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ESTRUTURA CONCEITUAL DAS DEMONTRAÇÕES CONTÁBEIS

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RESUMO 
 
Para que seja elaborada uma demonstração contábil é preciso de normas de 
tratamento e exposição das informações contábeis. Assim, à uma estrutura 
conceitual, que estabelece bases que auxiliam na elaboração e na apresentação das 
demonstrações contábeis destinadas aos usuários internos e externos. 
A estrutura conceitual informa as definições de ativo, passivo, patrimônio 
líquido, receita e despesa, conceitos sobre apresentação e divulgação e estabelece 
também os atributos apreciativos das informações financeiras indispensáveis. Os 
Princípios Brasileiros seguem os conceitos Norte Americanos, com algumas 
variáveis em decorrência da situação socioeconômica do país, os Princípios 
Contábeis são base de conduta empresarial, onde fundamentam os conceitos, teoria 
e a pratica desta ciência. 
O trabalho tem como objetivo mostrar sobre a origem, os princípios 
fundamentais e toda a importância das normas que foram elaboradas, afim de 
permitir uma padronização, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e 
as Normas Internacionais de Contabilidade. O trabalho desenvolvido servirá para 
outros estudantes do ramo de Ciências Contábeis, esclarecendo algumas dúvidas, 
despertado interesse de novas pesquisas e principalmente ajudando na formação e 
complemento do conhecimento sobre o assunto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho contém um breve estudo referente ao Comitê de 
Pronunciamento Contábeis – CPC, onde são citados os elementos das 
demonstrações contábeis, Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas, 
abordando também os princípios contábeis de acordo com o conselho federal de 
contabilidade – CFC. 
Levando em consideração o tema do trabalho, o estudo foi dividido em 
capítulos. No primeiro capítulo foi apresentado uma abordagem geral sobre o tema e 
o problema deste estudo, bem como os objetivos. 
A contabilidade moderniza-se e torna-se cada vez mais importante na vida 
das empresas de todos os portes, e a contabilidade internacional surge para 
construir um ponto comum entre os relatórios financeiros elaborados por contextos 
de outros países e definir métodos de adaptação aos padrões internacionais a partir 
da contabilidade local. 
O objetivo desse trabalho é colher o máximo de informações possíveis para 
acrescentar na nossa futura profissão e entender as mudanças que houve na 
estrutura conceitual das demonstrações contábeis. 
Assim, o tema escolhido é de grande valia, pois ele fornece informações 
atualizadas sobre a aproximação e a apropriação de conhecimentos das rotinas 
atribuídas ao contador por meio do estudo da estrutura conceitual das 
demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE SEGUNDO O CFC 
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) foi criado no Brasil pelo Decreto-
lei 9.295/46, resultado de uma discussão de melhoria da profissão de contador junto 
à sociedade, com a vontade de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da 
profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade e tem, 
dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, principalmente a de 
orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos 
Conselhos Regionais de Contabilidade , além de regular acerca dos princípios 
contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação 
continuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza 
técnica e profissional. 
Aos conselhos profissionais cabe: regular a profissão; orientar os profissionais 
no exercício do seu ofício; zelar pela ética e excelência nos serviços prestados; 
conceder o registro ao profissional e fiscalizá-lo em suas atividades. É essencial sua 
organização a fim de proteger e zelar pelos interesses da sociedade e, além disso, 
assegurar o exercício profissional de pessoas qualificadas e habilitadas para prestar 
serviços de qualidade. 
É importante ressaltar que esse compromisso com a sociedade se torna ainda 
mais valoroso tendo em vista o momento vivenciado no País. Os casos de corrupção 
e ações criminosas, envolvendo tanto o Governo quanto empresas. Em 2010 foi 
sancionada pela Lei 12.249 /10, que instituiu a obrigatoriedade do Exame de 
Suficiência na área contábil. 
Atribui-se desde 1983 a função de organização de uma doutrina oficial 
contábil brasileira, cujo conjunto denomina de Normas Brasileiras de Contabilidade, 
aprovadas periodicamente por resoluções. Conforme se pode observar, os 
profissionais da área de contabilidade estão sujeitos compulsoriamente cumprir o 
CFC no exercício profissional e no desempenho das atividades de contabilista, 
estando sujeitos a penalidades, que variam de multas pecuniárias a suspenção do 
exercício da profissão. Existindo o descumprimento tense uma infração do Art. 27 do 
decreto lei n 9.295 de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao código de ética 
profissional do contabilista. 
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são regras de nível mundial, 
devidamente adaptados no Brasil, a serem seguidas pelos profissionais da área 
contábil, permitindo aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade 
em função de reconhecimento dos critérios adotados para elaboração das 
demonstrações financeiras. A contabilidade não foge à regra, toda ciência, de modo 
geral, tem certos princípios definidos para orientarem e ajudarem os profissionais 
que atuam sobre elas a solucionarem determinados problemas e dificuldades. 
Em 1981, o Conselho Federal de Contabilidade designou alguns de seus 
consultores para fixar os Princípios Fundamentais da Contabilidade. Estes 
Princípios elaborados, foram fixados pela Resolução 530/81 do Conselho Federal 
de Contabilidade. São eles: 
 
 Princípio da Entidade; 
 Princípio da Qualificação dos bens Patrimoniais; 
 Princípio da Expressão Monetária; 
 Princípio da Competência; 
 Princípio da Oportunidade; 
 Princípio da Formalização dos Registros Contábeis; 
 Princípio da Terminologia Contábil; 
 Princípio da Equidade; 
 Princípio da Continuidade; 
 Princípio da Periodicidade; 
 Princípio da Prudência; 
 Princípio d a Uniformidade; 
 Princípio da Informação; 
 Princípio de Atos e Fatos Aleatórios; 
 Princípio da Correção Monetária e 
 Princípio da Integração. 
 
