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Prévia do material em texto

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”
(Lc 10,33-34)
FRATERNIDADE E VIDA: DOM E COMPROMISSO
Campanha da Fraternidade 2020
FAMÍLIAS NA CF 
E VIA-SACRA9788579 727771
ISBN 978-85-7972-777-1
Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020
Identidade Visual 
Tema: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso.
Lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)
Os elementos que compõem a identidade visual da Campanha da Frater-
nidade buscam transmitir sua mensagem como oferta de diálogo da Igreja com 
a sociedade, buscando debater assuntos de relevante interesse dos brasileiros.
A proposta para este ano foi inspirada pelo lema “Viu, sentiu compai-
xão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). O trecho, extraído da Parábola do Bom 
Samaritano, nos encoraja, a partir de Jesus Cristo, a servir com espírito de 
humanidade, cuidado e amor para com o próximo, sementes de fraternidade. 
Estender a mão ao próximo é missão dos discípulos e discípulas de 
Cristo. Foi essa marca que várias testemunhas da fé nos deixaram como lega-
do. É o caso de Santa Dulce dos Pobres, o Anjo Bom da Bahia. Ela é uma 
das representações do “bom samaritano dos nossos tempos”. Por isso, sua 
imagem é apresentada em perspectiva de destaque no cartaz.
Na ilustração, as pessoas que a cercam simbolizam uma população 
vulnerável, que clama por vida em plenitude. É possível perceber também a 
pluralidade que engloba diferentes faixas etárias, etnias e outras particulari-
dades típicas de uma população multicultural, em um país com dimensões 
continentais como o Brasil. 
O cenário escolhido para a composição do desenho foi o bairro do 
Pelourinho, localizado na capital do estado da Bahia, Salvador, berço de 
nascimento de Santa Dulce, representação de um Brasil de tantos lugares e 
culturas. As pessoas estão na rua, área comum de encontro e convívio, mas 
também onde se vivenciam dores e angústias. Assim, contemplamos uma 
Igreja em saída, que está nas ruas e vai ao encontro das pessoas. 
Na arte, foi aplicada a técnica de mosaico. Nela, cada peça desempenha 
um importante papel para a formação completa do desenho. De modo mais 
evidente, a composição expressa a viva unidade na diversidade de dons e servi-
ços que nos animam a construir uma sociedade mais sensível e comprometida 
com as necessidades de nossos irmãos e irmãs e de todo o planeta.
CF2020_CAPA_famílias_na_CF_FINAL.ai 1 17/10/2019 16:03CF2020_CAPA_famílias_na_CF_FINAL.ai 1 17/10/2019 16:03
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020
Tema: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso
Lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Brasília – DF
FAMÍLIAS NA CF 
E VIA-SACRA
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Diretor-Geral: 
Mons. Jamil Alves de Souza
Secretário Executivo para Campanhas da CNBB:
Pe. Patriky Samuel Batista
Autores:
Susy Aparecida Carvalho Miranda Ferreira
Fernanda Izabella Borges
Pe. Patriky Samuel Batista
Revisão:
Fernanda Justo
João Vítor Gonzaga
Cartaz da CF 2020:
Edições CNBB
Ilustrações:
Leonardo Cardoso
Capa:
Júlia Costa Fonseca
Projeto Gráfi co e diagramação:
Henrique Billygran Santos de Jesus
Impressão e acabamento:
Foxy Editora Gráfi ca
Edições CNBB
SAAN Quadra 3, Lotes 590/600
Zona Industrial – Brasília-DF
CEP: 70.632-350
Fone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019
E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br
www.edicoescnbb.com.br
ISBN: 978-85-7972-777-1
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3
ApresentaçãoApresentação
A Campanha da Fraternidade (CF) é um modo privilegiado pelo 
qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. 
Neste ano, somos convidados a olhar, de modo mais atento e deta-
lhado, para a vida. O tema vida emerge em nossos dias como um clamor 
que brota de tantos corações que sofrem de inúmeras formas e da criação 
que se vê espoliada (LS, n. 53). 
O olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito qua-
resmal, volta-se também para os irmãos e irmãs, contempla o planeta, 
identifi cando a criação como presente amoroso do Senhor. 
Em meio a tantas questões, a CF deste ano nos convoca a refl e-
tir sobre o signifi cado mais profundo da vida e a encontrar caminhos 
para que esse sentido seja fortalecido e, algumas vezes, até mesmo 
reencontrado. 
É por isso que a CF 2020 proclama: a vida é Dom e Compromisso! 
Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar. A vida é essencial-
mente samaritana, tal qual o homem que interrompeu sua rotina para 
cuidar de quem estava caído à beira do caminho (Lc 10,25-37). Não se 
pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs. 
Permita o Bom Deus que cada pessoa, grupo pastoral, movimen-
to, associação, Igreja Particular, enfi m, o Brasil inteiro, motivado pela 
Campanha da Fraternidade, possa ver fortalecida a revolução do cuida-
do, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade. 
Não temamos se nos sentirmos pequenos diante dos problemas. 
Lembremo-nos de Santa Dulce dos Pobres, mulher frágil no corpo, 
mas fortaleza peregrinante pelas terras de São Salvador da Bahia de 
Todos os Santos. 
Brasília, 6 de agosto de 2019
Presidência da CNBB
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1º ENCONTRO1º ENCONTRO
A revolução do cuidadoA revolução do cuidado
Preparação do ambiente: preparar um ambiente agradável, com 
mesa forrada, arranjo de fl ores, Bíblia, Cartaz da Campanha da Frater-
nidade (CF) 2020, três velas, fósforo, fi guras impressas ou recortadas 
de revistas de pessoas que estão em situações de risco (crianças aban-
donadas, moradores de rua, pessoas tristes, doentes etc.), aparelho de 
som ou caixa bluetooth e Hino da CF 2020.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Que bom que conseguimos esta pausa para nos 
encontrar! Bendito seja Deus que nos reúne em seu amor. Invoque-
mos o Espírito Santo, Senhor que dá a vida, a fi m de ouvirmos a sua 
voz e abrirmos nossos corações para refl etir sobre a vida, dom e com-
promisso, que se concretiza em relações marcadas pelo cuidado e pela 
ternura. (um instante de silêncio.)
Rezemos confi antes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
Animador(a): A CF em família é uma oportunidade para viven-
ciarmos o tempo quaresmal nos comprometendo, como famílias, 
a trilhar um caminho de conversão. Quando Deus encontra espaço 
em nossa vida, tudo muda. E a primeira coisa que muda é o nosso 
olhar. Já não vemos mais as coisas do mesmo modo. O “olhar de Jesus” 
contagia o nosso coração e nos faz olhar diferentemente para nossos 
irmãos. Um olhar de ternura que resgata o sentido da vida. Nesses cin-
co encontros, um por semana, chegaremos à semana maior de nossa 
fé, a Semana Santa, com o olhar modifi cado e com o coração querendo 
CUIDAR melhor de nosso próximo.
Leitor(a) 1: “Permita o Bom Deus que cada pessoa, grupo pas-
toral, movimento, associação, Igreja Particular, enfi m, o Brasil intei-
ro, motivado pela Campanha da Fraternidade, possa ver fortalecida a 
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revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da 
fraternidade (...) Muito mais pode ser feito quando o coração se abre 
para o intercâmbio do cuidado, e a criatividade se deixa conduzir pela 
fraternidade e pela solidariedade” (CF 2020, Texto-Base, p. 9).1
Animador(a): Revolução do cuidado! Revolução do bem, que 
percebe que tudo pode ser diferente e que as atitudes, por mais sim-
ples, fazem a diferença, podem mudar e até salvar vidas. Não custa 
nada dar uma chance para a ternura.
2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
(Apresentar as fi guras das pessoas em situação de risco e afi xar em 
lugar de destaque.)
Animador(a): Que tipo de sentimento essas imagens despertamem nós? Se fechar os olhos, neste momento, você seria capaz de pen-
sar em alguém nessas situações? Esses irmãos e irmãs estão à beira do 
caminho, e muitas vezes não são percebidos e/ou ignorados. Somos 
capazes de interromper nossa rotina para cuidar uns dos outros?
Leitor(a) 1: “Se, diante de uma pessoa necessitada, você não 
sente compaixão, o seu coração não se comove, signifi ca que algo 
não funciona. Fique atento, estejamos atentos. Não nos deixemos 
levar pela insensibilidade egoística. A capacidade de compaixão se 
tornou a medida do cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus” 
(Papa Francisco).
Leitor(a) 2: “Tu choras? Ou perdemos as lágrimas. Recordo que 
os missais antigos continham uma oração extremamente bonita para 
pedir o dom das lágrimas. A oração começava assim: ‘Senhor, vós que 
confi astes a Moisés o mandato de bater na pedra para que dela bro-
tasse água, batei na pedra do meu coração, para que eu verta lágrimas. 
(...) quantos de nós choram diante do sofrimento de uma criança, 
perante a destruição de uma família, diante de tantas pessoas que não 
encontram o seu caminho? (...) Pergunte a si mesmo se o seu coração 
1 CNBB. Campanha da Fraternidade 2020: Texto-Base. Brasília: Edições CNBB, 2019.
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não endureceu, se não se tornou gelo. (...) A misericórdia, diante de 
uma vida humana em situação de necessidade, é a verdadeira face do 
amor” (Papa Francisco).
