Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FRAQUEZA MUSCULAR Entendendo a fraqueza muscular: Fraqueza = não conseguir vencer a resistência (seja a resistência da gravidade ou a resistência imposta por alguém) Para levantar o braço (ato motor voluntário) – são necessários apenas 2 neurônios: como o ato é voluntário, o estímulo deve sair do córtex cerebral, onde está o núcleo do primeiro neurônio motor neurônio emite seu prolongamento (axônio) cruza no bulbo e desce pela medula espinhal faz sinapse com o segundo neurônio motor o axônio do segundo neurônio chega até o músculo (o axônio do segundo neurônio motor nada mais é do que o nervo periférico). O primeiro neurônio está completamente dentro do SNC (= aquele que é envolvido pela meninge). O primeiro neurônio é central e o segundo, periférico. Na fraqueza muscular não devemos avaliar somente a condução do estímulo, mas também o músculo. O músculo é tecido muscular estriado esquelético – que trabalha a partir de canais iônicos. Já os neurônios trabalham a partir de neurotransmissores; assim, entre o neurônio motor (2º.) e o músculo temos a junção neuromuscular / placa motora (contato entre o sistema nervoso e o músculo), que funciona tal como um interruptor. Para o movimento existir: CONDUÇÃO 1º. Neurônio ----- > AVE/ TCE/ Tumor SNC 2º. Neurônio ----- > Neuropatia periférica TRANSMISSÃO Placa motora --- > miastenia/ botulismo ÁREA EFETORA Músculo --- > miosite (droga, infecciosa) DISTÚRBIOS DA CONDUÇÃO Fraqueza muscular + Alteração de sensibilidade = CONDUÇÃO 1º. NEURÔNIO 2º. NEURÔNIO FORÇA / / REFLEXOS TENDINOSOS / TÔNUS Espasticidade Flacidez ATROFIA Hipotrofia Atrofia BABINSKI Presente Ausente MIOFASCICULAÇÃO Ausente Presente Refelxos tendinosos martelo estímulo entra por receptores sensitivos sobe pelo nervo sensitivo entra na medula faz sinapse com o 2º. neurônio sensitivo (que praticamente já cruza na medula) sinapse com o 3º. neurônio sensitivo (tálamo) córtex sensitivo. Quando o estímulo chega na medula ele tem 2 caminhos a percorrer: um é subir para o córtex (e avisar o indivíduo sobre o que ocorreu), e o segundo, é através de interneurônios (ligação entre neurônio sensitivo e neurônio motor ) estimulação do nervo motor movimento. O arco reflexo avalia a integridade do nervo periférico. Se o indivíduo tem uma neuropatia periférica (diabética, por deficiência de vitamina B12, por FAF) o nervo está lesado paciente perde o reflexo. No caso de lesão do 1º. neurônio temos uma hiperestimulação exacerbação dos reflexos (que podem ocorrer ao estimular qualquer parte no músculo, não necessariamente o tendão) – isso porque o 2º. neurônio estará livre para agir. O ideal ao examinar reflexos é distrair o pct – lembrando que o 1º. neurônio é voluntário e inibe o 2º. TÔNUS o músculo é parcialmente “ligado” (diante de uma necessidade, precisamos fugir) todos têm um tônus basal muscular, quando o 2º. neurônio é lesado, não temos mais estímulos nervosos chegando ao músculo (músculo está desconectado do sistema nervoso) músculo flácido/ sem tônus. Quando o paciente tem um traumatismo raquimedular/ AVE/ tumor (lesão de 1º. neurônio) o 1º. neurônio manda no 2º. e ao mesmo tempo, também inibe o 2º. neurônio motor ao lesar o 1º. neurônio o 2º. neurônio fica livre hiperestimulação o músculo torna-se ‘hiperligado’ tônus aumenta postura espástica (no membro superior= flexão/ membro inferior = extensão) “sinal do canivete” / “rigidez elástica” ATROFIA ao lesar o 2º. neurônio, não conseguimos mais avaliar a musculatura do paciente (paciente sem músculo) – pois não há qualquer estimulo chegando. Babinski calcâneo até a raiz dos dedos ver o movimento do hálux (normal: flexão plantar do hálux). Quando o paciente lesa o 1º. neurônio motor o hálux tem uma resposta de extensão plantar (sinal de Babinski). Ao lesar o 2º. neurônio (nervo periférico), o estímulo não consegue entrar ou sair (pois não há reflexo) = Babinski indiferente Miofasci- culação pode ocorrer por diferentes motivos. Porém, quando junto com fraqueza indica o processo de perda de inervação (ou seja, perda do 2º neurônio). O primeiro neurônio motor também é conhecido como neurônio piramidal. Quando temos um conjunto de sinais e sintomas de lesão do 1º. neurônio = SÍNDROME PIRAMIDAL Como se caracteriza a sindrome piramidal? Fraqueza, hipertonia, hiper-reflexia, reflexo cutâneo plantar em extensão, espasticidade e clônus Sinal do canivete Espasticidade do membro superior. Ao realizar força contraria ao membro, a espasticidade cessa repentinamente Marcha ceifante Espasticidade em extensão do membro inferior Sinal de Hoffman Equivalente do babinski no membro superior. Corresponde a oposição do polegar e do dedo mínimo após súbita flexão da falange distal do dedo médio Sindrome piramidal alterna Meningioma do forame magno, Comprime a decussação das pirâmides gerando hemiparesia do m.s. de um lado e inferior do outro. Evolui para tetraplegia Como se caracteriza Síndrome do 2º n motor? Hipotrofia ou atrofia muscular, fraqueza, hiporreflexia, miofasciculações, câimbras Marcha parética/escavante Musculatura está hipotônica e o pé parece ser arrastado enquanto a pessoa anda. Neuropatia periférica Lesão direta do nervo periférico associada a alteração sensitiva LESÃO DO 1º NEURÔNIO MOTOR : ESCLEROSE MÚLTIPLA FRAQUEZA: hemiparesia em membro superior direito Tremor em mão direita Diminuição da acuidade visual Hemiparesia espástica em dimidio direito Alteração de sensibilidade no dimidio direito Alteração da papila óptica direita DEFINIÇÃO Doença auto-imune, mais comum em: mulheres em idade fértil Alvo da auto-imunidade da doença: desmielinizante do SNC (agressão contra bainha de mielina de todo o SNC – substância branca) Lembrar da associação doenças autoimunes, sendo as principais tireoidite autoimune e DM I QUADRO CLÍNICO= Bagunça neurológica NEURITE OPTICA (Diminuição da acuidade visual, papilite e dor a movimentação ocular) SÍNDROME DO 1º. NEURÔNIO SINTOMAS SENSITIVOS (parestesias, hipoestesia, dor, redução da propriocepção, sensibildade vibratória e sensão de aperto) SINAIS MEDULARES/ CEREBELARES INCONTINENCIA URINÁRIA (Disfunção vesical presente em mais de 90%) NEURALGIA DO TRIGÊMEO* (dor muito intensa nas áreas inervadas pelas raízes sensitivas maxilar e mandibular do V par craniano) SINTOMAS DE UHTHOFF (piora com o calor – aumento da temperatura, febre exercicios) Fênome de Lhermitte (Sensação transitória de choque elétrico que se irradia pela coluna em direção aos membros após a flexão do pescoço) Do 3º. Até o 12º. NC = são nervos periféricos. Porém, recebem o nome de pares cranianos porque saem do tronco encefálico. Quanto mais alto emerge, menor é o seu número não são acometidos na esclerose múltipla (*) 5º. NC - Nervo trigêmeo – seu núcleo é muito grande, assim, antes de emergir e sair do tronco, ele pode ser acometido Na prova: mulher jovem que começou a perder a visão: pensar em esclerose múltipla Jovem com neuralgia do trigêmeo = o grande motivo é a esclerose múltipla. Neurite óptica + síndrome piramidal + alteração sensitiva = esclerose múltipla 4 formas de manifestação da EM: 1. Recidivante-remitente ou surto-remissão (EMRR): mais comum, duram dias ou semanas e em seguida desaparecem 2. Progressiva-secundária EMPS: começa como EMRR e evolui para dlecinio funcional constante sem novos episódios agudos. 