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CÉLULAS DA RESPOSTA IMUNE INATA MACRÓFAGOS Mononucleares, responsáveis pela fagocitose e lise dos antígenos. Produzem citocinas. Grânulos enzimáticos em seu citosol. Possuem diferentes nomenclaturas em diferentes tecidos, como, por exemplo, osteoclastos no tecido ósseo, macrófago alveolar nos pulmões, células de Kupfer no fígado e micróglia no tecido cerebral. Derivam dos monócitos do sangue. Possuem função de fagocitose e limpeza após infecções e danos teciduais, removendo restos celulares e células mortas, e também neutrófilos que se acumulam em locais de infecção. São células apresentadoras de antígenos pois apresentam aos linfócitos T os antígenos metabolizados para geração da resposta imune adaptativa. Promovem reparo tecidual por síntese de matriz extracelular (fibrose) e angiogênese. Algumas citocinas ativam os macrófagos para destruição de antígenos (ativação clássica) e outras citocinas ativam-nos para remodelamento e reparo tecidual (ativação alternativa). MONÓCITOS Agranulares Grupo heterogêneo Subgrupos distinguíveis pelos marcadores de superfície celular e funções. Monócitos clássicos: mais numerosos, - CD14++CD16 -, produzem abundantes mediadores inflamatórios e são rapidamente recrutados para locais de infecção e tecido danificado. Monócitos não clássicos: minoria, - CD14+CD16++ -, contribuem para o reparo tecidual após a lesão. Diferenciam-se em macrófagos ao sair do sangue para o tecidos. Possuem a função de defender o organismo de corpos estranhos, como vírus e bactérias. NEUTRÓFILOS Células polimorfonucleadas, com núcleo polilobulado (2 a 5 lóbulos). Possui grânulos enzimáticos Específicos: lisozima, colagenase e elastase; Aurofílicos: lisossomas Possuem função de fagocitose. Atuam na fase inicial da resposta imune, possuem rápida migração. São fagócitos chamados “kamikaze” pois ao destruírem o antígeno, também são destruídos, ocorrendo geração de exsudato purulento (pus). A destruição do antígeno ocorre por meio da liberação de enzimas hidrolíticas e espécies reativas de oxigênio. Rede extracelular (NETs): extrusão de seu DNA e conteúdo dos seus grânulos, fazendo o sequestro e destruição de patógenos. MASTÓCITOS Resposta imune inata e adaptativa Presente nos tecidos, mucosa, epitélios, adjacentes a vasos sanguíneos Fator de citocina de célula tronco é essencial para seu desenvolvimento Possui grânulos de aminas biogênicas, principalmente histamina Resposta imune alérgica Receptores de alta afinidade para IgE (imunoglobulina E, anticorpo) Ativado por estímulo e libera grânulos de histamina Respostas: - 5 minutos de ativação: liberação de aminas biogênicas, histamina, heparina, - catepsina G, enzimas proteolíticas, triptase. - 10-30 minutos de ativação: prostaglandinas, leucotrienos, mediadores inflamatórios - dias e horas: citocinas (quimiocinas), pró inflamatórias e recrutamento de células para reparo tecidual e sinalização para outras células. Mastócitos possuem receptores de histamina para a extrusão dos grânulos, favorece a produção da NO-sintetase, causando vasodilatação via GMPc para aumento da superfície de contato para outras células inflamatórias, favorecendo a infiltração de outros leucócitos. Ativado promove: vasodilatação, extravasamento vascular, broncoconstrição, hipermotilidade intestinal, inflamação, dano tecidual*. *Pode ocorrer dano em tecido sadio devido a triptase, em ativação excessiva de mastócitos. Mastocitose: proliferação e acúmulo tissular de mastócitos. Cutânea: limitada à pele mais presente na infância, benigna e com regressão na adolescência. Ocorre formação de lesão urticária ou mastocitoma (nódulo avermelhado), geralmente assintomáticos mas pode ter prurido associado. Sistêmica: atinge outros órgãos , podendo ser progressiva e até fatal. BASÓFILOS Granulócito circulante no sangue, produzido na medula Baixa concentração sanguínea <1% Participação nas reações alérgicas Receptores de IgE Basofilia alta: asma, rinite, sinusite, colite ulcerativa, anemia hemolítica EOSINÓFILOS Granulócito circulante, sanguíneo Em tecidos periféricos: ativo na mucosa do TGI, trato