Todos: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”
“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)
Animador(a): Peço a ajuda de três pessoas para acender as três 
velas que estão na mesa, ao lado do Cartaz da CF. Cantemos juntos:
Refrão orante: Ó Luz do Senhor que vem sobre a terra, inun-
da meu ser, permanece em nós. (3x)
Animador(a): “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, três atitu-
des que irão iluminar toda esta campanha e que podem mudar muito 
em nosso olhar, chegando em nossos corações. Três velas acesas e três 
atitudes! A beleza da vida está em uma Igreja em saída, que se envol-
ve e cuida, atua em cada uma dessas realidades. As cenas que vemos 
nessas imagens reapresentam a oportunidade de rever nossas atitudes, 
mudar de vida e vivermos a fé como capacidade de cuidar por amor.
3. O EVANGELHO DA VIDA
 Canto
Buscai primeiro o Reino de Deus / E a sua justiça / E tudo mais 
vos será acrescentado / Aleluia! Aleluia!
 Evangelho – Lc 10,25-37 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
 Perguntas para todos (partilha)
1. Quantos são e quais são os personagens dessa parábola? O que 
eles fazem?
2. Com quem você mais se parece? Por quê?
3. Quem é o “meu próximo”?
Leitor(a) 1: “A postura inesperada do samaritano contém o 
centro do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém 
com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos apro-
ximamos. É todo aquele que sofre diante de nós. Não é a lei que esta-
belece prioridades, mas a compaixão que impulsiona a fazer pelo 
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outro aquilo que é possível, rompendo, dessa forma, com a indife-
rença. A fé leva necessariamente à ação, à fraternidade e à caridade” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 13).
Leitor(a) 2: Essa parábola irá permear toda nossa refl exão nesta 
CF, pois é a partir do olhar de Jesus que devemos rever nossas vidas. 
Apresentamos três situações que aconteceram: na primeira, os assal-
tantes roubaram um homem. É como se dissessem “Tudo que é seu 
é meu”. Na segunda situação, passaram dois personagens e seguiram 
adiante, sem ajudar. É como se dissessem “Tudo que é meu é meu”. 
Não compartilho com você. Na terceira situação, o samaritano sen-
te compaixão e cuida do homem, oferecendo tudo o que precisava e 
então é como se dissesse “Nada nos pertence a não ser a capacidade de 
cuidar. Tudo o que posso fazer é para você, que está caído à beira do 
caminho, que faço”.
Todos: Senhor, que nossa vida seja refl exo de um coração 
repleto de ternura e que possamos dizer, por meio de gestos e 
palavras, que nossa opção será sempre pela vida!
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém 
que mudou muitas outras vidas e a quem podemos chamar de “boa 
samaritana”.
Leitor(a) 2: “No dia 26 de maio de 1914, nascia em Salvador, 
Bahia, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, (1914-1992) missio-
nária do amor, conhecida por todos como Irmã Dulce. Aos 13 anos, 
graças a seu destemor e senso de justiça, traços marcantes revelados 
quando ainda era muito novinha, Irmã Dulce passou a acolher men-
digos e doentes em sua casa, transformando a residência da família 
em um centro de atendimento. A casa fi cou conhecida como ‘A Por-
taria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam 
à sua porta. (...) Tendo iniciado sua caminhada junto às Irmãs Mis-
sionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São 
Cristóvão, em Sergipe, depois da profi ssão religiosa, ela retornou para 
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Salvador, onde se viu imersa em uma realidade de miséria e pobre-
za sobre a qual escreveria tempos depois: ‘As lágrimas enchiam meus 
olhos... O meu coração estava invadido pela dor em ver tanta miséria 
ao meu redor’. (...) Indo ao encontro daqueles que necessitavam de 
sua ajuda, em pouco tempo, Santa Dulce conseguiu autorização de 
sua superiora para trabalhar com aqueles a quem tanto chamava seu 
coração, tornando-se, assim, verdadeira samaritana em seu meio, pre-
sença e imagem de Cristo que cuida e conforta a todos aqueles que 
se encontram em estado de miséria e sofrimento. Santa Dulce cuidou 
das famílias de operários e desempregados. (...) Por estar em uma 
casa considerada invadida, logo foi expulsa de lá com seus doentes e, 
assim, fi cou peregrinando por dez anos em diversos locais de Salvador. 
Nesse tempo, Deus a inspira a levar seus doentes ao Convento Santo 
Antônio, lugar de habitação das religiosas de sua congregação e, com 
autorização de sua superiora, instalou-os no galinheiro, que em pouco 
tempo se tornaria um dos maiores hospitais públicos do Brasil. Assim, 
Santa Dulce dedicava-se cada dia à sua missão e, mesmo em estado 
de saúde precário, por causa de um problema pulmonar, não conse-
guia fi car longe dos pobres, aqueles a quem se via incumbida por Deus 
de cuidar, seus ‘fi lhos’, a quem ela confi gurava a sua vida por amor. 
E aos poucos foram nascendo as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), 
nas quais nosso anjo bom da Bahia dedicou sua vida a todos aque-
les que eram marginalizados e necessitavam de cuidados, obras que, 
segundo nossa querida santa brasileira, não eram suas, porém, de Deus” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 24).
4.1. Refl etindo juntos: O que a vida de Santa Dulce dos Pobres 
desperta em nós? (Partilhe)
Animador(a): “Hoje, mais de vinte anos depois de sua pás-
coa para a vida eterna, temos um grande modelo de santidade, com 
carisma missionário e cuidadoso, em nossas vidas. Vida doada é 
vida santifi cada! Mulher corajosa, boa samaritana no meio em que 
viveu. Irmã Dulce é hoje para nós exemplo de fé, amor, cuidado com 
a vida e compromisso cristão com aqueles que mais necessitam” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 24).
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5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): Quaresma é tempo forte de refl exão, escuta e de 
sairmos de nós mesmos ao encontro do nosso “próximo”. “A Igreja nos 
recorda que esse caminho da vida nova em Cristo e com Cristo pede 
jejum, oração e esmola. O jejum ajuda a esvaziar-se, abrir-se ao outro. 
No vazio de nós mesmos, somos fecundados pela gratuidade da vida” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 16).
Todos: O jejum ajuda a entender que nem só de pão viveo 
homem! Nos faz solidários e comprometidos com o próximo.
Leitor(a) 1: A oração é aproximação, nova relação, exposição; 
ocasião em que somos tocados pela amorosidade de Deus. Uma súpli-
ca de afeto e amor: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 
(Mt 27,46).
Todos: A oração, diálogo de amor, ajuda a servir a Deus e aos 
irmãos!
Leitor(a) 2: “Esmola: partilha de vida, cuidado amoroso, liber-
dade de entrega! A esmola é encontro com o próximo; é exercício de 
compromisso com o dom da vida, pois, ‘para o outro, o próximo é 
você’”.
Todos: A esmola, viver a prática da justiça, é solidariedade e 
amor-caridade.
Animador(a): Como gesto concreto desta semana, iremos pra-
ticar os exercícios quaresmais, que são o Jejum, a Oração e a Esmola. 
A proposta é que você, dentro de suas possibilidades, faça esses exer-
cícios, pedindo a Jesus, Bom Samaritano, que nos ajude a enxergar o 
próximo para que possa nascer em nós a compaixão.
6. REZANDO AO DEUS DA VIDA
 Rezemos juntos a Benção da Ternura (p. 33).
 Cantemos o Hino da CF 2020 (ver 3ª capa).
(Sugestão: coloque o hino tocado ao fundo para que todos possam 
cantar juntos e assim irão aprendendo a cantá-lo.)
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2º ENCONTRO2º ENCONTRO
Viu – O olhar de JesusViu – O olhar de Jesus
Preparação do ambiente: preparar um ambiente agradável, 
com mesa forrada, arranjo de fl ores, Bíblia, Cartaz da CF 2020, três 
velas com castiçais, fósforo, cinco faixas com os “Olhares do Mundo” 
e cinco faixas com o “Olhar da Fé”, aparelho de som ou caixa bluetooth
e Hino da CF 2020.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um 
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que 
juntos possamos refl etir, partilhar e planejar a partir da Campanha da 
Fraternidade. (um instante de silêncio.)
Rezemos confi antes a Oração do Espírito Santo. 
Vinde, Espírito Santo...
(A primeira vela deverá estar acesa. As outras duas não serão ace-
sas hoje.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos, 
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples, 
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração e, assim, possamos fazer com que o nos-
so coração queira “olhar como Jesus”. Sejam bem-vindos ao segundo 
encontro.
Leitor(a) 1: “Diante do convite para vivermos uma profunda 
conversão, temos duas maneiras de olhar que são apresentadas por 
Jesus na parábola do bom samaritano: um olhar que vê e passa em 
frente (...) e um olhar que vê e permanece, se envolve, se compromete 
(...) O olhar que vê e passa adiante representa toda indiferença e des-
prezo pela vida do outro” (CF 2020, Texto-Base, p. 21).
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2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
Animador(a): “Pelo olhar, podemos expressar verdades e mentiras, 
amor e ódio, alegria e tristeza. Muitas vezes nosso olhar pode se tornar 
maldoso, viciado e cansado. (...) É preciso exercitar a mesma perspectiva 
do olhar virtuoso que Cristo nos ensina” (CF 2020, Texto-Base, p. 22).
(Durante a leitura, afi xar na parede as palavras que representam os 
olhares do mundo – sombras. As cinco palavras grifadas irão representar 
todas.)
Animador(a): Infelizmente, nosso mundo tem muitos olhares 
que veem e passam adiante e fazem com que as sombras se dissipem 
sobre a terra. Entre as sombras, temos:
 O aborto – a criança inocente e vulnerável torna-se vítima cruel 
ainda no ventre materno.
 A eutanásia, o suicídio assistido, as crianças órfãs, o desemprego 
etc.
 As agressões emocionais – a ansiedade, o estresse, a automutila-
ção, o suicídio e outras situações que ferem emocionalmente e 
fi sicamente nosso próximo.