Em, 29 de dezembro de 1993, o Conselho Federal de Contabilidade através 
da Resolução 750/93, devido à grande evolução ocorrida nos últimos anos na área 
de Ciências Contábeis, atualiza seus Princípios Fundamentais, reduzindo-os à sete 
como segue: 
 Princípio da Entidade; 
 Princípio da Continuidade; 
 Princípio da Oportunidade; 
 Princípio do Registro pelo Valor Original; 
 Princípio da Atualização Monetária; 
 Princípio da Competência e 
 Princípio da Prudência. 
Em 2010 foi feita a última revisão, surgindo a Resolução nº 1.282/10, 
alterando a Resolução nº 750/93, onde os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade (PFC), citados na Resolução CFC n.º 750/93, passam a denominar-
se Princípios de Contabilidade (PC), e a mudança do contexto socioeconômico do 
Brasil, levou à necessidade de alguns ajustes, como a Atualização monetária no 
contexto da estabilidade financeira, ainda existente nos princípios porém, dentro dos 
princípios do Registro pelo valor Original. 
 
2.1.1 Princípio da Entidade 
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, Resolução n°750/93, art4°: 
“O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aquelesdos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. (...) ” 
Entidade tem seu significado como, individualidade. Seria o princípio que se 
trata da autonomia do patrimônio da empresa. Seus ativos e passivos, receitas e 
despesas, devem ser distintos e independentes, mantendo os respectivos 
patrimônios segregados. 
Esse princípio tem uma dupla função, proteger o patrimônio da empresa e o 
do empresário. Sabemos que, quando muitas coisas são feitas ao mesmo tempo, 
ou quando há inúmeros dados disponíveis e que precisam ser analisados, caso não 
façamos uma distinção entre patrimônios, a chance de erros é muito grande. 
Naturalmente, essa questão não envolve apenas aspectos contábeis, mas também 
aspectos éticos e organizacionais. 
Os casos mais comuns de usufruírem do dinheiro da empresa com gastos 
pessoais, tem sido em empresas de pequeno porte, aquelas de ambiente familiar, 
porém não podemos deixar de fazer uma ressalva para as de grande porte, este é 
um princípio muito importante a ser seguido e alcançar uma trajetória de sucesso. 
Afinal, se o dinheiro da empresa está sendo usado para gastos pessoais, 
naturalmente está havendo um desvio de dinheiro. 
. 
2.1.2 Princípio da Continuidade (Resolução n° 750/93, artigo 5º) 
O Conselho Federal da Contabilidade descreve o princípio da contabilidade 
da seguinte forma: 
Afirma que o patrimônio da Entidade, na sua composição qualitativa e 
quantitativa, depende de condições em que provavelmente se desenvolverão as 
operações da entidade. Os conceitos de custos são vários: custo original, custo de 
reposição, custo de oportunidade, custo original ajustado pelas variações do índice 
geral de preços etc. Se a contabilidade não interessa, normalmente, o valor da 
realização, não implica isto que é o único tipo de custo relevante, para efeito de 
avaliação contábil, seja o histórico. 
“Com o objetivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da 
situação financeira e de resultados das operações da empresa, 
indicam-se seguidamente os princípios contabilísticos fundamentais 
da continuidade, considera-se que a empresa opera 
continuadamente, com duração limitada. ” (SÁ, Antônio Lopes de. 
Princípios Fundamentais da Contabilidade. 2. ed, SP: Atlas 1995, p. 
44.) 
 
2.1.3 Princípio da Oportunidade 
O Conselho Federal da Contabilidade assim descreve o princípio da 
oportunidade: 
O ponto primordial deste princípio é o reconhecimento das transações que 
afetam o patrimônio no momento em que ocorreram na sua totalidade. As variações 
patrimoniais devem ser identificadas e classificadas de modo a traduzir com 
fidelidade a posição patrimonial econômica e financeira da entidade numa 
determinada data. 
“O princípio da oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato 
de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma entidade no 
momento que elas ocorrem. ” CFC – Brasília. DF. 1999, p. 42. 
 
2.1.4 Princípio do Registro pelo Valor Original 
Conforme o CFC Resolução 750/93, temos que: 
“Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos 
valores originais das transações, expressos em moeda nacional. (..) “ 
Este Princípio estabelece que, quaisquer transações feitas em moeda 
estrangeira, deverá ter sua contabilização feita em moeda nacional, no momento de 
sua aquisição, isto é, os bens e serviços e todo o patrimônio da empresa devem ser 
registrados de acordo com o valor originalmente pagos por ele convertidos em 
moeda nacional, independentemente do que vale no mercado. Uma vez integrado 
ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer 
variações decorrentes dos seguintes fatores: 
Custo corrente: Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data 
ou no período das demonstrações contábeis; 
Valor realizável: Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
Valor presente: Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
Valor justo: É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo 
da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. (CFC 
Resolução 1.282/10). 
O princípio da Atualização monetária foi revogado pela Resolução 1.282/10, 
tornando-se parte do Princípio Registro pelo Valor Original. São princípios de forte 
ligação. 
“Art. 7° § 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, 
não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II – 
para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das 
transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em 
moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente 
corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por 
consequência, o do Patrimônio Líquido; e III – a atualização 
monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a 
variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período.” 
 
