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BOBBIO, Norberto. Platão; Aristóteles; Políbio, em Teoria das formas de governo. Brasília: UnB, 1995, pp. 45-73

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Nome: Letícia Bernardes de Lucena R.A. : 22002600 Turma: B/ Matutino/ Taguatinga Sul
Texto: BOBBIO, Norberto. “Platão”; “Aristóteles”; “Políbio”, em Teoria das formas de governo. Brasília: UnB, 1995, pp. 45-73.
O autor Norberto traz em seu texto as formas de governo de acordo com a visão de Platão, Aristóteles e Políbio. O autor começa o texto por Platão que possui uma visão pessimista da história e acredita que as formas históricas se sucedem de forma que uma é pior do que a outra, salvo a constituição que existe por si mesma, não importando se foi no fim ou início da série. (BOBBIO, 1995, pp. 45-46)
Platão examina demoradamente as constituições corrompidas, que são: timocracia, oligarquia, democracia e tirania. Ele não enumera a aristocracia e a monarquia nessa enunciação, pois diz que essas duas formas são atribuídas à constituição ideal, sendo que essas duas modalidades constituem uma única forma, pois nada se altera nas leis fundamentais do Estado desde que os governantes sejam treinados e educados.(BOBBIO, 1995, p. 46)
Para caracterizar essas diferentes formas, Platão identifica as peculiaridades morais e lança o critério de distinção de: ´´Quem governa?``. Cada um dos homens que representam uma forma de governo, são retratados de modo muito eficaz pela descrição de sua paixão dominante.(BOBBIO, 1995, pp.47-48)
A corrupção de um princípio consiste no seu ´´excesso``, essa corrupção se manifesta no estado essencialmente pela discórdia desta, nascem os males da fragmentação da estrutura social, que por fim levam a anarquia, representando assim o fim do Estado, e instituí uma situação mais favorável para um dos piores tipos de governo que é a tirania.(BOBBIO,1995, p.51)
Como na República ideal às três classes que compõem organicamente o Estado correspondem três almas individuais: a racional, a passional e a apetitiva . A constituição ideal é dominada pela alma racional, a timocrática pela passional e os homens oligárquicos, democráticos e tiranos são denominados pela alma apetitiva.(BOBBIO, 1995, pp. 51- 52)
Quanto as três ultimas formas de distinção, Platão se baseia no critério das necessidades, sendo elas: as essenciais, supérfluas e ilícitas. Nós dois primeiros casos as necessidades são naturais, já a diferença do homem tirano para o normal se encontra nesses desejos ilícitos, violentos. (BOBBIO, 1995, p. 52)
A democracia é a pior das formas boas e é a melhor das formas más, pois esta, está ao mesmo tempo no fim da série ´´boa`` e no princípio da série ´´má``. Para Platão as formas boas são aquelas em que o governo não se baseia na violência e sim no consentimento ou na vontade dos cidadãos.(BOBBIO, 1995, p. 54)
O segundo autor citado é Aristóteles que chama a atenção para as diversas formas de constituição.Com base no critério de ´´como governa``, as constituições podem ser boas ou más com a consequência de que as três formas boas se acrescentam e se contrapõem as três formas más. Sendo assim, as degenerações das formas que seguem a melhor são cada vez mais graves.(BOBBIO, 1995, pp. 56-58)
O critério de Aristóteles é diferente do de Platão, pois para ele as formas boas de governo são aquelas que os governantes visam o interesse comum e más são aquelas em que o governante só visa o interesse próprio.(BOBBIO, 1995, p.58)
A ´´politia`` é uma mistura entre oligarquia e democracia. Tendo em vista que na oligarquia quem governa são os ricos e os nobres representam a minoria, na democracia é o contrário, pois governam os homens livres e os pobres são a minoria. A mistura entre oligarquia e democracia gera estabilidade, pois está menos sujeita a mutações, provocadas por conflitos sociais. (BOBBIO, 1995, pp. 60-63)
Para Políbio existem fundamentalmente seis formas de governo, essas formas se sucedem de maneira alternada, entre formas boas e más, com determinado ritmo contínuo e constituem um ciclo, além dessas seis formas tradicionais existe uma sétima que é a mistura das três formas boas. Para Políbio a fase final desse ciclo é a oclocracia, que corresponde ao nosso ´´governo das massas``, no entanto depois dessa degradação que é a fase final, o curso das constituições volta a fase inicial, pois para ele a história é cíclica.(BOBBIO, 1995, pp.65-68)
Toda constituição apresenta um mal natural que lhe é inseparável, sendo assim, todas as constituições simples são más e para solucionar esse problema é necessário um ´´governo misto`` uma constituição que combine as três formas clássicas. A razão do sucesso desse mecanismo está no controle recíproco dos poderes, no entanto apesar dessas constituições mistas serem estáveis, não significa que sejam eternas, apenas que são mais duradouras. Políbio também defende o ´´ciclo no ciclo``, no qual a melhor constituição mista seria aquela em que das três partes componentes predomina a do meio.(BOBBIO, 1995, pp. 68-73)

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