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O ensino de ciências no Brasil processos de aprendizagem https://www.youtube.com/watch?v=knLWctoarkk https://www.youtube.com/watch?v=q7UUfGU7CG4 Nossas escolas, como sempre, refletem as maiores mudanças na sociedade ¾ política, econômica, social e culturalmente. A cada novo governo ocorre um surto reformista que atinge principalmente os ensinos básico e médio. Tomando como marco inicial a década de 50, é possível reconhecer movimentos que refletem diferentes objetivos da educação modificados evolutivamente em função de transformações no âmbito da política e economia, tanto nacional como internacional. E escola como palco de mudança O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 1º período: 1500 a 1808 - ausência de desenvolvimento científico e tecnológico Do Século XIV ao Séc. XVIII 1ª escola – 1549, na Bahia Alfabetização e doutrinação da nobreza e religiosos Ensino cientifico inexistente; atividades de observação dos astros (jesuítas e seminaristas) Alguma atividade científica ocasional sem vinculação ao ensino (pesquisas de vacinas, por exemplo) Ensino marcadamente literário, retórico e livresco. Características O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 2º período:1808 a 1889 - criação das primeiras instituições de ensino superior, museus, observatórios, bibliotecas, etc.. Século XIX 1808 – vinda da família real; incentivo ao ensino 1837 – fundação do Colégio Pedro II(RJ): surgimento da disciplina Ciências Físicas e Naturais Características do ensino de Ciências: métodos expositivos, transmissão de conhecimento sistematizado, pronto e imutável, experiências demonstrativas. Ocasionais por influência alemã, ensino elitista visando acesso ao nível superior, memorização, repetição mecânica, valorização do produto final da Ciência. Características O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 3º período: 1889 a 1945 - desenvolvimento de pesquisa voltadas para a saúde e agricultura - criação das primeiras universidades - fundação da ABC Evolução do Ensino de Ciências no Brasil Século XX – Até Década 20 Inexistência de cursos de Licenciatura; professores de ciências não eram habilitados para o ensino (engenheiros, médicos, advogados, etc.) No papel: preocupação com a formação de consciências cientifica Falta de recursos e de professores Características Século XX – Década de 30 e 40 Em nível mundial: aumento do número de alunos e consequente falta de professores qualificados, novas necessidades econômicas, técnicas e científicas (guerras mundiais, guerra fria EUA – URSS), avanço aeroespacial, etc. Novos métodos didáticos com base na psicologia da criança e do adolescente; movimento escolanovista na Europa Características do ensino de ciências – as mesmas do século XIX, com ênfase ao formalismo matemático e às aplicações tecnológicas dos conteúdos. O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 4º período: 1945 a 1964 - Institucionalização da ciência e tecnologia – CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) , Capes, FAPESP, SBPC Características Década de 50 Criação do IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), em São Paulo: museus e clubes de ciências, feira de ciências, kits de laboratório, difusão da ciência; Incentivo às atividades práticas, de pesquisa e de redescoberta; Acontecimentos internacionais: avanço tecnológico e aeroespacial da URSS intensificação da guerra fria, URSS lança o 1° satélite artificial (Sputinik, 1957) Desenvolvimento dos grandes projetos de Ensino nos EUA (PSSC,1956) valorizar o processo de construção do conhecimento cientifico e conquista de uma grande parcela estudantil para as carreiras cientificas. O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 5º período: 1964 a 1985 - ditadura militar - política e planejamento - abundância de recursos - tensão na comunidade científica Características Década 60 1961 Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), passou a ser obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do Ginásio (hoje do 6º ao 9º ano). A metodologia tecnicista chega ao país, defendendo a reprodução de sequências padronizadas e de experimentos, que devem ser realizados tal como os cientistas os fizeram. Tradução e publicação no Brasil de projetos estrangeiros: Física, Química, Biologia, Geociências, Ciências e Matemática Cursos de Treinamento por todo o país ( Centro de Ciências) Características do ensino: transmissão de conteúdos, método da redescoberta, atividade do aluno como centro do ensino. Brasil – fim da década de 60 e inicio da 70 - Retomada da expansão econômica, acentuado desenvolvimento industrial ( química, eletrônica e automobilística). No plano educacional acentuam-se a tentativa de implantação de reformas de ensino e difusão da ideia de educação como fator de desenvolvimento. Tem-se a expansão de matriculas no ensino público, mas não é acompanhada por ampliação de recursos para a educação. Amplia-se a oportunidade do ensino na iniciativa privada. As inovações apresentam as seguintes características: nítidas características profissionalizantes, preveem a possibilidade de integração curricular das áreas de educação cientifica, projetos que retratam aspectos