3. Progressivo-primária EMPP: porgressão constante dos sintomas e seqüelas desde aparecimento, sem surtos 4. Progressivo-recorrente: progressiva com surtos DIAGNÓS- TICO Clínica: doença disseminada no tempo e espaço (surta e remite) Líquor: bandas oligoclonais de IgG/ IgG (gamaglobulinas) Potenciais evocados: avaliam as vias aferentes e eferentes do SNC, medindo os potenciais elétricos. Achado: atraso acentuado na latência de um componente específicosdos PE. Ressonância magnética (com contraste): múltiplas placas desmielinizantes. Dedos de Dawson= lesões hiperintensas em T2 que são orientadas perpendiculamente a superfície ventricular correspondendo a um padrão de desmielinização perivenosa PROVA TRATAMEN TO Não tem cura ! Surto: corticóide (pulsoterapia)/ plasmaferese Manutenção: interferon/ glatirâmen,.. Quando se pensar em EM? Surtos e remissões, inicio entre 15-50 anos, neurite óptica, fenômeno de Lhermitte, oftalmoplegia internuclear, fadiga e fenômeno de Uhthoff LESÃO DO SEGUNDO NEURÔNIO MOTOR: Sd de Guillain-Barré, NMM, Polimielite e vasculites SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ (SGB) FRAQUEZA: subir escadas Piorou, perdendo a força dos MMSS Dormência nos pés Hipotonia nos 4 membros Reflexos profundos abolidos Hiperproteinorraquia com contagem celular normal Há duas semanas com quadro de diarreia DEFINIÇÃO AUTO-IMUNE PÓS-INFECCIOSA (Campylobacter jejuni) CONTRA BAINHA DE MIELINA DO NERVO PERIFÉRICO Polirradiculoneuropatia inflamatória aguda Parece que existe uma maior ocorrência de SGB em pacientes com linfoma e LES QUADRO CLINICO FRAQUEZA FLÁCIDA, ARREFLEXA, SIMÉTRICA e ASCENDENTE – inicio distal e progressivo DISAUTONOMIAS (arritmias, hipotensão postural, taquicardia, íleo adinamico, retenção urinária) SENSIBILIDADE E ESFÍNCTERES GERALMENTE PRESERVADOS – DOENÇA PREFERENCIALMENTE MOTORA sem distúrbio vesical nem sensitivo( mas pode ter disfagia, disartria, disfonia, paralisia facial periférica) AUSÊNCIA DE ATROFIA MUSCULAR SIGNIFICATIVA – a doença é aguda e autolimitada DIAGNÓSTICO Dissociação proteinocitológica no líquor – é muita proteína para pouca célula! Normalmente aumenta 4-6 semanas do inicio dos sinomas. Liquor normal na primeira semana não exclui o diagnóstico Eletroneuromiografia: mostra polirradiculoneuropatia motora com padrão desmielinizante TRATAMENTO (para encurtar o tempo de evolução) Plasmaférese ou Imunoglobulina – não tem melhor! Pode-se escolher qualquer um dos dois – os benefícios são idênticos !! No caso da prova: marcar imunoglobulina (é mais fácil de ser feita)! Altas doses 2g/kg/dia dividir em 5 doses Lembrar que em casos de crianças, estudos mostram que talvez seja melhor imunoglob. Complicação Imunoglobulina: Meningite asséptica, rash e IRA Complicação plasmaférese: hipotensão e sepse CORTICOIDE NÃO !!! Pode até atrapalhar a evoulção Quais as causas mais comuns de morte? Falência respiratória e arritmia cardíaca Síndrome de Miller- Fisher 1. Oftalmoplegia ou oftalmoparesia (paralisia ou fraqueza da musculatura ocular) 2. Ataxia da marcha 3. Arreflexia generalizada Anticorpos anti-GQ1b encontrado em mais de 90% Fatores associados a pior prognóstico Idosos, evolução rápida, necessidade de VM, doença precedida por Diarreia, demora no inicio do tto e lesão axonal motora e sensorial proximal grave NEUROPATIA MOTORA MULTIFOCAL Fraqueza lentamente progressiva + atrofia muscular em troncos nervosos seletivos + bloqueio na condução motora desses troncos nervosos Principalmente em membros superiores Sensibilidade preservada Histologia: Desmielinização e inflamação nos locais de bloqueio de condução Tto: imunoglobulina venosa. Corticoterapia e plasmaferese não são eficazes POLIMIELITE/PARALISIA INFANTIL EPIDEMIOLOGIA VOP/VIP em altos índices vacinais permitiram a erradicação da doença Transmissão Via oral, se multiplica no intestino e é eliminado no ambiente pelas fezes e contaminam as outras pessoas. Também pode ser transmitido por gotículas de muco da orofaringe dispersas na fala/tosse/espirro Esquema vacinal no Brasil 2m / 4m / 6m = VIP 15m / 4a = VOP QUADRO CLÍNICO Tempo de incubaçao 7-14 dias, assintomática Pode ter episodio viral agudo