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Fichamento - Leviatã, Hobbes

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LEVIATÃ, THOMAS HOBBES
Nome: Maria Fernanda de Oliveira Lemos Turma: 23
INTRODUÇÃO
1. DADOS DO TEXTO:
1.1 Título: Leviatã
1.2 Autor: Thomas Hobbes 
1.3 Dados da publicação: 
Em 1651, a obra surge como um importante estudo acerca da sociedade e do comportamento do homem em seu estado de natureza de forma a embasar o contratualismo social e os governos legítimos, priorizando monarquias absolutistas
2. TESE DO AUTOR
O homem em seu estado de natureza vive numa situação de medo e insegurança, pois como todos têm os mesmo objetivos, por serem iguais, competem constantemente para preservar sua própria vida, gerando um contexto de guerra de todos contra todos.
Para que não haja o medo generalizado de uma morte violenta e os homens consigam desenvolver atividades prósperas, visando uma vida confortável, há a transferência do direito natural sobre todas as coisas a um soberano detentor de poder coercitivo para garantir a paz de todos
Apenas após o estabelecimento de um poder comum, capaz de garantir o cumprimento do pacto pela espada, é possível estabelecer os conceitos de justiça, leis, bem e mal
O autor descreve também as diferentes formas que um governo pode apresentar, priorizando a monarquia como a mais apta a garantir a paz, principalmente pelo fato da soberania estar concentrada em um homem cujos interesses equivalentes ao bem comum
3. CONCLUSÕES DO AUTOR: embasa o fundamento racional do Estado 
Hobbes visa criar uma justificativa racional e lógica para a submissão das pessoas a um poder comum, sendo uma vida mais pacífica e confortável, distanciando-se de justificativas morais e religiosas predominantes no contexto
Verifica-se também a quebra do pensamento aristotélico de que o homem é um animal político, pois para Hobbes o Estado é justificado pela constituição de um meio pacífico. Assim, a política não é parte do estado de natureza, já que depende da coercitividade para o cumprimento dos pactos celebrados pelos homens
CAPÍTULO XIII- Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade 
Igualdade natural dos homens: ninguém é forte ou astuto o suficiente para garantir a paz sozinho; isonomia quanto à esperança de atingir objetivos
Se são iguais e têm os mesmos objetivos irão competir em contexto de busca pela própria conservação = estado permanente de guerra de todos contra todos
Causas que levam à discórdia
Competição: ataques visando lucro (tornar-se senhor de outrem)
Desconfiança: atrelada a segurança; defesa; medo uns dos outros
Reputação: intenção de obter glória
Guerra de todos contra todos: período sem Estado; constante disposição para embates
Consequências do estado de guerra
Morte violenta; medo constante
Incapacidade de haver desenvolvimento (como: industrial, agrícola, propriedade)
Não há, justiça, nem bem e mal antes que seja estabelecido um poder comum capaz de garantir a execução de pactos, através da força, que visem a paz
Portanto, justiça, leis, bem e mal não fazem parte do estado natural dos homens
Força e fraude são virtudes fundamentais
O que faz os homens quererem sair do estado de guerra de todos contra todos:
Medo da morte violenta
Desejo por desenvolver potencialidades e usufruir de uma vida confortável
Poder trabalhar
Os desejos e paixões dos homens são em si um pecado e devem ser limitados pela lei
Não há noção de propriedade/domínio: aquilo é do homem enquanto puder conseguir e conservar 
Para escapar da condição miserável do estado de natureza deve-se mesclar paixões e razão
Paixões: o que tende o indivíduo para a paz; medo da morte, desejo por uma vida confortável
Razão: define normas de paz - leis da natureza; garantem um acordo entre os homem
CAPÍTULO XIV - Da Primeira e Segunda leis naturais, e dos contratos
Direito natural / jus naturale: plena liberdade dos homens de agir ou não sobre todas as coisas, de acordo com sua razão e julgamento
Liberdade: ausência de impedimentos externos
Leis: obrigação de adotar certa conduta
Lei da natureza / regra geral: através da razão proíbe-se um homem de fazer tudo que possa destruí-lo ou privá-lo de meios para sua própria preservação
Primeira lei da natureza: buscar a paz
No estado natural de guerra, cada homem age por sua própria razão, não havendo segurança. Assim, só se deve recorrer à guerra quando a paz não for conseguida
Segunda lei da natureza: abandono do direito natural sobre todas as coisas
Condição: todos devem fazer tal renúncia para não por em risco apenas os que a fizerem e consequentemente o Estado em si, seguindo uma lógica racional 
Lei de todos os homens: “Faz aos outros o que queres que te façam a ti” 
