Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REDAÇÃO Manancial é uma publicação da União Feminina Missionária Batista do Brasil, CNPJ 33.973.553/0001-80, órgão da Convenção Batista Brasileira, com sede na Rua Uruguai, 514, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20510-060. Diretora Executiva Marli de Fátima Pereira da Silva Gonzalez Diretora Editorial Raquel Brum Zarnotti dos Santos Editoração Eletrônica Jolsimar Augusto de Oliveira Distribuição União Feminina Missionária Batista do Brasil Rua Uruguai, 514, Tijuca, 20510-060 Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 2570-2848 E-mail: ufmbb@ufmbb.org.br pedidos@ufmbb.org.br www.ufmbb.org.br APRESENTAÇÃO Manancial é um devocional diário produzido pela União Feminina Missionária Batista do Brasil que oferece meditações baseadas na Palavra de Deus. Uma para cada dia do ano. A leitura do Manancial, individual ou em família, inspira, exorta, edifica, promove crescimento cristão e engajamento com a Mis- são de Deus. Manancial incentiva a leitura anual da Bíblia e a intercessão mis- sionária. Para auxiliar o leitor a encontrar a palavra certa para o momento certo, Manancial oferece um índice remissivo de assuntos. EDITORIAL O salmista afirma que a Palavra de Deus é como lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho (119.105). Ele compara a vida a um caminho, e a Palavra, à luz que ilumina esse caminho de forma que ele possa ser percorrido em segurança. O mundo antigo não conhecia a iluminação como conhece- mos hoje. As pessoas carregavam pequenos potes de cerâmica contendo óleo, e a luz dessas lamparinas iluminava apenas o próximo passo do caminho. Na atualidade, a eletricidade ilumi- na as estradas e os caminhos em sua totalidade, mas o trajeto da nossa vida continua obscuro. Vemos apenas o hoje, o agora. Não ficamos, porém, perdidos ou sem direção quando somos iluminados pela Palavra de Deus. Orientados pela Bíblia, passo a passo, chegamos ao nosso destino. Se o salmista conhecesse a bússola, certamente poderia ter usa- do essa ferramenta para ilustrar o poder da Palavra de Deus para quem a conhece e segue seus ensinos. A bússola é um instru- mento de localização utilizado para orientação no espaço geo- gráfico. Ao longo da história, ela demonstrou seu valor para uma locomoção segura e precisa por terra, mar ou ar. Assim tem sido com a Palavra de Deus. Desde o passado até que Cristo venha, ela é nosso instrumento de orientação. Ela tem os princípios e valores eternos e imutáveis. Ela tem as respostas. Ela tem as diretrizes. Seguindo seus ensinos, evitamos os erros, os desvios, os atalhos perigosos e as ruas sem saída. Diante de nós estão os dias de mais um ano. Não espere uma estrada perfeitamente plana e em linha reta. Haverá curvas, en- cruzilhadas, buracos, pedras e troncos caídos. Portanto, certifi- que-se de levar com você a Palavra de Deus como bússola. Com ela você poderá trilhar o caminho com segurança. Para ajudar você nessa caminhada, querido leitor, entregamos mais uma edição de Manancial, cujas meditações bíblicas diárias contribuirão para mantê-lo na direção certa. Com carinho, Raquel Brum Zarnotti dos Santos Diretora Editorial da UFMBB Redatora do Manancial RECURSOS ESPECIAIS Plano de leitura anual da Bíblia O Manancial é publicado com o objetivo de auxiliar e incentivar seu relacionamento com Deus por meio do devocional. Por isso, junto das meditações diárias, nós publicamos um plano de leitura bíblica anual, para que você leia a Bíblia toda em um ano. Nas últimas edições, nós utilizamos vários planos, como a leitura canônica (de capa a capa) e a cronológica (na ordem dos acon- tecimentos). Nesta edição, optamos por um plano de leitura por seções, intercalando o Antigo e o Novo Testamento, começando em Gênesis e terminando com Apocalipse. Por exemplo: logo de- pois da seção do Pentateuco, colocamos os Evangelhos + Atos. Os livros de cada seção estão em ordem canônica, com exceção dos Poéticos e de Sabedoria, em que o livro de Jó vem no final da seção, não no início. O propósito desse formato é tornar sua leitura mais dinâmica, mas, principalmente, levar pessoas que nunca fizeram uma leitura bíblica anual antes a ter contato tanto com o Antigo quanto com o Novo Testamento de forma mais rápida, sem esperar terminar um para só depois começar outro, o que poderia fazê-las desani- mar e parar no meio do caminho. Nossa oração é que esse seja um recurso que o ajude a conhecer mais a Bíblia, e, conhecendo-a, você ame mais o seu Autor e se torne mais íntimo dele. Deus o abençoe. Vilmara Lima Assistente da Redação Roteiros para Pequenos Grupos Multiplicadores Os Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs) são uma estraté- gia da Junta de Missões Nacionais (JMN) para que pessoas que ainda não conhecem a Cristo sejam alcançadas pela mensa- gem do evangelho. A proposta é que os membros da igreja se reúnam nos lares durante a semana em pequenos grupos e convidem amigos, vizinhos ou familiares que ainda não são cristãos para partici- par do encontro, desenvolvendo com eles um relacionamento discipulador. Para os encontros do PGM, oferecemos 52 roteiros, um para cada semana do ano. Os roteiros são baseados nas meditações do Manancial e seguem a ordem proposta pela JMN. Missionários aniversariantes Interceder pelos missionários é uma prática que devemos ter e que nos torna participantes do avanço do Reino. Para ajudar o leitor com isso, após as meditações, encontra-se a relação dos missionários aniversariantes de Missões Nacionais e Mundiais e dos funcionários da União Feminina Missionária Batista do Brasil e de suas duas escolas de formação de vocacionados, o Centro Integrado de Educação e Missões e o Seminário de Educação Cristã. Índice remissivo de assuntos Nas páginas finais desta edição, o leitor encontra um índice remissivo de assuntos. Os assuntos são dispostos em ordem alfabética. Ao lado do assunto encontram-se as datas das me- ditações em que aquele tema pode ser encontrado. EXPEDIENTE PLANEJAMENTO, COORDENAÇÃO EDITORIAL E REDAÇÃO Raquel Brum Zarnotti dos Santos ASSISTENTE DA REDAÇÃO Vilmara dos Santos Lima EDIÇÃO DE ARTE Jolsimar A. Oliveira ROTEIROS PARA PGMS Carla Juliana Melo (Líder Nacional de MCM) Erica Petersen Andrewes (Colaboradora da UFMBB) Lidia Pierott Moreira (Líder Nacional de AM) Vilmara dos Santos Lima (Assistente da Redação) CONHEÇA NOSSOS ESCRITORES Aderson Silva e Costa Bacharel em Teologia, economista, advogado Servidor público estadual Manaus, AM Ana Caroline da Silva Martins MBA em Engenharia Econômica e de Produção, bacharel em Engenharia Civil Coordenadora executiva da UFMB Carioca Rio de Janeiro, RJ Anax Jorge Carneiro Pastor da Igreja Batista Missionária Trizidela do Vale, MA Bárbara Dias Cabral Doutoranda em Biotecnologia, mestre em Direito Ambiental, especialista em Docência da Teologia Manaus, AM Carla Juliana Melo Graduanda em Teologia Educadora cristã, líder nacional de MCM Manaus, AM Carmen Lígia Ferreira de Andrade Formada em Educação Religiosa com especialização em Missões Missionária de Missões Mundiais Coordenadora do PEPE nas Américas Medellín, Colômbia Charles Wilson Chagas de Negreiros Graduado em História e Letras – Língua Portuguesa Manaus, AM Daniela Rocha Endlich Soares Educadora Cristã e psicanalista Coordenadora de MR do Espírito Santo Viana, ES Farley Damião Freire Monteiro Filho Graduado em Teologia e Psicologia Pastor de famílias na Igreja Batista do Farol Psicólogo e terapeuta de casais Maceió, AL Gladis Seitz Mestre em Educação Educadora religiosa e missionária de Missões Nacionais Porto Alegre, RS Jaqueline Dias Cabral Teixeira Bacharel em Jornalismo e em Relações Públicas Rio de Janeiro, RJ Joyce Porto Psicóloga, mestre em Missiologia e Relações Internacionais Atua na Aliança Batista Mundial Dallas, Texas Juliana da Costa Silva Gonçalves Pós-graduada em Formação Missionária, MBA em Administra- ção e Comunicação Empresarial, bacharel em Comunicação Atua no Projeto Calçada, da Lifewords Rio de Janeiro, RJ Levi Rodriguesde Mello Mestre em Teologia, pós-graduado em Terapia Familiar, bacharel em Teologia e Psicologia Psicólogo clínico, pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo São Gonçalo, RJ Liane Nepomuceno Fernandes Formada em Teologia, Pedagogia e Psicopedagogia Pastora auxiliar na PIB de João Pessoa João Pessoa, PB Marcelo Petrucci da Silva Formado em Teologia e Psicologia Pastor titular da Primeira Igreja Batista de Mantena Mantena, MG Marisa Janaina Costa Vieira Graduada em Missões Missionária de Missões Nacionais Goianésia, GO Michelle da Silva Gabrielli Rêgo Moreira Membro da Primeira Igreja Batista Recanto do Sol São Pedro da Aldeia, RJ Miriã Flores Francisco Borges Reis Graduanda de Licenciatura em Pedagogia e Teologia Missionária de Missões Nacionais São Gabriel da Cachoeira, AM Nícolas Cabral Eller Bacharel em Teologia Pastor na Igreja Batista Memorial da Tijuca Rio de Janeiro, RJ Pedro Henrique Teixeira Pires Veiga Mestre em Teologia, pós-graduado em História do Cristianismo, bacharel em Teologia e Engenharia Mecânica Gerente de Projetos Missionários de Missões Nacionais Pastor da Igreja Batista em Jardim Clarice Rio de Janeiro, RJ Peggy Smith Fonseca Formada em Educação Cristã Walton, Kentucky Samuel Meira Moutta Mestre em Teologia, pós-graduado em Gestão de Pessoas, bacharel em Ciências Contábeis e Teologia Pastor da Primeira Igreja Batista no Barreto, em Niterói Missionário de Missões Nacionais Gerente Executivo de