2.1.5 Princípio da Competência 
O Conselho Federal de Contabilidade, Resolução 750/93 Art.9°, assim 
apresenta o Princípio da Competência: 
“ As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente 
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou 
pagamento. 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações 
no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no 
patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das 
mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da 
OPORTUNIDADE. 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando 
correlatas, é consequência natural do respeito ao período em que 
ocorrer sua geração. 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
I – Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o 
pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela 
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à 
ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados; 
II – Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer 
que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo 
de valor igual ou maior; 
III – Pela geração natural de novos ativos independentemente da 
intervenção de terceiros; 
IV – No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
I – Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por 
transferência de sua propriedade para terceiro; 
II – Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III – Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. ”É muito comum ouvimos falar em “regime de competência” e “regime de 
caixa”, onde um é o oposto do outro. Porém podemos dizer que “regime de 
competência” e “princípio da competência” trata-se de um mesmo significado. A 
competência tem o dever de reconhecer despesas no ato que são incorridas ou as 
receitas no ato que são geradas, independentemente se serão pagas ou recebidas. 
Sem falar que, para fins de observância do princípio contábil e de cumprimento da 
legislação comercial e fiscal, as pessoas jurídicas devem seguir em sua 
escrituração, o regime de competência. 
 
2.1.6 Princípio de Prudência 
O Conselho Federal de Contabilidade descreveu assim o Princípio de 
Prudência: 
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, sempre que se 
apresentem duas alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
do patrimônio. 
A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos, a situações 
classificáveis como manipulações do resultado, com a consequente criação de 
reservas ocultas. Pelo contrário, deve constituir garantia de inexistência de valores 
artificiais de interesse de determinadas pessoas, especialmente administradores e 
controladores, aspecto muito importante nas Entidades integrantes do mercado de 
capitais. 
“O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes de ativo do maior do passivo, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido”. (FRANCO, 
Hilário. Evolução dos princípios contábeis no Brasil 4. ed, SP: Atlas 
1988, p. 50.) 
 
3 ATRIBUTOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE SEGUNDO A 
ESTRUTURA CONCEITUAL PARA A ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÃO 
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. 
As características qualitativas são atributos que tornam as informações 
financeiras úteis aos usuários, que tendem a ser investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, com a finalidade de que 
tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas informações contidas 
em seu relatório financeiro. 
Relatórios financeiros fornecem informações sobre os recursos econômicos 
da entidade que refere, reivindicações contra a entidade que reporta e os efeitos de 
transações e outros eventos e condições que alteram esses recursos e 
reivindicações. Alguns relatórios financeiros incluem também material explicativo 
sobre os planos e expectativas da administração para a entidade que reporta. 
As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a 
informações financeiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a 
informações financeiras fornecidas de outras formas. 
 
3.1 Características qualitativas fundamentais 
 Relevância e representação fidedigna são as características qualitativas 
fundamentais. 
 
3.1.2 Relevância 
 Segundo a resolução 2019/NBC- Informações financeiras relevantes são 
capazes de atenderem às necessidades dos usuários na tomada de decisões. 
Informações podem ser capazes de fazer diferença em uma decisão presente, 
futura, ou em eventos passados, ainda que alguns usuários optem por não tirar 
vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir de outras fontes. 
As informações financeiras são capazes de fazer diferença em decisões se 
tiverem valor preditivo ou valor confirmatório, ou ambos, que acabam sendo inter-
relacionados, tentando prever e acabar por confirmar, por exemplo, informações 
sobre receitas para o ano corrente, que podem ser utilizadas como base para prever 
receitas em anos futuros. Os resultados acabam por ajudar na melhoria e correção 
de processos usados anteriormente 
Informações financeiras têm valor confirmatório se confirmam ou alteram 
avaliações realizadas anteriormente. 
 
3.1.3 Materialidade 
Segundo a resolução 2019/NBC - A relevância das informações é mutável a 
partir de sua natureza e sua materialidade, em alguns casos somente a natureza 
das informações determinam a sua relevância, porém há casos que necessitam da 
natureza e da materialidade. 
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base 
na natureza ou magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se 
referem no contexto do relatório financeiro da entidade individual, e é determinada 
dependendo do tamanho do item ou do erro, com base nas omissões ou distorções. 
Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para 
materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica. 
 
3.1.4 Representação fidedigna 
Segundo a resolução 2019/NBC - Relatórios financeiros são fenômenos 
econômicos traduzidos em palavras e números. Para serem úteis, informações 
financeiras não devem apenas representar fenômenos relevantes, mas também 
representar de forma fidedigna, ou digna de confiança, a essência dos fenômenos 
que pretendem constituir. Em muitas ocasiões, a essência de fenômeno econômico 
e sua forma legal são idênticas. Se não forem as mesmas, fornecer informações 
apenas sobre a forma legal não representaria fidedignamente o fenômeno 
econômico. 
A representação perfeitamente fidedigna, possui três características. Ela é 
completa, neutra e isenta de erros. Claramente, a perfeição nunca ou raramente é 
atingida. O objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto possível. 
A representação completa engloba todas as informações necessárias para 
que o usuário entenda os fenômenos que estão sendo representados, além de todas 
as explicações e descrições necessárias. Para alguns itens, uma representação 
completa pode envolver uma análise ainda mais profunda, indicando fatos 
significativos e fatores/circunstâncias que podem afetar sua qualidade 
A representação neutra não é tendenciosa e nem polarizada na apresentação 
ou na seleção de informações financeiras. A representação neutra não possui 
inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de ser enfatizada, nem é 
manipulada para aumentar a probabilidade de que as informações financeiras serão 
recebidas de forma boa ou ruim pelos usuários. Informações neutras então 
significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhuma influência sobre o 
comportamento? Ao contrário, informações financeiras relevantes são, por essência, 
capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários. 
 