 Os acidentes de trânsito, o feminicídio, os confl itos no campo etc.
 As redes sociais e os meios de comunicação – vêm confundindo 
os cristãos, iludindo as famílias e gerando confl itos entre todos os 
tipos de relações.
 O individualismo, a política do lucro, o tráfi co de pessoas etc.
 A agressão à natureza – a natureza requer paciência para oferecer 
a nós o melhor. Terra que é mãe a nos oferecer seus mais belos 
frutos.
 O ódio – inimigo que tem crescido em nossos dias e vem junto 
com a indiferença.
Leitor(a) 1: “O olhar da fé, ao mesmo tempo em que identifi -
ca sombras, deve, indispensavelmente, identifi car luzes” (CF 2020, 
Texto-Base, p. 40). As sombras que têm invadido a humanidade, 
encontram barreira quando a luz se revela em pessoas, que com o 
olhar vêm, permanecem, se envolvem e se comprometem.
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Leitor(a) 2: “Nossa realidade está repleta de histórias de pessoas que 
superam a fragilidade da vida, realçando a beleza e a alegria de viver. Na 
família, edifi ca o exemplo dos pais que acolhem com amor os fi lhos com 
defi ciência, dedicando-lhes carinho e ternura samaritanos (...) É incon-
tável o número de pessoas que, pública ou anonimamente, dedicam sua 
existência a promover e defender a vida. Elas o fazem de forma gratuita, 
cheios de fé, pela alegria de servir no amor” (CF 2020, Texto-Base, p. 41).
Todos: “O corpo é um templo sagrado. A mente, o altar. 
Então, devemos cuidá-los com o maior zelo. Corpo e mente são 
o refl exo da nossa alma, a forma como nos apresentamos ao 
mundo é um cartão de visitas para o nosso encontro com Deus” 
(Santa Dulce dos Pobres).
Animador(a): “Essas sombras e luzes nos remetem a um desa-
fi o: o que será o amanhã? Pergunta o poeta. O que é o hoje? Per-
guntam os que sofrem e os que sonham com um mundo diferente” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 43). E, é pensando no amanhã, que nosso 
olhar precisa ser de fé, com atitudes que tragam luz.
Música: Sim, eu quero que a luz de Deus que um dia em mim 
brilhou / jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor. 
/ Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão / A caminhar 
guiado por tua mão. Em tua lei, em tua luz, Senhor!
Animador(a): “Devemos ter claro que assumir o olhar solidário 
capaz de cuidar, como modo de ser no mundo, nos permite ir além 
do egoísmo e da indiferença” (CF 2020, Texto-Base, p. 43). E vamos 
iluminar as trevas que foram lembradas há pouco, através de atitudes 
que lembram o olhar da fé. (Cada fr ase deverá ser pregada na fr ente das 
faixas das trevas.)
 Sim à vida (na frente de “aborto”).
 Saber ouvir (na frente de “agressões emocionais”).
 Buscar o equilíbrio (na frente de “redes sociais e meios de 
comunicação”).
 Cuidado com a casa comum (na frente de “agressão à natureza”).
 Amor (na frente do “ódio”).
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3. O EVANGELHO DA VIDA
 Canto
Deixa-me fi car em paz, Senhor, / para ouvir tua Palavra! /
No coração do meu silêncio / deixa-me fi car em paz!
 Evangelho – Mc 10,46-52 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
 Perguntas para todos (partilha)
1. Quais são as cegueiras que nos impedem de ver o sofrimento dos 
irmãos e das irmãs?
2. Temos pedido a Jesus que abra nossos olhos como fez com o 
cego Bartimeu?
Leitor(a) 1: “Jesus não abre apenas os olhos do cego, mas tam-
bém o coração. E o cego curado reconhece Jesus como o Messias” 
Diante das trevas, muitas vezes parecemos cegos e nos deixamos 
envolver pela sedução que elas oferecem. Nosso olhar precisa sempre 
lembrar do samaritano, que vê, sente compaixão e cuida. Jesus está 
sempre pronto a nos livrar das cegueiras, portanto, peçamos a graça 
do olhar da fé.
Todos: Senhor, que nosso olhar seja capaz de ver e sentir 
compaixão! Conceda-nos a graça de enxergar com os olhos da fé!
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém 
que mudou muitas outrasvidas.
Leitor(a) 2: “Dra. Zilda viveu para defender e promover as 
crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fra-
terna, com menos doenças e sofrimento humano. Em seu trabalho, 
sempre aliou o conhecimento científi co ao conhecimento e à cultura 
populares; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; 
mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da 
Vida Plena para todos. Ela costumava dizer: ‘Há muito o que se fazer, 
porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo 
feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores’. 
Morreu dia 12 de janeiro de 2010 no terremoto que devastou o Haiti. 
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Nesse mesmo dia, discursara sobre como salvar vidas com medidas 
simples, educativas e preventivas. Fez o que sempre falou: congregou 
mais pessoas para se unirem na busca de ‘vida em abundância’ para 
crianças e gestantes pobres. Deixou sua marca na história do Brasil ao 
fundar e coordenar a Pastoral da Criança e Pastoral da Pessoa Idosa” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 63)
4.1. Refl etindo juntos: O que a vida da Dra. Zilda nos ensina 
sobre os “olhos da fé”? (partilha)
Animador(a): As escolhas de nossa vida fazem a grande diferença 
na vida de nossos irmãos e irmãs. “Viver a compaixão é ter mais justi-
ça no coração, e para a Dra. Zilda Arns, essa justiça é compreendida já 
no coração dos mais pequeninos, a nós cabe garantir que ela continue a 
crescer no coração da humanidade e nunca permitir que a beleza da vida 
se desfi gure no rosto dos mais pobres” (CF 2020, Texto-Base, p. 63).
5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “Se Deus viesse à nossa porta, como seria rece-
bido? Aquele que bate à nossa porta, em busca de conforto para a 
sua dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo que nos procura” 
(Santa Dulce dos Pobres). Essa imagem nos remete ao belo poema 
“Não sei” de Cora Coralina:
Todos: Não sei se a vida é curta/ ou longa demais para nós,/ 
mas, sei que nada/ do que vivemos tem sentido, /se não tocamos 
o coração das pessoas.
Animador(a): Muitas vezes basta ser:/ o colo que acolhe,/ o 
braço que envolve,/ a palavra que conforta,/ o silêncio que respeita,/ 
a alegria que contagia,/ a lágrima que corre,/ o olhar que acaricia,/ o 
desejo que sacia,/ o amor que promove.
Todos: E isso não é coisa de outro mundo,/ é o que dá senti-
do à vida.
Leitor(a) 1: É o que faz com que ela não/ seja nem curta, nem 
longa demais,/ mas que seja intensa, verdadeira,/ pura enquanto ela 
durar…
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Animador(a): Nossa proposta para esta semana será um pouco 
ousada, pois vamos ter um “olhar de Jesus”, buscando nas coisas mais 
simples uma nova forma de enxergar o irmão. No próximo encontro, 
falaremos sobre os sentimentos despertados.
6. REZANDO AO DEUS DA VIDA
 Rezemos juntos a Benção da Ternura (p. 33).
 Cantemos o Hino da CF 2020 (ver 3ª capa)
(Sugestão: coloque o hino tocado ao fundo para que todos possam 
cantar juntos e assim irão aprendendo a cantá-lo.)
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3º ENCONTRO3º ENCONTRO
Sentiu Compaixão – A Compaixão de JesusSentiu Compaixão – A Compaixão de Jesus
Preparação do ambiente: preparar um ambiente agradável, com 
mesa forrada, arranjo de fl ores, Bíblia, Cartaz da CF 2020, três velas com 
castiçais, fósforo, corações com as atitudes positivas, fi ta crepe, corações 
para todos, aparelho de som ou caixa bluetooth e Hino da CF 2020.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um 
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que 
juntos possamos refl etir, partilhar e planejar a partir da Campanha da 
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confi antes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
(A primeira e segunda velas deverão estar acesas. A terceira não será 
acesa hoje.)
Animador(a): A proposta dos nossos encontros é que possa-
mos, juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira sim-
ples, como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” 
precisa contagiar nosso coração e assim possamos fazer com que ele 
queira “olhar como Jesus”. Estamos no terceiro encontro em um total 
de cinco que teremos até chegar à semana maior de nossa fé, a Semana 
Santa. Que Deus nos ajude a ela chegarmos, querendo cuidar melhor 
de nosso próximo.
Leitor(a) 1: No último encontro, levamos uma proposta: olhar 
com fé as situações mais simples, enxergando o próximo que estava 
em cada situação, e trazer para o encontro de hoje os sentimentos 
que essas experiências despertaram em nós. Agora, vamos falar dos 
sentimentos, sem contar os fatos. (Ouvir os participantes.)
Leitor(a) 2: “Se, por um lado, o olhar da indiferença gera tanto 
mal, o olhar da compaixão pode fecundar o bem no coração humano e 
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conferir verdadeiro sentido à vida (...) Somos interpelados a transfor-
mar nosso modo de ver, sentir, conviver, conformando-nos à verdade 
que Ele nos ensinou” (CF 2020, Texto-Base, p. 45).
2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
Animador(a): Perguntas para todos:
1. Como você se sente diante da compaixão de Deus?
2. Quero oferecer aos meus irmãos e irmãs a mesma compaixão e 
cuidado que o Senhor tem comigo?
