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AULA 6 - Circulação

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NECESSIDADE DE CIRCULAÇÃO: 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO 
APARELHO CARDIOVASCULAR
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II
Ribeirão Preto
2017
RELEMBRANDO...
▪ PRECÓRDIO: é uma área delimitada na parede anterior do tórax
onde se projeta o coração e os grandes vasos da base. O coração
estende-se do 2º ao 5º espaço intercostal e da margem direita do
esterno até a linha hemiclavicular esquerda.
BASE
ÁPICE
ANAMNESE
▪ Dor precordial.
▪ Dispneia.
▪ Ortopneia.
▪ Tosse.
▪ Fadiga.
▪ Cianose ou palidez.
▪ Edema.
▪ Nictúria. Aumento da eliminação de urina durante a noite.
ANAMNESE
▪ Histórico:
▪ Hipertensão.
▪ Hipercolesterolemia.
▪ Sopro cardíaco.
▪ Febre reumática.
▪ Anemia.
▪ Doença cardíaca
ANAMNESE
▪ Histórico familiar:
▪ Hipertensão.
▪ Obesidade.
▪ Diabetes Mellitus.
▪ Doenças cardíacas.
▪ Hábitos de vida:
▪ Dieta: hiperlipídica, hipersódica, hipercalórica.
▪ Tabagismo.
▪ Etilismo.
▪ Drogadição.
▪ Sedentarismo.
INSPEÇÃO REGIÃO CERVICAL
PULSO VENOSO:
▪ Oferece informações importantes sobre o estado volêmico do paciente.
▪ É perceptível nas veias jugulares (internas e externas), porém é mais perceptível
na veia jugular interna direita.
1. Colocar o paciente em posição confortável com a cabeça relaxada e voltada
para o lado esquerdo.
2. Utilizar iluminação auxiliar de foram tangente ao pescoço.
3. Cabeceira da cama a 45º.
▪ Varia conforme a fase do ciclo respiratório: amplitude pode diminuir durante a
inspiração.
INSPEÇÃO REGIÃO CERVICAL
PULSO VENOSO:
▪ Achados anormais: ingurgitamento das
veias cervicais com aumento da amplitude
do pulso em direção à mandíbula (Sinal de
Kussmaul). Ex.: pericardite constritiva,
insuficiência cardíaca congestiva
descompensada, embolia pulmonar, infarto
agudo de ventrículo direito.
▪ Não confundir com o pulso carotídeo.
▪ Difícil de visualizar em pessoas com
pescoço curto, obesas, em estado
hipovolêmico.
INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO
PULSO VENOSO: 
INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO
▪ Impulso apical:
▪ Localizado no 5º espaço
intercostal na linha
hemiclvicular.
▪ Mais visível em crianças e
adultos magros.
▪ Abaulamentos e retrações
precordiais.
Ictus cordis
PALPAÇÃO REGIÃO CERVICAL
▪ Artéria carótida: 
▪ Comparar ambos os lados cuidadosamente e de 
forma alternada.
▪ Perceber características do pulso: frequência, 
ritmo, força e igualdade.
PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO
▪ Impulso apical:
▪ Perceber características do 
pulso: frequência, ritmo, 
força.
▪ Difícil de palpar em pessoas 
obesas, ou com o tórax 
musculoso.
PALPAÇÃO DO PRECÓRDIO
▪ O frêmito na palpação do pulso indica fluxo sanguíneo turbulento e está 
associado aos sopros de alta intensidade.
▪ Procure pulsações extras. O normal é não encontrar.
PERCUSSÃO 
▪ A percussão da região precordial não demonstra uma boa
sensibilidade para estimar a área cardíaca.
▪ Percussão com som claro pulmonar na região paraesternal
esquerda, próximo a linha esternal, junto aos 3º, 4º e 5º espaço
intercostal, sugere ar anteriormente ao coração. Ex.: doenças
pulmonares obstrutivas, enfisema pulmonar.
AUSCULTA REGIÃO CERVICAL
ARTÉRIA CARÓTIDA:
1. Pescoço em posição neutra.
2. Aplique levemente a campânula do estetoscópio sobre a artéria carótida.
3. Ausculte em 3 níveis: no ângulo da mandíbula, no terço cervical mediano e na 
base do pescoço. 
4. Evite a compressão a artéria, pois pode criar sopro artificial.
5. Peça que o paciente interrompa a respiração enquanto você ausculta.
6. Auscultar ambos os lados em busca de sopro.
AUSCULTA REGIÃO CERVICAL
▪ Sopro em artéria carótida:
▪ Pode indicar estenose aterosclerótica.
▪ É audível quando a obstrução atinge ½ a 2/3 da luz da artéria. 
▪ Desaparece na obstrução total da artéria.
AUSCULTA BULHAS 
CARDÍACAS
▪ Áreas de ausculta:
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS
▪ As áreas valvares para a ausculta não
correspondem as posições anatômicas reais das
valvas, mas são as áreas de ausculta que os sons
produzidos pelas valvas são mais nítidos.
▪ Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo.
▪ Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito.
▪ Foco mitral: 5º espaço intercostal esquerdo na linha
hemiclavicular.
▪ Foco tricúspide: margem inferior esquerda do
esterno.
TUM - TA
AUSCULTA BULHAS 
CARDÍACAS – B1
▪ Quando o sangue passa para os
ventrículos, as valvas atrioventriculares
(tricúspide e mitral) se fecham.
▪ Demarca o início da sístole.
▪ Audíveis em todo o precórdio.
▪ Mais altas no ápice.
▪ Coincide com a pulsação da artéria
carótida.
