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Aula 9 - Sujeitos do Processo o juiz, o Ministério Público e os advogados

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AULA 9: SUJEITOS DO PROCESSO: O JUIZ, O MINISTÉRIO PÚBLICO E OS ADVOGADOS
O juiz
O processo, como categoria jurídica autônoma, é um conjunto de situações jurídicas ativas e passivas (poderes, faculdades, sujeições, deveres e ônus) que se desenvolvem por meio de atos processuais, visando à resolução imparcial dos conflitos existentes em sociedade.
Apresentam o processo, necessariamente:
• sujeitos parciais: autor – quem demanda; e réu – em face de quem a demanda é deduzida;
• sujeito imparcial: juiz ou Estado-juiz.
Entre os princípios que devem reger a atuação do EstadoJuiz na solução do litígio, podemos citar:
• os poderes de instrução;
• o livre convencimento do magistrado;
• o poder de polícia das audiências, de natureza administrativa;
• o poder de direção do processo, de julgamento das pretensões e de imposição dos efeitos de seu julgamento;
• o poder de expedir comandos às partes vinculadas às obrigações de fazer e não fazer;
• a tentativa de conciliação entre os litigantes.
O poder de instrução do juiz encontrase previsto nos seguintes artigos do CPC/2015:
370 - Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
396 - O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
438 - O juiz requisitará às repartições públicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição: I – as certidões necessárias à prova das alegações das partes; II – os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios ou entidades da administração indireta.
461 - O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte: I – a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas; II – a acareação de 2 (duas) ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte, quando, sobre fato determinado que possa influir na decisão da causa, divergirem as suas declarações.
481 - O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
Atenção
Com base nesse poder, ao decidir a causa, o juiz deve buscar todos os elementos importantes para seu julgamento, sem que possa eximirse de atuar no processo, devido à inafastabilidade do controle jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF c/c o art. 140 do CPC/2015).
Nesse sentido, pode o juiz, de ofício, determinar a apresentação das provas necessárias a uma correta apreciação da questão que lhe foi apresentada, não ficando adstrito às provas apresentadas pelas partes. Assim, não estará, de forma alguma, agindo parcialmente, mas, ao contrário, velando pela justiça das decisões e por uma correta aplicação do direito, atendendo aos escopos do processo, cuja efetividade é um de seus princípios.
Quanto ao segundo princípio que rege a atuação do juiz (art. 489, II, do CPC/2015), conforme relatado anteriormente, nosso ordenamento adota o sistema do livre convencimento motivado, ou da persuasão racional, segundo o qual o juiz é livre para proceder à avaliação das provas trazidas aos autos pelas partes ou por ele requisitadas, já que todas elas têm valor relativo, devendo, tão somente, respeitar o princípio constitucional da motivação das decisões jurisdicionais (art. 93, IX, da CF).
O juiz também possui o poderdever de dar efetividade ao contraditório, tratar as partes com igualdade e imprimir celeridade ao procedimento, de modo a garantir a duração razoável do processo.
Disposições Constitucionais relativas aos magistrados
Como regra, os juízes devem ingressar na carreira mediante concurso público de provas e títulos.
Além da seleção rigorosa por que passam os juízes, o art. 94 da CF instituiu a regra do quinto constitucional, determinando que um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será ocupado por membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e por advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de atividade profissional.
São garantias constitucionais dos magistrados:
Vitaliciedade
Significa que o magistrado só pode perder o cargo mediante decisão judicial transitada em julgado, com exceção: no caso do juiz de primeira instância, se estiver durante os dois primeiros anos de exercício, prazo durante o qual a perda dependerá apenas de deliberação do tribunal a que estiver vinculado.
Inamovibilidade
O juiz é imune a transferências de cargo contra sua vontade (mesmo por promoção), salvo por motivo de interesse público, reconhecido pela maioria absoluta dos membros do tribunal a que o magistrado estiver vinculado ou do Conselho Nacional de Justiça (art. 93, VIII, da CF).
Irredutibilidade de subsídio
Proíbe quaisquer alterações que reduzam o valor de seu subsídio, pois tal diminuição possibilitaria a exposição do Poder Judiciário a coações e represálias provenientes de particulares ou de outros Poderes.
Além dessas garantias, a independência do Poder Judiciário é completada pela atribuição conferida aos juízes de governar os próprios serviços, isto é, organizar e administrar os serviços dos órgãos jurisdicionais e seus auxiliares, na forma estabelecida pelo art. 96 da CF.
Saiba Mais
Vitaliciedade - A vitaliciedade difere da estabilidade dos servidores públicos, porque o estável pode perder seu cargo por sentença judicial transitada em julgado ou por procedimento administrativo, enquanto o vitaliciado só poderá perder o cargo na primeira hipótese.
Poderes e deveres dos juízes no CPC/2015
Apesar de vigorar em nosso sistema processual o princípio da inércia jurisdicional, segundo o qual o juiz só pode proferir uma sentença se provocado, uma vez requerida a tutela jurisdicional, o processo se desenvolve por impulso oficial, cabendo ao magistrado, por meio de seus poderes, garantir a marcha adequada.
Dessa forma, o juiz atuará de forma que a tutela seja prestada efetiva e tempestivamente, não podendo, de forma alguma, eximirse de decidir em caso de lacuna ou obscuridade da lei.
Contudo, os poderes do juiz não se esgotam na prestação da tutela jurisdicional, cabendolhe fiscalizar e controlar a relação processual, fazendo com que se desenvolva regular e validamente.