Missões Rio de Janeiro, RJ Shirley Porto Psicóloga, mestre em Missiologia e Relações Internacionais Atua na Aliança Batista Mundial Dallas, Texas Vilmara dos Santos Lima Pós-graduanda em Teologia Bíblica Licenciada em Letras e Pedagogia, formada em Missiologia Professora, assistente da Redação na UFMBB Rio de Janeiro, RJ NESTA EDIÇÃO Meditações Plano de leitura anual da Bíblia Roteiros para PGM Missionários aniversariantes Índice remissivo de assuntos 01 JUL FILIPENSES 2.12-18 – 422 CC Gladis Seitz SALVAÇÃO ENCOLHIDA OU AMPLIADA? “Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor” (v.12). Em dias de tanta novidade tecnológica, é fácil comprarmos um celular e usá-lo sem saber todas as suas funções. Às ve-zes, nos surpreendemos com algo novo que estava ali, à nos- sa disposição, e não sabíamos. Quando Paulo fala em pôr em ação a salvação, podemos imagi- nar algo parecido. Somos salvos, temos à nossa disposição todas as maravilhas do mistério de Cristo, mas deixamos de usufruir muitas bênçãos porque desconhecemos o poder do Espírito em nós. Devemos pôr em ação a nossa salvação “com temor e tremor”, não por medo, mas pela consciência de que Deus pode realizar maravilhas por nosso intermédio, e isso nos assusta. Sabemos da nossa pequenez e da imensurável grandeza de Deus. Pela ação do seu Espírito, pessoas podem ser alcançadas, famílias podem ser restauradas, milagres transformam situações desesperadoras. Nossa salvação ficará “encolhida”, amedrontada, tímida e inex- pressiva se não orarmos, buscando em Deus a força e a orientação para o nosso agir diário. Ou se não buscarmos conhecer melhor sua Palavra. Há tantas vozes à nossa volta, tantas ideologias, tan- tas pseudossabedorias… Por isso, precisamos conferir tudo à luz da Palavra para não sermos enganados. Se assim fizermos, vivere- mos uma salvação ampliada pelo poder de Deus em nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 26-30 Precisamos conferir tudo à luz da Palavra para não sermos enganados. 02 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 2.19-24 – 379 CC UM AMIGO SINCERO “Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês” (v.20). Timóteo tinha acompanhado Paulo e Silas no empenho evangelístico para levar o evangelho à Europa. A equipe missionária pregava sobre Jesus, o Filho de Deus, em cida- des como Filipos, Tessalônica, Bereia e Corinto. Era um tempo de perseguição, e Timóteo foi enviado, algumas vezes, para fortale- cer os irmãos novos na fé, ajudando-os a enfrentar as ameaças que vinham de todos os lados. Paulo estava preso em Roma aguardando julgamento quan- do escreveu aos filipenses. Muitos evitavam envolvimento com os problemas que o apóstolo enfrentava com a justiça romana, por causa de interesses pessoais. Eles colocavam os próprios in- teresses acima da causa de Cristo. Querendo saber notícias dos irmãos de Filipos, Paulo sabia que podia contar com Timóteo, alguém que também tinha interesse sincero pelo bem-estar dos irmãos filipenses. Nos momentos difíceis que passamos, temos amigos em quem podemos confiar? Temos ao nosso lado pessoas que fazem até sacrifício para nos ajudar? Que estão conosco e acreditam em nós, mesmo quando outros duvidam? Amigos como Timóteo são amigos de verdade, amigos que fazem a diferença na hora das dificuldades, da angústia, da solidão. Amigos semelhantes a Cristo. Precisamos valorizá-los. Precisamos retribuir seu amor e carinho com mais amor e carinho. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 31-35 Que sejamos amigos verdadeiros, e que o Senhor nos dê amigos verdadeiros. Amigos como Jesus. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 28 DE JUNHO Influencer Quebra-gelo (5min): Quem é hoje a maior influência na sua vida? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 28 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que tendemos a ser tão facilmente influenciados? 2. O que podemos fazer para ser boas influências na vida das pessoas? 3. Quais pessoas devem ser nossos maiores influenciadores? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Ester 1SEMANA 26 03 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 2.25-30 – 381 CC AMIGO DOENTE “E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e honrem homens como este” (v.29). Um casal foi contaminado pelo coronavírus. A esposa rea-giu mais rapidamente ao tratamento e logo voltou para casa. O marido só piorava. Certo dia, o médico telefonou, informando que a situação do doente era gravíssima. A mãe e os filhos se prostraram diante de Deus, choraram, oraram e cla- maram pela saúde do chefe da família. Algumas horas depois, o médico ligou novamente e disse, admirado, que o paciente esta- va reagindo e havia esperança. Algumas semanas depois, aquele homem voltou para casa, já curado. Estava fraco, muito magro, mas estava vivo. A família celebrou aquele dia e louvou a Deus. Na carta aos filipenses, temos o relato de um amigo de Pau- lo, Epafrodito, que foi a Roma levar para o apóstolo uma ofer- ta enviada pelos irmãos de Filipos. Chegando lá, ele adoeceu gravemente. Quase morreu. Recuperou-se pela graça de Deus, e alegrou o coração de Paulo e dos demais amigos. Foi enviado, então, de volta a Filipos, para levar alegria àquela igreja, que aguardava, ansiosa, notícias do amado Epafrodito. Quando estamos enfermos, o amor, a simpatia e as orações dos amigos são fundamentais. Quando Deus atende ao nosso clamor, evitando que tenhamos tristeza sobre tristeza, só nos resta expressar a nossa gratidão por meio de louvores ao Senhor que nos ouve. Sejamos sempre gratos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 36-40 Que, mesmo doentes, expressemos nosso louvor e gratidão a Deus. 04 JUL FILIPENSES 3.7-9 – 395 CC Gladis Seitz LUCROS E PERDAS “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo” (v.7). Um senhor, de seus 65 anos, participava de um grupo tera-pêutico. A psicoterapeuta propôs que o grupo refletisse e fizesse uma imagem mental do que queriamrealizar em suas vidas. O homem revelou: “Quero voltar a ser avô. Minha imagem é eu jogando videogame com meu neto.” Esse homem foi um advogado de sucesso, morou em um bairro nobre, junto ao mar. Perdeu tudo por causa das drogas. Agora, reconhece que o mais importante é o relacionamento com a família, em amor. O apóstolo Paulo achava que tinha tudo. Era da tribo de Benjamim, um israelita convicto, conhecedor e praticante da lei. Julgava-se irrepreensível. Quando teve o encontro com Cristo, descobriu o quanto estava perdendo por desconhecer o amor de Deus revelado em Jesus. Descobriu a salvação por meio da fé. Os valores mudaram. Abandonou a arrogância e se revestiu de humildade. Paulo escreveu que considerava tudo como per- da, “comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus”. Às vezes, ainda nos apegamos aos valores do mundo. Troca- mos o que deveria ser prioridade por coisas que nos enganam, viciam e até anestesiam nossa consciência. É hora de parar e refletir. O verdadeiro lucro está em viver de acordo com Jesus, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 41-45 Lucro de verdade é viver a vida com Jesus. 05 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 3.12-16 – 339 CC DESISTIR? NUNCA! “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado de Deus em Cristo Jesus” (v.14). Paulo usa o exemplo dos corredores para lembrar que preci-samos alcançar o alvo. O corredor precisa estar fisicamen-te bem preparado para ter um bom desempenho. Se não estiver, pode ter que desistir no meio da corrida, por exaustão. Os aspectos psicológicos também precisam ser considerados. É importante acreditar na sua própria capacidade, com plena con- fiança, mas sem arrogância. O atleta não pode desviar sua atenção do que está fazendo. Não pode ficar preocupado com o calçado ou com a roupa, nem pode ficar deslumbrado com a torcida que grita o seu nome. Também não pode correr imaginando o lucro financeiro que terá com o prêmio. Essas são distrações que vão prejudicar o seu desempenho. O cristão também precisa evitar as preocupações desta vida, o engano das riquezas e a ambição por poder, que só vão preju- dicar sua trajetória. Paulo diz que é preciso esquecer o que ficou para trás e avançar rumo ao alvo. Ter esse equilíbrio e esse foco é sinal de maturidade cristã. Mesmo que as dificuldades surjam, o cristão, a exemplo do atleta, não cede à tentação de desistir. O prêmio é precioso. É o chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Muito melhor do que qualquer glória humana, que costuma ser efêmera. Desistir? Nunca! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 46-50 Continue prosseguindo para o alvo. 06 JUL NÚMEROS 12.1-9 – 348 CC Farley Monteiro Filho NA SALA DE ESPERA DE DEUS “Ora, Moisés era um homem muito paciente, mais do que qualquer outro que havia na terra” (v.3). Esperar não costuma ser algo fácil. Ainda mais quando esta-mos como que “na sala de espera de Deus”: aguardando e sem previsão de resposta. Como é difícil lidar com esses mo- mentos. Por isso, gostaria de convidá-lo a ver não apenas como algo penoso, mas acima de tudo como um tempo de aprendizado. O texto lido hoje trata sobre um conflito entre Moisés e seus irmãos, Arão e Miriã. O que mais me chama a atenção é a expressão do verso 3, que apresenta Moisés como um homem muito paciente. Geralmente ressaltamos a paciência de Jó, mas se pararmos para pensar, Moisés também precisou ser muito paciente para viver o tempo certo de Deus para cada coisa em sua vida. Sua saída do palácio aconteceu quando ele já tinha 40 anos (At 7.23). Depois, ele passou mais 40 anos em Midiã (At 7.2-30). Foram necessários 80 anos para que Moisés fosse chamado para viver a missão que Deus lhe designou: tirar seu povo do Egito. Depois disso, mais 40 anos no deserto até chegar à Terra Prometida. Foram décadas de espera para Moisés e para o povo de Israel. Um tempo marcado algumas vezes pelo silêncio, pela dúvida, por pragas e até pelo deserto. Não sei o que você está esperando como resposta de Deus, mas saiba que há um tempo certo para sair dessa “sala de espera”, e você não sairá da mesma forma que entrou. A “sala de espera” é o lugar que Deus vai usar para fortalecer o seu caráter e a sua fé. