Resumo Primeira e segunda infância.

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Aspectos teóricos da primeira e segunda infância.
Segundo Patrícia Miller (1993) é importante estudar as teorias de desenvolvimento ,pois elas irão organizar e dar sentido aos fatos do desenvolvimento infantil. 
Várias são as teorias desenvolvimentistas estudadas. Podemos dividi-las em: 1) Teorias psicanalíticas, discutidas por Sigmund Freud e Erik Erikson; 2) Perspectiva da Aprendizagem que se subdivide em condicionamento clássico, condicionamento operante e teoria da aprendizagem social; 3) A perspectiva Cognitiva de Piaget e Vygotsky.
Mas falaremos dos conceitos de Piaget e Vygotsky.
Piaget:
Segundo Piaget, a criança se adapta ao mundo de forma cada vez mais satisfatória.
Vygotsky:
A perspectiva de Vygotsky sobre o desenvolvimento é uma perspectiva sócio cultural ou contextual. Considera-se que o desenvolvimento da criança é um produto de sua cultura e que o pensamento, a linguagem e os processos de raciocínio se desenvolvem por meio das interações sociais com outras pessoas.
Desenvolvimento físico na primeira infância (0 à 2 anos)
Nos primeiros meses de vida a criança se desenvolve muito rápido, o crescimento é rápido e contínuo até os primeiros 3 anos de vida.
· Peso do bebê de 5 meses dobra e com 1 ano de vida triplica.
· A dentição começa a aparecer por volta de 3 a 4 meses (fase que o bebê põe tudo na boca).
· A nutrição adequada é imprescindível. 
· A alimentação muda durante os três primeiros anos de vida.
 *Quando bebê a criança necessita exclusivamente do leite materno.
 *Somente depois de muitos meses de vida a criança pode tomar leite de vaca.
· Alimentar o bebê é um ato de emocional e físico. 
Capacidades sensoriais na primeira infância. 
No nascimento o bebê já é provido de suas capacidades sensoriais que o ajuda a entender o mundo.
· Tato: Primeiro sentido a se desenvolver e o que amadurece mais rápido. 
Ex: Aproximar o rosto perto da boca do bebê faz com que o estimule a abrir a boca procurando pelo possível mamilo.
· Olfato e paladar: Começam a se desenvolver no útero. 
· Audição: Funciona mesmo antes do nascimento; desde a barriga o bebê responde a certos estímulos auditivos externos, principalmente pela voz materna. Após o nascimento o bebê começa a discriminar as diferentes vozes que ouve.
· Visão: É o sentido menos desenvolvido após o nascimento. Os nervos ópticos não estão totalmente desenvolvidos, assim como a estrutura da retina.
Desenvolvimento motor da primeira infância. 
Quando a criança nasce tem pouco controle sob seu corpo e o seus movimentos são descoordenados.
Gradualmente desenvolvem e adquirem o controle dos seus corpos nos membros superiores e no sentido de dentro pra fora.
A criança começa exploração voluntária do ambiente. Geralmente essa fase é aquela que deixam os pais admirados.
Desenvolvimento cognitivo da primeira infância. 
Para falar desenvolvimento, precisamos lembrar da teoria de Jean Piaget.
Na primeira infância a criança se encontra no estágio sensório-motor (até aproximadamente dois anos) onde ela busca ter controle de suas No estágio sensório-motor, os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo mediante a constante interação de suas atividades sensoriais e motoras.
As principais características do estágio sensório-motor segundo Piaget, que vai até aproximadamente dois anos de idade, são:
- Exploração (interação) do ambiente, tanto de forma manual quando visual.
- Aprendizagem por imitação.
- Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar.
- A coordenação dessas ações proporciona o surgimento do pensamento.
- A centralização em si mesmos.
Desenvolvimento da Fala (linguagem)
O bebê inicialmente começa emitindo sons que evoluem com o passar do tempo. Tudo começa com o choro, é desse modo que o bebê manifesta suas necessidades e sentimentos, depois evolui para arrulho e balbucio até que, acidentalmente, imita algum som de palavras escutadas. Depois que ele entende sua capacidade de imitação, começa a imitação deliberada que é o domínio daquele som (dentro da sua limitação) e a reprodução do mesmo de acordo com a sua vontade. 
Os sons que são emitidos pelos bebês para se comunicarem são conhecidos como fala pré-linguística. 
No estágio sensório-motor, especificamente a primeira infância, o bebê evolui sua capacidade de reconhecer e entender sons de fala e gestos significativos. 
De forma geral, os bebês aprendem falar por imitação e as primeiras palavras deles começam a aparecer por volta do primeiro ano de vida.
Desenvolvimento Psicossocial na Primeira Infância:
Logo na Primeira Infância começa a aparecer os sinais de personalidade da criança, seu temperamento. Alguns são mais alegres, outros podem se irritar com mais facilidades, alguns podem adorar brincar com outras crianças e outros não. Tudo isso engloba os aspectos iniciais da personalidade da criança.
As emoções como tristeza, medo e alegria são elementos básicos da personalidade das pessoas e é na primeira infância que começam se manifestar. Nos é muito fácil perceber quando um recém-nascido está infeliz (dor, fome, etc), eles agitam as pernas e braços, soltam gritos agudos e enrijecem o corpo. Na primeira infância eles se socializam dando risadas ao contato com outros adultos, ficam em silêncio prestando atenção a voz humana, choram quando precisam de algo. Desde o primeiro turbilhão de estímulos fora do útero a criança começa uma complexa interação com o ambiente, que resultará em um incrível desenvolvimento psicossocial que determinará muitas características subjetivas dela.
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ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO NA SEGUNDA INFÂNCIA 
 