3.1.5 Aplicação das características qualitativas fundamentais 
A aplicação das características qualitativas deve ser acompanhada por um 
balanceamento entre as características qualitativas, por objetivo atingir um equilíbrio 
apropriado entre as características, assim satisfazendo aos objetivos das 
demonstrações contábeis. 
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas 
fundamentais é, normalmente, o seguinte, identificar o fenômeno econômico, 
informações sobre o que é capaz de ser útil para os usuários das informações 
financeiras da entidade que reporta. Logo em seguida, identificar o tipo de 
informação sobre esse fenômeno que é mais relevante. Em terceiro lugar, 
determinar se essas informações estão disponíveis e se podem fornecer 
representação fidedigna do fenômeno econômico. 
 
3.2 Características qualitativas de Melhorias 
Para que os relatórios contábeis possam ser considerados úteis, as Empresas 
precisam possuir algumas qualidades e características que ofereçam um amparo 
para o entendimento, visto isto, comparabilidade, capacidade de verificação, 
tempestividade e compreensibilidade são as características qualitativas de melhoria 
que amparam o entendimento de forma clara e fidedigna. 
 
3.2.1 Comparabilidade 
As informações contábeis devem ser comparadas entre os períodos, 
distinguindo entre o similar e o diferente. 
Segundo a resolução 2019/NBC - Comparabilidade é a característica 
qualitativa que permiteaos usuários identificar e compreender similaridades e 
diferenças entre itens. Diferentemente das outras características qualitativas, a 
comparabilidade não se refere a um único item. A comparação exige, no mínimo, 
dois itens. 
Para que se tenha uma comparação eficaz, são necessários que as 
demonstrações contábeis apresentem as informações de períodos anteriores, como 
por exemplo Posição patrimonial e financeira na entidade. 
 
 
3.2.2 Capacidade de Verificação 
Segundo a resolução 2019/NBC - A capacidade de verificação ajuda a 
garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os 
fenômenos econômicos que pretendem representar. 
A verificação pode ser denominada direta ou indireta: Verificação direta 
observa-se o valor ou outra representação em uma forma mais objetiva poupando 
certas análises, por exemplo, contando-se dinheiro. 
Verificação indireta é utilizada para analisar o valor contábil do estoque, 
checando as informações (quantidades e custos) e recalculando o estoque final, 
utilizando a mesma premissa de fluxo de custo (por exemplo, utilizando o PEPS), 
sendo mais criterioso e abrangente na análise. 
 
3.2.3 Tempestividade 
Segundo a resolução 2019/NBC - Tempestividade significa disponibilizar 
informações aos tomadores de decisões a tempo para que sejam capazes de 
influenciar suas decisões. 
Tempestividade consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as 
necessidades do processo de decisão econômica dos usuários. As informações 
precisam ser confiáveis e dentro do tempo de execução da decisão. 
Contudo em alguns casos a Tempestividade pode consistir por mais tempo, 
pois alguns relatórios servem para análise e verificação futura. 
 
