois ao longo das últimas décadas, as pressões sobre o ambiente tornaram-se cada 
vez mais evidentes, fazendo erguer uma voz comum pelo desenvolvimento 
sustentável, o chamado terceiro setor. Essa estratégia requer um novo 
enquadramento mental e novo conjunto de valores. A educação é essencial à 
promoção de tais valores e para aumentar a capacidade das pessoas de enfrentar as 
questões ambientais e de desenvolvimento. A educação em todos os níveis, 
especialmente a base, tida como educação infantil que é onde o professor irá fixar 
valores que irão ganhando força ao longo dos anos de vida dos alunos, deve ser 
orientada para o desenvolvimento sustentável e para forçar atitudes, padrões de 
capacidade e comportamentos ambientalmente conscientes, tal como um sentido de 
responsabilidade ética. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL - Parâmetros Curriculares Nacionais – Geografia, V5. 
BERRY, Thomas. O Sonho da Terra. Petrópolis: Vozes, 1991. 
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: 
Vozes, 2003. 
Morgana. A vida e o pensamento de Karl Marx. São Paulo; Minuano. 
MOREIRA, Marco Antonio. Ensino aprendizagem: enfoques teóricos. São Paulo: 
Moraes. 
PETRAGLIA, Izabel Cristina. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do 
saber. Petrópolis: Vozes, 2003. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental Acessado em 
14.06.2019 às 16:27hr. 
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental acessado em 
23.06.2019 as 23:03hr 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ambiental
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental

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