inespecífico que se resolve (polimielite abortiva) Acometimento neurológico = meningite asséptica (pólio não paralítica Doença paralítica: fraqueza muscular assimétrica, músculos proximais e em mmii, hipotonia, sensibildade preservada e sequela residual Diferente da ELA: tem retenção urinária, enquanto ELA poupa os esfíncteres Diagnóstico Líquor ( discreta linfocitose com glicose e proteínas normais), Isolamento do vírus PCR, mas no Brasil não se faz por causa da vacinação Dx Meningites e meningoencefalites Tratamento Medidas de suporte e controle da dor LESÃO SIMULTÂNEA DO 1º E 2º NEURÔNIOS MOTORES: ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA – ELA FRAQUEZA: está arrastando o pé direito Miofasciculações Hiperrreflexia generalizada Sinal de Babinski bilateral Espasticidade muscular =Nítida atrofia muscular Sem alteração de sensibilidade DEFINIÇÃO Doença degenerativa do 1º e 2º neurônio motor Morte dos neurônios que trafegam pela substancia branca lateral da medula Estruturas medulares afetadas pela ELA: ponte anterior e via piramidal Fisiopatologia desconhecida, FR: idade avançada e HF QUADRO CLÍNICO Geralmente inicia-se com acometimento de um dos neurônios. Na pratica, inicia-se do 2º neurônio motor nos membros de forma assimétrica mas sem regras FRAQUEZA 1º. NEURÔNIO: BABINSKI, ESPASTICIDADE e HIPERREFLEXIA 2º. NEURÔNIO: ATROFIA, MIOFASCICULAÇÕES e CÂIMBRAS SEM ALTERAÇÕES SENSITIVAS Na prova: a palavra-chave para ELA é: miofasciculações Em 2 a 3 anos de evolução o paciente só estará movendo o olho e controlando o esfíncter. Para que sobreviva deve estar gastrostomizado e traqueostomizado ligado ao ventilador mecânico. DIAGNÓSTICO Exclusão (laboratoriais, liquor – normal, as vezes com altos níveis de glutamato, imagem do SNC/RMN – geralmente normal, eletroneuromiografia – desnervação aguda e crônica) Testes genéticos para fazer diagnostico diferencial Síndrome de Kennedy ( doença lentamente progressiva do primeiro neurônio motor) Doença de tay-Sachs (desordem do gene produtor da hexosaminidade A com manifestação dos 2 neuronios) EXCLUI ELA Perda sensitiva / alteração da motilidade ocular / alteração esfincteriana / déficit cognitivo Tratamento Suporte Riluzol (DIMINUI A TOXICIDADE DO GLUTAMATO Paralisia bulbar Lesão dos pares cranianos que emergem do bulbo (IX,X,XI e XII, - sinais e sintomas típicos como disartria, disfagia e disfonia) ELA Paralisia pseudobulbar Mimetiza a bulbar com uma lesão mais alta na via corticobulbar dos primeiros neurônios motores dos dois hemisferios associada a labilidade emocional Causa: AVC bilateral, neoplasia extensa, encefalite e TCE grave EM RELAÇÃO A TRANSMISSÃO: Fraqueza que PIORA com o movimento (FATIGABILIDADE) Como avaliar: manobras que estimulem a fadiga muscular – ex.: pedir para que o paciente fique com os braços estendidos (Mingazini). SEM ALTERAÇÃO SENSITIVA: O primeiro neurônio caminha muito próximo ao neurônio sensitivo por proximidade podemos ter alterações motoras + sensitivas. Paciente com trauma raquimedular , por exemplo, pode ter perda motora e sensitiva. Como na junção neuromuscular estamos tratando de um ponto específico, não teremos alteração sensitiva. DISTÚRBIOS DA TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR FRAQUEZA: dificuldade para manter os braços elevados (1) MIASTENIA GRAVIS (2) SÍNDROME MIASTÊNICA DE EATON LAMBERT (3) BOTULISMO Queda das pálpebras superiores com diplopia Ptose ao esforço Incapacidade de estender os braços por minutos Disfonia ao contar =ALTERAÇÃO NA PLACA MOTORA MIASTENIA GRAVIS DEFINIÇÃO Doença autoimune da placa motora, caracterizada por fraqueza e fatigabilidade muscular O grande neurotransmissor da placa motora é a acetilcolina Qual o defeito na transmissão da MG? Disturbio pos-sinaptico causado por anticorpo contra o receptor da acetilcolina FISIOPATOLOGIA