3.2.4 Compreensibilidade 
Segundo a resolução 2019/NBC - Classificar, caracterizar e apresentar 
informações de modo claro e conciso as torna compreensíveis. 
Compreensibilidade consiste na clareza das informações, para isto é 
essencial o conhecimento razoável dos negócios, da atividade econômica da 
empresa e de contabilidade, para auxiliar nos relatórios e no entendimento das 
demonstrações contábeis, fazendo com que as informações técnicas não sejam 
excluídas. 
As características qualitativas de melhorias precisam fornecer informações 
relevantes e fidedignas. O processo para aplicação não exige uma ordem prescrita, 
elas podem ser aplicadas conforme a necessidade e intensidade pela qual o 
relatório consiste. 
4 ESTRUTURA CONCEITUAL 
Nos ultimos anos tem sido amplo e de essencial importancia o mercado 
brasileiro de capitais que vem crescendo, exigindo transparência em toda a sua 
dimensão e comparabilidade de informações e estabelecendo a necessidade de 
aproximação das normas contábeis do país às internacionais. Essa adequação é de 
grande importancia, entre outras razões, distintas e capazes de causar eventuais 
erros de interpretação e maior custo para a entidade na elaboração de suas 
demonstrações. 
Resultantes das recentes mudanças ocorridas no cenário contábil mundial, 
como o fortalecimento dos padrões internacionais de contabilidade ocorreram dois 
acontecimentos importantes para a contabilidade nacional: 
A publicação da Deliberação CVM nº488, buscando a convergência das 
práticas contábeis brasileiras com as práticas contábeis internacionais, visando ao 
aumento da transparência e da segurança das informações contábeis divulgadas ao 
público investidor, e possibilitando, a um custo mais baixo, o acesso das empresas 
brasileiras às fontes de financiamento externas e a criação do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) que passa a emitir os pronunciamentos 
brasileiros de contabilidade. 
Pode-se considerar que o processo de convergência brasileira em direção 
aos padrões internacionais de contabilidade se iniciou com a publicação da 
deliberação 488 da CVM, determinando como obrigatória essa harmonização para 
as empresas de capital aberto no Brasil. 
Segundo a Deliberação nº488 da CVM, destaca-se a importância e a 
necessidade de que as práticas contábeis brasileiras sejam convergentes com as 
práticas contábeis internacionais, seja em função do aumento da transparência e da 
segurança nas informações contábeis, seja por possibilitar, a um custo mais baixo, o 
acesso das empresas nacionais às fontes de financiamento externas. 
Destaca-se também, a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) como uma das ações mais efetivas no sentido do Brasil adequar-se às 
normas internacionais de contabilidade. 
Em 2007 foi apresentado um trabalho para o CPC e para a CVM sobre a 
Estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações contábeis, cujo o título 
era “Pronunciamento conceitual básico” que fazia correlação com as normas 
internacionais, a minuta do trabalho em questão esteve em audiência pública e 
várias sugestões sobre a forma e conteúdo foram recebidas e analisadas, algumas 
que tratavam sobre a forma foram acatadas. Com o objetivo de promover e manter 
plena convergência com as normas internacionais o que dizia a respeito do 
conteúdo foi feito utilizando o documento que trata da estrutura conceitual de 
contabilidade adotado pelo IASB apenas traduzido e feito pequenas alterações. 
Em 2008 foi aprovado e divulgado pelos membros do CPC o “Pronunciamento 
Conceitual Básico- Estrutura conceitual para elaboração das demonstrações 
contábeis” que foi revogado e revisado, o que está em vigor atualmente é o 
pronunciamento técnico que possui o seguinte título: "Estrutura Conceitual para 
relatório financeiro - Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade.", que foi 
aprovado em 01/11/2019 e divulgado em 10/12/2019 pelo CPC. De acordo com o 
relatório de audiência pública a minuta deste pronunciamento que tratava da revisão 
da estrutura conceitual para relatório financeiro esteve em audiência juntamente com 
o CFC e a CVM pelo período de 60 dias, de 29/08/2019 a 28/10/2019, as sugestões 
que trataram da forma, de natureza redacional ou com características de melhoria 
do entendimento, a grande maioria foram acatadas. 
Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), a Norma Brasileira de 
Contabilidade Técnica Geral (NBC TG) Estrutura Conceitual (EC), no qual seus 
conceitos foram atualizados. Com vigência a partir de 1° de janeiro de 2020. (CFC, 
2019). Esta informa as definições de ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e 
despesa. A avalição para que ativos e passivos sejam apresentados nas 
demonstrações contábeis e o momento correto de baixá-los, apresenta as bases de 
mensuração e forma correta de usá-las, conceitos sobre apresentação e divulgação. 
Estabelece também os atributos apreciativos das informações financeiras 
indispensáveis, trazendo também uma definição das entidades que o relata 
juntamente com seus limites. 
A estrutura conceitual atual adotada pelo CPC, assim como a anterior, tem 
correlação com as Normas Internacionais de Contabilidade, esse aspecto é muito 
importante devido à grande interação econômica e empresarial que o Brasil possui 
com diversos países do mundo, através da obra de Carvalho & Lemes (2010, p.02) é 
possível concluir que a busca pela padronização na contabilidade mundial tem o 
objetivo de atender a maximização da utilidade da informação contábil para os mais 
diversos usuários. 
“A adoção de normas internacionais de contabilidade pelas empresas 
mundiais está associada a benefícios econômicos concretos na forma de 
atração de maior volume de investimentos, uma vez que o processo de 
globalização trouxe para primeiro plano a demanda por informações 
contábeis confiáveis e comparáveis para suportar a variedade de transações 
e operações deste mercado. ” (Antunes,2007, p. 03) 
4.1 Posição patrimonial e financeira 
Os ativos, passivos e patrimônio líquido estão envolvidos com a mensuração 
da posição patrimonial. 
Já os elementos relacionados diretamente com a mensuração do resultado 
são as receitasde despesas. 
Havendo necessidade são realizados ajustes para manutenção de capital, 
devendo ser incluídos no patrimônio líquido. 
Através das demonstrações é possível ter Informações sobre o desempenho 
passado da empresa e sobre como a administração cumpriu suas responsabilidades 
de gestão, tais dados são úteis para prever os retornos futuros da entidade sobre 
seus recursos econômicos. 
De acordo com o CPC (2019, p.6) 
“Informações sobre a natureza e os valores dos recursos econômicos 
e reivindicações da entidade que reporta podem auxiliar os usuários 
a identificar os pontos fortes e fracos financeiros da entidade que 
reporta. Essas informações podem auxiliar os usuários a avaliar a 
liquidez e solvência da entidade que reporta, suas necessidades de 
financiamento adicional e a sua probabilidade de êxito na obtenção 
desse financiamento. Essas informações também podem auxiliar os 
usuários a avaliar a gestão de recursos da administração sobre os 
recursos econômicos da entidade. Informações sobre prioridades e 
exigências de pagamento de reivindicações existentes auxiliam os 
usuários a prever como futuros fluxos de caixa serão distribuídos 
entre aqueles que tiverem reivindicações contra a entidade que 
reporta” 
As informações financeiras devem ser úteis, portanto devem ser relevantes e 
com o objetivo de melhorar a qualidade e a confiabilidade das informações elas 
devem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. Desse modo 
facilitando a avaliação sobre o valor, a perspectiva dos futuros fluxos de caixa da 
entidade, a avaliação da gestão da administração da empresa entre outras, por parte 
dos usuários. 
As demonstrações contábeis são elaboradas para um período de tempo 
específico e conforme a estrutura conceitual fornecem informações sobre ativos, 
passivos e patrimônio líquido que existiam no final do período de relatório, ou 
durante o período de relatório e também as receitas e despesas para o período. 
Para ajudar os usuários a identificarem e avaliarem mudanças e tendências, 
as demonstrações contábeis também fornecem informações comparativas 
geralmente do relatório do período anterior. 
De acordo com CPC (2019, p. 55) 
“Para facilitar a comunicação efetiva de informações nas 
demonstrações contábeis, ao desenvolver requisitos de 
apresentação e divulgação nos pronunciamentos, é necessário um 
equilíbrio entre: 
(a) dar às entidades a flexibilidade para fornecer informações 
relevantes que representem fidedignamente os ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade; 
(b) exigir informações que sejam comparáveis, tanto de período a 
período para a entidade que reporta como em um único período de 
relatório para diferentes entidades” 
 
