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TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE Prof.Msc Héllen fonseca TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Os antígenos próprios são geralmente tolerogênicos. Os antígenos provenientes de microrganismo são imunogênicos A tolerância imunológica é definida como a não responsividade a um antígeno induzida pela exposição prévia a esse Antígeno Auto tolerância: tolerância a Ag próprios Consequências do encontro dos linfócitos com os antígenos CARACTERISTICAS DA TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Individuos normais são tolerantes aos seus antígenos porque os linfócitos são destruidos ou inativados ou porque a especificidade desses linfócitos é alterada A recombinação gênica é aleatória e gera risco de reatividade aos próprios antigenos e tecidos do individuo Autoimunidade: resposta imunológica a Ag próprios (autólogos) TOLERÂNCIA CENTRAL E PERÍFÉRICA A Ag PRÓPRIOS A autotolerância pode ser induzida em linfócitos autorreativos imaturos nos órgãos linfóides primários ou em linfócitos maduros, em locais perféricos; A tolerância periférica ocorre quando em consequencia do reconhecimento dos Ag próprios os linfócitos maduros tornam-se incapazes de responder a esses Ags. TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS T NO TIMO Durante seu amadurecimento no Timo, muitas células T imaturas que reconhecem Ag próprios com alta avidez são eliminadas e algumas das células sobrevivente de linhagem CD4+ se desenvolvem como células T reguladoras Presença desses Ag no Timo por expressão local ou por estar presente no sangue. Afinidade dos TCR dos timócitos que reconhecem o Ag AIRE (Proteina reguladora autoimune) Na (APS) Ocorre lesão mediada por anticorpos e linfócitos em múltiplos ógãos endócrinos , incluindo as paratireóides, supra-renais e ilhotas pancreáticas. Na ausência do AIRE os Ag próprios não são exibidos no timo e as células T especificas p/ o Ag escapam da deleção negativa, maturam e atacam os tecidos – alvo que produzem normalmente aquele Ag . Ex: insulina.Funciona como um fator de trancrição para promover a expressão de antígenos teciduais selecionados no timo. Mutações no gene AIRE são a causa de uma doença autoimune em vários órgãos chamada de Síndrome poliendócrina autoimune (APS) A tolerância periférica é o mecanismo pelo qual as células T maduras que reconhecem Ag próprios dos tecidos periféricos se tornam incapazes de responder subsequentemente a esse Ag. TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T Estado dormente ANERGIA ANERGIA: Não responsividade funcional APCs nos tecidos periféricos estão constantemente processando e apresentando Ag próprios A ativação completa das células T requer o reconhecimento de antígeno através do MHC-TCR , assim como o co-reconhecimento das moléculas B7.1 E B7.2 pelo CD28. Há uma baixa expressão de co-estimuladores pelas APCs tolerogênicas; Em alguns casos, células T que encontram antígenos próprios podem passar a expressar uma molécula CTLA-4 (receptor de alta afinidade para B7) e que distribuem sinais inibitórios. Receptor ativador Receptor inibitório CTLA-4 fornece sinais inibitórios que anulam os sinais disparados pelo TCR As células T regulatórias tambem podem usar CTLA-4 para bloquear B7 e assim inibir respostas imunológicas COMO SURGEM AS CÉLULAS T REGULADORAS? O desenvolvimento e sobrevivência destas células são dependentes de IL-2 e do fator de transcrição FOXP3 Produção e liberação de IL-10 e TGF-beta; Inibem a habilidade de estimulação de celulas T das APCs As células T reguladores sao células fenotipicamente diferentes de outras populações de linfócitos Camundongos knockout no gene IL- 2 desenvolvem autoimunidade manifestada por dença inflamatória intestinal e anemia hemolitica autoimune DELEÇÃO DE CÉLULAS T POR MORTE CELULAR APOPTÓTICA Os linfócitos T que recohecem Ag próprios sem inflamação ou que são repetidamente estimulados por antigenos morrrem por apoptose DELEÇÃO DE CÉLULAS T POR MORTE CELULAR APOPTÓTICA Regulados por BCL-2 BCL-2- oncogene (pró-apoptotica e Anti-apoptótica) Quando as células são privadas de sinais de sobrevivência, as mitrocôndrias começam a vazar... Fragmentação do DNA nuclear -> morte apoptótica DELEÇÃO DE CÉLULAS T POR MORTE CELULAR APOPTÓTICA Regulados por BCL-2 O balanço entre as duas subfamílias proteicas é crucial para que o processo de apoptose não se inicie ao acaso, já que elas tem a capacidade de se auto- anular, interagindo entre elas