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 51-55 A “sala de espera” é o lugar que Deus vai usar para fortalecer o seu caráter e a sua fé. 07 JUL Farley Monteiro Filho MATEUS 6.5-18 – 148 CC ORAÇÃO E ADORAÇÃO “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (v.20). A oração é uma forma de comunhão com Deus por meio da qual compartilhamos com ele nossos anseios, dúvidas e ale-grias, mesmo que ele já saiba, pois o intuito maior é a criação de uma relação com o Senhor. A oração é uma atitude de entrega a Deus, não só do nosso pensamento, mas de nossa mente e de nos- sa vida como um todo. É um momento de dependência também, quando nossas forças são renovadas para continuar caminhando. No Sermão do Monte, Jesus nos ensina a orar com sinceridade. Deus não quer uma espiritualidade de fachada. Pelo contrário, ele busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). A oração deve ser fruto da nossa experiência e da nossa realidade de vida. Não deve ser fingida nem ensaiada. Não adian- ta decorarmos “jargões”, nem repetirmos as coisas (“Vou insistir até ele se ‘encher’ e ouvir.”), nem falarmos palavras complicadas, achando que por isso seremos ouvidos. A oração deve ser fruto do nosso relacionamento de amor com Deus (vv.6-8). Quando os discípulos pedem a Jesus para ensiná-los a orar, Cristo faz a famosa oração do “Pai Nosso”, não para ensinar sim- plesmente um modelo, mas para apresentar aos discípulos qual deve ser nossa postura ao nos aproximarmos de Deus em oração. O chamado “Pai Nosso” é mais do que uma oração: é uma ex- pressão de adoração, porque toda oração genuína é um ato de adoração a Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 56-60 O “Pai Nosso” é uma expressão de adoração, porque toda oração genuína é um ato de adoração a Deus. 08 JUL MATEUS 6.19-24 – 377 CC Farley Monteiro Filho ONDE ESTÁ O SEU TESOURO? “Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (v.20). Os valores do Reino de Deus são bem diferentes dos terrenos. O ser humano vive buscando riquezas, fama, posições e po-der. Cristo, por outro lado, ensina-nos que, no Reino, o maior é o que serve, que a glória é do Pai e que nossa vida é como neblina, por isso é preciso correr atrás do que vale a pena (Tg 4.13-16), caso contrário, terminaremos correndo atrás do vento (Ec 2.1-11). Ao tratar sobre tesouros, Jesus está se referindo àquilo que é mais importante para nós, pois onde estiver nosso tesouro, esta- rá também o nosso coração. Ou seja, nossas prioridades, nossos valores e nossa dedicação devem estar voltados para aquilo que é duradouro. Nosso coração precisa estar naquilo que ninguém pode tirar de nós. Precisamos manter nosso padrão e pensa- mento nas coisas que vêm de Deus, naquilo que é eterno (Cl 3.1,2), pois isso não nos pode ser tirado. Se nossa preocupação, porém, volta-se apenas para o que é passageiro, caímos no perigo de viver uma vida vazia. Nossa confiança não pode estar depositada no dinheiro ou em nossas posses, pois não sabemos quanto isso durará. Recebemos diariamente vinte e quatro horas de presente. O que semeamos durante esse período pode se limitar ao aqui e agora ou ecoar pela eternidade. Em qual deles você prefere ocu- par seus dons, atenção e dedicação? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 61-65 Viva de forma que o que você faz ecoe pela eternidade. 09 JUL Farley Monteiro Filho MATEUS 6.25-34 – 166 CC VIVA O DIA DE HOJE “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal” (v.34).O que lhe traz ansiedade hoje? Controlar nossa ansiedade e preocupações, ainda mais nos tempos atuais, quando tantas informações chegam numa velocidade tão rápida, não é tarefa fácil. Como cristãos, contudo, temos uma ferramen- ta extra que pode nos ajudar a aquietar nosso coração: a certeza de que Deus cuida de nós. Deus é nosso Pai, nosso Pastor, somos importantes para ele, por isso ele não nos faltará (Sl 23.1). Jesus usa o exemplo das aves e dos lírios, que são cuidados por Deus em suas necessidades. Muitas vezes, entretanto, nosso olhar se dirige àquilo que não é necessário, e então nos sen- timos insatisfeitos e preocupados. Quantas vezes reclamamos por não ter “nada” para vestir no guarda-roupa ou porque tem “frango de novo no almoço”? Esquecemo-nos de que tudo isso é cuidado de Deus na nossa vida. Ele sabe do que nós precisamos, e ele é fiel para suprir nossas necessidades. É importante, con- tudo, lembrar que desejo e necessidade são coisas diferentes. Não sei o que traz preocupação para você hoje, mas sei que servimos a um Deus que não nos deixará faltar o necessário. Assim, não precisamos nos preocupar com o amanhã. “Basta a cada dia o seu próprio mal.” A ansiedade está ligada ao medo do incerto. Jesus está nos convidando a deixar tudo isso em suas mãos, encorajando-nos a viver – com responsabilidade – cada dia como se fosse único. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 66-70 Deus sabe do que nós precisamos, e ele é fiel para suprir todas as nossas necessidades. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 06 DE JULHO Na sala de espera de Deus Quebra-gelo (5min): O que você sente quando aguarda uma consulta na sala de espera e o médico não o atende em seu ho- rário? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 06 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O autor do texto nos convida a pensar no tempo de espera como um tempo de aprendizado. Quais as lições que você já aprendeu nos tempos de espera que viveu em sua vida? 2. Na sua opinião, em que situações da vida é mais difícil esperar o agir de Deus? 3. Hoje você está na sala de espera de Deus? Compartilhe com o grupo essa espera. Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e orar pelos pedidos. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Números 12.1-9SEMANA 27 10 JUL Farley Monteiro Filho JOÃO 11.1-46 – 334 CC SOFRIMENTO PEDAGÓGICO “Chegando ao lugar onde Jesus estava e vendo-o, Maria prostrou-se aos seus pés e disse: ‘Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido’” (v.32). O ser humano sempre teve dificuldade em lidar com a dor. Maria, por exemplo, não queria lidar com a perda do seu irmão (v.32). É preciso lembrar, no entanto, que o sofri- mento faz parte da vida. Hoch diz que “o sofrimento e a doença desnudam a fragilidade humana, confrontam a pessoa com a possibilidade da morte e com a transitoriedade da vida”. Já que não podemos evitar o sofrimento, podemos buscar então encará-lo de uma outra forma. O sofrimento precisa ser visto de forma pedagógica, e precisa nos levar aos pés de Jesus (v.32a). É apenas quando somos quebrantados, como o vaso nas mãos do oleiro, que estamos prontos para que Deus aja em nos- sas vidas. Sofrer não significa que Deus não nos ame ou que se esque- ceu de nós. “A grande demonstração do amor de Deus está justa- mente na participação daquele que ama no sofrimento daquele que é amado” (Moltmann). Servimos a um Deus que decidiu sofrer por amor à huma- nidade e que se compadece de nossas fraquezas (Hb 4.15,16). Além disso, o sofrimento de Cristo na cruz nos trouxe salvação, e com ela, a promessa de que um dia estaremos com ele no lugar que foi preparado para nós, onde não mais precisaremos passar por nenhum tipo de dor ou sofrimento (Ap 21.4). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 71-75 É apenas quando somos quebrantados, como o vaso nas mãos do oleiro, que estamos prontos para que Deus aja em nossas vidas. 