A estrutura conceitual abrange demonstrações contábeis de empresas 
comerciais, industriais, prestadoras de serviços etc. seja ela do setor privado ou 
público. Alguns itens complementares que a organização possa precisar na tomada 
de decisão como os relatórios financeiros, relatórios da administração, relatórios e 
análises gerenciais, não fazem parte das demonstrações contábeis e não são 
publicados sendo utilizados somente internamente. 
O governo ou os órgãos ligados a ele quando necessário podem determinar 
exigências para tais demonstrações desde que essas exigências não afetem a 
estrutura conceitual utilizada e nem as informações que serão importantes para 
outros usuários. 
4.2 Mensuração e reconhecimento dos elementos das demonstrações 
contábeis: 
Para serem reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e 
demonstração do resultado, os elementos das demonstrações contábeis devem 
passar por um processo chamado Mensuração, para que seu montante monetário 
seja definido. 
4.2.1 Bases de Mensuração 
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos 
recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os 
passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em 
troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por 
exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou 
equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o 
passivo no curso normal das operações. (b) Custo corrente. Os 
ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de 
caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são 
reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, 
não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a 
obrigação na data do balanço. (c) Valor realizável (valor de 
realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos 
montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser 
obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são 
mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos 
montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que 
se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações 
no curso normal das operações. (d) Valor presente. Os ativos são 
mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de 
entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa 
que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso 
normal das operações. (NBC, 2019, p. 32) 
 
4.2.2 Bases de Reconhecimento 
Reconhecimento de ativos: somente deverá ser realizado quando houver 
confiabilidade em benefício futuro originando do mesmo, caso contrário deverá ser 
reconhecido como despesa na demonstração do resultado. 
Reconhecimento de passivos: este deve ser reconhecido no balanço 
patrimonial quando para algum benefício seja necessário a saída de recursos (em 
caso de pedidos de compra ou mercadorias ainda não recebidas, não são 
reconhecidos como passivo). 
Reconhecimento de receitas: desde que mensurado com confiabilidade, 
ocorre quando há aumento no ativo ou diminuição no passivo. E uma das exigências 
da estrutura conceitual é que a receita já tenha sido ganha, evitando assim 
incertezas quanto ao seu reconhecimento. 
Reconhecimento de despesas: ocorre em sequência a diminuição de um ativo 
ou aumento de um passivo. 
4.3 Demonstrações Contábeis: 
Em uma organização as informações financeiras são divulgadas através das 
seguintes demonstrações contábeis: 
4.3.1 Balanço Patrimonial 
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil obrigatória que tem o 
objetivo de evidenciar a situação patrimonial das empresas em um determinado 
período, com base nos fatos contábeis registrados na escrituração contábil. Através 
de uma breve análise do balanço de uma entidade é possível verificar quais são os 
bens, os direitos, as obrigações, as reservas de lucros, capital social etc. e qual é o 
valor de cada um dos itens. 
Ele é constituído pelos subgrupos, cujas contas são ordenadas por ordem de 
liquidez: 
Ativo: O Ativo de uma empresa representa tudo aquilo que a empresa possui 
e controla, sejam estes bens, créditos ou direitos, tangíveis ou intangíveis, capazes 
de gerar benefícios econômicos futuros resultados de eventos ocorridos no passado. 
Ativo Circulante: O Ativo Circulante corresponde ao grupo de bens e direitos 
que serão transformados em moeda em um prazo inferior a 360 dias após a data do 
Balanço ou ao longo do ciclo operacional da empresa. No ativo as contas estão 
dispostas por ordem decrescente de liquidez, ou seja, que poderão ser 
transformados em moeda mais rapidamente ou de constante movimentação. 
Ativo Não Circulante: O Ativo Não Circulante possui as mesmas 
características que a as contas do ativo circulante, porém são bens e direitos que 
podem ser transformados em moeda em um prazo superior a 360 dias, ou seja, 
após o fim do exercício social seguinte. Por isso, apresentam menor liquidez.No ativo não circulante também temos os ativos permanentes que são 
separados em três contas no balanço patrimonial, sendo eles imobilizado, 
investimento e intangível. 
Passivo: O passivo representa as obrigações com terceiros resultantes de 
eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. Assim como o ativo 
também são divididos em circulante e não circulante. 
Passivo Circulante: O passivo circulante registra as obrigações que a 
entidade terá que pagar dentro de 360 dias, normalmente as contas do passivo são 
organizadas em ordem decrescentes de acordo com prazo da exigibilidade. 
Passivo Não Circulante: Passivo Não Circulante é o conjunto de obrigações 
contraídas com terceiros cujo os vencimentos são superiores a 360 dias, ou seja, 
após o fim do exercício social seguinte. Inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. Já 
as contas do Patrimônio Líquido são contas originadas de recursos próprios, ou seja, 
dinheiro aplicado pelos próprios proprietários para abertura da empresa, por reserva 
de lucro e também prejuízos ou lucro acumulados. 
 
