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Escriturário
Conhecimentos Bancários
Prof. Sirlo Oliveira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Conhecimentos Bancários
Professor Sirlo Oliveira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS: Sistema Financeiro Nacional. Dinâmica do mercado. Mercado 
bancário.
BANCA: Cesgranrio
CARGO: Escriturário
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Conhecimentos Bancários
LEIA 50 MILHÕES DE VEZES!
 
www.acasadoconcurseiro.com.br8
MERCADO FINANCEIRO 
Sistema Financeiro Nacional
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL 
CMN
É o órgão NORMATIVO máximo no SFN. Este órgão é quem dita as Normas que serão seguidas 
pelas instituições financeiras, pois para tudo na vida existe alguém superior que controla e dita 
as regras do jogo.
Além disso, o CMN é responsável por formular as políticas da moeda e crédito no país, ou seja, 
é responsável por coordenar todas as políticas econômicas do país, e principalmente a política 
monetária. 
Suas REUNIÕES ORDINÁRIAS, ou seja, comuns, são MENSAIS, e ao final de cada reunião é 
emitida uma RESOLUÇÃO da qual é lavrada uma ata, cujo extrato é publicado no DOU (Diário 
Oficial da União) e no SISBACEN, excluindo-se os assuntos confidenciais discutidos na reunião.
DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994.
Art. 30. As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas 
pelo Presidente do Banco Central do Brasil, veiculadas pelo Sistema de Informações Banco 
Central (Sisbacen) e publicadas no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos 
interessados. (Então existem algumas decisões ou informações que não são divulgadas 
publicamente).
Art. 33º § 1º Após as atas terem sido assinadas por todos os conselheiros, extratos das atas 
serão publicados no Diário Oficial da União, excluídos os assuntos de caráter confidencial.
Resumindo: Tanto as Resoluções quanto os extratos são publicados no DOU e no SISBACEN, 
entretanto, se houver algum assunto confidencial, esse não será divulgado a todos 
publicamente, apenas aos interessados, mas a resolução como um todo deve ser publicada, 
excluindo-se as partes confidenciais.
O CMN é um órgão colegiado, composto por DOIS MINISTROS e o Presidentes do Banco 
Central, que possui status de ministro, todos INDICADOS pelo Presidente da República e 
submetidos a Aprovação pelo Senado Federal
Banco do Brasil - TI (Escriturário) – Conhecomentos Bancários – Prof. Sirlo Oliveira
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
Importante!
É interessante saber que segundo o DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994.
Art. 8º
O presidente do CMN poderá convidar para participar das reuniões do conselho sem direito 
a voto outros Ministros de Estado, assim como representantes de entidades públicas ou 
privadas.
Comitê de Política Monetária 
COPOM
O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo 
de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros básica que será 
seguida pelos bancos. 
O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil: 
o presidente, que tem o voto de qualidade; e os diretores de Administração, Assuntos 
Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Fiscalização, Organização do Sistema 
Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural, Política Econômica, Política Monetária, 
Regulação do Sistema Financeiro, e Relacionamento Institucional e Cidadania. Também 
participam do primeiro dia da reunião os chefes dos seguintes departamentos do Banco Central: 
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento 
de Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econômico (Depec), Departamento 
de Estudos e Pesquisas (Depep), Departamento das Reservas Internacionais (Depin), 
Departamento de Assuntos Internacionais (Derin), e Departamento de Relacionamento com 
Investidores e Estudos Especiais (Gerin). A primeira sessão dos trabalhos conta ainda com a 
presença do chefe de gabinete do presidente, do assessor de imprensa e de outros servidores 
do Banco Central, quando autorizados pelo presidente.
 
www.acasadoconcurseiro.com.br10
Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistemática de metas 
para a inflação como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do Copom 
passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao 
presidente do Banco Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos 
do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos 
limites estabelecidos.
Formalmente, os objetivos do Copom são: 
→ Implementar a política monetária;
→ Analisar o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central ao final de cada trimestre 
civil;
→ Definir a meta para a Taxa Selic, ficando viés EXTINTO (circular 3868/17)
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a Meta para a Taxa Selic (taxa média dos 
financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia – SELIC), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do 
Comitê. Vale ressaltar que existe também uma taxa SELIC chamada SELIC OVER, que nada mais 
é do que a taxa SELIC de um dia específico, pois o que é traçado pelo COPOM é uma META, mas 
o que acontece diariamente chama-se SELIC OVER, pois como qualquer outro papel que vale 
dinheiro, os títulos públicos variam de preço todo dia.
Até dezembro de 2017 o Copom podia divulgar esta Meta da Taxa Selic com um viés, ou seja, 
com uma tendência de alta ou de baixa. Este artifício era utilizado para casos extremos de 
variação econômica em que, o Presidente do Copom, poderia elevar ou abaixar a taxa Selic 
sem, necessariamente, convocar uma reunião extraordinária do colegiado do comitê. 
Entretanto em 19 de dezembro de 2017, através da Circular 3868, o Bacen não mais autorizou 
ao Copom divulgar Taxa Selic com vieses de alta ou de baixa, para evitar quaisquer tipos de 
especulações no mercado.
