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trabalho de TCC Problemas de saúde no aquecimento global

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Problemas de saúde no aquecimento global 
1. Aumento do risco de problemas respiratórios
O aumento no risco de problemas respiratórios causados por alergias, asma, doenças pulmonares crônicas e câncer de pulmão, pode ser uma das consequências do aquecimento global. Isso porque as mudanças nas concentrações de dióxido de carbono, temperatura atmosférica e precipitação podem elevar a quantidade de ozônio, pólen, esporos de mofo, partículas finas e substâncias químicas no ar que respiramos, e podem irritar e danificar os pulmões e as vias aéreas.
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Se você estiver enfrentando problemas respiratórios, se possível, procure se mudar de cidade, ou ficar menos tempo no trânsito (mesmo com os vidros fechados os motoristas inalam os gases nocivos emitidos por escapamentos). Procure ajuda médica se apresentar sintomas respiratórios ou alérgicos. Procure ficar mais tempo em áreas verdes.
2. Aumento do risco de câncer de pele e catarata
A diminuição do ozônio na estratosfera permite que mais radiação ultravioleta chegue à superfície da Terra, o que pode resultar em aumento do risco de câncer de pele e em cataratas.
O problema é que a população acredita estar protegida ao usar protetor solar, quando, na verdade, o próprio protetor contém uma substância cancerígena, a oxibenzona. Entenda melhor esse tema na matéria: "Oxibenzona: composto tóxico está presente em protetor solar".
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Há quem diga que o óleo de coco é uma alternativa que pode exercer uma proteção solar até certo nível sem apresentar efeitos nocivos para a pele, sendo um substituto ao protetor solar de farmácia. Entretanto, são necessários estudos que comprovem sua eficácia para essa função. Por enquanto, só há pesquisas que mostra seu poder hidratante. Entenda melhor esse tema na matéria: "Óleo de coco faz bem para a pele. Entenda e saiba como usar".
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3. Aumento do risco de doença cardiovascular e AVC
Outras consequências do aquecimento global para a saúde são os aumentos do risco de doenças cardiovascular e acidente vascular cerebral (AVC). As temperaturas extremas somadas à pior qualidade do ar e ao estresse causado por eventos climáticos intensos podem sobrecarregar o sistema cardiovascular. Além disso, as mudanças climáticas podem contribuir para a disseminação de alguns insetos vetores de doenças que podem afetar o coração, como a doença de Lyme e a doença de Chagas.
Não deixe de conferir a previsão do tempo. Proteja-se de temperaturas extremas permanecendo em ambientes fechados ou pelo menos ficando na sombra ou bem abrigado. Faça check-ups com regularidade para avaliar a saúde cardiovascular, e não ignore sintomas como dor no peito ou no braço, ou dificuldade de locomoção, fala ou de pensamento. Tente controlar o estresse. Proteja-se contra insetos. Saiba mais dicas nas matérias:
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4. Exaustão por calor ou insolação
As temperaturas podem chegar a graus tão extremos de calor que as pessoas podem vir a falecer. Saiba mais sobre esse tema na matéria: "Mudança climática trará mais mortes por ondas de calor".
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Não deixe de conferir a previsão do tempo. Reduza o tempo ao ar livre quando estiver muito quente. Use roupas leves, bonés e chapéus no calor.
5. Desnutrição e obesidade
As alterações climáticas podem afetar negativamente a produção de alimentos, atingindo plantas e animais, levando a diminuição da disponibilidade de alimentos naturais e saudáveis, como frutas e verduras.
A alteração climática também pode aumentar a população de insetos, levando ao uso de mais pesticidas e produtos químicos que poderiam permanecer na comida. Eventos climáticos extremos podem levar à contaminação do suprimento de alimentos com toxinas, como chumbo, mercúrio e arsênio. Além disso, podem ocorrer florações de algas tóxicas, que podem atingir a população de peixes e, em última instância, você.
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Tudo isso pode causar o aumento da dependência de alimentos altamente processados e pouco saudáveis.
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Fique atento ao conteúdo nutricional da própria comida. Tente escolher alimentos menos processados e que não tenham muito açúcar, sal ou ingredientes artificiais. Converse sobre a sua dieta com o seu médico ou nutricionista. Conheça seu corpo e jamais terceirize as decisões sobre ele. Para obter nutrientes, é melhor confiar em comida de verdade, não em suplementos.