Leitor(a) 1: “O coração do samaritano estava sintonizado com 
o coração do próprio Deus. Com efeito, a ‘compaixão’ é uma carac-
terística essencial da misericórdia de Deus. Deus tem compaixão de 
nós. O que isso signifi ca? Padece ao nosso lado, sente os nossos sofri-
mentos. Compaixão quer dizer ‘padecer com’. O verbo indica que as 
vísceras se movem e estremecem à vista do mal do homem. Nos gestos 
e ações do bom samaritano, reconhecemos o agir misericordioso de 
Deus em toda a história da salvação” (Papa Francisco apud CF 2020, 
Texto-Base, p. 46-47).
(Durante a leitura, afi xar na parede os corações em que estão escritas 
as atitudes positivas.)
Animador(a) – “Colocai mais corações nestas mãos”. Essas pala-
vras de São Camilo de Lellis revelam que é preciso sempre agir com 
sentimento de amor. E, portanto, o coração, eleito como representante 
desse sentimento, simboliza bem o manancial de atitudes positivas. 
Algumas atitudes que podem mudar vidas:
 Justiça – “A justiça é samaritana, sempre capaz de cuidar inde-
pendente das condições em que se encontra aquele que está à 
beira do caminho”.
 Misericórdia – “A missão do discípulo missionário de Jesus 
Cristo é revelar no mundo o rosto da misericórdia”.
 Perdão – “Uma vez perdoado, o coração humano não se cansa 
de, também ele, transbordar em perdão”.
 Paz – “A obra da justiça será a paz” (Is 32,17).
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 Caridade – “Verdadeira caridade é também ofertar um coração 
capaz de escutar o outro”.
 Ternura – “A ternura revela-nos, ao lado do rosto paterno, o ma-
terno, o materno de Deus, de um Deus apaixonado pelo homem, 
que nos ama com um amor infi nitamente maior do que o de uma 
mãe pelo próprio fi lho” (Papa Francisco).
Canto: Leva-me aonde os homens necessitem tua palavra 
/ Necessitem de força de viver / Onde falte a esperança / Onde 
tudo seja triste simplesmente por não saber de ti. (2x)
Leitor(a) 1: “Uma Igreja samaritana, sinal e expressão da cari-
dade de Cristo, vê além das aparências e para além das circunstâncias. 
Uma Igreja que cuida pessoalmente daqueles que estão feridos à beira 
do caminho e que não permite que lá permaneçam (...) uma Igreja 
onde as pessoas vivem pela fé, dentroda qual se deixam transformar, 
segundo o modo de existência da comunhão, segundo a verdade Tri-
nitária gravada no coração do homem, feito à imagem e semelhança de 
Deus” (CF 2020, Texto-Base, p. 59).
Todos: “Em todo o tempo é tempo de fazer o bem. Para quem 
vive o mandamento do amor cáritas, sempre é tempo de cuidar, 
pois o próximo é quem cuida com misericórdia”.
3. O EVANGELHO DA VIDA
 Canto
Palavras que não passam/ Palavras que libertam/ Palavra pode-
rosa tem teu coração/
Palavra por palavra/ Revelas o infi nito/ Como é bonito ouvir teu 
coração.
 Evangelho – Mt 14,13-21 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
 Perguntas para todos (partilha)
1. Jesus teve compaixão e acolheu aquele povo. E nós como de-
monstramos compaixão?
2. “Vocês é que têm de lhes dar de comer”. Como essa ordem de 
Jesus chega a nossos corações?
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Leitor(a) 1: Jesus sentiu compaixão daquele povo. Reuniu e ali-
mentou a multidão, mas antes nos chamou à missão: “Vocês é que têm 
de lhes dar de comer”. Jesus viu, sentiu compaixão e cuidou deles. O 
povo estava sedento de Deus, mas sentia fome de pão. Jesus sacia a 
sede e oferece o alimento, que mais tarde terá novo sentido. Houve 
refl exão, oração e ação.
Todos: Senhor, que sejamos capazes de ver, sentir compai-
xão e cuidar de nosso próximo!
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém 
que mudou muitas outras vidas.
Leitor(a) 2: “São Camilo de Lellis nasceu na Itália, em 25 de 
maio de 1550. Filho de pai militar e de mãe muito devota, o nasci-
mento de Camilo foi considerado um milagre, tendo em vista que seus 
pais ainda não tinham herdeiro e tiveram um fi lho já em idade avan-
çada. Ambos faleceram quando Camilo era ainda jovem, levando-o a 
enfrentar a vida sozinho e a assumir responsabilidades prematuramen-
te. Camilo seguiu a carreira militar do pai, alistando-se no exército aos 
17 anos de idade. Viveu sob condições fi nanceiras precárias e, sem ain-
da atentar-se à presença de Deus em sua vida, entregou-se aos prazeres 
e aos vícios do mundo, principalmente à bebida e ao jogo, chegando 
a perder a própria roupa em uma aposta. Naquele período, Camilo 
adquiriu também uma dolorosa úlcera no pé, ferida que o acompanhou 
durante toda sua vida. Padecendo sob condições adversas, passando 
fome, frio e sem ter onde morar, Camilo foi acolhido no convento dos 
Capuchinhos, onde passou a trabalhar. Um dia, levando uma merca-
doria do convento para a cidade, Camilo cai do animal que o transpor-
tava e, em um momento de profundo arrependimento e comoção, se 
converte a Deus entre prantos, comprometendo-se a mudar de vida 
e a servir a Deus como religioso capuchinho. Era dia 2 de fevereiro 
de 1575. A ferida no pé, entretanto, impediu-o de permanecer naque-
le convento e de abraçar a vocação capuchinha. Camilo parte, então, 
para o Hospital São Tiago, em Roma, onde passa a cuidar dos doentes. 
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Naquele local, Camilo compreende a missão que Deus queria para sua 
vida: servir os enfermos como se fossem o próprio Cristo crucifi ca-
do. Torna-se sacerdote e organiza uma companhia de homens de boa 
vontade que querem doar suas vidas no cuidado dos doentes e mais 
necessitados. O grupo de Camilo foi crescendo e atraindo homens 
motivados a cuidar dos enfermos. A Santa Sé autorizou o uso da cruz 
vermelha como distintivo do grupo e, logo depois, a Congregação foi 
elevada ao grau de Ordem Religiosa, sendo conhecida como Ordem 
dos Ministros dos Enfermos. Após uma vida de doação ao serviço dos 
doentes, Camilo morre em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 
1746 e, posteriormente, declarado padroeiro dos doentes, hospitais e 
profi ssionais da saúde” (CF 2020, Texto-Base, p. 49-50).
4.1. Refl etindo juntos: O que a vida de São Camilo nos revela 
da compaixão ensinada por Jesus? (partilha)
Animador(a): “De fato, quem ama não julga, não acusa, não 
divide! Quem ama, cuida, acolhe, integra. Quem ama dialoga, supor-
ta, se compadece. O egoísta e prepotente, cujo alcance da visão e 
do coração é ele mesmo, julga o mundo a partir de si, esquecendo-
-se de que seu olhar está embaçado pelo pecado, seu coração está 
entupido pela maldade. O que seria do mundo se nos julgásse-
mos menos e nos compreendêssemos mais? O que seria do mundo 
se houvesse menos competição e mais compaixão? Não seria um 
mundo diferente se houvesse menos voracidade e mais partilha?” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 50).
5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “Colocai mais coração nessas mãos!” (São Camilo
de Lellis). Vamos repetir juntos.
Todos: “Colocai mais coração nessas mãos!”
Animador(a): Vamos receber agora pequenos corações e vamos 
levá-los para casa. Coloque-o em um lugar que você veja todos os dias, 
até o nosso próximo encontro, pois você deverá trazê-lo de volta. Você 
irá escrever nele uma atitude de compaixão que tiver realizado, mesmo 
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que seja a mais simples. Não escreva seu nome no coração, somen-
te a atitude. Se acontecerem várias atitudes, que bom! Escolha uma 
e escreva.
(Distribuir os corações para todos.)
6. REZANDO AO DEUS DA VIDA
 Rezemos juntos a Benção da Ternura (p. 33).
 Cantemos o Hino da CF 2020 (ver 3ª capa).
(Sugestão: coloque o hino tocado ao fundo para que todos possam 
cantar juntos e assim irão aprendendo a cantá-lo.)
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4º ENCONTRO4º ENCONTRO
Cuidou Dele: O cuidar de JesusCuidou Dele: O cuidar de Jesus
Preparação do ambiente: preparar um ambiente agradável, 
com mesa forrada, arranjo de fl ores, Bíblia, Cartaz da CF 2020, três 
velas com castiçais, fósforo, vasilha para queimar os corações, incenso, 
vasilha transparente maior, copos, faixas pequenas coladas nos copos 
com as iniciativas, música “Verdades do Tempo”, aparelho de som ou 
caixa bluetooth e Hino da CF 2020.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um 
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que 
juntos possamos refl etir, partilhar e planejar a partir da Campanha da 
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confi antes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
(A primeira e segunda velas deverão estar acesas. Acender, neste 
momento, a terceira vela.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos, 
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples, 
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração, e assim possamos fazer com que o nosso 
coração queira “olhar como Jesus”. Estamos no quarto encontro, de 
cinco que teremos até chegarmos à semana maior de nossa fé, a Sema-
na Santa, querendo cuidar melhor de nosso próximo.
Leitor(a) 1: No nosso último encontro, fi zemos um propósito 
bem especial: levamos um coração para nossa casa e nele escreveríamos 
uma atitude de compaixão que tivéssemos. Iriamos escrever essa atitude 
e trazer para nosso encontro de hoje, e não deveríamos colocar nossos 
nomes. “Nós somos como um lápis com que Deus escreve os textos que 
Ele quer ditos nos corações dos homens” (Santa Dulce dos Pobres).
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(Preparar vasilha para a queima e colocar incenso para perfumar.)