As reuniões ordinárias do Copom ocorrem APROXIMADAMENTE de 45 em 45 dias e dividem-
se em dois dias/sessões: geralmente a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-
feiras. O número de reuniões ordinárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006, sendo 
o calendário anual divulgado até o fim de junho do ano anterior, admitidas modificações até 
o último dia do ano da divulgação. No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento 
apresentam uma análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de atividade, 
evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia 
internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de 
mercado aberto, avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectativas gerais para 
variáveis macroeconômicas.
No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do Comitê e o chefe do 
Depep, sem direito a voto, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica, após 
análise das projeções atualizadas para a inflação, apresentam alternativas para a taxa de juros 
de curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida, os demais 
membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam eventuais propostas alternativas. 
Ao final, procede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. 
A decisão final – a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver – é imediatamente divulgada à 
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imprensa ao mesmo tempo em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações 
do Banco Central (Sisbacen).
As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira da se-
mana posterior a cada reunião,dentro do prazo regulamentar de até seis dias úteis após o fim 
da segunda sessão na quarta-feira, sendo publicadas na página do Banco Central na internet 
(“Atas do Copom”) e para a imprensa a partir das 18 horas do dia da segunda sessão, as quar-
tas-feiras. (Em inglês deverão ser publicadas no 7º dia útil). (circular BACEN 3868/17)
Ao final de cada trimestre civil, o COPOM divulga, através do BACEN, produz o documen-
to “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financei-
ra do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação. (Circular 3868 de 
19/12/2017 e Decreto 3088/99)
ATENÇÃO!
O COPOM se reúne 8 vezes ao ano, e isso dá aproximadamente 45 em 45 dias, mas é aproxi-
madamente mesmo, não exatamente. 
E note que o famoso viés ou tendência de variação da taxa Selic foi extinto, ou seja, o COPOM 
não pode mais indicar um viés para a taxa Selic estabelecida nas reuniões. 
Dentro das políticas monetárias, o CMN e o BACEN, buscando facilitar a confecção deste rela-
tório de inflação, criaram os aglomerados monetários, e dentro deles, os meios de pagamento, 
que nada mais são do que a forma como o dinheiro está presente na economia, quer em di-
nheiro vivinho ou em “papel que vale dinheiro”.
Meios de Pagamento
Incluem-se nos Agregados Monetários – Meios de Pagamentos: M1, M2, M3 e M4. 
São adotados conceitos/definições internacionalmente aceitos e fundamentados na Teoria 
Econômica. Os detentores dos meios de pagamentos no sentido amplo compõem-se do 
setor não financeiro da economia e das instituições financeiras que não emitem instrumentos 
considerados como moeda. Vale salientar a existência de particularidades na abrangência, 
mensuração e convenções contábeis de cada uma das variáveis que compõem cada tipo de 
agregado, as quais são discutidas nos itens a seguir. Sob o aspecto de ordenamento de seus 
componentes, definem-se os agregados por seus sistemas emissores.
 • O M1, ou Base Monetária RESTRITA, compreende os passivos de liquidez imediata. 
É composto pelo Papel-moeda em Poder do Público (PMPP) e pelos Depósitos à 
Vista (DV). O PMPP é o resultado da diferença entre o Papel-moeda Emitido pelo 
Banco Central do Brasil e as disponibilidades de “caixa” do sistema bancário. Os 
DV são aqueles captados pelos bancos com carteira comercial e transacionáveis 
por cheques ou meios eletrônicos. Portanto, as instituições emissoras incluem os 
bancos comerciais, os bancos múltiplos e as caixas econômicas. Neste segmento, 
não são incluídas as cooperativas de crédito, em razão da insignificância de seus 
depósitos, como também pela dificuldade de obtenção global dos dados diários e
 
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Para tanto, assume-se que, entre os haveres integrantes do agregado monetário, as diferenças 
de velocidade potencial de conversão em disponibilidade imediata associadas a perdas de valor 
nesses procedimentos não sejam significativas no atual estágio de desenvolvimento do sistema 
financeiro. Caso contrário, o ordenamento teria que contemplar tais diferenças, uma vez que, 
por hipótese, quanto maior aquela velocidade, maior exposição do componente à demanda 
por liquidez. 
Desse modo, o critério adotado permite discriminar a exposição do sistema financeiro à 
demanda por liquidez ao incluir no M3 somente exigibilidades das instituições depositárias 
e fundos de renda fixa junto ao público. Nesse sentido, os títulos públicos, apesar de não 
possuírem liquidez potencial mais reduzida que os títulos privados e depósitos de poupança 
foram alocados no conceito mais abrangente a fim de destacar, no M3, a exposição do sistema 
financeiro, exclusive o Banco Central, tratado apenas como provedor de meio circulante. 