6. Doenças transmitidas por alimentos
Mudanças na temperatura, precipitação e níveis do mar, bem como eventos climáticos extremos, podem criar condições ótimas para a propagação de micróbios causadores de doenças, como o vibrião, que podem contaminar os alimentos.
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Acompanhe os alertas governamentais sobre doenças transmitidas por alimentos e pesquise sobre as notificações de ocorrências de diferentes empresas de produção e venda de alimentos. Verifique as regras de segurança alimentar em vigor e se elas estão sendo cumpridas. Os regulamentos existem para proteger o consumidor.
Use boas práticas de preparo de alimentos, como lavar as mãos frequentemente e com cuidado, limpar utensílios e outros objetos que tenham tocado em alimentos crus ou potencialmente contaminados, e cozinhe adequadamente os alimentos.
Se você acha que pode estar sofrendo de uma doença de origem alimentar, procure ajuda médica assim que possível. Alguns casos podem ser perigosos e fatais. Além disso, o hospital pode notificar as autoridades no caso de suspeita de surto.
7. Saúde mental e problemas relacionados com o estresse
Eventos climáticos extremos, como inundações, incêndios florestais e tornados não são divertidos. Muito menos a poluição, a menos que você esteja lucrando com isso. Mesmo pequenas mudanças na temperatura, na precipitação e no nível do mar podem afetar a maneira como você se sente. Um estudo mostrou que uma das consequências do aquecimento global pode ser o aumento no risco de suicídio. Entenda melhor esse tema na matéria: "Aquecimento global aumenta risco de suicídio, segundo estudo".
Fique atento à própria saúde mental. Não tenha vergonha ou estigma em admitir que você não se sente bem ou está enfrentando problemas de saúde mental. Converse sobre a sua saúde mental com profissionais de saúde.
8. Doenças transmitidas por insetos
Mudanças na temperatura, precipitação, umidade e outros padrões climáticos podem facilitar a disseminação, persistência e comportamento de mosquitos, barbeiros, carrapatos e outros insetos que podem transmitir doenças como malária, dengue, zika, doença de Chagas, febre do Nilo Ocidental e doença de Lyme.
Conheça onde esses insetos vivem normalmente e como isso pode estar mudando. Use roupas de proteção e repelente de insetos se houver exposição. Fique em ambiente fechado durante os horários em que os mosquitos atacam. Livre-se de tudo que possa permitir a criação de insetos, como água parada em baldes, banheiras ou pneus.
Informe sua médica ou médico sobre viagens para algum lugar novo, que possa ter risco de transmissão de doenças por insetos. Talvez seja preciso fazer exames para algumas doenças caso você tenha risco de contraí-las, então compartilheos seus hábitos ao ar livre com profissional da saúde.
9. Os quatro Ds
Em inglês, o termo "quatro Ds" se refere à: damage, distress, disease, and death. Em português significa, respectivamente: dano, angústia, doença e morte. Mesmo mudanças relativamente pequenas na temperatura, umidade e outras aspectos ambientais podem desencadear eventos extremos, como incêndios florestais, deslizamentos de terra, furacões ou inundações.
Esteja preparado para esses eventos extremos. Certifique-se de que sua casa esteja abastecida com suprimentos de emergência e saiba como agir em diferentes tipos de eventos. Fique atento aos avisos e alertas de desastres. Procure atendimento médico se você se machucar durante um evento extremo. Você pode estar mais machucado do que você pensa.
10. Problemas de fertilidade
Só conhecemos a ponta do iceberg (que, a propósito, pode estar derretendo) das consequências do aquecimento global para a saúde. Pesquisas da University of California, Los Angeles (UCLA) mostraram que as mudanças climáticas podem estar afetando a fertilidade.
https://www.ecycle.com.br/7228-consequencias-do-aquecimento-global-saude
Aquecimento global pode ter impacto negativo na saúde, aponta relatório
Documento assinado por 27 entidades faz prognóstico de mais problemas cardiovasculares e renais.