Animador(a): Vamos trazer nossos corações e colocar na vasilha 
que está aqui a nossa frente e iremos queimá-los, pois essa nossa ação, 
com certeza, é um perfume que agrada a Deus e precisa subir até Ele, 
como a fumaça que veremos.
Canto: Umcoração para amar, pra perdoar e sentir / Para chorar 
e sorrir, ao me criar tu me destes / Um coração pra sonhar, inquieto e 
sempre a bater; / Ansioso por entender as coisas que tu disseste.
Eis o que eu venho te dar / Eis o que eu ponho no altar / 
Toma, Senhor, que ele é teu/ Meu coração não é meu (2x)
Quero que o meu coração seja tão cheio de paz / Que não se sin-
ta capaz de sentir ódio ou rancor / Quero que a minha oração possa 
me amadurecer / Leve-me a compreender as consequências do amor.
Animador(a): “O sentido da vida, nós o encontramos no amor 
que, entre outros aspectos, se traduz na capacidade de se compade-
cer e cuidar. Por essa razão, um dos primeiros passos do nosso agir 
não poderia ser outro senão este: como discípulos missionários 
daquele que é Vida, resgatar o sentido do viver no horizonte da fé 
cristã proclamando a beleza da vida. ‘Fazei coisas belas, mas, sobre-
tudo tornai as vossas vidas lugares de beleza’ (Papa Bento XVI)” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 75).
2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
(Colocar a vasilha de vidro maior transparente em uma mesa e vários 
copos ao redor com água. Em cada copo esteja escrita uma das iniciativas 
apresentadas abaixo.)
Leitor(a) 1: “Por mais que tenhamos desafi os pessoais e comu-
nitários, jamais podemos nos acomodar diante deles. ‘No deserto, é 
possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim 
sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus (...) E, 
no deserto, existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com 
suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, man-
tendo assim viva a esperança’. Em todo caso, lá somos chamados a ser 
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pessoas-cântaro para dar de beber aos outros (...) Não deixemos que 
nos roubem a esperança!” (Francisco apud CF 2020, Texto-Base, p. 81).
Animador(a): Sobre a mesa, temos uma vasilha que representa 
o mundo e, ao seu lado, alguns copos com água e neles algumas inicia-
tivas que nos mostram o cuidado para com o próximo. Como nos dis-
se o Papa, somos pessoas-cântaro e precisamos dar de beber, matando 
a sede do mundo ao nosso redor. A cada iniciativa que iremos anun-
ciar, alguém vai até a mesa e despeja a água na vasilha.
Leitor(a) 2:
 Ousadia – Ousemos ser mais ousados ao testemunhar Jesus com 
nossas vidas.
 Envolver – Precisamos estimular e zelar pela ternura e pelo cui-
dado, que refl etem nosso olhar de fé.
 Acompanhar – Se fazer presente e participante, testemunhando 
o cuidado de Deus por nós.
 Frutifi car – Semear confi ando que quem faz brotar é a bondade 
de Deus e o joio não pode roubar nossa paz.
 Festejar – Celebrar com alegria momentos fortes e importantes 
na nossa vida, valorizando os laços de pertença.
 Acolher – Oferecer braços e ouvidos para receber aqueles que 
estão fragilizados pelas situações da vida.
 Proteger – Dar suporte àqueles que, pelos momentos de sofri-
mento, estão vulneráveis às sombras da vida.
 Promover – Motivar gestos e atitudes que transformem situa-
ções, resgatando o valor da vida.
 Integrar – Promover ações que tirem da margem pessoas e que 
promovam o bem comum.
Todos: “Portanto, quando vivemos a mística de nos aproxi-
mar dos outros com a intenção de procurar o seu bem, ampliamos 
o nosso interior para receber os mais belos dons do Senhor. Cada 
vez que nos encontramos com um ser humano no amor, fi camos 
capazes de descobrir algo de novo sobre Deus. Cada vez que os 
nossos olhos se abrem para reconhecer o outro, ilumina-se mais 
a nossa fé para reconhecer a Deus. Em consequência disso, se 
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queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser 
missionários” (Francisco apud CF 2020, Texto-Base, p. 81).
Animador(a): “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” – três ati-
tudes que vão fi cando claras para nós, através desta Campanha. Cuidar 
do próximo será sempre a beleza da vida, porque nos ensina a olhar 
menos para nós mesmos. E a sede do mundo será sempre menor, se 
nós formos verdadeiras pessoas-cântaro.
3. O EVANGELHO DA VIDA
 Canto
Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. / Por isso meu 
coração se abre para escutar. / Por mais difícil que seja seguir / Tua 
palavra queremos ouvir. / Por mais difícil de se praticar / Tua palavra 
queremos guardar.
 Evangelho – Jo 13,12-17 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
 Perguntas para todos (partilha)
1. O que a atitude de Jesus nos ensina?
2. Quais alegrias encontramos ao praticar esse ensinamento de 
Jesus?
Leitor(a) 1: “Em nosso agir evangelizador, ‘também temos, dian-
te de nós, à nossa disposição, duas bacias com água: de um lado, a bacia 
utilizada por Pilatos, símbolo da indiferença e da omissão; do outro 
lado, a bacia utilizada por Jesus no lava-pés, sinal de terno cuidado e 
compromisso para com o serviço. Serviço evangelizador que dá visi-
bilidade ao Reino de Deus presente no mundo. Qual das duas bacias 
temos utilizado como evangelizadores?” (CF 2020, Texto-Base, p. 77). 
Qual dessas bacias escolhemos?
Todos: Necessitamos de corações semelhantes ao coração de 
Jesus, que se curvou sensivelmente à dor de toda a humanidade e 
dela cuidou. “Pondo-se de joelhos diante dos outros para os lavar; 
mas, logo a seguir, diz aos discípulos: ‘Sereis felizes se o praticar-
des’ ( Jo 13,17)” (EG, n. 24).
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4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém 
que tem mudado muitas outras vidas e a quem podemos chamar nos-
so Papa.
Leitor(a) 2: O Papa Francisco determinou, em 2015, que fos-
se disponibilizada para a população carente da cidade de Roma uma 
ampla e bem equipada lavanderia, onde pudessem cuidar das próprias 
roupas com dignidade e gratuitamente. Outra iniciativa do Papa é a 
abertura de um refeitório sustentado com doações até um abrigo estru-
turado com dormitórios, duchas quentes, barbearia e lavanderia, além, 
é claro, da oferta de orientação e capacitação profi ssional. Durante o 
inverno, as portas da igreja e as salas adjacentes se abrem, com suas 
trinta camas, cobertores e banheiros, para garantir aos indigentes um 
teto acolhedor e refeições diárias. Para aliviar o frio e a fome, oferece 
pratos quentes para centenas de pessoas necessitadas, refugiadas nas 
principais estações ferroviárias e metrôs da capital italiana.
4.1. Refl etindo juntos: O que os exemplos do Papa Francisco 
nos motivam como cristãos? (partilha)
Animador(a): Essas são algumas atitudes de um Pastor que, 
entendendo o ensinamento de Jesus, tem “feito a mesma coisa”. Suas 
atitudes são rotineiras e o têm acompanhado desde o início de sua 
vocação, conforme narrado por todos que o acompanharam em sua 
vida sacerdotal.
5. A ALEGRIA DE CUIDAR
Animador(a): “As mudanças que tanto queremos no mun-
do só serão reais se começarem em nós, a partir de nós, afetando, 
assim, o ambiente em que vivemos. A conversão pastoral é fruto da 
conversão pessoal. ‘Vai e faze o mesmo’ (Lc 10,37). Daí a importân-
cia de renovarmos, pessoalmente, nosso compromisso de cuidado e 
valorização da vida. Dar início a processos de fraternidade e de ter-
nura. Cultivar boas amizades. Redescobrir o valor da vizinhança” 
(CF 2020, Texto-Base, p. 81).
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Leitor(a) 1: Recordemos as palavras de Santa Teresa de Calcutá: 
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de 
água no oceano. Mas o oceano seria menor se lhe faltasse uma gota”.
Animador(a): Em um gesto simples, vamos realizar dois 
momentos. No primeiro, vamos ouvir uma música, que muitos devem 
conhecer.Música: “Verdades do Tempo” (Th iago Brado). (pode ser 
eletrônica.)
Animador(a): No segundo momento, em um gesto de acolhi-
mento, ternura, amizade e celebração, vamos nos abraçar, mas não é 
um simples abraço, e sim aquele abraço que nos remeta à “ternura de 
Deus”. (Todos se abraçam.)
Animador(a): Como gesto concreto desta semana, iremos abra-
çar mais pessoas: mas abrace pessoas que precisam do seu “olhar de 
fé”, pessoas que estão sedentas de atenção, que estejam à margem, pre-
cisando de quem lhes dê atenção. Tenha compaixão!
6. REZANDO AO DEUS DA VIDA
 Rezemos juntos a Benção da Ternura (p. 33).
 Cantemos o Hino da CF 2020 (ver 3ª capa). (Sugestão: coloque o 
hino tocado ao fundo para que todos possam cantar juntos e assim 
irão aprendendo a cantá-lo.)
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5º ENCONTRO5º ENCONTRO
Um novo olharUm novo olhar
Preparação do ambiente: preparar um ambiente agradá-
vel, com mesa forrada, arranjo de fl ores, Bíblia, Cartaz da CF 2020
(que precisa ser em um tamanho maior), três velas com castiçais, 
fósforo, música “Fala, Senhor” (Márcio Todeschini), imagem maior 
(uns 60 cm) de Nossa Senhora, velas para todos os participantes, apa-
relho de som ou caixa bluetooth e Hino da CF 2020.