Cabe observar que, embora não usual na maioria dos países, a inclusão da dívida mobiliária 
pública em agregados monetários baseia-se nas especificidades da economia brasileira, com 
o setor público mantendo participação expressiva no dispêndio total por longo período, cujo 
financiamento dependia significativamente da captação de poupanças privadas por meio 
da emissão de títulos. Tais circunstâncias exigiram elevada liquidez desses instrumentos, 
propiciando sua adoção generalizada como “quase-moeda” até os dias atuais. Observe-se 
que, dentre os títulos federais, apenas os registrados no Selic são considerados nos meios 
de pagamento. Apesar da alta liquidez dos instrumentos de captação do Tesouro Nacional, 
entendeu-se que o reconhecimento de tais emissões como “quase-moeda” nos conceitos 
de meios de pagamento deva ser o mais restrito possível, dado que esse Órgão não integra 
o Sistema Financeiro Nacional (SFN). O Banco Central, por sua vez, tem suas operações com 
títulos já concentradas no Selic. 
mesmo de balancetes mensais. Os depósitos do setor público estão incluídos nos 
depósitos à vista, com exceção dos recursos do Tesouro Nacional, depositados no 
Banco do Brasil.
Base Monetária Ampliada
 • O M2 engloba, além do M1, os depósitos para investimento e as emissões de alta 
liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias 
– as que realizam multiplicação de crédito.
 • O M3 inclui o M2 mais as captações internas por intermédio dos fundos de 
investimento classificados como depositários e a posição líquida de títulos 
registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), decorrente de 
financiamento em operações compromissadas.
 • O M4 engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez.
Observe-se que, dentre os títulos federais, apenas os registrados no Selic são considerados 
nos meios de pagamento. Apesar da alta liquidez dos instrumentos de captação do Tesouro 
Nacional, entendeu-se que o reconhecimento de tais emissões como quase-moeda nos 
conceitos de meios de pagamento deva ser o mais restrito possível, dado que aquele Órgão 
não integra o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
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Os fundos de renda fixa foram incluídos no M3, embora possuam personalidade jurídica pró-
pria e não multipliquem crédito, dado que em geral funcionam em colaboração com institui-
ções depositárias, exercendo atividades típicas de tais instituições, como transformar a liquidez 
de uma carteira de ativos e captar recursos, emitindo quotas como alternativa de aplicação 
financeira aos clientes. O desempenho e a exposição dos fundos de renda fixa afetam a insti-
tuição administradora, uma vez que a maior parte dos clientes não faz a distinção estabelecida 
formalmente. 
As operações compromissadas do restante da economia junto ao sistema emissor – correspon-
dentes ao financiamento líquido de títulos tomado por tal sistema – funcionam como moeda 
para transações, sendo incluídas no conceito M3.
Resumindo os Conceitos atuais
Meios de Pagamento Restritos: 
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista 
Meios de Pagamento Ampliados: 
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por 
instituições depositárias 
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic 
(operações com títulos públicos federais)
Poupança financeira: M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
 
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DINAMICA DO MERCADO
Políticas Econômicas
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, inevitavelmente, as políticas adotadas pelo go-
verno para buscar o bem-estar da população. Como agente de peso no sistema financeiro bra-
sileiro, o Governo tem por objetivo, estruturar políticas para alcançar a macroeconomia brasi-
leira, ou seja, criar mecanismos para defender os interesses dos brasileiros, economicamente.
É comum você ouvir nos jornais notícias como: o governo aumentou a taxa de juros, ou dimi-
nuiu. Essas notícias estão ligadas, intrinsecamente, as políticas coordenadas pelo governo para 
estabilizar a economia e o processo inflacionário. 
As políticas traçadaspelo governo têm um objetivo simples, que é aumentar ou reduzir a quan-
tidade de dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a inflação. 
Para tanto, o governo vale-se de manobras como: aumentar ou diminuir taxas de juros, au-
mentarem ou diminuírem impostos e estimular ou desestimular a liberação de crédito pelas 
instituições financeiras.
Mas o que é esta tal inflação, ou processo inflacionário?
A inflação é um fenômeno econômico que ocorre devido a vários fatores, dentre eles um bas-
tante conhecido por todos nos desde o ensino médio, onde os professores falavam de uma tal 
“lei da oferta e da procura”, lembra?
A lei é bem simples do ponto de vista histórico, mas do ponto de vista econômico há varias vari-
áveis que levam a uma explicação do seu comportamento, por exemplo:
O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamente ter mais dinheiro. Correto? Então se você 
possuir mais dinheiro, a tendência natural é que você gaste mais, com isso as empresas, os pro-
dutores e os prestadores de serviços percebendo que você está gastando mais, elevarão seus 
preços, pois sabem que você pode pagar mais pelo mesmo produto, uma vez que há excesso de 
demanda pelo produto ou serviço.
Da mesma forma se um produto é elaborado em grande quantidade e a há uma sobra deste, os 
seus preços tendem a cair, uma vez que há um excesso de oferta de produto. 