Paciente não consegue produzir quantidade adequada de acetilcolina. Ao descansar: preenche as vesículas armazenadoras de ACh (paciente acorda bem). A utilização do gelo = melhora a condutividade da Ach; melhora a sintomatologia. Ao iniciar o movimento:libera a Ach, porém, ao continuar o movimento, não consegue entregar mais Ach (quando a Ach cai na fenda sináptica, ela é rapidamente degradada pela acetilcolinesterase) fatigabilidade. A fatigabilidade pode existir por 2 motivos: pela placa motora ou também por um músculo mal preparado. Pessoas ‘normais’ -> a fatigabilidade ocorre por ‘cansaço’ da musculatura. (*) Na miastenia gravis: a musculatura ocular extrínseca é quem é afetada! QUADRO CLÍNICO FRAQUEZA + FATIGABILIDADE FORMA OCULAR* (PTOSE/ DIPLOPIA/ OFTALMOPATIA) FORMA GENERALIZADA (OLHO MUSC BULBAR (disartria, fala anasalada, disfagia, fatigabilidade mastigatória, paciente não engole, não articula – músculos inervados por neurônios que saem do bulbo) PROXIMAL DOS MEMBROS (paciente não consegue elevar os braços) SENSIBILIDADE NORMAL PUPILAS NORMAIS MELHORA PELA MANHÃ E COM REPOUSO, PIORA COM MOVIMENTOS REPETITIVOS TIMO ANORMAL (em 75% dos casos) – timoma ou hiperplasia do timo Paciente 19 anos com fraqueza muscular associada a ptose palpebral direita. TC de tórax com alargamento do mediastino. Qual o diagnóstico provável? R- timoma com miastenia gravis Quais doenças auto-imunes associadas? Tireoidite autoimune, AR e LES DIAGNÓSTICO ENMG (lembrar de suspender 6 horas antes o anticolinesterásico se tiver usando) Potencial decremental (repetição de estimulos determinando menores potenciais de ação muscular) De fibra única (mais sensível) ANTICORPOS Anti-AChR (+ confirma, - não exclui, associado a timoma) Anti-MuSK (somente forma generalizada) OUTROS TC/ RM de tórax e ocular Teste da anticolinesterase (edrofônio) = aumento do efeito colinérgico melhora rápida / Gelo (bolsa com gelo sob a pálpebra fechada durante 2 minutos e após sua retirada observa-se melhora da ptose ou não) Tratamento MIASTENIA GRAVES 1. Anticolinesterasicas para reduzir a degradação (piridostigmina 30-180mg/dia 3 a 5x). Risco de crise colinérgica apresentarão piora da força muscular como efeito paradoxal após doses muito altas 2. Imunossupressores para tratar a causa. Normalmente usa se não houver melhora após anticolinesterasico. Se melhora clinica em 1-3meses GLICOCORTICOIDES/CICLOS- PORINA/TACROLIMUS e se melhora em até um ano AZATIOPRINA/MICOFENOLATO MOFETIL 3. Para ter resposta imediata = Plasmaferese x Ig IV (URGÊNCIA) 4. Timectomia em todos os pacientes entre a puberdade e 55 anos de idade CRISE MIASTÊNICA Mais grave complicação. Corresponde a insuficiência respiratória causada por fraqueza do diafragma e dos músculos intercostais. Fatores desencadeantes: infecção, drogas, estresse e cirurgia. TTo: remoção de fatores precipitantes, suporte intensivo, plasmaferese ou IG IV, excluir crise colinérgica. SÍNDROME MIASTÊNICA DE EATON LAMBERT DEFINIÇÃO Doença auto-imune caracterizada pela produção de autoanticorpos anticanal de cálcio pré- sináptico da junção neuromuscular Associada a neoplasia, principalmente ao carcinoma de pequenas células pulmonares. Pode surgir antes do diagnostico do tumor mas apenas 3% dos oat cells tem essa manifestação paraneoplásica QUADRO CLÍNICO FRAQUEZA Musculatura afetada: proximal de membros inferiores (simétrica) Musculatura da face/ ptose/ manifestação autonômica (disautonomia) – alteração de pupila, arritmias, hipotensão postural Reflexos reduzidos ou ausentes DIAGNÓSTICO ENMG (incremental): ~ele tem receptores de Ach e quantidade correta de Ach => ao estimular o músculo => entregará mais Ac => mais força; contudo, como ele não tem uma produção constante => fraqueza a seguir (fatigabilidade) Anticorpo anticanal de cálcio TRATAMENTO Sintomáticos (piridostigmina, guanidina, aminopiridinas) PLasmaferese ou IG IV se não houver melhora Corticoide e imunosupressores BOTULISMO DEFINIÇÃO Doença paralítica causada por neurotoxinas do Clostridium botulinum TRANSMISSÃO Essa neurotoxina faz uma ligação irreversível com o receptor da acetilcolina o receptor fica bloqueado para sempre afetando a transmissibilidade neuromuscular! TIPOS: (1) Dos alimentos (conservas, carnes,..) (2) A partir de feridas contaminadas (3) Intestinal (infantil – relação com o mel) QUADRO CLINICO PARALISIA FLÁCIDA, SIMÉTRICA, DESCENDENTE D D D D = DISARTRIA/ DIPLOPIA/ DISFONIA/ DISFAGIA ALTERAÇÃO PUPILAR/PTOSE Sintomas gastrointestinais (íleo paralitico, constipação, retenção urinaria) Sem febre, sensibilidade normal Causa mais comum do óbito = falência respiratória DIAGNÓSTICO Achar o microorganismo ou toxina TRATAMENTO ALIMENTOS Antitoxina eqüina FERIDAS Antitoxina equina + ATB (penicilina cristalina) INTESTINAL (INFANTIL) Ig botulínica humana EM RELAÇÃO AO MÚSCULO: Fraqueza com ENZIMAS MUSCULARES elevadas (TGO, CPK, ALDOLASE, LDH) SEM ALTERAÇÃO SENSITIVA DISTÚRBIOS MUSCULARES ESPECÍFICOS 1. MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS Dermatomiosite, Polimiosite e Miosite por corpúsculo de inclusão (MCI) Idiopáticas, pesoas geneticamente predispostas desenvolve autoimunida dirigida aos grupamentos FRAQUEZA: pescoço, subir escadas e levantar os braços (dificuldade para pentear os cabelos) Olho roxo/ descamação nas mãos (alteração dermatológica) musculares SISTEMA DE CONDUÇÃO ESTÁ NORMAL Nódulo suspeito na mama (câncer?) TGO e CPK aumentadas = miopatia DERMATOMIOSITE E POLIMIOSITE DEFINIÇÃO Miopatias inflamatórias com manifestações musculares idênticas, enquanto a dermatomiosite possui manifestações cutâneas típicas e maior associação com neoplasias. Auto-imune; Mulheres, 40-50 anos, DM acomete mais crianças que PM PATOGENESE A PM caracteriza-se pela lesão muscular induzida por infiltrado inflamatório de linfócitos T. A DM caracteriza-se por deposito de imunocomplexos em vasos sanguineos (fenômeno humoral). Ambos tem a mesma lesão final: necrose das fibras musculares causando fraqueza QUADRO CLÍNICO FRAQUEZA: proximal/ simétrica/ disfagia (de engasgo)/ poupa face e olho MIALGIA Febre, mal-estar, fenômeno de Raynaud, artralfia CURSO INSIDIOSO Musculatura ocular preservada, sensibilidade preservada e reflexos preservados Associação com NEOPLASIAS (constante vigilância!) Disfagia de transferência (pelo comprometimento da musculatura esquelética do terço proximal do esofago) – engasgos, regurgitação nasal e broncoaspiração Manifestações pulmonares: doença pulmonar intersticial, fraqueza da musculatura respiratória, pneumonia e pneumonite associada ao tratamento MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS patognomônicas da DM: (1) HELIÓTROPO (olho roxo sem história de trauma) (2) PÁPULAS DE GOTTRON (pápulas vermelhas na superfície extensora dos dedos nos nós articulares) OUTRAS MANIFESTAÇÕES: (1) Sinal do Xale ou Manto = Eritema difuso e plano que cobre a região anterior e posterior do tronco, em forma de V (2) Eritroderma: região malar e testa. Diferencia-se do LES porque envolve o sulco nasolabial, ponte nasal e queixo (3) Anormalidades periungueais (4) Mão de mecânico = descamação da face lateral e palmar dos dedos (5) Alterações psoriasiformers do couro cabeludo SÍNDROME ANTISSINTETASE:doença aguda marcado por febre e sintomas constitucionais. Fenomeno de raynaud, artrite, mãos de mecânico e pneumopatia intersticial, associada ao anticorpo antissintetase. DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO:forma de sobreposção de colagenoses associada a forte rpesença do anti-RNP DIAGNÓSTICO Aumento das enzimas musculares (mais sensível é a CK) Eletroneuromiografia (A eletroneuromiografia é um exame fundamental nos quadros de