4.3.2 Demonstração De Resultados Do Exercício: 
Esta demonstração é responsável por evidenciar o lucro ou prejuízo líquido de 
um determinado período de uma entidade, obedecendo o princípio da competência, 
apresenta as receitas, menos as despesas obtendo um resultado que será 
evidenciado no balanço patrimonial no grupo do patrimônio líquido. 
Receita: A receita é o direito da empresa de receber um determinado 
montante, no imediato ou num momento futuro. Resulta, por exemplo, de operações 
de venda de bens e de prestação de serviços. Ou seja, é um dinheiro que contribuirá 
como parcela positiva na hora de fazer as contas do lucro gerado. Então, a diferença 
fundamental está no fato de que gera aumento do ativo patrimonial da empresa. 
Caso contrário, não será receita. 
As receitas originam-se, regra geral, da atividade comercial da entidade, mas 
também podem ter origem numa atividade secundária: a atividade financeira. 
Num conceito mais sofisticado, a receita é assim considerada: 
[...] expressão monetária dos produtos ou serviços agregados transferidos por 
uma empresa a seus clientes num período. Ou ainda ‘’receitas são entradas 
ou outros aumentos de ativos de uma entidade, ou liquidação de seus 
passivos (ou ambos), decorrentes da entrega ou produção de bens, 
prestações de serviços, ou outras atividades correspondentes a operações 
normais ou principais da entidade’’. (AAA, 1957, citado por ludícibus, 2010, p. 
149) 
As receitas não necessariamente se limitam as empresas, existem também as 
receitas do Governo, chamadas de receita pública. 
Receita pública é uma expressão usada para designar o montante em 
dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional, ou seja, é o dinheiro que o estado 
arrecada com a finalidade de custear as despesas públicas e também os 
investimentos que serão destinados para suprir as necessidades da sociedade e 
está dividida em dois grupos: receitas orçamentárias e extra orçamentárias. 
Despesa: O conceito de despesas está bastante associado à contabilidade. 
Para ela, despesa é o gasto necessário para a obtenção de receita e que não se 
identifica com o processo de transformação ou produção dos bens e produtos. 
São consideradas despesas as saídas de dinheiro da tesouraria que são 
gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa, por exemplo: aluguel, 
salários, telefone, energia, impostos, internet, entre outros. 
O gasto é o lançamento contábil, que aumenta as perdas ou diminui o 
benefício, supondo um desembolso financeiro, podendo ser um movimento de caixa 
ou bancário. 
Elas ainda são classificadas em fixas e variáveis, sendo as fixas aquelas cujo 
valor a ser pago não depende do volume, ou do valor das vendas, enquanto que as 
variáveis são aquelas que o valor a ser pago está diretamente relacionado ao valor 
vendido. 
A definição de despesa abrange tanto as perdas quanto as despesas 
propriamente ditas que surgem nas atividades usuais da empresa. Perdas incluem, 
por exemplo, as que resultam de incêndio e inundações, e também como as que 
decorrem da venda de ativos não circulantes. 
 
4.3.3 Diferença de Receitas e Despesas com Entradas e Saídas de Dinheiro 
As receitas e despesas, quando ocorrem, não estão diretamente ligadas aos 
recebimentos ou pagamentos. Como no caso de um empréstimo feito, em que há 
entrada de dinheiro no caixa, mas não houve uma receita. 
A diferença é melhor notada quando a transação feita só se liquida após um 
prazo (compra ou venda a prazo), por exemplo por uma compra de mercadorias 
para pagamento posterior. 
Conforme legislação brasileira (Lei nº 6.404, de15 de dezembro de 1976, Lei 
das Sociedades por Ações) 
“Deverá ser discriminado na Demonstração do Resultado do 
Exercício: A receita bruta das vendas e serviços, as devoluções das 
vendas, os abatimentos e os impostos; a receita líquida das vendas e 
serviços; o custo das mercadorias e produtos vendidos e o lucro 
bruto; as despesas de vendas, e financeiras, deduzidas das receitas, 
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas 
operacionais; o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas 
não operacionais; o resultado do exercício antes do imposto de renda 
e a provisão para tal imposto; o lucro ou prejuízo líquido do exercício 
e o seu montante por ação do capital social”. 
 
4.3.4 Demonstração Das Mutações Do Patrimônio Liquido: 
A DMPL é um relatório contábil que demonstra as mudanças no patrimônio 
líquido de uma empresa em determinado período. A demonstração registra a 
movimentação dos recursos da empresa que estão no patrimônio líquido mostrando 
de onde eles vêm e para onde eles vão durante o exercício, tendo desse modo uma 
ligação com o Balanço Patrimonial e com a DRE.A Comissão de Valores Mobiliários 
determina na instrução n. 59/1986.que a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido seja publicadas pelas empresas de tipo capital aberto. 
A DMPL serve para acompanhar a evolução do patrimônio da organização; 
monitorar a influência deste patrimônio (valor) no mercado; e determinar estratégias 
para o crescimento da empresa no mercado etc. 
A DMPL é feita em uma tabela, onde cada conta do patrimônio líquido é posta 
em uma linha que corresponde a uma coluna, na última linha e na última coluna se 
encontra o resultado total das operações. 
4.3.5 Demonstração Do Fluxo De Caixa: 
Em janeiro de 2008 por força da Lei 11.638/2007 a DFC passou a ser de 
apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com 
patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00. Sendo essa demonstração de fluxo 
de caixa apresentada no mínimo anualmente. É um relatório muito importante que 
apresenta as variações que ocorreram nas disponibilidades da empresa, 
possibilitando aos usuários uma base para avaliar a capacidade da entidade gerar 
caixa e equivalentes e suas necessidades de liquidez. 
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado 
às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas 
A DFC indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o 
período e qual foi o resultado desse fluxo. 
Esta demonstração geralmente é composta por três atividades: 
Atividades Operacionais: São os gastos e despesas relacionados com a 
atividade operacional da empresa (pagamento de impostos, fornecedores, 
recebimento de clientes etc.) geralmente esses valores estão relacionados com o 
ativo e passivo circulante do balanço patrimonial. 
Atividades de Investimentos: Atividades relacionadas aos investimentos feitos 
pela entidade, através da compra de um imóvel, ações etc., ou o recebimento de 
algo relacionado a essas atividades. Essas atividades são classificadas como de 
longo prazo, ou seja, no ativo não circulante do patrimônio líquido.Atividades de Financiamentos: Estão incluídos nesse tópico as atividades de 
financiamento e os empréstimos, ficam no passivo circulante e não circulante. 
O resultado da DFC se dá pela soma dos resultados líquidos de todos os 
itens e existem dois métodos para se fazer a DFC: Método direto e indireto. 
 