“Em resumo, a lei da oferta e procura declara que quando a procura é alta, os preços sobem e, 
quando a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos demonstram isso. Se existe um teatro 
com 2 mil lugares (uma oferta fixa), o preço dos espetáculos dependerá de quantas pessoas 
desejam ingressos. Se uma peça muito popular está sendo encenada, e 10 mil pessoas que-
rem assisti-la, o teatro pode subir os preços de forma que os 2 mil mais ricos possam pagar os 
ingressos. Quando a procura é muito mais alta que a oferta, os preços podem subir terrivel-
mente. Nosso segundo exemplo é mais elaborado. Digamos que você viva numa ilha na qual 
todos amam doces. Porém, existe um suprimento limitado de doces na ilha, assim, quando as 
pessoas trocam doces por outros itens, o preço é razoavelmente estável. Com o tempo, você 
economiza até 25 quilos de doces, que você pode trocar por um carro novo. Depois, um dia, um 
navio se choca com algumas pedras perto da ilha e sua carga de doces é perdida na costa. De 
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repente, 30 toneladas de doces estão dispostas na praia, e qualquer pessoa que deseja doces 
simplesmente caminha até a praia e pega alguns. Porque a oferta de doces é muito maior que a 
procura, os seus 25 quilos de doces não tem valor algum.” (Fonte: Ed Grabianowski)
Esta simples lei é um dos fatores que mais afetam a inflação, pois por definição inflação é: 
“Aumento generalizado e persistente dos preços dos produtos de uma cesta de consumo”
Ou seja para haver inflação deve haver um aumento de preços, mas este aumento não pode 
ser pontual, deve ser generalizado. Mesmo alguns produtos não aumentando de preço, se a 
maioria aumentar já é suficiente. Mas este aumento deve ser persistente, ou seja, deve ser 
contínuo. 
Como toda pesquisa científica, deve haver um grupo de estudos, e esse grupo chamamos de 
cesta de consumo, isso porque ao avaliar a inflação, avaliamos a evolução de um grupo de pro-
dutos ou serviços, e não cada um isoladamente. 
Desta forma, você imagina que vai ao supermercado e faz uma feira, nesta feira você terá vários 
produtos em seu carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, milho, trigo, frutas, verduras, legu-
mes, etc. E também terá na mesmo cesta produtos como: Dólar, Euro, gasolina, álcool (combus-
tível hein), viagens, lazer, cinema, energia, etc.
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa a conta totalizou R$ 500,00 no primeiro mês.
No segundo mês ao repetir os mesmos produtos a conta totalizou R$ 620,00; no terceiro R$ 
750,00 e no quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo de forma persistente.
Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro perde valor, uma vez que precisaremos de mais 
reais para comprar o mesmo produto. A esse processo de perda de valor do dinheiro damos o 
nome de INFLAÇÃO. 
O processo inflacionário tem um irmão oposto que é chamado de DEFLAÇÃO. A Deflação 
ocorre quando os preços dos produtos começam a cair de forma generalizada e persistente, 
gerando desconforto econômico para os produtores que podem chegar a desistir de produzir 
algo em virtude do baixo preço de venda. 
Ambos os fenômenos têm consequências desastrosas no nosso bem-estar econômico, pois a 
inflação gera desvalorização do nosso poder de compra e a deflação pode gerar desinteresse 
dos produtores em fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desemprego em massa, 
além de tudo ambas ainda podem culminar na temida Recessão, que nada mais é do que a 
estagnação completa ou quase total da economia de um país. 
Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que podem ser calculados e quantificados, 
para isso nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta para apurar e divulgar o va-
lor da Inflação Oficial chamada IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Esta autarquia 
chama-se IBGE – Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. O IPCA é a inflação calculada do 
dia primeiro ao doa 30 de cada mês, considerando como cesta de serviços a de famílias com 
renda até 40 salários mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta salários mínimos entra no 
cálculo da inflação oficial. 
A fim de manter nosso bem-estar econômico o Governo busca estabilizar esta inflação, uma vez 
que ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para padronizar os parâmetros da inflação 
o governo brasileiro instituiu o regime de Metas para Inflação.
 
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Neste regime a meta de inflação é constituída por um Centro de meta, que seria o valor ideal 
entendido pelo governo como uma inflação saudável. 
Este centro tem uma margem de tolerância para mais e para menos, pois como em qualquer 
nota temos os famosos arredondamentos. É como no colégio quando você tirava 6,5 e o 
professor arredondava para 7, lembra?! Isso ajudava muito você na hora de fechar a nota no 
fim do ano, e para o governo é do mesmo jeito. É uma ajudinha para fechar a nota. Veja como 
foram e como estão as principais mudanças referentes a isto no Brasil.
ATENÇÃO!
Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja, de variação do Centro da meta era de 2% 
para mais (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017 até 31/12/2018 a nova 
margem de tolerância passou a ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso).
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a inflação será de 4,25%, com intervalo de 
tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50% ; e para o ano de 2020, o CENTRO DA META para 
a inflação será de 4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%. 
Além disso o Decreto 9.083 de junho de 2017 alterou a periodicidade de alteração da meta de 
inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano imediatamente anterior. Deu um nó não 
foi?!
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É simples, o centro da meta de inflação do ano de 2021 deverá ser decidido pelo Conselho 
Monetário Nacional até 3 anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2018; e assim sucessiva-
mente, o de 2022 deverá ser decidido até 30 de junho de 2019, sem respeitado o limite de 3 
anos antes. 