“A saúde da população brasileira está ligada à floresta Amazônica”, afirma um amplo relatório sobre o efeito das mudanças climáticas sobre a saúde humana. Problemas mentais, riscos cardiovasculares e doenças transmitidas por vetores podem ser agravados pelo que virá a ser o clima no futuro. 
As conclusões fazem parte do estudo Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate Change (em tradução livre, Acompanhando os Progressos em Saúde e Mudanças Climáticas), lançado anualmente desde 2016. 
O estudo recém-publicado conta com a participação de 27 instituições, da ONU e de agências governamentais de todos os continentes. 
O relatório —especificamente a parte que fala sobre o Brasil— afirma que, mesmo não levando em conta dados sobre desmatamento, o caso brasileiro merece menção para ilustrar as relações críticas entre mudança climática, destruição de florestas e saúde. 
As mudanças do uso da terra —desmatamento, em linhas gerais—, junto a agropecuária, eleva as emissões do país e, consequentemente, contribui para o aquecimento global. 
“Muitas vezes não relacionamos o quão grave é desmatar e quanto isso afeta a saúde das pessoas, quanto reduz a expectativa de vida”, diz Mayara Floss, uma das pesquisadoras que escreveu o documento. 
No caso do Brasil, dados mostram que há relação entre o fogo na Amazônia, doenças respiratórias e o aumento de admissões em hospitais durante o período de queimadas.
“Para cada quilômetro quadrado de mata que derrubamos, há descobertas que deixamos de fazer”, diz Floss, membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, uma das organizações que participou do estudo —junto aos também brasileiros Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). 
Em nível global, o estudo da Lancet afirma que as tendências apontam um “risco inaceitável” à saúde atual e futura da população.
Por exemplo, as ondas de calor estão entre os principais elementos que podem trazer problemas à saúde. Segundo a pesquisa, em 2017 (em comparação a 2000), 157 milhões de pessoas a mais foram atingidas de alguma forma. No Brasil, observa-se que essas ondas foram mais intensas nos anos de 2014 e 2015 e calcula-se que a Amazônia deve ser particularmente impactada pelas altas temperaturas no futuro. 
As regiões mais propensas às complicações de saúde, porém, são Europa e o Mediterrâneo oriental. Espera-se que haja aumento de problemas cardiovasculares e renais, por exemplo.
Uma das explicações para a susceptibilidade é a presença nessas áreas de populações com mais de 65 anos vivendo em áreas urbanas, o que aumenta os riscos. Crianças, mulheres grávidas e pessoas com diabetes e doenças respiratórias crônicas também são consideradas mais vulneráveis às ondas de calor.
Fora os problemas de saúde, a força de trabalho também será impactada. O relatório documenta que, em 2017, 153 bilhões de horas de trabalho foram perdidas por esse motivo. Quem mais sofre com isso no Brasil são os trabalhadores agrícolas.
Os efeitos das mudanças climáticas já podem ser vistas no presente em eventos como os incêndios que se alastraram pela costa oeste dos EUA e nas mortes recentes na Europa devido ao calor.
Para o Brasil e América Latina, além de inundações e secas, outra grande preocupação são doenças transmitidas por vetores —leia-se dengue, febre amarela, zika, chikungunya e outras arboviroses. 
De acordo com o relatório, em 2016, a capacidade de transmissão dos vetores da dengue (considerando que a distribuição de mosquitos transmissores é afetada por temperatura, chuvas e grau de urbanização) foi a maior já registrada na história. No Brasil, entre 1950 e 2010, a do Aedes aegypti aumentou 6% e a do Aedes albopictus, silvícola, em 11%.
O impacto das mudanças climáticas sobre a saúde mental também foi abordado. Dependendo da intensidade, frequência e duração de eventos extremos, pode-se ter um aumento no problema. O estudo afirma que há evidências de que ondas de calor podem fazer crescer o número de suicídios.