1. ACOLHIDA
Animador(a): Para começar nosso encontro, vamos, em um 
instante de silêncio, nos entregar à ação do Espírito Santo, para que 
juntos possamos refl etir, partilhar e planejar a partir da Campanha da 
Fraternidade. (Um instante de silêncio.)
Rezemos confi antes a Oração do Espírito Santo.
Vinde, Espírito Santo...
(As 3 velas do castiçal deverão estar acesas.)
Animador(a): A proposta de nossos encontros é que possamos, 
juntos, conhecer um pouco da CF 2020 e, de uma maneira simples, 
como é proposta dessa campanha, perceber que o “olhar de Jesus” pre-
cisa contagiar nosso coração e assim possamos fazer com que o nosso 
coração queira “olhar como Jesus”. Estamos no último encontro, apro-
ximando da semana maior de nossa fé, a Semana Santa, e temos certe-
za de que nossos corações têm estado mais em nossas mãos, como nos 
ensinou São Camilo de Lellis.
Leitor(a) 1: No nosso último encontro, fi zemos um propósito 
bem especial: iríamos abraçar algumas pessoas que estivessem preci-
sando de um “olhar de fé”, pessoas sedentas de atenção. Agora quem 
quiser partilhe conosco alguma experiência sobre esse propósito. 
Faremos de maneira breve para que mais pessoas possam partilhar 
também.
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(Esperar manifestações.)
Animador(a): Que bom é sentir nossos corações batendo em 
nossas mãos! Como é especial sentir que podemos fazer algo, mesmo 
que simples, mas que pode fazer a diferença para próximo.
Refrão Orante: Onde reina o amor, fraterno amor. Onde rei-
na o amor, Deus aí está. (2x)
Animador(a): “O que fazer para mudar o mundo? Amar. O amor 
pode sim vencer o egoísmo” (Santa Dulce dos Pobres). Durante nos-
sos quatro primeiros encontros refl etimos sobre o olhar de Jesus, que 
nos remete a atitude do samaritano, ou seja, “Viu, sentiu compaixão 
e cuidou dele”. Hoje, somos chamados a refl etir sobre o nosso olhar, 
ou melhor, sobre o nosso novo olhar, que, entendendo a atitude do 
samaritano, deseja ardentemente seguir seu exemplo.
2. CONTEMPLANDO A BELEZA DA VIDA
(Colocar o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 em lugar de 
destaque. Se o cartaz for pequeno, providencie um maior, pois os detalhes 
serão importantes.)
Leitor(a) 1: Observem, atentamente, o Cartaz da Campanha da 
Fraternidade 2020, que, hoje, está em destaque. Vejam com atenção 
todos os personagens que estão no cartaz e vamos comentando quem 
são eles. (Esperar que as manifestações aconteçam.)
Animador(a): Mas o convite agora é outro: qual desses persona-
gens você acha que te representa bem, ou seja, que você tem algo em 
comum com ele? Pense!
(pausa)
Eles são vários, mas a proposta é que sejamos a personagem em 
destaque, ou seja, aquela que “viu, se compadeceu e cuidou”, a Santa 
dos Pobres, a querida Dulce. Não pensemos na grandeza de sua vida, 
que foi de entrega total aos prediletos de Jesus, os pobres e os sofridos, 
mas pensemos na possibilidade de olhar nosso próximo com mais 
compaixão e poder cuidar dele, mesmo que de uma maneira simples, 
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mas fundamental para a vida dele. Sejamos mais ousados quando se 
tratar de amar nosso próximo.
Leitor(a) 2: “A vida é dom e compromisso”. Intercâmbio de cui-
dado e de ternura. No desejo de redescobrir a esperança que alimenta 
vida, própria dos que creem em Cristo, recolhemos alguns conselhos 
do Papa Francisco em sua catequese sobre educar para a esperança:
Animador(a): “Onde quer que você esteja, construa! Se você 
está caído na terra, levante-se! Não permaneça nunca caído, levante-
-se, deixe-se ajudar para fi car de pé. Se está sentado, coloque-se em 
caminho! Se o tédio o paralisa, realize obras de bem! Se se sente vazio 
ou desmoralizado, peça que o Espírito Santo possa novamente encher 
o teu nada”.
Leitor(a) 1: “Promova a paz em meio aos homens e não ouça a 
voz de quem espalha ódio e divisões. Não ouça estas vozes. Os seres 
humanos, por mais que sejam diversos uns dos outros, foram criados 
para viver juntos. Nos contrastes, paciência: um dia descobrirás que 
cada um é depositário de um fragmento de verdade”.
Todos: “Ame as pessoas. Ame-as uma a uma. Respeite o 
caminho de todos”.
3. O EVANGELHO DA VIDA
 Canto:
Como são belos os pés do mensageiro / Que anuncia a paz /
Como são belos os pés do mensageiro / Que anuncia o Senhor.
Ele vive, ele reina/Ele é Deus e Senhor
 Evangelho – Jo 13,34-35 (Ler na Bíblia, de forma bem pausada.)
 Perguntas para todos (partilha)
1. Jesus nos oferece o mandamento novo. Por que é tão difícil 
segui-lo?
2. Se o amor, tudo desculpa, tudo perdoa, por onde andará o amor 
que Jesus nos falou nesse Evangelho?
Leitor(a) 1: O mandamento novo supera todos os outros man-
damentos. Deus e o homem são inseparáveis e é somente amando 
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ao homem que amamos a Deus. Em Jesus, Deus se fez presente no 
homem, tornando-o intocável. Tal mandamento novo gera uma comu-
nidade que oferece uma alternativa de vida digna e liberdade perante 
a morte e a opressão.
Leitor(a) 2: O samaritano viveu o mandamento novo, “agiu com 
verdadeira misericórdia e foi capaz de assumir a dor do outro proven-
do tudo o que lhe era necessário. Na compaixão não há incertezas, não 
se titubeia, não existe indiferença, pois trata-se de ter, em nós, os mes-
mos sentimentos de Cristo (Fl 2,5). Fazer-se próximo sem precon-
ceitos, sem classifi cação, sem esperar nada em troca. Gratuitamente 
amar! Assim nos ensina Jesus” (CF 2020, Texto-Base, p. 48).
Todos: “A vida é essencialmente samaritana!”. Senhor, aju-
de-nos a ver, com novo olhar! Pois, “em todo o tempo, é tempo 
de fazer o bem. Para quem vive o mandamento do amor cáritas, 
sempre é tempo de cuidar, pois o próximo é quem cuida com 
misericórdia”.
4. FATOS DA VIDA
Animador(a): Vamos conhecer um pouco da vida de alguém 
que tem mudado muitas outras vidas: você!
Leitor(a) 1: Você! Quem é você? Quando você descobriu seu 
valor para Deus? Qual é a sua história diante dos homens e diante de 
Deus? O que você traz em si que despertou o olhar do Senhor, que 
tem tido compaixão de você, todo o tempo? Quem é você que faz nos-
so Senhor cuidar tanto? Quem é você, meu próximo, que tem cativado 
o olhar de Jesus, que tem conquistado sua compaixão e tem recebido 
seu cuidado? Você já pensou em quem é você? (pausa)
Leitor(a) 2: Você é o próximo, aquele que traz uma linda históriaque tem sido escrita pelo amor e pela misericórdia de nosso amado 
Pai. Com certeza, você tem fatos incríveis que, se contados, pessoas 
que não conhecem a fé diriam que são apenas coincidências, mas sua 
fé te dá a certeza, que nosso Deus zela por você. “Você é obra de Deus, 
criatura sua. Ele criou-a à sua imagem, e refl ete algo da sua glória. Cada 
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ser humano é objeto da ternura infi nita do Senhor, e Ele mesmo habita 
na sua vida” (Papa Francisco). Por isso, viva, ame, sonhe, acredite. E, 
com a graça de Deus, nunca se desespere.
Música: Vamos no silêncio ouvir com muita atenção uma 
música:
“Fala, Senhor” (Márcio Todeschini).
Animador(a): Sabendo quem é você e ouvindo o que quer falar, 
podemos olhar o Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 e ter a 
certeza de que podemos nos espelhar na Santa Dulce dos Pobres.
5. A ALEGRIA DE CUIDAR
(A imagem de Nossa Senhora deve estar em um pequeno altar ou 
sobre a mesa preparada.)
Animador(a): Durante nossos cinco encontros tivemos as velas 
acesas no castiçal, lembrando o Lema “Viu, sentiu compaixão e cui-
dou dele”. Agora, vamos multiplicar essa luz! Cada um irá receber uma 
vela e, durante a música, vamos acendê-la e ladear o altar onde está 
a imagem daquela que entendeu o verdadeiro sentido de ver, sentir 
compaixão e cuidar, Nossa Senhora.
Refrão Orante: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inun-
da meu ser, permanece em nós. (2x)
Leitor(a) 1: Voltemos o olhar para aquela que é, para nós, sinal 
de esperança segura e consolação, e rezemos juntos:
Todos: “Ó Maria, aurora do mundo novo, / Mãe dos viven-
tes, confi amos-vos a causa da vida: / olhai, Mãe, para o número 
sem fi m de crianças / a quem é impedido nascer, / de pobres para 
quem se torna difícil viver, de homens e mulheres vítimas de inu-
mana violência, de idosos e doentes assassinados pela indiferen-
ça ou por uma falsa compaixão. Fazei com que todos aqueles que 
creem no vosso Filho saibam anunciar com desassombro e amor 
aos homens do nosso tempo o Evangelho da vida. Alcançai-lhes 
a graça de o acolher como um dom sempre novo, a alegria de o 
celebrar com gratidão em toda a sua existência, e a coragem para 
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o testemunhar com grande tenacidade, para construírem, junta-
mente com todos os homens de boa vontade, a civilização da ver-
dade e do amor, para louvor e glória de Deus Criador e amante da 
vida”. Amém.