11 JUL GÊNESIS 16.7-13 – 25 CC Peggy Fonseca DE OLHOS BEM ABERTOS “Este foi o nome que ela deu ao Senhor que lhe havia falado: ‘Tu és o Deus que me vê’, pois dissera: ‘Teria eu visto Aquele que me vê?” (v.13). Você pode imaginar Agar, uma escrava, grávida e tratada com violência por sua senhora? Ao fugir da situação de-sesperadora, sentada à beira de uma fonte de água, no de- serto “assassino”, sem perspectiva de vida, ela encontra o Deus de Abrão. Ela, uma vítima, marginalizada, tem uma experiência marcante com Deus. Logo ela, rejeitada e sofrida, acaba decla- rando que ela mesma viu e foi vista pelo Senhor. E mais: ela é a única pessoa na Bíblia que dá um nome a Deus – “aquele que me vê”. Isso não é pouca coisa; nem nos dias de Agar, nem nos dias de hoje. Muitos se sentem invisíveis para Deus, por causa do seu so- frimento ou possivelmente por uma crença equivocada sobre ele. Quantos de nós já se queixaram, dizendo: “Cadê Deus? Ele não vê o que está acontecendo?” A resposta é a mesma para Agar e para nós: ele nos enxerga. Provérbios 15.3 diz que “os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons”. Ele não apenas vê. Ele nos vê como a meni- na dos olhos (Dt 32.10). Ao acompanhar o processo de perda da visão da minha irmã e da minha mãe, observei que nenhuma parte do corpo é tão valorizada como os olhos. Para Deus, somos a parte mais impor- tante dos olhos: a menina dos olhos. Deus o vê como um tesouro precioso. Pode crer: os olhos de Deus estão bem abertos para você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 76-80 “Protege-me como a menina dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas.” (Salmos 17.8) 12 JUL Peggy Fonseca GÁLATAS 5.13-18 – 380 CC DONO DO SEU PRÓPRIO NARIZ “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (v.13). Martinho Lutero, em “Tratado sobre a Liberdade Cristã”, escreveu: “Um cristão é um senhor de tudo perfeita-mente livre e sujeito a ninguém. Um cristão é um servo de todos perfeitamente obediente e sujeito a todos.” O apóstolo Paulo entendeu muito bem esse paradoxo. Ele dedicou a carta aos gálatas ao tema da liberdade. Ele tinha até raiva das pessoas que tentavam escravizar os crentes gentios. Se fosse possível gritar ao escrever uma carta, ele teria gritado em Gálatas: “Foi para a liber- dade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” Ao mesmo tempo, Paulo queria destacar que a liberdade de- veria ser usada para glorificar a Deus e para servir os outros. Para a igreja em Corinto, onde os membros estavam em pé de guerra, ele teve que explicar esse princípio da liberdade usado para o Reino, e não para agradar sua própria vontade. Ele qualificou a liberdade assim: “Tudo é permitido, mas nem tudo convém.” Isso destoa da sociedade, que prega que temos que seguir o próprio coração, que temos o direito de ser felizes, fazendo o que nos agrada, que cada um é dono do próprio nariz. A missão de Cristo de “esvaziar-se a si mesmo, vindo a ser servo” também é nossa missão. Livre, sim. Servo, também. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 81-85 “Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas.” (1 Coríntios 9.19) 13 JUL PROVÉRBIOS 13.8-13 – 344 CC Peggy Fonseca CORAÇÃO CURADO “A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore de vida” (v.12). Em Provérbios, encontramos muitas pérolas de contraste, onde o autor escreve uma verdade e depois faz um contraste, introduzido-o com a palavra “mas”. Aoler Provérbios 13.12, eu senti como se Deus tivesse coloca- do uma placa “PARE” diante dos meus olhos e alma ao me deparar com a palavra “mas”. Eu estava vivendo um momento de adiamen- to dos meus sonhos e desejos. Senti como se estivesse andando num deserto, igual o povo de Deus. Posso imaginar que, ao sair do Egito, os hebreus sonharam com uma rota curta para chegar à Terra Prometida. Em vez disso, passaram 40 anos vagueando pelo deserto. A esperança foi sequestrada pela dura realidade. Seus co- rações estavam enfraquecidos, aflitos, sofridos, doloridos, de luto. É difícil ter que enterrar uma esperança no árido deserto. Depois dessa expressão de tristeza pelo adiamento dos sonhos, vem a palavra fantástica “mas”. A segunda frase esclarece que quan- do nossos anseios são realizados, encontramos a Terra Prometida. Ao mencionar a Árvore da Vida, entendemos como uma referência ao céu (Ap 22.2). Experimentamos a esperança da plena satisfação no novo céu e na nova terra pela obra de Jesus Cristo. Enfrentamos a decepção agora lembrando-nos do que está por vir. Você não per- de por esperar Deus realizar aquilo pelo qual você anseia. Sobre isso, Timothy Keller aconselha: “Peça para Deus forta- lecer seu coração decepcionado, fazendo de Jesus sua esperança mais preciosa — porque esse desejo nunca será frustrado.” n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 86-90 Enfrentamos a decepção agora lembrando-nos do que está por vir. 14 JUL Peggy Fonseca PROVÉRBIOS 25.11-13 – 381 CC MAÇÃS DOURADAS “A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata” (v.11). No início do século 20, havia um grupo de jovens escri-tores que se reuniam para ler e criticar o trabalho uns dos outros. Eles eram tão implacáveis, cruéis, duros e sem misericórdia que ganharam o nome de “Os estranguladores”. Ao mesmo tempo, um grupo de mulheres escritoras criou um clube semelhante, chamado de “As estimuladoras”, com o propósito de incentivar as escritoras. Vinte anos depois, os pesquisadores descobriram que nenhum dos Estranguladores tinha conseguido uma realização literária. Das Estimuladoras, saíram seis escrito- ras de sucesso. As Estimuladoras ofereceram a joia rara de maçãs de ouro em salva de prata. Ou seja, a palavra certa, dita da forma certa e na hora certa, é uma joia de grande valor. As palavras só devem ser usadas para motivar, para encorajar, para estimular, e não para criticar, julgar e estrangular. Hebreus 10.24 aponta para o destino certo da nossa fala: “Pensemos em como nos estimular uns aos outros ao amor e às boas obras.” Nosso alvo é falar de uma forma que as palavras sejam preciosas na vida das pessoas. Nossas palavras não devem ser chumbo grosso, e sim um fruto de ouro incrustado em prata. Ao acordar, peça sabedoria para saber como encorajar outros ao amor e às boas obras. Faça do oferecimento de maçãs doura- das seu alvo diário. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 91-95 O papel da maçã dourada é ser um vaso de bênção para que outros também possam ser vasos de bênção. 15 JUL SONHANDO PEQUENO “Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos” (v.11) Quando eu era criança, amava ler livros com histórias de gente famosa. Cresceu dentro de mim a ambição de ver meu nome impresso como uma pessoa famosa. Sonhava em ser conhe- cida e importante. A sociedade alimentava esse sonho. Eu deveria alcançar as estrelas, sonhando alto, porque eu era muito especial. A Bíblia, porém, ensinou-me algo bem diferente. A mensa- gem de Jesus é: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34). Isso pôs minha ideia de cabeça para baixo. Devemos sonhar pequeno, não grande! Nossa ambição deve ser esta: viver uma vida com tranquilidade, sem um ego inflado. No Seminário, ao ensinar “não mais eu, mas Cristo” (Gl 2.20), a diretora pedia que cada aluna escrevesse seu nome e a história do chamado de Deus em um papel, para depois colocá- lo numa caixa de fósforos. Então, a aluna subia até a parte alta do terreno, cavava um buraco e enterrava a caixa, simbolizando o enterro do seu “ego”. Ela repetia o lema da escola – “Não mais eu, mas Cristo” –, aceitando essa realidade em sua vida. Era o enterro da ambição. A ansiedade por reconhecimento é certamente uma inversão de valores neste mundo. É um desafio tão difícil e tão necessário hoje quanto foi nos dias de Jesus e Paulo. Vamos sonhar com uma vida pequena vivida ao lado do grande Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 96-100 Sonhemos com uma vida pequena vivida ao lado do grande Deus. 1 TESSALONICENSES 4.9-11 – 293 CC Peggy Fonseca 16 JUL Joyce Porto MARCOS 1.35-39 – 156 CC O HÁBITO DA ORAÇÃO “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando” (v.35). Se pararmos para refletir, muitas de nossas ações no dia a dia são coisas que nem pensamos em como fazer. Desde escovar os dentes, amarrar o sapato e fazer nossas refeições até co- zinhar ou dirigir, nossos hábitos direcionam nossas ações. Nos evangelhos, aprendemos com Jesus que a oração deve se tornar um hábito na nossa vida, algo que direciona nossas ações. O evangelho de Marcos narra um dos momentos de oração de Jesus. Ele vai para um lugar deserto orar, e ao retornar, todos o estão procurando, pois desejam que ele fique ali mais tempo com eles. Jesus, porém, decide ir para outras regiões da Galileia pregar as boas novas do evangelho. Jesus sabia que existiam pessoas necessitadas onde ele esta- va, mas a sua vida de oração determinava seus passos. O Reino de Deus precisava ser pregado em outras cidades também. A agenda de Jesus era feita em sua vida de oração, em seus mo- mentos de conversa com o Pai. Assim como Cristo, precisamos desenvolver o hábito de orar, e assim nossa vida de oração guiará nossas ações diante das necessidades, pressões e urgências à nossa volta. Precisamos do discernimento que a vida de oração nos proporciona. Só quando temos uma vida de oração é que o Senhor pode controlar nossas agendas para vivermos uma vida alinhada com sua vontade. Ao acordar, durante o dia ou ao deitar, que a oração se torne um hábito para nós, seguidores de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 101-106 Que a oração se torne um hábito no seu dia a dia. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 14 DE JULHO Maçãs douradas Quebra-gelo (5min): Cada um deve escolher alguém do grupo a quem fará um elogio. Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 14 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que temos tanta dificuldade em usar palavras como ma- çãs de ouro em salva de prata? 2. Quais são as consequências de usar as palavras certas, mas no momento errado? 3. Compartilhe com o grupo uma palavra que você tenha dado a alguém no momento certo. Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar pedindo a Deus sabedoria no falar. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 25.11-13SEMANA 28 17 JUL Joyce Porto HABACUQUE 3.17-19 – 375 CC CONFIANÇA INABALÁVEL “Ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação” (v.18). A vida muda como as estações. Temos momentos que são cheios de vida, como as flores da primavera, e dias que brilham como o sol de verão. Mas também passamos por estações onde perdemos nossas folhas, como nos dias de outo- no, assim como dias duros e frios de inverno. No livro de Habacuque, encontramos uma linda declaração sobre a confiança em Deus diante de momentos em que as es-tações da vida são contrárias às nossas expectativas. O profeta Habacuque nos encoraja a depositarmos nossa confiança no Se- nhor, mesmo diante das adversidades. No versículo 17, Habacuque fala sobre circunstâncias duras da vida, como a natureza que não produz aquilo que é esperado dela, e assim se perde a fonte de alimento e renda. Quantas dificuldades se apresentam inesperadamente e parece que per- demos o chão! Mas o profeta Habacuque nos revela um segredo precioso para encarar os dias maus. Ele faz uma declaração re- volucionária ao dizer, no versículo 18: “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.” Todos nós temos estações na vida que nos desencorajam, entristecem, machucam e tentam nos roubar a esperança e a alegria, mas, que nesses momentos, possamos responder como Habacuque e manter nossa confiança no Deus da nossa salva- ção, que nos defende e livra em nossas dificuldades. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 107-112 Que possamos manter nossa confiança no Deus da nossa salvação. 18 JUL 1 REIS 17.17-24 – 315 CC Joyce Porto DEUS OUVE A ORAÇÃO “O Senhor ouviu o clamor de Elias, e a vida voltou ao menino, e ele viveu” (v.22). Após um grande milagre na vida de uma viúva, que obede-ceu a Deus e viu o Senhor multiplicar seu sustento e de seu filho através do profeta Elias, aconteceu uma tragé- dia: o menino adoeceu e morreu. O milagre provavelmente fez com que ela ficasse confiante de que a boa mão do Senhor estava sobre sua casa, mas essa se- gunda morte (pois já era viúva) fez com que ela duvidasse disso. A dor da decepção agravou ainda mais a perda. Como pode ela ser canal de Deus em um momento e no outro sofrer tão grande perda? Ela então levou isso a Elias, e o profeta foi falar com Deus. Diante de causas impossíveis, só o Deus do impossível pode soprar vida de novo na situação que estamos vivendo. A doença e a morte desse menino serviram para revelar a beleza da súpli- ca ao Senhor. Nem sempre somos atendidos como gostaríamos, mas em todo o tempo devemos ter a confiança de que podemos levar nossos pedidos a Deus e de que ele nos ouve. Elias pediu o impossível. Até então não existia nenhum mi- lagre de ressurreição registrado nas Escrituras, mas isso não o impediu de suplicar ao Senhor. Ele sabia onde poderia encontrar refúgio. De igual modo, somos desafiados a buscar refúgio no Senhor e confiar em sua soberania. Deus nos ouve e tem um propósito para tudo o que acontece em nossas vidas, pois ele age para nosso bem. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 113-118 Levemos nossos pedidos a Deus com a confiança de que ele nos ouve. 19 JUL Joyce Porto MARCOS 1.16-20 – 217 CC O CONVITE EXTRAORDINÁRIO DE JESUS “E disse Jesus: ‘Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens’” (v.17). Todo cristão é chamado a servir a Jesus em diferentes contex-tos. Muitos de nós servimos no ministério de tempo integral, assim como outros cristãos o servem em outros ambientes e profissões. Com os discípulos de Jesus não foi diferente. Simão e André eram pescadores, e estavam trabalhando no mar da Galileia quando Jesus passou por eles e lhes fez um convite extraordiná- rio. Ele os convidou a segui-lo, e os dois irmãos imediatamente largaram tudo o que estavam fazendo para seguir o Mestre. Com os cristãos de hoje acontece o mesmo. Quando conhecemos Jesus e nos tornamos seus discípulos, tudo o que fazemos – assim como nosso trabalho, talentos e dons – é para servi-lo. Todos nós temos muitos afazeres no dia a dia, e muitas vezes esse convite extraordinário de Jesus passa despercebido. Mas estejamos onde estivermos – na igreja, na escola, no trabalho, em casa, com os vizinhos, amigos ou parentes – todos nós somos chamados a ser discípulos e a pescar almas para Cristo. Nós temos o chamado de compartilhar as boas novas de sal- vação. Que possamos atender ao convite de Jesus para o seguir e nos tornar seus discípulos. E que ao segui-lo, nossa vocação, profissão e trabalho tragam glória a seu nome. Que comparti- lhemos com todos à nossa volta a salvação que só Jesus dá. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 119.1-96 Você tem pescado homens no seu lugar de atuação? 20 JUL ATOS 17.16-31 – 9 CC Joyce Porto DEUS SE REVELOU A NÓS “Pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (v.23). Quantos de nós já não estivemos em projetos e viagens missionárias e tivemos a oportunidade de compartilhar o evangelho e ver pessoas se alegrando com as boas novas que nunca tinham ouvido antes, que Cristo morreu por seus pe- cados e agora eles podem ter vida eterna? É um momento lindo ver um pecador se arrepender. Paulo sabia que muitos dos que estavam em Atenas não conhe- ciam Jesus, e então ele compartilhou sobre o Deus desconhecido por eles. Muitos ao nosso redor ainda desconhecem o amor e a gra- ça de Deus, desconhecem que ele perdoa pecados e salva. Para mui- tos, assim como para o povo em Atenas, Deus ainda é desconhecido, e eles continuam vivendo em desespero, temor e desesperança. Deus, todavia, revelou-se a nós, resgatou-nos e nos tornou seus discípulos. Assim como o apóstolo Paulo, devemos compar- tilhar com os outros essas boas novas. Para muitos, Deus ainda é desconhecido e distante, mas nós, que o conhecemos intima- mente, que o chamamos de Pai, podemos apresentá-lo a todos aqueles que ainda buscam salvação e vida eterna. Louvado seja o Senhor, que se fez conhecido a nós e nos sal- vou! Que possamos fazer o verdadeiro Deus, revelado em Cristo Jesus, conhecido ao mundo ao nosso redor e ver vidas resgatadas e transformadas pelo poderoso evangelho de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 119.97-176 Que o Espírito Santo nos capacite a tornar conhecido o Deus desconhecido. 21 JUL Charles Negreiros SALMOS 45 – 471 CC O TRONO E O CETRO “O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino” (v.6). As muitas circunstâncias difíceis e adversas da vida nos fazem esquecer coisas fundamentais. E a capacidade de informação que temos hoje parece ampliar essa sensação de desordem, caos e insanidade. Então, provavelmente, estamos olhando para o lugar errado – ou para a pessoa errada. O salmista é contundente: há o trono e o cetro. O trono é para sempre, e o cetro é de equidade. Dizendo de outra forma: o eterno Deus continua onde sempre esteve, está e estará, e as ações do Senhor continuarão sendo marcadas pela equidade, a justiça perfeita, na hora certa e da forma certa. Ele julgará a terra com justiça; o mundo e todos os povos, julgará com retidão. Portanto, amado, não se engane: nas nossas andanças por este pequeno mundo neste pequeno tempo de vida, encontra- remos mais injustiça e iniquidade do que gostaríamos. Pior: às vezes seremos protagonistas das ações que tanto odiamos. Mas não perca de vista o essencial: Deus está no seu trono, e sempre estará. O cetro está em suas mãos, e de lá nunca sairá. Descanse na confiança de que, no Senhor, a eternidade da existência e do reinado garantem a plena e perfeita justiça. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 120-127 Não perca de vista o essencial: Deus está no seu trono, e sempre estará. 22 JUL PROVÉRBIOS 26 – 176 CC Charles Negreiros NÃO ALIMENTE ESSE FOGO “Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda” (v.20). Algumas situações da vida parecem seguir uma lei tão ra-cional quanto às dos fenômenos da natureza. Faça uma fogueira, coloque mais lenha, e ela se mantém. Deixe de colocar lenha, e ela se apaga, porque, óbvio, o seu “alimento” foi retirado, e o fogo não tem como se manter. A receita da contenda é semelhante. Observe a contenda, a discussão, o queixume, duas ou mais pessoas divergindo. A tem- peratura eleva, a discussão sai do mérito da questão e avança por outros campos que nada têm a ver com a questãoinicial. Discussão em fogo alto, oposição incendiária. Agora, observe que tudo aconteceu por causa do maldizente, do caluniador, de alguém que não teve mais como argumentar a questão em si e saiu a combater seu interlocutor como se fosse adversário mor- tal. Tire a lenha, o fogo apaga. Afaste o caluniador, a contenda cessa. As nossas relações interpessoais precisam ser marcadas pela ética do evangelho, pelo exemplo de Cristo. Que sejam outros os incendiários. Os filhos de Deus são os bombeiros. Que sejam ou- tros os maldizentes, porque quem serve a Deus quer ser resposta de Deus e solução de Deus para as contendas da vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 128-133 Tire a lenha, o fogo apaga. Afaste o caluniador, a contenda cessa. 23 JUL Charles Negreiros SALMOS 133.1-3 – 410 CC ENCONTRANDO A IGREJA DE CRISTO “Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre” (v.3). Onde está a Igreja? Endereço, nome da rua, número do pré-dio, placa, razão social: é isso a Igreja? Ali onde o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre, ali ela está. Mas… onde é “ali”? Se queremos considerar com seriedade as palavras do sal- mista, “ali” não é um lugar: é um grupo de pessoas. É onde estão unidos os irmãos. Igreja é o ajuntamento solene dos remidos pelo sangue de Cristo. É a reunião dos que foram alcançados pela graça e reconhecem o domínio soberano de Deus sobre as suas vidas. Igreja é povo em comunhão, mantendo a unidade do Espírito. É família que reconhece o Pai nosso que está nos céus, e são irmãos de sangue, porque todos os membros dessa família foram lavados pelo sangue do Cordeiro. É nesse lugar, ou mais claramente dizendo, em meio a esse povo, que Deus ordena bênção e vida. E quão bom e agradável é essa doce e santa comunhão. Mas deixe-me alertá-lo para algo que não pode escapar de sua mente: sim, bom é estar no meio desse povo, mas, melhor do que isso, é estar no meio desse povo sendo parte desse povo. Por isso, se há valor em perguntar onde está a Igreja, valor maior ainda está na pergunta: e você, já é parte da Igreja? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 134-138 A igreja não é um lugar; a igreja é um grupo de pessoas. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 23 DE JULHO Encontrando a Igreja de Cristo Quebra-gelo (5min): Peça que cada pessoa do grupo complete a seguinte frase: “Igreja é ...” Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 23 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que a igreja tem representado em sua vida? 2. Você apenas está no meio do povo de Deus ou você faz parte desse povo? Por quê? 3. Compartilhe com o grupo uma experiência que viveu em que a igreja se fez presente. Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar agradecendo a Deus a vida de cada irmão que faz parte da igreja. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 133.1-3SEMANA 29 24 JUL Charles Negreiros SALMOS 103 – 308 CC MUITO MAIS DO QUE SAÚDE “É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão” (vv.3,4). O salmo 103 não nos dá uma promessa de saúde plena ou de que o que serve a Deus nunca ficará doente. Temos mais do que isso. O que temos é o testemunho de alguém que experimentou li- vramento dos inimigos, e de si próprio, de quem esteve abalado pela dor do pecado, mas encontrou coragem no arrependimento e refrigério no perdão de Deus, de quem esteve no leito da dor, e foi restabelecido, de quem achava que a morte era certa, mas, pelo contrário, foi livrado da cova. Não é espantoso, portanto, vê-lo cantar de júbilo dizendo que Deus o coroou de bondade e compaixão. Enquanto aquele caldo raso chamado “evangelho da saúde e da prosperidade” vai deixando seu rastro de tristeza, frustração e decepção, o evangelho do salvador Jesus Cristo continua produzindo seus frutos mais elevados: fé, esperança e amor. Nas palavras do salmista compar- tilhadas com o povo de Deus, continuamos a ver o Senhor perdoando, sarando, livrando da morte e coroando de bondade e compaixão. Não, não temos a promessa de saúde plena e ausência de enfer- midade. Temos mais: a garantia do Senhor que desposou sua noiva – a Igreja – e prometeu sua presença constante, na paz ou na guerra, na saúde ou na doença. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 139-141 Continuamos a ver o Senhor perdoando, sarando, livrando da morte e coroando de bondade e compaixão. 25 JUL ECLESIASTES 11 – 377 CC Charles Negreiros AS OBRAS DE DEUS “Assim como você não conhece o caminho do vento, nem como o corpo é formado no ventre de uma mulher, também não pode compreender as obras de Deus, o Criador de todas as coisas” (v.5). É possível acreditar que sabemos muito. Afinal, o montante de conhecimento e informações acumulados ao longo dos mi-lênios da história garantem que sabemos bem mais que nos- sos antepassados. E é bem provável que o seu computador guarde mais informações em memória do que a maioria de nós consegui- rá guardar durante a vida. Confesso: invejo os computadores. O autor de Eclesiastes fala de coisas que ele não sabia como compreender e, por conseguinte, como explicar. Coisas da natureza, como o vento em sua trajetória, e da vida humana, como um novo corpo entretecido no ventre da grávida. Mais tarde, Jesus falaria do vento que sopra livre, e ele mesmo, Deus-homem, veio a este mun- do como todos os humanos: entretecido no ventre da grávida. Cer- tamente sabemos mais hoje sobre o vento e a gravidez. A questão é: sabemos tudo? Ou ao menos sabemos o que realmente importa? Há algo que, definitivamente, não sabemos: as obras de Deus, que faz todas as coisas. O Senhor diz através de Isaías ser alguém de “caminhos e pensamentos mais altos”. O salmo 50 repreende a tolice de acharmos que somos iguais a Deus. No fim, é sábio agradecer a Deus pelo que sabemos, e mais ainda pelo que nunca saberemos nesta jornada da vida. É suficiente sabermos que são suas as obras, que ele faz todas as coisas, e ter a certeza de que, do pouco que sabemos, temos mais do que o suficiente para confiar- mos no Senhor quanto ao muito que não sabemos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 142-144 É sábio agradecer a Deus pelo que sabemos, e mais ainda pelo que nunca saberemos. 26 JUL Pedro Veiga MALAQUIAS 3.6-18 – 301 CC OS BENEFÍCIOS DA FIDELIDADE “‘Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las’” (v.10). Os benefícios da fidelidade têm me alcançado. Nas coisas mais singelas, como o almoço diário em um restaurante, onde, por meio de um programa de fidelidade, almoçar regularmente me concede o desconto de um almoço a cada dez. Isso se repete na sorveteria, no parquinho e em tantas outras coisas da rotina, ficando inevitável a conclusão de que a fidelidade traz benefícios. Deus nos convida, por meio de sua Palavra, à fidelidade, e nos mostra o extraordinário benefício de ser fiel em todo o tempo. Contudo, diferentemente das histórias que contei acima, não é nos benefícios de nossa fidelidade que encontramos a motivação para sermos fiéis, mas na própria fidelidade de Deus. O Senhor é fiel, e sua fidelidade nos move a responder a ele da mesma forma. Deus nos dá diversas oportunidades de demonstrar fidelidade a ele, seja pelos dízimos, pela obediência ao seu padrão moral e ético, pelo cumprimento de sua missão ou até mesmo no trato com sua Igreja (1Co 1.9). Em todas essas coisas, somos extrema- mente abençoados por escolherser fiéis, motivados pela fideli- dade constante de Deus para conosco (Sl 146.5,6). Deus é fiel! E você, tem sido fiel ao Senhor? Ore pedindo que a fidelidade de Jesus o conduza a uma genuína fidelidade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 145-147 A fidelidade do Senhor não depende da nossa, mas é uma bênção ser fiel a esse Deus que nunca nos abandona. 27 JUL JOÃO 17.18-26 – 381 CC Pedro Veiga UNIDADE NA MISSÃO: O ESPETÁCULO DO CRISTÃO “[…] que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” (v.23). Jesus sabia que a unidade com Deus só é possível quando te-mos essa unidade também com nossos irmãos. É amando o próximo que amamos a Deus. Quem não ama o seu irmão não conhece Deus de verdade (1Jo 4.8). Sabendo disso, e atento à urgência do cumprimento da missão da Igreja, Paulo pede aos filipenses que completem sua alegria – por tê-los como fruto do cumprimento de sua missão – rogando-lhes que tenham verda- deira unidade (Fp 2.1,2). Então, como podemos viver a unidade bíblica em nosso dia a dia de forma prática? A primeira coisa é canalizar a força da unidade para seu real propósito: a missão. Esse perfeito propósito nos une e protege de confusões desnecessárias, afinal, estaremos ocupados com o que realmente importa: a salvação e a transformação de vidas. Em segundo lugar, precisamos aceitar no nosso coração que o amor é o vínculo da perfeição (Cl 3.14). É no amor de Deus que encontra- mos a força e a motivação para amar o próximo, e é nesse amor ao outro que conseguimos unidade com Deus e com nosso irmão. Precisamos nos relacionar movidos pelo amor de Jesus, aumen- tando diariamente o nosso vínculo. Quem vive assim respeita o que pensa diferente, e tem uma identidade cristã de pensamento ge- rada pela forte unidade no amor. Por isso, consegue permanecer firme em uma caminhada diária com Jesus e sua Igreja em missão, e se torna um verdadeiro espetáculo da graça de Deus (1Co 4.9). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 148-150 O que você pode fazer hoje para andar ainda mais em unidade com seus irmãos? 28 JUL Pedro Veiga MATEUS 5.1-12 – 398 CC FERIDAS QUE CURAM “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês” (v.11). Em nossa caminhada, muitas circunstâncias têm afligido o povo de Deus. Uma postura equilibrada é buscada por cada um de nós, mas muitas vezes não conseguimos. A sensação que nossos limites estão sempre sendo testados tem produzido feri- das emocionais que demoram a cicatrizar. E a tendência de pessoas feridas é acabar ferindo outras, perpetuando o caos já instalado. Estamos sujeitos a todo tipo de ataque, e o sofrimento que nos aflige nos torna mais parecidos com Cristo. Não que queiramos so- frer, mas quando sofremos em missão e por causa da missão, as- semelhamo-nos a Jesus e somos “bem-aventurados” (Mt 5.10-12). Para tratar essas feridas geradas na caminhada, aqui vão algu- mas dicas que você pode começar a praticar hoje mesmo: • Perdoe quantas vezes forem necessárias (Mt 18.21,22); • Exercite a misericórdia (Mt 9.13), pois as pessoas nos ferem por estarem feridas. O ataque é um pedido de socorro. Olhe para as pessoas como alvos de transformação; • Ame muito, principalmente aqueles que o ofendem (Mt 5.44,45). Esse amor vai acelerar o processo de cicatrização e acabar com sua dor emocional; • Tenha esperança de melhora. A dor vai passar. Deus vai agir. Você vai crescer com essa experiência (Rm 5.3-5). Você vai poder ajudar pessoas que também passam por isso. Deus está fazendo de você alguém mais parecido com Cristo. E isso com certeza vai ser dolorido. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 1-3 Veja o sofrimento como uma forma de santificação. Deus está conformando você à imagem de seu Filho (Rm 8.28,29). 