mesmas, formando heterodímeros (proapoptótica + antiapoptótica = inatividade). DELEÇÃO DE CÉLULAS T POR MORTE CELULAR APOPTÓTICA A ativação repetida em TCD4+ leva a co- expressão do receptor de morte, o Fas e o seu ligante, FasL A interação entre eles ativas a caspase 8. As altas concentrações do fator de crescimento IL-2 potencializa a apoptose mediada por Fas. FATORES QUE DETERMINAM O GRAU DE TOLERÂNCIA DOS Ag PRÓPRIOS TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS B Os linfócitos B imaturos que recohecem Ag próprios com alta afinidade na medula óssea são eliminados ou mudam sua especificidade Edição de receptores Deleção Anergia A tolerância de B é necessária para manter a não reponsividade aos antígenos próprios timo- independentes Em algumas situações, o reconhecimento de antígenos próprios pode disparar receptores inibitórios que evitam a ativação de cell B. AUTOIMUNIDADE AUTOIMUNIDADE A autoimunidade é uma importante causa de doença em humanos e estima-se que afete cerca de 2% a 5% da população dos EUA Em todos os indivíduos existe o potencial para a autoimunidade A autoimunidade resulta de uma falha dos mecanismos de autotolerância em células T ou B, o qu pode levar a um desequilibrio entre a ativação de linfocitos e os mecanismos de controle COMO A AUTOTOLERÂNCIA FALHA E COMO OS LINFÓCITOS AUTORREATIVOS SÃO ATIVADOS? Defeitos na deleção nas células T ou B , ou na edição de receptores Números e funções defeituosas das células T reguladoras Apoptose defeituosa de linfócitos autorreativos maduros Função inadequada dos receptores inibitórios Ativação de APC que supera mecanismos reguladores e resulta em ativação excessiva de células T Genes de suscetibilidade podem interromper os mecanismos de autotolerância Hormônios, drogas, Radiação UV e patógenos são algumas formas que de contribuição do ambiente para provocar a autoimunidade. liberação de Ag proprios de celulas e tecidos danificados leva a expansao dos epitopos Mecanismo de cronicidade das doenças autoimunes BASES GENÉTICAS PARA AUTOIMUNIDADE BASES GENÉTICAS PARA AUTOIMUNIDADE Papel das infecções na Autoimunidade Infecções virais e bacterianas podem contribuir para o desenvolvimento e exacerbação da autoimunidade A- Normalmente, o encontro de uma célula T autorreativa madura com um antígeno próprio apresentado por uma (APC) tecidual que não expressa coestimulador resulta na tolerância periférica por anergia. B- As infecções estimulam recrutamento de leucócitos e ativam APCs teciduais, as APC expressam coestimuladores e citocinas. Essa estimulação ativa linfocitos que não sao especificos para aquele Ag C- Alguns antígens microbianos podem ter reações cruzadas com antígenos próprios(mimetismo molecular). Desta maneira, as respostas imunológicas iniciadas pelos micro-organismos podem ativar células T específicas para antígenos próprios. A resposta auto-imune dirigida ao miocárdio seria causada por reaçäo cruzada desencadeada durante a resposta imune de defesa contra algum antígeno de T.cruzi homólogo a estruturas cardíacas Reação imunológica cruzada entre o parasito e os tecidos do hospedeiro Doença de Chagas e Miocardite ARTRITE REUMATÓIDE “Doença autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva a deformidade e destruição das articulações devido a erosão da cartilagem e do osso” Com envolvimento sistêmico, a morbidade e gravidade são maiores Com o passar do tempo e se não for propriamente tratada, a AR progressivamenteleva a destruição articular e desabilidade funcional Ausência da tolerância imunológica de células T e B contra autoantígenos células T, células B, células plasmáticas, células dendríticas, macrófagos e mastócitos penetram na articulação ocasionando uma hiperplasia, comumente chamada de pannus . A porção da membrana sinovial rica em osteoclastos destrói a estrutura óssea, enquanto que as enzimas secretadas pelos neutrófilos, sinoviócitos e condrócitos degradam a cartilagem A lesão tecidual desenvolve-se a partir do processo de remodelação do tecido sinovial em resposta aos estímulos inflamatórios que fazem com que o tecido se torne proliferativo e com a estrutura alterada pela ação dos osteoclastos ativados que promovem reabsorção óssea Gradativamente o tecido sinovial torna-se espesso e infiltrado. destaca-se a presença do fator reumatoide (FR). O FR é um anticorpo produzido pelas células B do sistema imunológico que reage contra a porção Fc da imunoglobulina IgG ARTRITE REUMATÓIDE
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