Animador(a): Como gesto concreto, vamos levar essa vela 
apagada e oferecê-la a alguém que esteja precisando dessa luz. Peça 
a pessoa que a acenda em um lugar, onde possa vê-la. Que, quando 
você entregar a vela, possa rezar: “Que como Jesus e Santa Dulce dos 
Pobres, eu vi, me compadeci e cuidei!”.
6. REZANDO AO DEUS DA VIDA
 Rezemos juntos a Benção da Ternura (p. 33).
 Cantemos o Hino da CF 2020 (ver 3ª capa). (sugestão: coloque o 
hino tocado ao fundo para que todos possam cantar juntos.)
BENÇÃO DA TERNURA
Animador(a): Ao fi nal deste encontro, rezemos a benção da ter-
nura, que quer nos lembrar que o nosso Deus é terno e nos envolve, 
cuidando e ensinando, como nesses encontros.
Leitor(a) 1: Senhor Deus, Pai rico em Misericórdia, com quem 
precisamos aprender o verdadeiro sentido da compaixão, iluminai-
-nos através do Dom do Entendimento, para que sejamos capazes de 
perceber que o nosso próximo espera e precisa de nós.
Leitor(a) 2: Que a indiferença que vem invadindo a humanidade 
seja afastada por nós, para que a sensibilidade inunde nosso ser. Pedi-
mos que as lágrimas brotem em nossos olhos, diante do sofrimento 
do nosso próximo, que padece à nossa frente e assim chegue ao nosso 
coração a vontade de fazer acontecer algo diferente, através de nossas 
mãos, que precisam se estender para aliviar o sofrimento de seus fi lhos 
e fi lhas, nossos irmãos e nossas irmãs.
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Todos: Ajude-nos, Senhor, a reconhecer nossa pequenez, 
que às vezes nos oferece a oportunidade de sermos bons samari-
tanos e, em outras vezes, nos coloca à margem precisando da aju-
da de irmãos e irmãs que se fazem nossos bons samaritanos. Que, 
iluminados por esta Campanha da Fraternidade, sejamos capazes 
de repensar nosso olhar, moldar nosso coração e transformar 
nossas atitudes. Amém!
Animador(a): Que o Senhor nos abençoe e nos guarde!
Todos: Amém!
Animador(a): Que o Senhor nos mostre a sua face e nos conce-
da sua graça!
Todos: Amém!
Animador(a): Que o Senhor volva o seu rosto para nós e nos dê 
a Paz!
Todos: Amém!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
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CELEBRAÇÃO DA VIA-SACRACELEBRAÇÃO DA VIA-SACRA
Vamos levar: A Cruz do Senhor, com uma faixa de tecido bran-
co nos braços simbolizando a Ressurreição de Jesus, é levada à frente 
pelos participantes, acompanhada com velas acesas. Acolher e convi-
dar todos para participar, com fé e devoção, da meditação dos Misté-
rios da paixão, morte e ressurreição do Senhor.
ACOLHIDA
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
Dirigente: Irmãos e irmãs, que a paz de Jesus Cristo esteja 
conosco!
Todos: Bendito seja o Senhor, que nos reuniu na sua paz!
Leitor(a) 1: Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos 
do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade como cami-
nho de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e 
social que visibiliza a salvação paterna de Deus. “Fraternidade e Vida: 
Dom e Compromisso” é o tema da Campanha para a Quaresma em 
2020. A parábola do bom samaritano inspira o lema: “Viu, sentiu com-
paixão e cuidou dele” (Lc 10,34-35).
Todos: A vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste 
em ver, solidarizar-se e cuidar. Não se pode viver a vida passando 
ao largo das dores dos irmãos e irmãs!
Leitor(a) 2: Neste ano, somos convidados a olhar, de modo mais 
atento e detalhado, para a vida e seus clamores e “a refl etir sobre o sig-
nifi cado mais profundo da vida e a encontrar caminhos para que esse 
sentido seja fortalecido e, algumas vezes, até mesmo reencontrado”.
Todos: Senhor, ajudai-nos a romper com as estruturas exis-
tentes em nós que não nos ajudam a enxergar que a vida é um 
Dom precioso!
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Dirigente: Irmãos e irmãs, como discípulos missionários de 
Jesus, iniciemos nossa caminhada, meditando com piedade os passos 
de sua Paixão, morte e Ressurreição. Iluminados por esse Mistério, 
vamos nos comprometer com a construção de um mundo melhor.
Todos: Senhor, dai-nos coragem para estarmos abertos à 
proposta que Deus nos faz e preparados para testemunhar, com 
a nossa vida, em palavras e ações concretas, o que vamos meditar.
Canto: Hino da CF 2020 (ver 3ª capa)
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1ª ESTAÇÃO: 1ª ESTAÇÃO: 
Jesus é preso e condenado à morteJesus é preso e condenado à morte
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Vítima de uma acusação 
injusta, Jesus se encontra diante de Pôncio 
Pilatos para receber a sentença defi niti-
va. Enquanto Jesus permanece silencioso, 
como uma ovelha pronta a ser conduzida 
ao matadouro, a multidão e as autoridades 
se agitam. A decisão cabe a Pilatos. Com-
preendendo que Jesus é inocente, ele tenta livrá-lo da morte, mas cede à forte 
pressão e lava suas mãos: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem”.Leitor(a) 2: Pilatos vê a injustiça cometida contra Jesus, mas 
não tem coragem de tomar posição em seu favor. Pilatos é o símbolo 
perene de todos aqueles que veem sem se compadecer e sem cuidar, 
daqueles que preferem permanecer como observadores distantes, “em 
cima do muro”, valendo-se de uma diplomacia que corre o sério risco 
de se tornar covardia. Não há como escapar; somos todos responsá-
veis pelo derramamento do sangue do Filho do Homem e de tantos 
homens e tantas mulheres, nossos irmãos e irmãs.
Todos: Senhor Jesus Cristo, cuja condenação nos absolve, 
não nos deixeis cair na tentação de ver sem compaixão e sem cui-
dado. Abri os nossos olhos e o nosso coração diante dos sofrimen-
tos da natureza e dos nossos irmãos e irmãs.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: A morrer crucifi cado, teu Jesus é condenado/ por teus crimes, 
pecador! Por teus crimes, pecador!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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2ª ESTAÇÃO: 2ª ESTAÇÃO: Jesus carrega a cruzJesus carrega a cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: O condenado à mor-
te de Cruz deve carregar o madeiro 
até o lugar da crucifi xão. Os soldados 
depõem a pesada Cruz sobre o ombro 
de Jesus e o obrigam a caminhar até o 
Calvário.
Leitor(a) 2: Na verdade, é o próprio Jesus a tomar sobre si a sua 
Cruz. Carregar a Cruz é uma decisão sua, em obediência aos desígnios 
do Pai. Mesmo sofrendo interiormente, Jesus aceita cumprir a sua mis-
são e abraça o seu destino: “Pai, que não seja feito o que eu quero, mas 
o que tu queres”.
Todos: Senhor Jesus, cuja obediência expia a nossa desobe-
diência, em comunhão convosco, nós também queremos tomar 
a nossa cruz de cada dia e seguir os vossos passos no caminho da 
dor e da esperança.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Com a Cruz é carregado, e do peso acabrunhado/ vai morrer 
por teu amor! Vai morrer por teu amor!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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3ª ESTAÇÃO: 3ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela primeira vezJesus cai pela primeira vez
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: O caminho que con-
duz ao Calvário é íngreme e a caminha-
da é árdua. Jesus havia padecido a ter-
rível fl agelação, a coroação de espinhos 
e grandes humilhações. O cansaço e a 
angústia se abatem sobre Ele. Jesus cai com o rosto por terra.
Leitor(a) 2: O esgotamento de Jesus não é só um esgotamento 
físico, mas também moral e espiritual. Na Cruz estão os pecados e os 
sofrimentos dos homens e das mulheres de todas as raças e línguas, de 
todas as épocas e lugares. Pesa sobre Jesus o peso da opressão do mal, 
que continuamente tenta esmagar e oprimir a criação.
Todos: Senhor Jesus, cujo peso da Cruz nos alivia, como 
sobre vós pesam nossos pecados, sofrimentos e angústias, sobre 
nós venham a leveza e a suavidade do vosso jugo.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Pela Cruz tão oprimido, cai Jesus desfalecido/ pela tua 
salvação! Pela tua salvação!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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4ª ESTAÇÃO: 4ª ESTAÇÃO: Jesus se encontra com sua MãeJesus se encontra com sua Mãe
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Fiel ao seu sim, dado 
ao Arcanjo Gabriel em um momento de 
alegria, Maria acompanha Jesus em uma 
circunstância de extrema tristeza. Seus 
olhos, habituados a contemplar a sua 
beleza, agora o contemplam desfi gura-
do. Os olhares da Mãe e do Filho se cruzam e ela, entre lágrimas e sem 
dizer nada, anima o Filho amado a continuar o seu caminho.
Leitor(a) 2: O olhar de Maria transborda de compaixão e de cui-
dado. Ela possui um olhar místico sobre uma realidade injusta e cruel. 
Vê e sente além dos fatos concretos. Maria vê Deus onde tudo grita o 
seu abandono. O olhar da Mãe não pode livrar o Filho do peso que 
carrega, mas lhe infunde ânimo e coragem.