Contrato social: pacto entre os homens de ceder a um poder superior seu direito sobre todas as coisas a fim de garantir a segurança de todos; transferência mútua de direitos
Formas de garantir o cumprimento do contrato:
Medo de entes divinos
Poder civil estabelecido pelos homens(importância do poder coercitivo)
Poder comum: ente que está acima dos homens, para que através de seu direito e força possa impor, coercitivamente, o cumprimento de pactos, promovendo a paz
Pacto / convenção: ambas as partes concordam em firmar um contrato e depois cumpri-lo
Um pacto anterior anula um posterior 
Observância da promessa: fé no cumprimento do pacto; violação da fé: descumprimento da convenção
Perda valor do pacto se não for possível saber quando foi firmado (ex: animais e Deus)
Para ser liberado de um pacto: cumprindo-o ou sendo perdoado (restitui-se a liberdade)
No estado de natureza: todos são juízes, invalidando pactos sem garantia de perdão
Formas de reforçar o cumprimento de pactos, vide a fraqueza da força das palavras: medo e orgulho 
Doação: quando a transferência de direitos não é mútua; busca por amizade, reputação, caridade ou recompensa divina
“Aquele que transfere qualquer direito transfere também os meios de gozá-lo” 
CAPÍTULO XV - Das outras leis de natureza
1- Manter a paz
2- Abandono do direito sobre todas as coisas
3- Homens devem cumprir os pactos que celebram 
Justiça: regra da razão que nos impede de fazer todas as coisas a fim de preservar a vida
Injustiça: não cumprimento de um pacto
A validade dos pactos só começa com a instituição de um poder comum suficiente para obrigar os homens a cumpri-los 
Um homem justo toma todos cuidados possíveis para que suas ações sejam justas
Pode haver o perdão relativo a dívidas, mas não ao roubo e violências que causem dano, pois nesse caso a injúria é contra a pessoa do Estado
Justiça das ações
Comutativa: justiça de um contratante, cumprimento de pactos 
Distributiva: justiça de um árbitro, equidade
4- Gratidão: leva a benevolência e ajuda mútua
5- Complacência: sociabilidade; que cada um se esforce para manter a paz
6- Aceitação do perdão genuíno de ofensas passadas 
7- Não olhar o mal passado mas sim o bem futuro, para não provocar vingança
8- Ninguém deve declarar ódio ou desprezo pelo próximo para não provocar discórdia 
9- Todos os homens devem se reconhecer como iguais por natureza; desrespeito: orgulho
10- Não reservar para si próprio algo que é de todos
11- Juiz deve exercer a equidade/justiça distributiva para um julgamento imparcial
12- Bens que não podem ser divididos sejam gozadas em comum. Se não, proporcionalmente aos homens que possuem direitos sobre eles
Se não puderem ser divididos: direito absoluto ou primeira posse - sorteio
sorteio arbitrário: concordância entre os competidores
sorteio natural: primeira apropriação
13- Todos que servem para mediar a paz tem concedido salvo-conduto (segurança)
14- Em caso de conflito, que os indivíduos submetam seu direito ao julgamento de um juiz
Síntese das leis da natureza: “Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti” 
Têm encadeamento e propósito para previnir a guerra
Ditam a paz como um meio de conservação das multidões humanas
Imutáveis e eternas
Filosofia moral: noção de bem e mal na conservação e na saciedade humana
Meios para uma vida pacífica: justiça; gratidão; modéstia; equidade; misericórdia; virtudes morais — vícios são contrários e maus 
CAPÍTULO XVII - Das causas,geração e definição de um
Causa final dos homens é o cuidado com uma vida mais satisfeita e com sua própria conservação, vide a introdução de restrições a si mesmos sob a vida nos Estados 
Leis de natureza são contrárias às paixões naturais, portanto o pacto só será respeitado com a força de um poder superior para garantir segurança
Importância de se manter a união: diferenças entre interesses leva à desunião e guerra
Homens x criaturas sociáveis: justifica que os homens não são animais políticos, já que dependem da coercitividade para o cumprimento dos pactos celebrados
Homens estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e dignidade, levando a inveja, ódio e guerra
Apenas entre os homens, há diferença entre o bem comum e o bem individual
Homens só encontram felicidade na comparação com outros homens
Razão é um diferencial dos homens que os permite enxergar qualquer erro na administração de sua existência comum, condição para desordem vide aqueles que se julgam superiores
Homens podem comunicar-se através de palavras, semeando o bem ou o mal
Criaturas são incapazes de distinguir injúria e dano, bastando que estejam satisfeitas para nunca se ofenderem
Acordo vigente entre as criaturas é natural, enquanto o dos homens é artificial (pacto)
Pacto de cada homem é feito com os próprios homens (não com os soberanos) e esse constitui-se na transferência do direito sobre todas as coisas a uma assembleia/soberano em que o poder comum terá como função garantir a manutenção da paz através da força