sociais e ambientais e que visam a otimização de recursos. Características Apoiando-se em critérios de qualidade e excelência, a ciência brasileira passou a contar com legitimidade e novas formas de organização. A tecnologia manteve-se sustentada em órgãos setoriais e foi legitimada por um modelo de planificação estatal destinado à resolução de problemas práticos e à transferência de tecnologias aos setores produtivo e de defesa. Nesse período, a atividade científica focalizava principalmente os interesses da comunidade internacional e estava alheia à realidade brasileira, caracterizando-a como uma ciência endogerada, mas exodirigida (VARSAVSKY, 1979). Características Década 80 Durante os anos 1980 e 1990, o Estado passou a diminuir suas funções reguladoras e produtivas e abriu a economia ao comércio e à competitividade internacionais. Nesse período, a globalização da economia e a homogeneização dos critérios de competitividade passaram a influenciar fortemente a produção científica e tecnológica brasileira, segundo princípios neoliberais. O Desenvolvimento da Ciência no Brasil 6º período: 1985 - (...) - criação do MCT - redução de recursos, crise no planejamento e política de C&T; Fundos Setoriais, a era FHC; o governo Lula... Características Década 90 A partir de meados dos anos 1980 e durante a década de 1990, o ensino de ciências passou a contestar as metodologias ativas e a incorporar o discurso da formação do cidadão crítico, consciente e participativo. Um aspecto bastante significativo desse período foi a incorporação das ideias de Vygostsky na orientação dos processos educativos, especialmente em relação à construção do pensamento pelos sujeitos a partir de suas interações com o contexto sociocultural. Ao longo dos anos 90, tornaram-se mais evidentes as relações existentes entre a ciência, a tecnologia e os fatores socioeconômicos. Características Década XXI Surge a necessidade de haver responsabilidade social e ambiental por parte de todos os cidadãos. Mantém as dificuldades dos professores em romper com uma profunda concepção positivista de ciência e com uma concepção conservadora e autoritária de ensino-aprendizagem como acumulação de informações e de produtos da ciência, que seguem influenciando e orientando suas práticas educativas. Linha do Tempo Ensino de Ciências no Brasil 1879 É fundada a Sociedade Positivista do Rio de Janeiro. Professores seguem o pressuposto de que o aluno descobre as relações entre os fenômenos naturais com observação e raciocínio. 1930 A Escola Nova propõe que o ensino seja amparado nos conhecimentos da Sociologia, Psicologia e Pedagogia modernas. A influência desses pensamentos não modifica a maneira tradicional de ensinar. Linha do tempo do ensinode Ciências no Brasil 1950 Os livros didáticos são traduções ou versões desatualizadas de produções europeias, e quem leciona a disciplina são profissionais liberais. Vigora a metodologia tradicional, baseada em exposições orais. 1955 Cientistas norte-americanos e ingleses fazem reformas curriculares do Ensino Básico para incorporar o conhecimento técnico e científico ao currículo. Algumas escolas brasileiras começam a seguir a tendência. Linha do tempo do ensino de Ciências no Brasil 1961 Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), passou a ser obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do Ginásio (hoje do 6º ao 9º ano). A metodologia tecnicista chega ao país, defendendo a reprodução de sequências padronizadas e de experimentos, que devem ser realizados tal como os cientistas os fizeram. Linha do tempo do ensino de Ciências no Brasil A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência critica a formação do professor em áreas específicas, como Biologia, Física e Química, e pede a criação da figura do professor de Ciências. Sem sucesso. 1971 A LDB torna obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do 1º Grau (hoje Ensino Fundamental). O Ministério da Educação (MEC) elabora um currículo único e estimula a abertura de cursos de formação. Linha do tempo do ensino de Ciências no Brasil 1972 O MEC cria o Projeto de Melhoria do Ensino de Ciências para desenvolver materiais didáticos e aprimorar a capacitação de professores do 2º grau (hoje Ensino Médio). 1980 As Ciências são vistas como uma construção humana e não como uma verdade natural. São incluídos nas aulas temas como tecnologia, meio ambiente e saúde. Linha do tempo do ensino de Ciências no Brasil 1982 Surge o modelo de mudança conceitual, que teve vida curta. Ele se baseia no princípio de que basta ensinar de maneira lógica e com demonstrações para que o aprendiz modifique ideias anteriores sobre os conteúdos. 2001 Convênio entre as Academias de Ciências do Brasil e da França implementa o programa ABC na Educação Científica - Mão na Massa para formar professores na metodologia investigativa. Linha do tempo do ensino de Ciências no Brasil Ao longo da história, a produção científica e tecnológica brasileira foi regida ideologicamente por uma forma acadêmica e internacional de fazer ciência e sofreu com a falta de estabilidade política e o autoritarismo. A produção científica e tecnológica brasileira e suas relações com a sociedade https://www.youtube.com/watch?v=nh1ruCC0yA4