A pesquisa conclui que, mesmo já havendo preocupação em fóruns mundiais quanto ao tema, as adaptações para o novo panorama ainda são lentas e dispõem de menos recursos do que o desejável (Folha de S.Paulo, 29/11/18)
https://www.brasilagro.com.br/conteudo/aquecimento-global-pode-ter-impacto-negativo-na-saude-aponta-relatorio.html
Aquecimento global já prejudica a saúde humana, aponta estudo americano
Agravamento de doenças crônicas e aumento dos casos de alergia estão entre os males citados pelo levantamento da Sociedade Torácica Americana
postado em 09/10/2016 06:00
Para a comunidade médica internacional, o aquecimento global é uma realidade e já prejudica a saúde humana, mostra um estudo divulgado pela Sociedade Torácica Americana (ATS) ontem. Entre os principais problemas que as mudanças climáticas têm causado na população estão o agravamento de doenças crônicas, o aumento dos casos de alergia e um número maior de ferimentos provocados por eventos extremos, como tempestades e furacões.
A pesquisa conduzida pela ATS contou com a participação de 489 membros da entidade médica de 68 países — o levantamento só foi feito com especialistas de fora dos Estados Unidos. Os voluntários responderam um questionário por e-mail no qual apresentavam suas crenças e conhecimentos a respeito das mudanças climáticas. Para 96% dos entrevistados, o fenômeno é real e está em curso, e 80% disseram que o aquecimento do planeta já traz um impacto grande ou moderado sobre a saúde da população de suas nações. Além disso, 70% julgam que o homem é um dos responsáveis pelo calor crescente no globo.
Segundo John Balmes, um dos autores do estudo e ex-diretor do Comitê de Políticas de Saúde e Ambiente da ATS, os dados corroboram os resultados mostrados em um levantamento anterior, feito em 2014 com médicos norte-americanos. “A resposta dos médicos internacionais ressalta aquela dada pelos especialistas americanos, que também haviam notado um aumento na gravidade de doenças relacionadas à poluição, principalmente asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia e doenças cardiovasculares”, afirma o médico em um comunicado.
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O levantamento publicado ontem, inclusive, indica que a comunidade médica internacional se mostra até mais preocupada que a norte-americana, na qual o índice de especialistas que já veem os efeitos do clima sobre a saúde ficou na casa dos 89%, 7% a menos que a taxa média observada nos demais países. “Muitos itens sugerem que os respondentes internacionais percebem um impacto maior do aquecimento global sobre seus pacientes”, escrevem os autores no artigo, publicado na revista especializadaAnnals ATS.
Para 88% dos profissionais consultados é possível relacionar efeitos do aquecimento global com a maior severidade de doenças crônicas. O aumento de sintomas alérgicos provocados por plantas e mofo foi citado por 72% dos participantes, sendo seguido por mal-estar provocado pelo calor (70%), ferimentos decorrentes de eventos extremos (69%) e infecções causadas por vetores, como a dengue e o zika (59%). Diarreia e outros males causados por água ou comida contaminada também foram mencionados por 55%.
Acordo
Até agora, a principal medida tomada pela comunidade internacional para frear o aquecimento do planeta é o Acordo de Paris, um documento elaborado por todos os países-membros das Nações Unidas no fim do ano passado, na capital francesa. O pacto tem o objetivo de, por meio de esforços globais, impedir que o aquecimento da Terra alcance os 2ºC, tendo como referência as temperaturas registradas antes da Revolução Industrial, no século 18.
Para entrar em vigor, o acordo necessitava ser ratificado por um mínimo de 55 países que, juntos, representassem pelo menos 55% das emissões de gases causadores do efeito estufa. Ontem, uma cerimônia das Nações Unidas celebrou o fato de essa meta ter sido alcançada na quarta-feira passada, graças à aprovação do documento pelos parlamentos de sete países da União Europeia. Com isso, o Acordo de Paris entrará em vigor em 4 de novembro. “Graças a esse fato, as duas condições necessárias para que o acordo passe a valer foram alcançadas”, disse, à rede de tevê americana ABC, Laszlo Solymos, ministro do Meio Ambiente da Eslováquia.
O Brasil ratificou o tratado em 12 de setembro. Na Cúpula do Clima de Paris, no ano passado, o país assumiu a meta de reduzir as emissões de poluentes em 37% até 2025, e 43% até 2030, tendo como base o total emitido em 2005. Para especialistas, o Estado brasileiro não deve ter dificuldade em alcançar esse objetivo porque grande parte do trabalho foi feito na última década, especialmente graças à redução do desmatamento.