Todas essas medidas adotadas pelo governo buscam estabilizar nosso poder de compra e nosso 
bem-estar econômico. Para utilizar estas ferramentas o governo utiliza as tão famosas políticas 
econômicas, que nada mais são do que um conjunto de medidas que buscam estabilizar o po-
der de compra da moeda nacional, gerando bem-estar econômico para o País. Estas políticas 
econômicas são estabelecidas pelo Governo Federal, tendo como agentes de suporte o Con-selho Monetário Nacional, como normatizador, e o Banco Central, como executor destas polí-
ticas. As ações destes agentes resultam em apenas duas situações para o cenário econômico, 
que são:
Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Situações Expansionistas
As políticas restritivas são resultado de ações que de alguma forma reduzem o volume de 
dinheiro circulando na economia e, consequentemente, os gastos das pessoas gerando uma 
desaceleração da economia e do crescimento. Mas porque o governo faria isso?! 
A resposta é simples: Faz isso para controlar a inflação, pois quando há muito dinheiro circulan-
do no mercado, o que acontece com os preços dos produtos?! Sobem! 
Para conter esta subida, o governo restringe o consumo e os gastos para que a inflação dimi-
nua. Neste caso você iria ao shopping não para comprar coisas, mas apenas para ver as coisas 
ou dar uma voltinha. Este representa nosso cenário atual desde 2014.
As políticas expansionistas são resultado de ações do governo que estimulam os gastos e o 
consumo, ou seja, em cenário de baixo crescimento o governo incentiva as pessoas a gastarem 
e as instituições financeiras a emprestar. Isto geral um volume maior de recursos na economia, 
para que o mercado não ente em recessão. Portanto, este resultado faria você gastar mais, se 
endividar mais e investir mais; logo você não iria ao shopping só para ver as coisas, mas sim 
para comprar as coisas, e comprar muito! Mas temos que ter cuidado, pois com muitos gastos 
também alimentamos um crescimento acelerado da inflação! Tivemos este cenário recente-
mente de 2008 a 2013 e hoje sofremos a crise inflacionaria devido ao crescimento excessivo do 
consumo.
Resumindo, as políticas econômicas resultam em suas coisas: 
→ Serem Expansionistas: quando estimulam os gastos, empréstimos e endividamentos 
para aumentar o volume de recursos circulando no país. 
→ Serem Restritivas: quando desestimulam restringem os gastos, empréstimos e endivida-
mentos para reduzir o volume de recursos circulando no país.
E quais são estas políticas econômicas e como se dividem?
→ Política Fiscal (Arrecadações menos despesas do fluxo do orçamento do governo)
→ Política Cambial (Controle indireto das taxas de câmbio e da balança de pagamentos)
 
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→ Política Creditícia (Influência nas taxas de juros do mercado, através da taxa Selic) 
→ Política de Rendas (Controle do salário mínimo nacional e dos preços dos produtos em 
geral)
→ Política Monetária (Controle do volume de meio circulante disponível no país e controle 
do poder multiplicador do dinheiro escritural)
Política Fiscal
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza 
despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da 
renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento 
econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva 
visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no 
fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar 
na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política 
fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto o Governo se utiliza de estratégias como elevar ou 
reduzir impostos, pois, além de sensibilizar seus cofres públicos, buscar aumentar ou reduzir o 
volume de recursos no mercado quando for necessário. 
A política fiscal consiste em basicamente dois objetivos: primeiro, ser uma fonte de receitas 
ou de gastos para o governo, na medida em que reduz seus impostos para estimular ou 
desestimular o consumo. Segundo, quando o governo usa a emissão de títulos públicos, títulos 
estes emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para comercializa-los e arrecadar dinheiro 
para cobrir seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação. 
Sim o governo tem metas de arrecadação, que muitas vezes precisam de uma forcinha através 
da comercialização de títulos públicos federais no mercado financeiro. Como, segundo a 
constituição federal no artigo 164 é vedado ao Banco Central financiar o tesouro com recursos 
próprios, este busca auxiliar o governo comercializando os títulos emitidos pela Secretaria do 
Tesouro.
Desta forma o governo consegue não só arrecadar recursos como, também, enxugar ou irrigar 
o mercado de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos públicos federais retira 
dinheiro de circulação, e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco Central compra 
títulos de volta, devolve recursos ao sistema financeiro, além de diminuir a dívida pública do 
governo. Mas ai você se pergunta. Como assim?
Simples. O governo vive em uma quebra de braços constante, onde, precisa arrecadar mais do 
que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular a economia. Então a saída é 
arrecadar impostos e quando estes não forem suficientes o governo se endivida. Isso mesmo! 
Quando o governo emite títulos públicos federais ele se endivida, pois os títulos públicos são 
acompanhados de uma remuneração, uma taxa de juros, que recebeu o nome do sistema que 
administra e registra essas operações de compra e venda. Este sistema chama-se SELIC (Sistema 
Especial de Liquidação e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa de juros dos títulos, logo a 
intitulamos de taxa SELIC. 
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Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso juro da dívida pública, isso porque o governo 
deve considera-lo como despesa e endividamento. Logo a emissão destes títulos, bem como 
o aumento da taxa SELIC, devem ser cautelosos para evitar excessos de endividamento, 
acarretando dificuldades em fechar o caixa no fim do ano. 
Este fechamento de caixa pode resultar em duas situações. Uma chamamos de superávit e a 
outra chamamos de déficit. 
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias 
durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, ou resultado secundário, por 
sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que 
o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; 
por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso 
equilibrado dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual do 
PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico 
do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos 
investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da 
pobreza e da desigualdade.