fraqueza, pois pode demonstrar a integridade do nervo periférico, da placa motora e da musculatura. Quando a suspeita recai em algum deles, o grande exame para confirmar a topografia, é a eletroneuromiografia (= ela só não irá servir para lesão do primeiro neurônio). Biópsia muscular (padrão ouro) – PM dentro do fasciulos/endomísio; DM em torno dos fascículos e dos pequenos vasos ANTICORPOS ANTI-JO 1 (MAIS COMUM) / ANTI-SRP (PM, dça agressiva, dfc controle)/ ANTI-MI2 (DM) FAN (inespecífico) e anti-RNP sugere DMTC TRATAMENTO 1) Prednisona 1mg/kg/dia por alguns meses, pulsoterapia em casos graves 2) Imunossupressores: azatioprina, metotrexato ou micofenolato mofetila 3) IMunomodulação com IG IV; 4) Rituximab, ciclosporina, ciclofosfamida ou tacrolimus 5) Fisioterapia, prevenção de broncoaspiração, evitar exposição solar DERMATOMIOSITE E POLIMIOSITE JUVENIL DM juvenil é 20x mais comum que a PM juvenil. Crianças com DM não tem risco aumentado para malignidade Sintomas prodromicos mais exuberantes (febre, irritabilidade, emagrecimento, mialgia...= virose) pré-fraqueza Manifestações pulmonares não é freqüente. Calcinose é um achado comum na DM. Vasculite do TGI pode acontecer levando a ulceração e sangramento Dosagem de enzimas musculares é essencial. Pode haver aumento do fator de Von WB. Fan 60% dos pcts. Anticorpos antimiosite tem menor positvidade, sendo o mais encontrado o anti-Mi2 MIOSITE POR CORPÚSCULO DE INCLUSÃO DEFINIÇÃO Lembrar de polimiosite CLÍNICA Fraqueza muscular proximal insidiosa, mais freqüente em HOMENS, mais de 50 ANOS Evolução mais lenta, associada a quedas precoces e freqüentes, com acometimento da m. distal Simétrica, mas 10% assimétrica (é mais assimétrica que a PM) Pode ocorrer atrofia muscular, diminuição paralela de reflexos tendinosos com diminuição da força e acometimento da musculatura facial, disfagia DIAGNÓS- TICO Enzimas musculares são normais ou discretamentes aumentadas, sem sinais sistêmicos de inflamacao, sem VHS aumentado, sem aumento do FAN EMG padrão miopatico semelhante. Biópsia grande diferencial: mostra miocitos com vaculos intracelulares, com depósitos amilóides (VERMELHO CONGO) e microscopico:inclusões filamentosas tubulares no citoplasma e núcleo TRATAMEN- TO Não tratamento ideal. Sugere-se prednisona, seguido de azatioprina/metotrexate. IG em casos de disfagia. 2. MIOPATIAS INDUZIDAS POR DROGAS ALCOOL Forma Aguda: câimbra + hipotonia + edema muscular + aumento da CK até rabdomiólise Forma crônica: Semelhante a aguda, porem mais discreta e sem aumento da CK Tratamento: Abstinência alcoólica Fatores de Piora: Jejum, hipocalemia e hipofosfatemia CORTICÓIDES Principalmente nos usuários crônicos de prednisona >30mg/dia e fluorados ESTATINAS Acontece princpalmente com o uso concomitante de outras medicações (ciclosporinas – preferir pravastatina, fibratos – associar pravastatina e fenofibrato, amiodarona, macrolídeos, itraconazol, inibidores da protease) IRC, doença hepática e hipotireoidismo parecem associar os efeitos tóxicos musculares Quando suspender tto com estatina: 1)mialgia insuportável com CPK normal; 2)TGP>3xLSN, CPK >10x LSN 3) Aumento crescente da CK COCAÍNA Abuso da droga, uso IV ou cracl. Dor muscular aguda e aumento enorme da CK. TTO HV vigoro CLOROQUINA ANTIRETROVIRAIS PENICILAMINA COLCHICINA Agente que pode gerar neuropatia e miopatia. Em geral ocorre com uso crônico principalmente em pacientes com insuficiência renal. 