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Chavetas e estrias Projeto de Elementos de Máquinas II Engenharia Mecânica Semestre: 2019/2 1 Sumário • Introdução • Chavetas • Tipos de chavetas • Exercícios • Estrias • Exemplo 2 Introdução • Foram vistos nos últimos tópicos elementos de transmissão de potência – as engrenagens – cuja função é transmitir o movimento de um ponto ao outro. • Em geral, estes elementos são rotativos e estão presos à árvores de transmissão e, assim, é necessário se ter uma idéia de como será feita a junção dos elementos rotativos as árvores de transmissão. • Assim, no presente tópico, vamos ver de maneira geral como é feito o dimensionamento de chavetas e estrias por meio dos tipos de esforços empregados. 3 Chavetas • Segundo Melconian (2012) as chavetas são elementos utilizados para acoplar engrenagens – polias e outros – às árvores de transmissão, de modo que possam transmitir potência. 4 Fonte: Melconian (2012). Chavetas • A força tangencial é o esforço atuante na chaveta e produz uma tensão de cisalhamento na mesma. 5 Fonte: Melconian (2012). Chavetas • A força tangencial é o esforço atuante na chaveta e produz uma tensão de cisalhamento na mesma. 6 Fonte: Melconian (2012). Chavetas • Conhecido o esforço tangencial, pode-se calcular a tensão de cisalhamento: • Em que: – b: largura da chaveta (mm) – l: comprimento da chaveta (mm). 7 Fonte: Melconian (2012). lb F A F t cis t Chavetas • Além do cisalhamento, pode haver uma tensão normal de esmagamento entre o cubo e a lateral da chaveta. • Em que: – b: largura da chaveta (mm) – l: comprimento da chaveta (mm). – h: altura da chaveta (mm) – t1: profundidade da montagem na árvore (mm). – t2: profundidade da montagem no elemento rotativo (mm). 8 Fonte: Melconian (2012). esm t esm A F Chavetas • A área hachurada é quem sofrerá esmagamento, então se tem: • Em que: – l: comprimento da chaveta (mm). – h: altura da chaveta (mm) – t1: profundidade da montagem na árvore (mm). 9 Fonte: Melconian (2012). 1thl F A F t esm t esm Chavetas • Usualmente, utilizam-se aços com teor de carbono elevado para construção das chavetas, pois, necessita-se de materiais com elevada resiliência. • Melconian (2012), afirma que os aços ABNT 1060 e ABNT 1080 são muito utilizados e recomenda as seguintes tensões admissíveis: – τadm = 60 MPa (para o cisalhamento) – σadm = 100 MPa (para o esmagamento) 10 Tipos de chavetas • Segundo Melconian (2012) se deve observar as normas para a escolha e dimensionamento das chavetas. 11 Fonte: Melconian (2012). Tipos de chavetas • Segundo Melconian (2012) se deve observar as normas para a escolha e dimensionamento das chavetas. 12 Fonte: Melconian (2012). Tipos de chavetas 13 • Chavetas de forma alta para máquinas-ferramenta (DIN 6885) Tipos de chavetas 14 • Chavetas de forma baixa para aplicação geral (DIN 6885) Exercícios 15 Fonte: Melconian (2012). Exercícios 16 Fonte: Melconian (2012). Estrias • As estrias têm a mesma função das chavetas, ou seja, permitir a transmissão de potência aos elementos acoplados às árvores de transmissão. São utilizadas em condições de transmissão onde os torque são elevados, há choques, cargas cíclicas e fadiga (Cunha, 2005). 17 Em que: D: diâmetro externo (mm) d: diâmetro interno (mm) h: altura da estria (mm) b: largura da estria (mm) Fonte: Cunha (2005). Estrias • De modo semelhante às chavetas, as estrias sofrem esforços normais e cisalhantes e têm suas dimensões padronizadas. Supondo que a estria pode ser modelada como uma viga engastada, tem-se: 18 Fonte: Cunha (2005). estriasmédio flexão nrlh T 33,1 Estrias • Em que: – T: torque (N.mm) – h: altura (mm) – l: comprimento (mm) – rmédio: raio médio (mm) – nestrias: número de estrias 19 Fonte: Cunha (2005). estriasmédio flexão nrlh T 33,1 2 hD rmédio Estrias • Cunha (2005) mostra que as tensões admissíveis para cálculo das estrias é função do tipo de ajuste na montagem com o elemento rotativo. Assim, tem-se: – 100 a 200 MPa para ajustagem de montagem permanente com aços tratados termicamente – 50 a 100 MPa para ajustagem de montagem permanente com aços não tratados – 10 a 20 MPa para ajustagem de montagem com deslizamento (translado axial), submetido a cargas aplicadas gradualmente. 20 Estrias • As dimensões das estrias dependem do diâmetro interno d, do número de estrias e da aplicação. As demais dimensões são padronizadas, conforme ilustrado a seguir. • Usualmente, se determina o comprimento da estria em função da tensão admissível, do torque aplicado e das dimensões inicias informadas. • O tipo de montagem deve ser conhecido ou informado,pois, com base nele é que se escolhe a tensão admissível para o cálculo do comprimento da estria. 21 Estrias 22 Fonte: Cunha (2005). Estrias 23 Fonte: Cunha (2005). Estrias 24 Fonte: Cunha (2005). Estrias 25 Fonte: Cunha (2005). Exercício • Uma árvore de transmissão com 36 mm de diâmetro externo irá transmitir uma potência de 10 kW a 1500 rpm. A extremidade da árvore conterá uma engrenagem para efetuar a transmissão e o acoplamento de ambos os elementos será por meio de quatro estrias com ajuste deslizante (axial). Com base nas informações e tabelas da norma DIN, calcule o comprimento mínimo (mm) das estrias. 26 Referências • CUNHA, Lamartine Bezerra da. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: Ltc-Livros Tec. e Cientificos, 2005. • JUVINALL, Robert C. Fundamentos do projeto de componentes de máquinas. 5. Rio de Janeiro LTC 2016 1 recurso online ISBN 9788521630715. • MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 10. ed. São Paulo: Érica, 2012. 376 p. ISBN 9788571947030. 27