Segunda Infância – (3 a 6) 
 
Período importante para: 
· O desenvolvimento físico e motor da criança. 
· O desenvolvimento da linguagem. 
· O desenvolvimento do pensamento (desenvolvimento cognitivo). 
· O processo de socialização. 
· O desenvolvimento da personalidade - construção do ‘eu’. 
 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO E MOTOR 
 
· Fase de crescimento físico: as crianças ganham altura, peso e desenvolvimento dos músculos maiores. 
· Fase de desenvolvimento das habilidades motoras gerais. Ou seja, das habilidades físicas que envolvem movimentos com os músculos maiores, tais como correr e pular (desenvolvimento da coordenação motora ampla). 
· Fase de desenvolvimento das habilidades motoras finas. Ou seja, das habilidades físicas que envolvem movimentos coordenados menores, tais como desenhar e escrever o próprio nome (desenvolvimento da coordenação motora fina). 
· Habilidades Motoras Gerais – Coordenação Motora Ampla: 
- Correr. 
-Pular (primeiro com as duas pernas, depois com uma). 
-Andar de velocípede, patinete, etc. 
-Chutar. 
-Lançar. 
-A criança aprende a se organizar no espaço. 
 
É importante que a criança tenha oportunidades diversificadas para exercitar suas capacidades e habilidades físicas. 
Habilidades Motoras finas : cortar, desenhar e manusear objetos pequenos. 
Desenvolvimento da linguagem.
· Ganho de vocabulário (conhece e ganha novas palavras)
· Compreensão do significado das palavras. 
· Compreensão das regras gramaticais 
· Uso dos pronomes pessoais.
· Organização temporal da fala (Passado, presente e futuro)
· Começa o desenvolvimento da fala interior. (Vygotsky)
Desenvolvimento cognitivo 
· Aparece inteligência simbólica. 
· Desenvolve e enriquece a linguagem. 
· Tendência ao egocentrismo 
· Tendência a centração 
· Tendência a centralização 
· Tendência ao animismo 
· Tendência ao artificialismo 
· Possibilidade de enfrentar desafios lógicos. 
O estágio pré-operacional se caracteriza pelo fato da criança levar o mundo ao pé da letra.
Desenvolvimento psicossocial. 
· Marcado pela entrada da criança na pré-escola.
· Desenvolvimento da brincadeira conjunta (interação)
· Desenvolvimento inicial de atitudes altruístas ,empatia e solidariedade. 
· Fase de diferenciação individual em relação ao outro.
· Fase de diferenciação de gênero 
· Fase se compreensão paulatina das próprias habilidades e características individuais
· O comportamento da criança se voltapara a formação da identidade. 
· Crise do personalismo
- A criança se mostra negativista, opondo-se ao outro na tentativa de construir a sua própria identidade e reafirmar a sua individualidade.
O estágio do “não”, “é meu" e etc.