3. MIOPATIA EM HIV+ CAUSAS Miopatia associada ao HIV, Uso de ARV (principalmente a zidovudina – AZT) PADRÃO Fraqueza e dor proximais e simétricas. DX PM Achados Aumento de CK Diagnóstico EMG, biopsia muscular e suspensão da droga TTO Miopatia do HIV = corticóides; Miopatia por ARV = suspensão da droga 4. DISTROFIAS MUSCULARES E OUTRAS MIOPATIAS DISTROFINOPATIAS Localiza-se no cromossomo X, sendo as principais distrofia de duchenne e Becker DISTROFIA DE DUCHENNE Crianças normais ao nascimento, depois de 2-3 anos evoluem com fraqueza muscular proximal progressiva associada a quedas, fraturas de braço/pernas, escoliose toracica e limitação da função respiratória. Associada a retardo mental Mancha anserina e Sinal de Gowers (a criança deitada não consegue se levantar, precisa ficar de quatro depois escalar os membros superiores para ficar em pé) Pode ter cardiomiopatia dilatada Hipertrofia de panturrilha é comum, e de quadríceps Exames complementares: CK elevada até 100x com queda progressiva, EMG mostrando miopatia e biopsia muscular mostrando degeneração e regeneração de fibras + tec conjuntivo e gordura Confirmação diagnóstica: deficiência na distrofina na biopsia muscular e analise das mutações em leucócitos de sangue periférico. TTO= suporte DISTROFIA DE BECKER Semelhante a doença de duchenne porem mais branda. O inicio é tardio 5-15 anos, só vai usar cadeira de roda aos 30 anos. Clínica, laboratório, EMG, biopsia semlhantes. DISTROFIA MIOTONICA AUTOSSOMICA dominante, estado de contração muscular prolongada seguida por relaxamento muscular lento Dois defeitos genéticos distintos DM 1 (Steinert) e DM 2 (Miopatia miotonica proximal MMPRO) DM 1 ou Clássica de Steinert: Fraqueza muscular distal + acometimento de face (FÁCIES EM MACHADINHA) + Calvicie frontal Musculos proximais permanecem fortes, fraqueza do pescoço, fala disartrica e voz anasalada,... CK normal ou pouco elevada, EMG evidencia de miotonia e biopsia atrofia muscular sem necrose ou aumento do tecido conjuntivo Diagnóstico pela analise genética e tto de suporte DM2 MMPRO: Menos agressiva e pode acometer musculatura proximal desde o inciio do quadro DISTROFIA DE EMERY- DRIFUSS Inicia-se na infancia e tem evolução lenta até quarta década. TRÍADE: Fraqueza muscular umeral e fiublar lentamnete progressiva + Contraturas precoces de cotovelo, tornozelo + cardiomiopatias com defeitos de condução atrial (FA,BAV). Diagnostico pela analise de DNA. TTO com medidas de reabilitação e vigilância cardiológica DISTROFIAS MUSCULARES DA CINTURA DOS MEMBROS São autossômicas dominantes ou receessivas, grupos I e II respectivamente. Inicio dos 10 aos 30 anos com fraqueza progrssiva dos músculos proximais das cinturas pélvica e escapular. Não alteram a função intelecutal. DISTROFIA MUSCULAR FASCIOESCAPULOUME RAL Autossomica dominante. Inicia-se com acometimento da face, porem o que leva ao médico é a fraqueza dos estabilizadores da cintura escapular, com achados dificuldade de assobiar, sorrir, fechar os olhos e levantar os braços. Apresentarão a escapula alada (escapula proeminente). CK nl ou alterada. Não há tratamento DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARÍNGEA Evolução lenta que acomete >40anos e caracteriza-se por oftalmoplegia externa e disfagia. Encontra-se em ptose palpebral e redução dos movimentos oculares, com relfexos pupilares preservados. Não tem diplopia. Biopsia peculiar . TTO suporte. HIPERTERMIA MALIGNA FISIOPATOLOGIA: Saída exagerada de cálcio do reticulo sarcoplasmático de músculos esqueléticos após exposição a anestésicos. Há contração muscular descontrolada Principais anestésicos associados: Halotano e Succinilcolina Clínica: Aumento da temperatura corpora + trismo + taquicardia sinusal/arrtimias + rabdomiólise Tratamento: Dantrolene POLIARTERITE NODOSA Vasculite de médio e pequeno calibre Associação com HEPATITE B Diagnóstico: o Biópsia: nódulos inflamatórios Tratamento: ciclofosfamida + prednisona FRAQUEZA E DORMÊNCIA na mão Paralisia flácida em pé direito Dormência na outra mão Fadiga, mialgias, artralgias, febre baixa, emagreceu Hepatite B (HbsAg+)/ pulmão sem alterações =Fisgada súbita no testículo esquerdo Hipertensão com K+ baixo (HAS renovascular) MONONEURITE MÚLTIPLA
Compartilhar