Política Cambial
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao comportamento do merca-
do de câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilí-
brio no balanço de pagamentos.
A política cambial busca estabilizar a balança de pagamentos tentando manter em equilíbrio 
seus componentes, que são: a conta corrente, que registra as entradas e saídas devidas ao co-
mércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências; e a conta capital e finan-
ceira. Também são componentes dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos ofere-
cidos pelo FMI e contas atrasadas (débitos vencidos no exterior).
Dentro desta balança de pagamentos há uma outra balança chamada Balança Comercial, que 
busca estabilizar o volume de importações e exportações dentro do Brasil. Esta política visa 
equilibrar o volume de moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus valores não pesem 
tanto na apuração da inflação, poiscomo vimos anteriormente, as moedas estrangeiras estão 
muito presentes em nosso dia a dia.
Como o governo não pode interferir no câmbio brasileiro de forma direta, uma vez que o câm-
bio brasileiro é flutuante, o governo busca estimular exportações e desestimular importações 
quando o volume de moeda estrangeira estiver menor dentro do brasil. Da mesma forma caso 
o volume de moeda estrangeira dentro do Brasil aumente demais, causando sua desvalorização 
exagerada, o governo buscar estimular importações para reestabelecer o equilíbrio. 
Mas porque o governo estimularia a valorização de uma moeda estrangeira no Brasil?
A resposta é simples, ao estimular a valorização de uma moeda estrangeira atraímos investi-
dores, além de tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que são os que produzem 
riquezas e empregos dentro do Brasil. 
 
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Desta forma ao se utilizar da política cambial, o governo busca estabilizar a balançam de paga-
mentos e estimular ou desestimular exportações e importações.
Política Creditícia
É um conjunto de normas ou critérios que cada instituição financeira utiliza para financiar ou 
emprestar recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do Governo, que controla os estí-
mulos a concessão de crédito. Cada instituição deve desenvolver uma política de crédito coor-
denada, para encontrar o equilíbrio entre as necessidades de vendas e, concomitantemente, 
sustentar uma carteira a receber de alta qualidade.
Esta política sofre constante influência do poder governamental, pois o governo se utiliza de 
sua taxa básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as taxas de juros das instituições fi-
nanceiras para cima ou para baixo.
É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de que o bancos em geral seguirão seu 
raciocínio e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução a contratação de credito pe-
los clientes tomadores ou gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa Selic, os bancos 
em geral tendem a seguir esta diminuição, recebendo estímulos a contratação de crédito para 
os tomadores ou gastadores.
Política de Rendas
A política de rendas consiste na interferência do governo nos preços e salários praticados pelo 
mercado. No intuito de atender a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir 
nas forças do mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando o governo 
realiza um tabelamento de preços com o objetivo de controlar a inflação. Ressaltamos que, atu-
almente, o Governo brasileiro interfere tabelando o valor do salário mínimo, entretanto quanto 
aos preços dos diversos produtos no país não há interferência direta do governo.
Política Monetária
É a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédi-
to e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico.
Esta é a mais importante política econômica traçada pelo governo. Nela estão contidas as ma-
nobras que surtem efeitos mais eficazmente na economia. 
A política monetária influencia diretamente a quantidade de dinheiro circulando no país e, con-
sequentemente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.
Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo governo; a política 
restritiva, ou contracionista, e a política expansionista.
A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda, reduzindo assim a 
taxa de juros básica e estimulando investimentos. Essa política é adotada em épocas de re-
cessão, ou seja, épocas em que a economia está parada e ninguém consome, produzindo uma 
estagnação completa do setor produtivo. Com esta medida o governo espera estimular o con-
sumo e gerar mais empregos.
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Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta de moeda, 
aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos. Essa modalidade da política 
monetária é aplicada quando a economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura 
por dinheiro e o consumo causando, consequentemente, uma diminuição no nível de preços 
dos produtos. 
Esta política monetária é rigorosamente elaborada pelas autoridades monetárias brasileiras, se 
utilizando dos seguintes instrumentos:
Mercado Aberto
Também conhecido como Open Market (Mercado Aberto), as operações com títulos 
públicos é mais um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este instrumento, 
considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa 
de juros em curto prazo.
A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, 
se dá pelo Banco Central através de Leilões Formais e Informais. De acordo com a 
necessidade de expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades 
monetárias competentes resgatam ou vendem esses títulos.
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o 
Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de 
moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma boa 
opção de investimento para a sociedade.
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da dívida 
pública, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, 
Saúde e Infraestrutura.
ATENÇÃO!
Os leilões dos títulos públicos são de responsabilidade do BACEN que credencia Instituições 
Financeiras chamadas de Dealers ou líderes de mercado, para que façam efetivamente o leilão 
dos títulos. Nesse caso temos leilão Informal ou Go Around, pois nem todas as instituições são 
classificadas como Dealers.
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS as instituições financeiras, credenciadas pelo 
BACEN, podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob o comando do deste.
Além destas formas de o Governo participar do mercado de capitais, existe o Tesouro Direto, 
que é uma forma que o Governo encontrou que aproxima as pessoas físicas e jurídicas em geral, 
 
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ou não financeiras, da compra de títulos públicos. O tesouro direto é um sistema controlado 
pelo BACEN para que a pessoa física ou jurídica comum possa comprar títulos do Governo, 
dentro de sua própria casa ou escritório.