29 JUL EFÉSIOS 5.21-6.4 – 367 CC Pedro Veiga O LAR CRISTÃO E OS DOIS ASPECTOS DE SUJEIÇÃO “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (v.21). No devocional de hoje, trataremos de um tema controverso para a sociedade contemporânea, em especial para a pro-posta de família que a sociedade tem promovido. O dis- curso igualitarista, associado ao individualismo, tem promovido um verdadeiro estrago para a harmonia, paz e unidade da família. Com o disfarce de busca por igualdade de direitos, a sociedade tem procurado uma ordem familiar que contraria os princípios do Criador para a dinâmica da vida. É muito claro na cosmovisão cristã que homem e mulher são iguais em dignidade, valor e capacidade, mas distintos em forma- ção biológica e papel familiar. Sendo assim, Deus preestabelece uma ordem amorosa, onde cada integrante possui seu papel e se relaciona em sujeição “uns aos outros” (5.21a). Essa sujeição, po- rém, acontece de acordo com a autoridade e ordem estabelecidas por Deus, não de forma igual, mas complementar. Destaco os dois aspectos de sujeição nessa dinâmica. O primei- ro é o amor, exemplificado pela liderança amorosa e sacrificial do homem (Ef 5.25-28; 6.4). O segundo é o respeito honroso, ilustrado pela submissão respeitosa da mulher e dos filhos (Ef 5.22-24; 6.1- 3). É claro que a mulher também ama e o marido também respeita e honra, mas nessa linda organização de papéis, Paulo ressalta a dinâmica da sujeição que faz fluir o amor e o respeito no lar cris- tão, onde tudo isso acontece no temor e amor a Cristo (Ef 5.21b). Oremos por uma família sujeita a Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 4-6 Amor, em liderança servil, e respeito, em honra e submissão, caracterizam a dinâmica familiar que o Senhor planejou. 30 JUL Pedro Veiga JOÃO 10.1-10 – 579 CC UM PASTOR OU APENAS UM TRASTE? “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (v.10). No texto lido, Jesus nos mostra o contraste que há entre o verdadeiro pastor e o falso. E que contraste! Jesus usa quatro nomenclaturas para o falso pastor: • Ladrão – Sorrateiramente tenta entrar no aprisco para rou- bar uma ovelha, ou seja, vai até o rebanho roubá-la; • Salteador – Aguarda um deslize do pastor ou da ovelha em deslocamento para pegá-la sem maiores esforços; • Mercenário – Só está interessado no benefício que a ovelha vai lhe gerar. Caso ela o coloque em perigo, ele a abandona, pois o custo-benefício não compensa; • Estranho – É desconhecido pelas ovelhas. Jesus faz uma afirmação contundente: EU SOU a porta das ovelhas! Era comum os apriscos terem uma só passagem, e era por ela que as ovelhas passavam para ir se alimentar e encontrar abrigo. A porta dessa passagem era o próprio pastor. Ele ficava vigiando e guardando as ovelhas no aprisco caso algum animal ou ladrão tentasse pegá-las. Não podemos nos enganar quando o assunto é permitir que líderes exerçam autoridade sobre nós. Se um pastor busca seguir e ser parecido com Jesus, podemos segui-lo. Caso contrário, não permita que “lobos em pele de ovelha” exerçam autoridade sobre sua vida. Vigie (At 20.26-35)! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 7-9 Cuidado com os lobos que se passam por ovelhas. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 24 DE JULHO Muito mais do que saúde Quebra-gelo (5min): O que a palavra “prosperidade” significa para você? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 24 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O salmo 103 apresenta benefícios que Deus nos dá. Quais são eles? 2. Desses benefícios, qual você considera mais importante ter recebido? Por quê? 3. Qual deve ser a nossa atitude para com o Senhor diante de todos os benefícios que ele nos dá a cada dia? Tempo de orar (10min): Cada pessoa deve citar um benefício recebido do Senhor. Em seguida, uma pessoa oraagradecendo- lhe por todos os benefícios citados. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 103 SEMANA 30 31 JUL Pedro Veiga LUCAS 10.1-9 – 308 CC ATÉ ONDE VOCÊ IRIA? “Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir” (v.1). Em minhas andanças missionárias pelo sertão nordestino, en-contrei uma realidade desafiadora: gente que sofre por suas condições sociais precárias, mas principalmente por não co- nhecer o evangelho transformador de Jesus, um povo guerreiro, mas sofredor, que caminha perdido e perdendo sua vida diaria- mente em direção à perdição eterna. No texto em destaque, vimos Jesus enviando setenta discípu- los em missão para resgatar pessoas como os sertanejos que en- contrei. Em duplas, seus enviados procuravam quem recebesse o evangelho da paz, buscando viver com eles, transmitindo “vida na vida” o poder do evangelho. O amor de Jesus Cristo pelo povo (Mt 9.36) o levou a encarnar (Fp 2.5-8, Jo 1.1,2,14), rompendo toda a distância que nos separava. O enfrentamento dessa distância o levou ao sacrifício (Ef 2.14-18), e esse sacrifício possibilitou um amor inquebrável e eterno, que supera qualquer desafio (Rm 8.35-39). Até onde você iria para viver o amor de Deus em missão? Eu também vi outra realidade no sertão: o sertão onde estavam os missionários de Jesus. Lá encontrei pessoas transformadas pelo evangelho, gente que abandonou seus vícios, que vive livre e em paz, mesmo em meio ao caos social. Ficou claro que o amor en- frenta as distâncias, as distâncias nos levam ao sacrifício, o sacri- fício nos leva a amar, e esse amor nos leva a todas as pessoas em todos os lugares. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 10-12 Há pessoas esperando para receberem o amor salvador de Deus. Até onde você está disposto a ir? 01 AGO MARCOS 8.34-38 – 395 CC Marcelo Petrucci QUEM MUITO QUER NADA TEM! “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará” (v.35). A expressão que dá tema à reflexão de hoje é usada para in-dicar que quem fica escolhendo demais acaba não ficando com nada no final. Esse é o caso de um rapaz indiano que, no seu aniversário de 18 anos, ganhou um carro de luxo da marca BMW avaliado em R$ 219 mil. O indiano, no entanto, ficou indig- nado com os pais, porque gostaria de ter recebido um carro da Jaguar. Ficou tão furioso que jogou o veículo 0km no rio da cidade de Yamunanagar. Acabou ficando a pé. Infelizmente, muitas vezes fazemos o mesmo. Para evitar isso, precisamos viver o que Jesus nos ensina a esse respeito no texto lido. O Mestre diz que andar com ele é uma questão de escolha. O fato é que muitos não estão dispostos a segui-lo, porque isso implica abnegação de alguns desejos pessoais. Jesus mostra que o resultado de fazer escolhas erradas é catastrófico quando in- vestimos nossos esforços em ganhar nossa vida, excluindo-o de tal dinâmica. Ele chega a afirmar que quem quiser ganhar a sua vida terá que abrir mão de algumas coisas, mas quem não estiver disposto a fazê-lo acabará ficando sem nada. Em outras palavras, Jesus diz: “Quem muito quer nada tem!” Sua vida é preciosa demais para se perder. Como um investi- mento financeiro, você não pode aplicar seus dias no negócio er- rado. Jesus é a escolha certa, o investimento de vida sem riscos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 13-15 Preocupe-se com aquilo que realmente importa. Sua vida merece os melhores investimentos. 02 AGO Marcelo Petrucci MATEUS 1.18-25 – 410 CC PROJETOS DE VIDA “Ao acordar, José fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua esposa” (v.24). Você já deve ter vivenciado experiências nas quais o que espera-va acontecer sofreu mudanças. Há, nesses casos, uma tendên-cia natural de nutrir um sentimento de frustração e tristeza. No enredo que trata do nascimento de Jesus, há um drama en- volvendo José, que programou sua vida para se casar com Maria. A noiva, no entanto, misteriosamente apareceu grávida. O costume da época seria repudiar a mulher e apedrejá-la. Era assim que uma mulher reconhecida como adúltera era tratada. Portanto, casar-se com Maria seria o mesmo que assumir uma imagem ruim diante da sociedade. Mas a Bíblia afirma que tudo fazia parte dos planos de Deus para salvar a humanidade. Logo, a participação de José seria decisiva. Deus lhe esclareceu a situação e ele se propôs ao casamen- to, como previsto. O restante da história você já conhece. Quero chamar sua atenção para o fato de que, muitas vezes, Deus conduz as coisas em nossa história de uma forma ilógica, e, caso não percebamos, podemos colocar tudo a perder. Quando José entendeu do que se tratava a gravidez de sua noiva, tomou como missão de vida ser canal de bênção para o mundo e, principalmente, para sua família. Há uma frase de que gosto muito que diz: “Quem não vive para servir não serve para viver.” E isso começa com as pessoas de sua casa. Deus poderia ter vivido apenas para si, mas resolveu nos amar, enviando Jesus para nos salvar. Pense nisso e seja um servo de Deus que vive para servir ao Senhor e às pessoas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 16-18 Seus projetos de vida darão certo quando tiverem relação direta com a vontade de Deus. Submeta-os ao Senhor. 