4.3.6 Demonstração Dos Resultados Abrangentes: 
Este conceito passou a ser discutido no Brasil em setembro de 2009, quando 
o CPC (Comitê de Pronunciamento Contábil) aprovou o Pronunciamento Técnico nº 
26, que regulamenta algumas demonstrações e entre elas a Demonstração do 
Resultado Abrangente, tornando esta demonstração obrigatória. 
Segundo o pronunciamento do CPC a apresentação do resultado abrangente 
deve ser feita separada da DRE, mas existe a possibilidade da apresentação da 
DRA aparecer como parte da DMPL, pois no Brasil a mesma é obrigatória para as 
companhias abertas. 
A regulamentação emitida pelo CPC, autoriza tal publicação quando diz: "A 
demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro 
demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido". 
A DRA é utilizada para a evidenciação das receitas, despesas e outras 
mutações que afetam o patrimônio líquido da empresa, esta demonstração faz parte 
das Normas Internacionais de Contabilidade e é destinada aos usuários externos 
destes dados, para que conheçam melhor sobre a situação patrimonial da empresa. 
O objetivo da demonstração de resultados abrangentes é abordar os pontos 
que não são reconhecidos na DRE. Isso porque a DRA é a soma do resultado 
líquido que aparece na DRE com os outros resultados abrangentes. Porém, os 
eventos abordados na DRA não derivam de transações com os sócios. Ou seja, o 
aumento ou devolução de capital, bem como a distribuição de lucro, ficam de fora 
desta declaração. 
A demonstração precisa conter resultados líquidos do período; Especificação 
dos itens dos resultados abrangentes, de acordo com a sua natureza; Equivalência 
patrimonial de outros resultados abrangentes e Resultado abrangente total (ajuste 
de avaliação patrimonial, variações da reserva de reavaliação, ganhos e perdas 
atuariais em planos de pensão e ganhos e perdas derivados da conversão de 
demonstrações de operações no exterior). 
 
4.3.7 Notas explicativas 
A publicação de Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras está 
prevista no § 4º do artigo 176 da Lei das S/A 6.404/1976): "as demonstrações serão 
complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e 
dos resultados do exercício". 
As Notas Explicativas poderão estar relacionadas a qualquer Demonstração 
Financeira e visam esclarecer as informações adicionais sobre determinada conta 
que está na demonstração. 
De acordo com Santos et al. (2011, pg. 03) 
“Essas demonstrações contábeis [...]. Objetivam fornecer 
informações sobre a situação financeira e patrimonial, o resultado e o 
fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis a uma ampla 
variedade de usuários na tomada de decisões. Assim, as 
demonstrações contábeis auxiliam os usuários a estimar os 
resultados futuros e os fluxos financeiros futuros da entidade”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conclui-se que as características qualitativas fundamentais são 
imprescindíveis nas tomadas de decisões dos usuários, agem como alicerce e base 
das características de melhoria, portanto devem ser fidedignas e relevantes 
contribuindo para análise de eventos passados e projeções futuras. 
As características de melhorias são essenciais para análise dos relatórios, 
pois são aplicados métodos que trarão clareza, compreensão, comparação de um 
período para o outro com informações e dados vigentes no período de elaboração 
do relatório financeiro. 
O conselho federal de contabilidade, alterou a Resolução 750/93 simplificando 
os princípios com base na necessidade socioeconômica. 
O presente trabalho, teve como objetivo analisar a estrutura conceitual das 
demonstrações contábeis. A legislação das demonstrações contábeis, inclui-se leis, 
decretos, resoluções e informações normativas, que são extremamente necessárias. 
A legislação da profissão contábil, incorpora o resultado de um trabalho 
dedicado e competente, constituindo uma valiosa contribuição de pesquisa para 
melhor compreensão dos instrumentos normativos que regulam a profissão. O 
conselho federal da contabilidade é uma política especial corporativa dotada de 
personalidade jurídica de direito público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BLATT, Adriano. Análise de Balanços: estruturação e avaliação das 
demonstrações financeiras e contábeis. 1 ed. Pearson, 2001. 
BRASIL. Lei das Sociedades Anônimas 6.404 de 15/12/1976. 
CONSELHO Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade.16. ed., Porto 
Alegre: Conselho Regional de Contabilidade. 1999. 
 
LEMES, S.; CARVALHO, L.N. Contabilidade Internacional para graduação. 
Editora Atlas, 2010. 
 
LUZ, Érico Eleutério. Teoria da contabilidade. 1 ed. InterSaberes, 2015. 
 
MARTINS, Eliseu – Contabilidade de Custos.10 ed. Atlas, 2010. 
 
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, Cesar Augusto. – Teoria da contabilidade. 1 ed. 
Atlas, 2009. 
 
Resolução 2019/NBCTGEC 
 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. 7 ed. Saraiva, 2009. 
 
SANTOS, J.L. Manual de Práticas Contábeis. Atlas, 2011.

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