Redesconto ou empréstimo de liquidez 
Outro instrumento de controle monetário é o Redesconto Bancário, no qual o Banco 
Central concede “empréstimos” às instituições financeiras a taxas acima das praticadas 
no mercado.
Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos somente 
quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de 
recursos depositados não cobre suas necessidades.
Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de 
juros para estimular os bancos a pegar estes empréstimos. Os bancos por sua vez, terão 
mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia 
aquece.
E quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de 
juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos a pegá-los. 
Desta forma, os bancos que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam 
as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia 
desacelera.
Vale ressaltar que o Banco Central é proibido, pela Constituição Brasileira, de emprestar 
dinheiro a qualquer outra instituição que não seja uma instituição financeira.
As operações de Redesconto do Banco Central podem ser:
I – intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez das instituições financeiras ao longo 
do dia. É o chamado Redesconto ajuros zero!
II – de um dia útil, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de descasamento 
de curtíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
III – de até quinze dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse 
quarenta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez provocadas pelo 
descasamento de curto prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e que não caracterizem 
desequilíbrio estrutural; e
IV – de até noventa dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não 
ultrapasse cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste patrimonial de 
instituição financeira com desequilíbrio estrutural.
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ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a compra com 
compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda ocorrem no próprio 
dia entre a instituição financeira tomadora e o Banco Central. 
ATENÇÃO!
Todas as operações feitas elo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que contrata 
com o BACEN assume compromissos com ele para desfazer a operação assim que o BACEN 
solicitar. Sobre a Compra com Compromisso de Revenda temos algumas observações que des-
pencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com compro-
misso de revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira, desde que não 
haja restrições a sua negociação:
I – títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -Selic, 
que integrem a posição de custódia própria da instituição financeira, e
II – outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencialmente com 
garantia real, e outros ativos.
Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil aceitam como garantia exclusivamente os títulos públi-
cos federais, as demais podem ter como garantia qualquer título aceito como garantia pelo 
BACEN.
 
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Recolhimento Compulsório 
Recolhimento compulsório é um dos instrumentos de Política Monetária utilizado pelo 
Governo para aquecer a economia. É um depósito obrigatório feito pelos bancos junto ao 
Banco Central.
Parte de todos os depósitos que são efetuados à vista, ou seja, os depósitos das contas 
correntes, tanto de livre movimentação como de não livre movimentação pelo cliente, pela 
população junto aos bancos vão para o Banco Central. O Conselho Monetário Nacional e/
ou o Banco Central fixam esta taxa de recolhimento. Esta taxa é variável, de acordo com os 
interesses do Governo em acelerar ou não a economia.
Isso porque ao reduzir o nível do recolhimento, sobram mais recursos nas mãos dos bancos 
para serem emprestados aos clientes, e, com isso, gerando maior volume de recursos 
no mercado. Já quando os níveis do recolhimento aumentam, as instituições financeiras 
reduzem seu volume de recursos, liberando menos crédito e, consequentemente, 
reduzindo o volume de recursos no mercado. 
O recolhimento compulsório tem por finalidade aumentar ou diminuir a circulação de 
moeda no País. Quando o Governo precisa diminuir a circulação de moedas no país, o 
Banco Central aumenta a taxa do compulsório, pois desta forma as instituições financeiras 
terão menos crédito disponível para população, portanto, a economia acaba encolhendo.
Ocorre o inverso quando o Governo precisa aumentar a circulação de moedas no país. 
A taxa do compulsório diminui e com isso as instituições financeiras fazem um depósito 
menor junto ao Banco Central. Desta maneira, os bancos comerciais ficam com mais moeda 
disponível, consequentemente aumentam suas linhas de crédito. Com mais dinheiro em 
circulação, há o aumento de consumo e a economia tende a crescer. 
As instituições financeiras podem fazer transferências voluntárias, porém, o depósito 
compulsório é obrigatório, isso porque os valores que são recolhidos ao Banco Central são 
remunerados por ele para que a instituição financeira não tenha prejuízos com os recursos 
parados junto ao BACEN. Para as IFs é vantajoso se estiverem com sobra de recursos no fim 
do dia.
Além disso o Recolhimento Compulsório pode variar em função das seguintes situações:
1. Regiões Geoeconômicas (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
2. Prioridades de aplicações, ou seja, necessidade do Governo (Redação dada pelo Del nº 
1.959, de 14/09/82)
3. Natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
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Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são estabelecidos pelo CMN ou pelo BACEN da 
seguinte forma:
Determinar compulsório 
sobre Depósito à vista Até 100%
Somente o BACEN 
determina e recolhe
Determinar compulsório 
sobre demais Títulos 
Contábeis e Financeiros
Até 60% CMN determina OU BACEN determina e recolhe
ATENÇÃO!
O CMN só determina a taxa do compulsório sobre os títulos contábeis, e mesmo quando 
determina, não recebe o recolhimento, apenas determina a taxa, e o recolhimento é feito 
sempre pelo Banco Central. 