Submissão das vontades individuais à vontade do representante garante: paz e segurança comuns; vida satisfatória através do próprio labor e dos frutos da terra 
Estado: pessoa que recebe o direito transferido de todos indivíduos autorizada a usar a força a fim de garantir a paz
“Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante a pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum”
Soberano: aquele que comanda o Estado a fim de representar a vontade de todos em nome da paz e defesa comum; todos os demais indivíduos são súditos
Formas de se adquirir o poder soberano: aquisição ou instituição 
Estado por aquisição: soberania adquirida pela força; obrigação à sujeição pelo medo dos súditos em relação ao soberano; exemplo do que ocorre em guerras
Estado Político / por instituição: concordância entre os homens de conferir soberania a um indivíduo na esperança de proteção; pessoas têm medo delas próprias no estado natural de guerra de todos contra todos 
CAPÍTULO XVIII - Dos direitos dos soberanos por instituição
Não há obrigação do soberano em relação a um pacto anterior
Estado é instituído quando homens concordam e pactuam, atribuindo a um homem ou assembleia o direito de representar a todos 
O pacto é entre os homens, o soberano está acima do pacto e só recebe os direitos transferidos pelos indivíduos
Todos, inclusive opositores, devem se submeter ao poder escolhido
Se aqueles que se opuseram a escolha do soberano recusarem-se a aceitá-lo, ou protestar contra quaisquer decretos, há uma ação contrária ao pacto e portanto injusta
Injustiças que envolvem o rompimento do pacto 
Sem que haja licença do soberano, não é possível celebrar um pacto com outro homem
Oposição de alguém configura injustiça, pois levaria a todos romperem o pacto
Deposição do indivíduo dotado de soberania
Estabelecimento de um novo pacto com Deus: injusto, vil e inumano 
Não pode haver quebra do pacto por parte do soberano
Caso contrário, cada um recupera o direito de se defender por seus meios, pois não haverá qualquer juiz capaz de resolver o conflito - guerra de todos contra todos
O soberano não comete injúrias, pois todos são autores (representa a voz de todos)
É impossível que um indivíduo queixe-se de decisões do soberano, pois isso significaria protestar sobre aquilo que ele próprio é autor
Ninguém tem direito de matar ou punir o soberano, pois isso seria como cometer um ato contra si, violando a razão e a natureza 
Soberano pode utilizar de quaisquer meios para garantir a paz, prevenindo antecipadamente tudo que possa dificultá-la, como a discórdia e hostilidade
Cabe ao soberano decidir quais doutrinas são adequadas ou não para promover a paz
Pode restringir a liberdade de expressão se considerar que essa seja desfavorável a paz, assim tal supressão segue a razão; premissa de que as ideias favorecem a ação
Soberano deve estabelecer regras de propriedade 
Leis civis: regras da propriedade que determinam o bom e mau, legítimo e ilegítimo
Pertence ao poder soberano a autoridade judicial de julgar todas as controvérsias que possam surgir com respeito às leis naturais ou civis
Soberano tem o direito de decretar guerra contra certas nações e com quais manter a paz, sendo ele o generalíssimo e pautando tal decisão no bem comum
Compete à soberania a escolha de todos: conselheiros, magistrados e funcionários
Soberano pode conceder honras e castigos de acordo com a lei, atribuindo valor aos homens que bem servirem ao Estado e afastando a situação de guerra
Soberania / autoridade é indivisível
Direitos que constituem a soberania são inseparáveis e essenciais, sendo universalmente reconhecidos no próximo período de paz
A honra e o poder do soberano deve ser maior do que a de qualquer um 
O que impulsiona os soberanos é a própria força e glória, não qualquer prazer ou vantagem adquiridos a partir do prejuízo causado aos súditos
O poder de todos súditos juntos é igual ao do soberano, não superior
CAPÍTULO XIX - Das diversas espécies de governos por instituições, e da sucessão de poder soberano
A diferença entre governos consiste na diferença do soberano, não sendo uma oposição de poder mas sim de conveniência 
Homens que se encontram em situação de liberdade
Conferir autoridade a um só representante - institui-se o poder soberano 
Conferir poder a dois soberanos que irão se opor e dividir o poder
Tipos de governo: poder de um único homem- monarquia; mais de um homem- aristocracia (alguns homens), democracia (poder de todos os homens)
Descontentamentos com as formas de governo levam a diferentes nomeações: 
Monarquia - tirania; democracia - anarquia; aristocracia - oligarquia
Monarquia 
Tem maior capacidade de garantir a paz e, portanto, é mais vantajosa