Valor indígena
Assegurar a posse de terras a indígenas que vivem na Amazônia pode trazer a Brasil, Bolívia e Colômbia lucros econômicos e climáticos que podem superar US$ 1 trilhão, afirma estudo divulgado ontem. As vantagens econômicas viriam de benefícios como água limpa, conservação do solo, polinização de culturas agrícolas, biodiversidade e controle de inundações. “As terras indígenas com posse assegurada podem reduzir o desmatamento e absorver o carbono, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa e ajudando a frear as mudanças climáticas”, afirma a World Resources Institute (WRI), ONG responsável pelo trabalho.
Para cada um dos três países analisados, foi feita uma estimativa diferente do quanto as terras indígenas poderiam gerar. A rentabilidade do Brasil oscilaria entre US$ 523 bilhões e US$ 1,165 trilhão nas próximas duas décadas. Para a Bolívia, esse valor é estimado entre US$ 54 bilhões e US$ 119 bilhões. E para a Colômbia, entre US$ 123 bilhões e US$ 277 bilhões. “Há uma clara motivação econômica em assegurar que os povos indígenas tenham direitos seguros sobre suas terras. Garantir a posse da terra não só é o correto, é uma das estratégias de mitigação das mudanças climáticas mais rentáveis do mundo”, diz o presidente do WRI, Andrew Steer.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2016/10/09/interna_ciencia_saude,552467/aquecimento-global-ja-prejudica-a-saude-humana-aponta-estudo-american.shtml
Representantes de quase 200 países estão reunidos na Polônia para conversar sobre mudança climática - com o objetivo de dar vida nova ao Acordo de Paris.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a meta do Acordo de Paris, assinado em 2015, de limitar o aumento da temperatura média global "abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais" corre o risco de não ser alcançada porque as principais economias, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, estão aquém de suas promessas.
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Ao mesmo tempo, os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) - principal órgão internacional sobre aquecimento global - argumentaram no mês passado que o compromisso de 2°C do Acordo de Paris não seria suficiente. Na verdade, o aumento da temperatura média global precisava ser mantido abaixo de 1,5 °C em relação ao período pré-industrial.
Mas, afinal, o quão quente o planeta ficou e o que podemos fazer em relação a isso?
1. O mundo está ficando mais quente
O planeta está agora quase um grau mais quente do que estava antes do processo de industrialização, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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A temperatura média global nos primeiros 10 meses de 2018 ficou 0,98ºC acima dos níveis de 1850-1900, segundo cinco relatórios de dados globais mantidos de forma independente.
Os 20 anos mais quentes foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que 2015 a 2018 ocupam os quatro primeiros lugares do ranking, diz a OMM.
Se essa tendência continuar, as temperaturas poderão subir de 3 a 5 graus até 2100.
Um grau pode não parecer muito, mas, segundo o IPCC, se os países não tomarem uma atitude, o mundo enfrentará mudanças catastróficas - o nível do mar vai subir, a temperatura e a acidez dos oceanos vão aumentar e a nossa capacidade de cultivar alimentos como arroz, milho e trigo estaria ameaçada.
2. O ano de 2018 bateu todos os tipos de recordes
Neste ano foram registradas temperaturas altas em diversos lugares do mundo em meio a um período de clima quente excepcionalmente prolongado.
Grandes porções do hemisfério norte presenciaram uma sucessão de ondas de calor que atingiu Europa, Ásia, América do Norte e norte da África - resultado de fortes sistemas de alta pressão que criaram uma "redoma de calor".
No período indicado no mapa abaixo (maio a julho de 2018), os pontos amarelos mostram onde o recorde de calor foi quebrado em determinada data, os rosas apontam os lugares mais quentes no mês em questão, e os vermelhos escuros representam os locais mais quentes desde que os registros começaram.
As temperaturas mais altas destas regiões
Fonte: Robert A. Rohde/Berkeley Earth. Mapa criado em Carto
A preocupação é que essas ondas de calor e frentes frias estejam sendo bloqueadas - represadas em regiões por longos períodos - com maior frequência devido às mudanças climáticas, levando a eventos climáticos extremos.
3. Não estamos no caminho certo para atingir as metas de mudança climática
Se somarmos todas as promessas para reduzir as emissões de gases que provocam efeito estufa pelos países que assinaram o Acordo de Paris, o mundo ainda esquentaria em mais de 3°C até o fim deste século.