respiratório e genito-urinário. Produção de enzimas parasiticidas (proteínas catiônicas granulares), que também podem lesar tecido normal (devido a enzima peroxidase eosinofílica) Precisa de interleucinas (IL-3 E IL-5) e fatores de crescimento granulocítico-macrofágico liberados pelos linfócitos para sua maturação. A IL-5 aumenta a capacidade do eosinófilo de liberar seus grânulos Os níveis de eosinófilos são inversamente proporcionais aos níveis de cortisol no plasma (ritmo circadiano): níveis mais baixos pela manhã e altos a tarde. Eosinofilia: aumento significativo (>5%) e duradouro dos eosinófilos em circulação. Geralmente devido a doenças parasitárias (eosinofilia severa), alérgicas (eosinofilia leve a moderada) e inflamatórias. pode ser causada por doenças parasitárias, alérgicas, inflamatórias, reação medicamentosa e alguns tumores, rinite alérgica, pneumonias, asma, dermatite atópica, doença de wells, angioedema, psoríase, brucelose... Situações mais raras, clonais ou idiopáticas cursam com danos severos aos tecidos em consequência da infiltração eosinofílica. Eosinofilia reacional: mais frequente, reação inflamatória contra parasitas, alergias, lesão de pele ou condição maligna não hematológica. Aumento de citocinas. Ecto ou endoparasitas, quanto mais complexo o ciclo do parasita e quanto mais órgãos ele passa, maior será a eosinofilia. Algumas drogas podem desencadear eosinofilia. Eosinofilia clonal: presença de alteração clonal, pode indicar doença clonal medular, neoplasias mieloides e linfoides, leucemia eosinofílica crônica, mais comum em homens por volta dos 40 anos. Pode ocorrer danos cardíacos pela infiltração de eosinófilos no endocárdio. Podem ocorrer neuropatias. CÉLULAS NATURAL KILLERS (NK) Granulócito Células de origem linfoide inata 5 a 15% das células circulantes e no baço Promovem morte de células infectadas por meio da sinalização com outras células Elas utilizam receptores que identificam DNA para diferenciar das células saudáveis das infectadas. Esses receptores reconhecem moléculas nas superfícies celulares e geram sinais que inibem (moléculas em células saudáveis) ou promovem (moléculas em células danificadas) respostas NK. As células NK reconhecem o MHC como marcador de célula saudável e reconhecem sua ausência como indicação de infecção ou dano. Produzem interferon (IFN-ϒ) para sinalizar outras células NK e células da imunidade adaptativa (linfócitos) Resposta imune inata viral (interferon) Combatem células tumorais (atividade antitumoral) Grânulos de perforina: facilitam a entrada de granzimas no citosol da célula alvo, para induzir a apoptose da célula alvo. Contém a infecção e ganha tempo para a imunidade adaptativa (mediada por células T) começar a agir. CÉLULAS DENDRÍTICAS Células apresentadoras de antígenos (APC): fagocitam patógenos e depois se deslocam para o linfonodo onde se encontram os linfócitos e apresentam os antígenos a eles. Família heterogênea de células. Necessitam da citocina ligante Flt3 para sua maturação. Possuem origem linfoide e mielóide. Possuem prolongamentos citoplasmáticos que se parecem com dendritos. Presentes nos epitélios e dendritos. Fazem um elo entre imunidade inata e adaptativa. 2 classes: Célula dendrítica clássica (migram para os linfonodos e apresentam antígenos para as células T) e plasmocitóide (respondedores precoces à infecção viral, produzindo interferons tipo I com atividade antiviral). Nomes especiais em certos tecidos: na pele são células de Langerhans, Função de apresentar antígeno para as células da imunidade adaptativa (linfócitos T) Promovem reconhecimento (receptores toll like) Muito sensíveis para PAMPs e DAMPs Únicas capazes de disparar resposta imune adaptativa mediada por células T CÉLULAS DENDRÍTICAS FOLICULARES Células com projeções membranosas, encontradas entremeadas às células B ativadas nos folículos de linfonodos, baço e tecidos linfoides mucosos. Não são derivadosda medula. Não possuem conexão com as células dendriticas apresentadoras de antígenos aos linfócitos T. Ligam e apresentam antígenos para as células B.
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