AUSCULTA BULHAS 
CARDÍACAS – B1
▪ Coincide com a onda R (complexo QRS).
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS – B1
B2B1
taTUM
Ápice
AUSCULTA BULHAS 
CARDÍACAS – B2
▪ Causada pelo fechamento das valvas
semilunares.
▪ Após a passagem do sangue pela aorta, no
momento em que o sangue ultrapassa para
a outra estrutura, a pressão ventricular
diminui e a valva aórtica se fecha,
formando a segunda bulha cardíaca (B2).
▪ Demarca o final da sístole.
▪ Audível em todo o precórdio.
▪ Mais alta na base.
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS – B2
B2B1
TAtum
BASE
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS –
DESDOBRAMENTO DE B2
▪ Fenômeno normal que acontece ao final da inspiração em algumas pessoas.
▪ O fechamento das valvas aórticas e pulmonares é quase sincrônico.
▪ A inspiração pode separa o sincronismo e o fechamento da valva aórtica ocorre 
0,06s antes do fechamento da valva pulmonar.
▪ A sincronia retorna durante a expiração.
▪ É audível apenas no foco pulmonar.
TRA
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS –
DESDOBRAMENTO DE B2
B2B1
TRAtum
FOCO PULMONAR 
- INSPIRAÇÃO
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS – B3 e B4
▪ Podem ser fisiológicas ou patológicas.
▪ B3:
▪ Demarca o início da diástole.
▪ É formada pela pequena pressão exercida sobre as valvas atrioventriculares 
no início da passagem do sangue atrial para o ventrículo –enchimento dos 
ventrículos.
▪ Audível imediatamente após B2.
▪ B4:
▪ Auscultada no final da diástole, quando o átrio realiza pressão para 
completar o volume interno de sangue do ventrículo.
▪ Audível um pouco antes da B1.
AUSCULTA BULHAS CARDÍACAS – B3 e B4
B1
TUM
B2
TA
B3
TU
B1
TUM
B2
TA
B4
TU
AUSCULTA CARDÍACA
▪ Não limite a ausculta cardíaca aos focos, pois os sons
produzidos pelas valvas podem ser ouvidos em todo
precórdio.
▪ Ausculte todo o precórdio:
▪ Comece pela base e realize um movimento com o estetoscópio
em Z, até o ápice.
AUSCULTA CARDÍACA
1. Frequência.
2. Ritmo.
3. Identifique B1 e B2.
4. Analise B1 e B2 separadamente.
5. Busque por sons extras (B3 e B4).
6. Procure sopros.
AUSCULTA - ALTERAÇÕES
▪ Diminuição do som das bulhas cardíacas (hipofonéticas):
▪ Enfisema, pneumotórax, obesidade, derrame pericárdico, tamponamento
cardíaco, diminuição do débito cardíaco, bloqueio de ramo esquerdo,
insuficiência aórtica grave, estenose mitral calcificada, estenose valvar aórtica
ou pulmonar.
▪ Aumento do som das bulhas cardíacas (hiperfonéticas):
▪ Estados hiperdinâmicos (febre, anemia, exercício físico), degeneração de
valva mitral, hipertensão arterial sistêmica, hipertensão pulmonar, dilatação
da aorta.
AUSCULTA - ALTERAÇÕES
▪ Sopro:
▪ Som que lembra um deslocamento de ar por uma fresta.
▪ Ocorre quando um fluxo turbulento de sangue passa pelas cavidades do coração ou pelos
grandes vasos.
▪ Atrito pericárdico:
▪ É uma inflamação do pericárdio que dá origem a um atrito.
▪ Som agudo e áspero (esfregar uma lixa).
▪ Mais audível com a pessoa sentada, inclinando para frente e com a respiração interrompida na
expiração.
▪ Comum durante a 1º semana após um iam e pode durar apenas algumas horas.
AUSCULTA - ALTERAÇÕES
▪ Estalidos:
▪ Ocorrem na abertura das valvas atrioventriculares estenosadas.
▪ Ocorrem na abertura de próteses metálicas de valvas atrioventriculares.
AUSCULTA CARDÍACA NORMAL – B1, B2 E 
DESDOBRAMENTO DE B2
AUSCULTA CARDÍACA – B3 E B4
Sopro – 7’
Vídeos:
▪ https://www.youtube.com/watch?v=Mji_bKBJXII
▪ https://www.youtube.com/watch?v=NFb3K3I5s7w
▪ https://www.youtube.com/watch?v=d8jJerXTS38&t=4s
▪https://www.youtube.com/watch?v=Lr3fb8WrdJc
https://www.youtube.com/watch?v=Mji_bKBJXII
https://www.youtube.com/watch?v=NFb3K3I5s7w
https://www.youtube.com/watch?v=d8jJerXTS38&t=4s
https://www.youtube.com/watch?v=Lr3fb8WrdJc
Referências
▪ AIDE, M. A. Hemoptise. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 36, n. 3, p. 278-280, June 2010
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132010000300002&lng=en&nrm=iso>. access
on 02 Aug. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000300002.
▪ JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde para enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2012.
▪ JARVIS, C. Guia de exame físico para enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
▪ MARTINEZ, J. B.; DANTAS, M.; VOLARELLI. Semiologia geral e especializada. 1 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
▪ NOGUEIRA, E. A. MEGA: Dicionário de termos técnicos e populares da saúde. 1 ed. Rio de Janeiro:
Editora Rovelle, 2007.
▪ PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Semiologia médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
▪ POTTER, P.A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.A.; Hall, A. Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição.
Rio de Janeiro: Editora Elsevier. 2013.

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