Interesse público é o mesmo que o pessoal
Pessoa pública irá promover um interesse comum ligado a um bem pessoal
Riqueza, poder e honra de um monarca provêm da riqueza, força e reputação de seus súditos; para obter glórias, o monarca deve ter um poder comum bem estabelecido
Monarca pode receber quem quiser para discutir sobre diferentes questões, podendo encontrar com os mais aptos a resolver o problema
Na aristocracia, apenas os que tem autorização podem opinar sobre os problemas em assembleia
Resoluções de um monarca estão sujeitas apenas a inconstância de natureza humana
Nas assembleias as inconsistências estão centradas na natureza e no número
Monarca nunca discordará de si, o que torna as assembleias mais propícias à guerra civli
Sucessão
Monarquia: o rei determina de forma expressa a escolha do sucessor, ou seguindo os costumes da sociedade (em geral uma sucessão por filhos homens)
Inconveniente sucessório: possibilidade da soberania ser herdada por uma criança ou pessoa inapta a distinguir bem e mal
Monarquia eletiva: tempo determinado; representantes não detém soberania
Eternidade artificial: direito de sucessão; deve pertencer ao soberano
Aristocracia: assembleia decide o soberano sucessor 
Democracia: escolha popular
CAPÍTULO XX - Do domínio paterno e despótico
Formas de se adquirir domínio: ambas são equivalentes em termos de direito e consequências dos domínios por instituição
Geração: domínio paterno; controvérsia a ser solucionada pela lei civil: ninguém pode servir a dois senhores (pai e mãe); em estado de natureza os pais decidiam entre si por contrato, caso contraio o domínio pertence à mãe ou a quem preservara vida da criança
Conquista: vitória militar; imperativo; o pacto celebrado entre vencedor e vencido confere o direito de domínio ao primeiro; vencedor não é obrigado a poupar a vida do vencido; pacto de obediência - senhor do servo é também senhor de tudo quanto este tem, podendo punir sem que seja considerado injúria
Todos os pactos são firmados pelo medo 
Poder do soberano é inalienável, pois a força dele reside em sua capacidade de evitar a guerra de todos contra todos (poder e soberania são indivisíveis)
As Escrituras confirmam que o povo mesmo sabendo da servidão que seria concedida ao poder absoluto, consentiu obediência e pagamento de impostos ao soberano 
O poder soberano é o maior que pode ser criado tanto nas escrituras quanto na razão
O soberano deve ser o juiz e determinar as leis, residindo nele, portanto, o poder legislativo
CAPÍTULO XXI - Da liberdade dos súditos
Liberdade como ausência de impedimentos externos, como espaço e a constituição
Um homem livre é aquele que não é impedido de fazer tudo o que tem vontade por sua própria força e inteligência
Em vista de conquistar a paz e a conservação própria, os homens criaram um “homem artificial”, o Estado, e “cadeias artificiais”, as leis civis
Medo e liberdade são compatíveis: indivíduos têm a liberdade de não agir para não sofrer punições; o temor faz com que o homem firme o pacto e se submeta ao soberano, a exemplo do pagamento de dívidas pelo medo de ser preso
Liberdade e necessidades são compatíveis: as ações que os homens praticam derivam da vontade e ao mesmo tempo da liberdade
Deus: a liberdade do homem é acompanhada pela necessidade de fazer aquilo que Deus quer, pois não é possível ter paixão por nada cuja vontade divina não seja a causa
Liberdade dos súditos: fazer tudo que a lei não proíbe ou não trata
Nada que o soberano faça a um súdito pode ser considerado injustiça ou injúria
O soberano responde apenas a Deus seus atos, nunca aos súditos, vedando qualquer possibilidade de fragilização da soberania
Em caso de divergência argumentativa quanto à lei, o súdito pode recorrer a um juiz que poderá discordar da ação do soberano
Estados livres: representante tem a liberdade de resistir ou invadir a um outro povo 
Homens devem fazer um pacto entre si e esse só passa a ser válido com a espada de um poder comum
É ilógico pensar que cada um é senhor de sua própria vida, pois os homens precisam de um poder superior para evitar a situação de guerra
Em qualquer forma de governo, monárquico ou popular, a liberdade é a mesma
Ilusão: tomar por direito inato aquela liberdade que é apenas de direito do Estado
Ninguém tem a liberdade de resistir à força do Estado para defender qualquer pessoa, pois essa priva a soberania dos meios de proteção dos indivíduos 
As liberdades dos súditos referentes ao silêncio da lei varia de acordo com o espaço e tempo 
Objetivo da obediência: proteção
Se um monarca renunciar à soberania, os súbditos voltam à liberdade de natureza
Monarca vencido torna-se súdito do vencedor que se torna soberano de todo o povo

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