Este recolhimento pode ser feito em espécie (papel moeda), através de transferências 
eletrônicas para contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao BACEN ou até mesmo 
através de compra e venda de títulos públicos federais. 
FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO
Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197, de 31.08.1995, o Conselho Monetário Nacional 
– CMN autoriza a “constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar 
mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras”.
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova entidade são aprovados. Cria-se, 
portanto, o Fundo Garantidor de Créditos – FGC, associação civil sem fins lucrativos, com 
personalidade jurídica de direito privado, através da Resolução 2.211, de 16.11.1995.
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas, 
nas situações de:
 • Decretar da intervenção ou da liquidação extrajudicial de instituição associada;
 • Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição 
associada que, nos termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes referidos 
no item anterior.
Integra também o objeto do FGC, consideradas as finalidades de contribuir para a manutenção 
da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e prevenção de crise sistêmica bancária, a 
contratação de operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo operações de 
liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de empresas por estas 
indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.
 
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ATENÇÃO! 
Critérios para Pagamento
O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por instituição financeira ou conglomerado. 
Limite de Cobertura Ordinária
Até R$ 250.000,00 por conta ou conglomerado financeiro. Se a conta possuir mais de um titular, 
o valor de 250 mil será dividido pelo número de titulares, ou seja, não são 250 mil por cada, 
mas sim por todos, ok?
Adesão Compulsória
A adesão das instituições financeiras e as associações de poupança e empréstimo em 
funcionamento no País – não contemplando as cooperativas de crédito e as seções de crédito 
das cooperativas, é realizada de forma compulsória. As autorizações do Banco Central do Brasil 
para funcionamento de novas instituições financeiras estão condicionadas à adesão ao FGC.
O FGC possui norma legal que explicita os critérios e limites de proteção ao Sistema Financeiro 
Nacional - Resolução 4.222, de 23 de maio de 2013.
Depósitos Garantidos
 • Depósitos à vista (contas correntes)
 • Depósitos de poupança;
 • Depósitos a prazo CDB e RDB;
 • Depósitos mantidos em contas nãomovimentáveis por cheques destinadas a salários;
 • Letras de câmbio;
 • Letras imobiliárias;
 • Letras hipotecárias;
 • Letras de crédito imobiliário;
 • Letras de crédito do agronegócio (LCA);
 • Operações compromissadas que têm como objetivo títulos emitidos após 8 de março de 
2012 por empresa ligada. (ULTIMO A ENTRAR!)
ATENÇÃO! O atraso no recolhimento da contribuição ordinária devida implica, para a instituição 
associada ao FGC responsável pela contribuição, multa de 2% sobre o respectivo valor, acrescido 
de atualização com base na taxa Selic. Conforme Circular 3.164 de 2002. 
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ATENÇÃO! A regra padrão é que o FGC garante os depósitos até 250 mil reais por conta ou 
conglomerado financeiro, entretanto existe uma forma de depósitos a prazo chamada DPGE – 
Depósitos a Prazo com Garantia Especial do FGC – que é garantido pelo FGC até o limite de 20 
milhões de reais, o que o torna especial. Vale destacar que nesta modalidade o FGC não admite 
conta conjunta, mas apenas individual. 
 O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que estabelece a forma de 
contribuição das instituições associadas ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito 
(FGCoop), bem como aprova seu estatuto e regulamento. Conforme previsto na Resolução 
nº 4.150, de 30.10.2012, esse fundo terá como instituições associadas todas as cooperativas 
singulares de crédito do Brasil e os bancos cooperativos integrantes do Sistema Nacional de 
Crédito Cooperativo (SNCC).
De acordo com seu estatuto, o FGCoop tem por objeto prestar garantia de créditos nos casos 
de decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada, até o 
limite de R$250 mil reais por pessoa, bem como contratar operações de assistência, de suporte 
financeiro e de liquidez com essas instituições.
A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo será de 0,0125% dos 
saldos das obrigações garantidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo 
Fundo Garantidor de Créditos dos bancos, o FGC, ou seja, os depósitos à vista e a prazo, as 
letras de crédito do agronegócio.
ATENÇÃO! As Cooperativas de Crédito e os Bancos Cooperativos não fazem mais parte do FGC, 
apenas fazem parte do FGCOOP. O FGCOOP (Fundo Garantidor do Cooperativismo) tem as 
mesmas coberturas do FGC, mesmos critérios e mesmos objetivos.
ATENÇÃO! Algumas mudanças que ocorreram no FGC em 2017.
 
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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA
Como vimos anteriormente, além das Sociedades de Capitalização, das seguradoras e das En-
tidades Abertas de Previdência Complementar, existem as Entidades Fechadas de Previdência 
complementar. Entretanto, estas não são subordinadas ao CNSP nem, tampouco, são fiscaliza-
das pela SUSEP. Vejamos:
CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra a 
estrutura do Ministério da Fazenda Nacional, REUNINDO-SE TRIMESTRALMENTE, e cuja com-
petência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas 
de previdência complementar (fundos de pensão).
O CNPC é o novo órgão com a função de regular o regime de previdência complementar ope-
rado pelas entidades fechadas de previdência complementar, nova denominação do Conselho 
de Gestão da Previdência Complementar.

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