Nos últimos três anos, os climatologistas mudaram a definição do que acreditam ser o limite "seguro" da mudança climática.
Por décadas, os pesquisadores argumentaram que o aumento da temperatura global devia ser mantido abaixo de 2°C até o fim deste século para evitar consequências mais graves.
Os países que assinaram o acordo de Paris se comprometeram a manter as temperaturas "bem abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais e a buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C".
Mas os cientistas concordam agora que, na verdade, precisamos manter os aumentos de temperatura abaixo de 1,5°C.
4. Os maiores emissores são a China e os EUA
Os países que emitem mais gases de efeito estufa são, de longe, a China e os EUA. Juntos, eles são responsáveis por mais de 40% do total global de emissões, de acordo com dados de 2017 do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia e da Agência Holandesade Avaliação Ambiental (PBL).
A política ambiental dos EUA mudou sob o governo de Donald Trump, que adotou uma agenda pró-combustíveis fósseis.
Depois de tomar posse, o presidente americano anunciou a retirada do país do Acordo de Paris.
Na ocasião, Trump disse que queria negociar um novo acordo "justo" que não prejudicasse as empresas e trabalhadores americanos.
5. As áreas urbanas são particularmente ameaçadas
Quase todas as cidades - 95% delas - que enfrentam riscos climáticos graves estão na África ou na Ásia, segundo um relatório da Verisk Maplecroft, consultoria de estratégia e risco.
E são as cidades com crescimento mais rápido que estão correndo mais risco, incluindo megacidades como Lagos, na Nigéria, e Kinshasa, na República Democrática do Congo.
Cerca de 84 das 100 cidades que mais crescem no mundo enfrentam riscos "extremos" de aumento das temperaturas e de fenômenos climáticos extremos.
6. O gelo do Ártico também está ameaçado
A extensão do gelo do mar do Ártico diminuiu nos últimos anos. Em 2012, chegou ao nível mais baixo já registrado.
As geleiras vêm sendo reduzidas há décadas, com a aceleração do derretimento desde o início dos anos 2000, de acordo com o Comitê de Auditoria Ambiental do Parlamento do Reino Unido.
O Oceano Ártico pode ficar sem gelo no verão antes de 2050, a menos que as emissões sejam reduzidas, acrescenta o comitê.
A OMM descobriu que a extensão do gelo do Ártico em 2018 estava muito menor do que o normal.
7. Todo mundo pode fazer mais para ajudar
Enquanto os governos precisam implementar grandes mudanças, os indivíduos também podem fazer sua parte.
Os cientistas dizem que todos nós temos de adotar "mudanças rápidas, abrangentes e sem precedentes" no nosso estilo de vida, a fim de evitar danos mais severos ao clima.
O IPCC diz que precisamos comprar menos carne, leite, queijo e manteiga; comer mais alimentos sazonais de origem local - e desperdiçar menos; dirigir carros elétricos, mas caminhar ou pedalar distâncias curtas; pegar trens e ônibus em vez de aviões; substituir viagens de negócios por videoconferências; usar varal em vez de máquina de secar roupa; aprimorar o isolamento térmico das casas; demandar produtos de consumo com baixo teor de carbono.
Mas a melhor maneira de reduzir seu impacto ambiental no planeta é modificando sua dieta, de modo a incluir menos carne - de acordo com estudos recentes.
Os cientistas dizem que devemos consumir menos carne por causa das emissões de carbono que essa indústria produz, assim como outros impactos ambientais negativos.
Um estudo recente publicado na revista científica Science destacou uma enorme variação no impacto ambiental na produção de um mesmo alimento.
O gado de corte criado em terras desmatadas, por exemplo, produz 12 vezes mais emissões de gases de efeito estufa do que os criados em pastagens naturais.
Essencialmente, o estudo mostra que mesmo a carne com o menor impacto ambiental ainda gera mais emissões de gases de efeito estufa do que o cultivo de hortaliças e cereais de maneira sustentável.
Mas, além de alterar nossas dietas, a pesquisa indica que as práticas agrícolas precisam mudar significativamente para beneficiar o meio ambiente.
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46424720

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