Todos: Senhor Jesus, o olhar triste de vossa Mãe nos infunde 
esperança e força, ensinai-nos a olhar com compaixão e com cui-
dado para todos aqueles que completam na carne o que faltou à 
vossa paixão redentora.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: De Maria lacrimosa, no encontro lastimosa/ vê a viva compai-
xão! Vê a viva compaixão!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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5ª ESTAÇÃO: 5ª ESTAÇÃO: Simão, o cirineu, ajuda Simão, o cirineu, ajuda 
Jesus a carregar a cruzJesus a carregar a cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Percebendo que Jesus 
desfalece, os soldados obrigam Simão 
de Cirene, um trabalhador que, prova-
velmente está indo almoçar com sua 
família, a carregar a Cruz em seu lugar.
Leitor(a) 2: De improviso e sem 
compreender o que se passa, o Cireneu toma parte no drama da salva-
ção. Com resiliência e atemorizado, ele recebe a Cruz em seu ombro. 
O Cireneu representa todos aqueles que, sem estarem preparados, de 
um momento para outro, experimentam um sofrimento, uma perda, 
uma injustiça e descobrem a força da aceitação: “Se alguém quer vir 
após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Todos: Senhor Jesus, cujo cansaço nos descansa, dai-nos for-
ça para carregar a nossa Cruz e, pela fé e pela paciência, fazei-nos 
participantes do mistério da vossa paixão.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Em extremo desmaiado, deve auxílio tão cansado/ receber do 
Cirineu! Receber do Cirineu!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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6ª ESTAÇÃO: 6ª ESTAÇÃO: Verônica enxuga o rosto Verônica enxuga o rosto 
de Jesusde Jesus
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Muitas mulheres acom-
panharam Jesus no exercício do seu minis-
tério público. Algumas o acompanham, 
também, na via dolorosa. Uma delas, com 
um gesto amoroso, se aproxima e com seu 
sudário enxuga o rosto do Mestre.
Leitor(a) 2: A tradição chama essa mulher compassiva e cuida-
dosa de Verônica, porque, desde então, ela traz consigo a verdadeira 
imagem de Jesus estampada no sudário. Jesus é a imagem do Deus 
invisível que se faz visível no rosto sofrido de cada pessoa humana. 
Verônica é a imagem de todo aquele que tem a coragem apaixonada 
de se aproximar de quem sofre, tocar na sua carne ferida e demonstrar 
afeto.
Todos: Senhor Jesus, cujo rosto desfi gurado se transfi gura na 
beleza do rosto humano, ensinai-nos a ver a vossa face e enxugá-la 
na face de cada irmão sofredor.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: O seu rosto ensanguentado, por Verônica enxugado/ 
contemplemos com amor! Contemplemos com amor!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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7ª ESTAÇÃO: 7ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela segunda vezJesus cai pela segunda vez
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo.
Leitor(a) 1: Sob insultos e empur-
rões dos soldados, Jesus continua o seu 
caminho em direção à morte. Mais uma 
vez, o peso o oprime acima de suas for-
ças e Ele cai abatido.
Leitor(a) 2: Deus vê, se compade-
ce e cuida de cada homem caído. A compaixão pelos caídos é tanta que 
Jesus se deixa cair esmagado pelo pecado e pelo abandono de Deus. 
Ao cair, Jesus ergue o mundo e o enobrece. Desse modo, Ele mostra 
que não veio para condenar, mas para salvar e perdoar.
Todos: Senhor Jesus, cuja queda eleva os caídos, tende pie-
dade de nós prostrados em nossas misérias e nos recordai sempre 
que nada pode nos separar do amor que vós nos manifestais com 
vossa paixão.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Outra vez desfalecido, pelas dores abatido/ cai por terra, o 
Salvador! Cai por terra, o Salvador!
Pela Virgem Dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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8ª ESTAÇÃO: 8ª ESTAÇÃO: Jesus consola as mulheres Jesus consola as mulheres 
de Jerusalémde Jerusalém
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a): A cidade inteira se 
aglomera para acompanhar o drama da 
paixão de Jesus. O espetáculo terrível 
leva aos prantos as mulheres, fi lhas de 
Jerusalém. Jesus se aproxima delas e as 
consola.
Leitor(a): Jerusalém é a cidade 
das contradições; condena e, ao mesmo tempo, chora pelo condena-
do. Jesus, pouco antes da sua paixão, já havia desvelado essa realidade 
complexa: “Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedre-
jas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus fi lhos, 
como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não qui-
seste!”. E naquela hora foi Ele a chorar por Jerusalém e não Jerusalém 
a chorar por Ele. O choro contraditório da Cidade Santa representa 
o choro da humanidade e da criação inteira que “geme e chora”. O 
homem destrói irresponsavelmente o Dom da criação e, logo, chora o 
Dom que foi destruído: “Chorai por vós mesmas e por vossos fi lhos”.
Todos: Senhor Jesus, cujas lágrimas se misturam às lágrimas das 
criaturas e as consolam, ajudai-nos a consolar os sofredores, a reno-
var a esperança dos abatidos e a libertar a criação da opressão do mal.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Das mulheres piedosas, de Sião fi lhas chorosas/ é Jesus 
consolador! É Jesus consolador!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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9ª ESTAÇÃO: 9ª ESTAÇÃO: Jesus cai pela terceira vezJesus cai pela terceira vez
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Pela terceira vez, víti-
ma de uma fadiga incalculável, Jesus cai 
sob o peso esmagador da Cruz.
Leitor(a) 2: A terceira queda 
de Jesus mostra a radicalidade da sua 
comunhão com o mundo decaído. “Ele 
se fez pecado por nós”. A sua queda ao chão o leva além dos limites 
do solo, ao submundo das misérias humanas. Ele não se apega à sua 
condição divina e desce até aos infernos para buscar a ovelha perdida 
e arrebatá-la das mãos do Maligno.
Todos: Senhor Jesus, cuja queda levanta os caídos, nenhuma 
realidade está fora do alcance de vossa misericórdia. Tomai-nos 
em vossas mãos e nos transportai sobre os vossos ombros, como a 
ovelha perdida recuperada pelo Bom Pastor.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Cai terceira vez prostrado, pelo peso redobrado/ dos pecados 
e da Cruz! Dos pecados e da Cruz!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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10ª ESTAÇÃO: 10ª ESTAÇÃO: Jesus é despojado de suas Jesus é despojado de suas 
vestesvestes
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Chegando ao Calvário, 
o lugar da crucifi xão, os soldados pega-
ram as vestes de Jesus e lançam à sorte a 
sua túnica.
Leitor(a) 2: Antes do pecado ori-
ginal, Adão e Eva não precisam de ves-
timentas. Uma vez decaídos, eles precisam cobrir-se e se esconder. 
Chegando ao Calvário, Jesus, o Novo Adão, expõe a Deus e ao mundo 
o espetáculo da sua nudez desfi gurada pelo pecado. É necessário que 
o céu e a terra contemplem o quanto o pecado desfi gura o ser humano. 
Na carne lacerada de Jesus está resumida a história humana com seus 
maiores horrores. No Calvário, tudo se manifesta sem véus; tudo está 
nu e descoberto; tudo está revelado.
Todos: Senhor Jesus, cuja nudez vergonhosa revestiu de 
beleza e de dignidade o homem caído, em vossas chagas reconhe-
cemos que o pecado é a raiz de todo mal. Ensinai-nos a compre-
ender que toda obra de justiça começa com o esforço de nossa 
conversão pessoal.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Das suas vestes despojado, por algozes maltratado/ eu vos 
vejo, meu Jesus! Eu vos vejo, meu Jesus!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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11ª ESTAÇÃO: 11ª ESTAÇÃO: Jesus é pregado na cruzJesus é pregado na cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Tendo despojado 
Jesus de suas vestes, os soldados o colo-
cam no madeiro e o crucifi cam. Pregado 
pelas mãos e pelos pés, Jesus é levantado 
na Cruz.
Leitor(a) 2: Doravante, o Cristo e 
a Cruz são uma só coisa. Do alto da Cruz, o Crucifi cado atrai todos os 
olhares da história e se torna a salvação de todo homem e do homem 
todo. Todavia, a Cruz não é só a salvação dos homens, mas é a salva-
ção de todas as coisas criadas. A criação inteira traz, na sua essência, a 
forma da Cruz.
Todos: Senhor Jesus, vós, que pregado na Cruz nos recondu-
zis à liberdade de fi lhos e fi lhas, concedei a nós e à criação inteira 
a graça de renascermos à sombra de vossa santa Cruz.
(Reza-se as orações: Pai-Nosso; Ave-Maria; Glória ao Pai.)
Canto: Sois por mim na Cruz pregado, insultado, blasfemado/ com 
cegueira e com furor! Com cegueira e com furor!
Pela Virgem dolorosa, vossa Mãe tão piedosa/ perdoai-me, meu 
Jesus! Perdoai-me, meu Jesus!
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12ª ESTAÇÃO: 12ª ESTAÇÃO: Jesus morre na cruzJesus morre na cruz
Dirigente: Nós vos adoramos, ó 
Cristo, e vos bendizemos!
Todos: Porque, pela vossa Santa 
Cruz, remistes o mundo!
Leitor(a) 1: Depois de três horas 
de agonia na Cruz, Jesus consuma a sua 
missão e entrega o seu espírito ao Pai.
Leitor(a) 2: As três horas de Jesus 
na Cruz têm a força de resumir a histó-
ria do mundo, do princípio ao fi m. A 
Cruz torna-se o divisor de águas da história. Há um antes e um depois 
da Cruz. Com a morte de Jesus, tudo está redimido, tudo está expiado. 
A culpa que pesava sobre o mundo está cancelada. Consuma-se o sen-
tido vertical e horizontal da Cruz. O homem e a criação inteira estão 
reconciliados com o Criador, que agora se torna Pai. A fraternidade é 
a nova forma de relação entre as criaturas.
Todos: Senhor Jesus, cuja morte nos trouxe a

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