03 AGO MATEUS 18.12-14 – 25 CC Marcelo Petrucci SUA VIDA TEM VALOR “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu?” (v.12). Quanto vale uma vida? Essa tem sido uma das grandes per-guntas do nosso tempo, principalmente quando vemos a vida sendo tratada com tanto desdém. Dentre tantas his- tórias que comprovam isso, destaco a de uma dona de casa de 25 anos, mãe de quatro filhos, moradora de Sete Barras, interior de São Paulo. Ela foi a uma festa junina e levou um bolo para contri- buir. No entanto, o organizador havia solicitado um prato salgado. Além disso, a dona de casa ofereceu à esposa dele um pedaço do tal bolo. Isso foi suficiente para o enfurecer. Ele deu três tiros nela e tirou-lhe a vida. É assim que a vida tem sido tratada. Falta amor, respeito e valorização. Mas a Bíblia diz que, a despeito de vivermos em um mundo hostil, há uma pessoa que nunca nos desvaloriza. Pelo contrário, ele foi capaz de dar a própria vida por nós. Maior amor do que esse não encontraremos. Tal amor é descrito na parábola do texto lido, que fala de uma ovelha que se desgarrou. O pastor, então, deixou as 99 que esta- vam seguras e foi atrás daquela que estava perdida. Sua intenção era achá-la, resgatá-la e cuidar de seus ferimentos. Como aquele pastor, Jesus nunca desistirá de você. Por isso, deixe-o cuidar de sua história. Não importa quantos arranhões você tenha sofrido, Jesus pode sará-lo. Pense nisso e entregue-se a ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 19-21 Quem se valoriza não se mistura às más influências, mas se entrega aos cuidados de Deus, que nos ama de verdade. 04 AGO Marcelo Petrucci SALMOS 119.105-112 – 499 CC GUIADOS PELA PALAVRA DE DEUS “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (v.105). N a Bíblia encontramos orientação para todos os momentos da vida. Infelizmente, muitos, ao longo da história, ten-taram fazer dela apenas um livro de regras. Mas a Bíblia não é um livro de regras, e sim de princípios. A diferença é que regra é contextual, e princípio, não. Por exemplo, na Inglaterra, o trânsito flui pelo lado esquerdo e não no direito, como é no Brasil. As regras de trânsito que funcionam lá não funcionam aqui. Já o princípio funciona em qualquer lugar e em qualquer tempo. Por exemplo, se você pegar uma caneta e soltá-la, ela cairá em queda livre. Qualquer pessoa que fizer isso verá o mesmo resultadohoje e em qualquer tempo, aqui ou em qualquer lugar. Por ser um livro de princípios é que a Bíblia opera um po- der extraordinário na vida de quem crê e observa suas sagra- das letras. O texto em destaque aponta para a Bíblia como o instrumento de Deus para iluminar nossas decisões e direções. Por isso, ela é tão poderosa e torna aqueles que a observam poderosos também! Ser guiado pela Palavra de Deus significa ter resposta para qualquer questão da vida, nunca se tornar refém de nenhuma interpretação por qualquer conveniência, saber que o que faz diferença não é o quanto conhecemos dela, mas o quanto lhe obedecemos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 22-24 A Bíblia é a Palavra de Deus e pode tornar sua vida vitoriosa. Submeta-se a ela, e Deus o fará acertar o caminho. 05 AGO PROVÉRBIOS 14 – 359 CC Marcelo Petrucci SONHO OU PESADELO? “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte” (v.12). Todos nós temos sonhos, mas podemos vê-los se transforma-rem em grandes pesadelos se escolhermos caminhos errados. Consequentemente, se não tomarmos alguns cuidados, nossa história pode ser dominada pela frustração. Corremos esse risco o tempo todo. Por isso, é preciso adotar al- guns caminhos para evitar tal quadro. O texto lido alerta-nos a res- peito. Ele trata da equivocada impressão que muitos têm no início de uma caminhada, acreditando que a direção tomada é correta. A passagem destaca que, por vezes, caminhos aparentemente aben- çoados revelam-se verdadeiras armadilhas no futuro. Então, não podemos confiar apenas em nossas impressões. Se elas podem nos trair, como fazer para garantir nosso futuro de maneira vitoriosa? Se você não quiser transformar seus sonhos em pesadelos, não seja leviano a ponto de permitir que seus desejos custem o preço de sua segurança. É importante também lembrar-se de que suas ações sempre terão implicações na vida de quem está à sua volta. Dessa forma, seja o mais responsável possível. Infelizmente, temos uma limitação para enxergar nossa vida adiante. Por mais que sejamos experientes, não conseguimos antever o futuro. Mas Deus, sim! Ele é presciente, ou seja, con- segue enxergar o futuro. A Bíblia chega a afirmar que antes de as palavras chegarem à nossa boca, Deus já conhece tudo (Sl 134.9). Por isso, o mais inteligente e razoável é entregar nosso caminho ao Senhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 25-27 Sendo guiados por Deus, evitamos laços de morte que podem nos atingir e quem está ao nosso redor. 06 AGOBárbara Cabral LUCAS 2.40-51 – 548 CC ADOLESCER “O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (v.40). Hoje se comemora o Dia do Adolescente Batista. Viver a adolescência, ou seja, adolescer, é brilhar como o sol da manhã, mostrando-se mais intenso a cada minuto. É passar por anos de desenvolvimento, muitas descobertas, apren- dizados, sonhos, planos e início de conquistas. A adolescência é a fase entre 12 e 18 anos de idade. As leis brasileiras, com o devido cuidado, permitem que adolescentes sejam empregados, casem-se, abram empresas e assumam car- gos públicos, por exemplo. É também idade suficiente para res- ponder por seus atos infracionais. Se as leis humanas reconhecem os adolescentes como sujei- tos de direitos e deveres, quanto mais a Bíblia! O exemplo perfei- to de adolescente é o próprio Senhor Jesus Cristo. Aos 12 anos, ele era maduro e inteligente o suficiente para conversar com doutores da lei e ser respeitado por eles. Se você é adolescente, busque crescer em sabedoria, estatura e graça. Assim você terá o respeito dos mais velhos e o favor de Deus. Aproveite essa fase de tanto vigor para semear aquilo que você deseja colher no futuro. Se você é adulto, dê oportunidade aos adolescentes. Ouça-os, ofereça conselhos. Lembre-se de que nenhum de nós já chegou à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Mesmo pertencendo a diferentes gerações, estamos unidos pelo Deus que é misericordioso de geração em geração. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 28-31 Mesmo pertencendo a diferentes gerações, estamos unidos pelo Deus que é misericordioso de geração em geração. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 05 DE AGOSTO Sonho ou pesadelo? Quebra-gelo (5min): Escolha duas pessoas e peça que uma conte um sonho, e a outra, um pesadelo. Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 05 de agosto. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Que cuidados precisamos tomar para evitar pegar caminhos errados? 2. Você já viveu a experiência de ter um sonho que se transfor- mou em pesadelo? Compartilhe com o grupo. 3. De forma prática, o que significa entregar o caminho ao Se- nhor? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar sonhos e orar em favor deles. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 14SEMANA 31 07 AGO Bárbara Cabral 2 CORÍNTIOS 5.17-21 – 204 CC RECONCILIADOS “Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus” (v.2b). Houve um rapaz que pediu ao pai sua parte da herança an-tes do tempo. Saiu pelo mundo e, entre farras e aventuras, empobreceu. Passou fome, foi humilhado. Aprendeu o valor do trabalho, da amizade e do amor. Mudou sua visão de mundo, voltou para casa e pediu perdão. Seu pai matou o melhor cordeiro que tinha e fez uma grande festa para comemorar esse retorno. A história do filho pródigo nos conta sobre reconciliação. Reconciliar-se é voltar a ter relacionamento e convivência com alguém. O pecado nos afasta de Deus, tornando-nos seus inimi- gos. Os nossos maus pensamentos e ações nos fazem amigos do mundo. Ora, se nós causamos a inimizade, o justo seria que o pedido de reconciliação viesse dos homens. Mas a iniciativa de se recon- ciliar com os pecadores partiu de Deus. Ele fez isso nos oferecendo o presente mais caro possível: a vida de seu único Filho. Quem aceita a morte do Cordeiro de Deus participa da festa da reconciliação. A prova humana de que fomos reconciliados é a santificação: quando retomamos a convivência íntima com o Pai, tornamo-nos fiéis a ele e praticantes do evangelho. A prova divina da reconciliação é nos livrar de toda a culpa e acusação. Talvez, em tempos de distanciamento social, você tenha se afastado da casa do Pai. A convivência com ele não é mais tão intensa como já foi. Não pense que você já foi longe demais. Há sempre perdão para os reconciliados! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ECLESIASTES 1-3 Volte para casa do Pai, peça perdão, participe da festa da reconciliação e pratique o evangelho. 08 AGO ROMANOS 8.14-17 – 416 CC Bárbara Cabral FILHOS “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (v.14). Na infância, subi no alto de uma árvore e fiquei com medo de descer. Gritei: “Papai, socorro!” Meu pai já estava no pé da árvore antes mesmo que eu pedisse. Ele gritou: “Pula, filha. Confia no papai!” Tenho um pai muito presente e amoroso. Por isso, é fácil compreender a expressão popular “Deus é Pai!”. Mais do que um ditado, é uma firme verdade. A Palavra nos diz que o amor de Deus pela humanidade é tão grande que ele nos deu o direito de sermos chamados seus filhos. O caminho para chegar ao Pai Celeste é crer no sacrifício de seu Filho primogênito, Jesus Cristo. Como um bom Pai, ele nos valoriza, recompensa e abençoa. Também nos disciplina. E nos dará morada eterna ao lado dele. Como filhos espirituais, devemos guardar seus mandamen- tos e lhe dar glória. Demonstramos que somos filhos de Deus quando nos parecemos com nosso Pai em seus atributos morais, como amor, bondade e justiça. Em poucos dias, será comemorado o Dia dos Pais.
Compartilhar