O juiz deve assegurar o equilíbrio da relação processual, com a paridade das armas e a dignidade da Justiça, não tendo, para isso, “nem participação interessada ou facciosa, nem alheamento; nem hipertrofia, nem ausência”.
Leitura
O art. 139 traz um rol de dez incisos que consubstanciam os poderes e deveres do magistrado. Leia aqui os incisos.
Além dos poderes e deveres previstos no art. 139, os arts. 140 e 142 tratam, ainda, de outras importantes questões.
O art. 140 traz a vedação ao non liquet, ou seja o juiz não pode se eximir de julgar.
Ademais, os pronunciamentos judiciais seguem, como regra, o disposto nas leis. É o chamado julgamento de direito.
O parágrafo único do art. 140 permite, em caráter excepcional, o julgamento por equidade, e, mesmo assim, apenas nas hipóteses que estejam taxativamente previstas em lei.
A ideia de equidade remete a um julgamento que busca a justiça no caso concreto, mesmo que, para tanto, seja necessário “contornar” o texto legal. Em outras palavras, há determinadas situações nas quais a decisão que se mostra mais adequada ao caso não decorre, necessariamente, da aplicação literal do texto da lei.
Como exemplo, podemos citar o parágrafo único do art. 723 do CPC/2015, que assim dispõe: “o juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna”.
O art. 141, a seu turno, complementa o princípio da inércia do juiz, também chamado princípio da demanda ou, ainda, princípio dispositivo, previsto no art. 2º do CPC/2015.
Assim, o magistrado deve decidir o mérito da causa nos limites propostos pelas partes (o autor, na petição inicial, e o réu, na contestação).
O juiz não pode conhecer questões não suscitadas pelaspartes, salvo se forem as chamadas questões de ordem pública, ou seja, questões que podem ser examinadas de ofício pelo magistrado, como aquelas previstas no art. 485, § 3º, que serão analisadas adiante. E, mesmo nesses casos, o juiz deverá dar às partes oportunidade de se manifestar antes de decidir, como determina o art. 10, parte final, do CPC/2015.
NON LIQUET - Em outras palavras, o magistrado não pode se eximir do dever de julgar, mesmo que exista lacuna ou obscuridade no ordenamento jurídico. Em tais casos, deve utilizar as técnicas de hermenêutica e, se necessário, as ferramentas de integração da norma, tais como o costume, a analogia e os princípios gerais do direito.
A responsabilidade civil dos juízes
O novo CPC adota um regime único e uniforme para a responsabilização de juízes, promotores e advogados públicos.
O art.143 trata apenas da responsabilidade civil.
A responsabilidade administrativa é prevista na LOMAN, LC35/79.
A responsabilidade criminal se dá de acordo com os tipos previstos no CP.
Civilmente, o juiz responde por perdas e danos, mas apenas regressivamente. Em outras palavras, aquele que se sentir prejudicado por ato praticado por magistrado deve acionar o Estado, na forma do art. 37, § 6º, da Carta de 1988.
Observa-se que o dispositivo constitucional permite o regresso (possibilidade de o Estado acionar seu servidor após ser condenado na ação proposta pelo particular) nos casos de dolo ou culpa.
No caso dos magistrados, a ação regressiva só será possível nos casos de dolo ou fraude (art. 143, I, do CPC/2015) ou quando o magistrado recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte (art. 143, II, do CPC/2015).
Na segunda hipótese, o parágrafo único do art. 143 ressalva que só se configura o atraso quando a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 dias.
Os impedimentos e as suspeições
Artigo 144
O art. 144 do CPC/2015 estabelece as hipóteses legais de impedimento. De acordo com esse dispositivo, há impedimento do juiz:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
Há mais uma hipótese de impedimento, consagrada no art. 147: “Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal”.
Artigo 145
O art. 145, a seu turno, dispõe que há suspeição do juiz:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
Além dessas quatro hipóteses, o § 1º permite, ainda, que o magistrado se declare suspeito por foro íntimo, sem que exponha, publicamente, os motivos que o levaram a tomar tal atitude.
Por outro lado, o § 2º considera ilegítima a alegação de suspeição quando houver sido provocada por quem a alega, ou quando este houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
Demais sujeitos do processo – O Ministério Público
O texto constitucional contempla a organização do Ministério Público na Seção I (Do Ministério Público) do Capítulo IV (Das Funções Essenciais à Justiça) do Título IV (Da Organização dos Poderes).
Vejamos o que dizem os artigos a seguir:
Art.127 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
O art. 128 da CF elenca a classificação do Ministério Público e nos dá sua organização. O Ministério Público como Instituição é uno, sendo tal unidade constitucionalmente concebida.
O art. 129 da CF elenca as funções institucionais do Ministério Público que consistem na atuação concreta dos objetivos institucionais, ou seja, são aquelas medidas processuais verdadeiros instrumentos colocados à disposição da instituição para bem exercer o seu mister constitucional.
A participação do MP no CPC/2015
O novo Código de Processo Civil alterou topograficamente as disposições gerais sobre o Ministério Público, para tratá-las em um novo título, após os auxiliares da Justiça e antes da Defensoria Pública, já que no Código de Processo Civil de 1973 seu tratamento era em local diverso, logo após o título das partes e de seus procuradores.
Contudo, algumas regras específicas sofreram grande alteração.
Primeiro abordaremos as disposições genéricas, ou seja, aquelas que se encontram entre os arts. 176 a 181 do CPC/2015, para, então, examinar os dispositivos específicos, que se encontram espalhados pelo texto.
Os arts. 176 e 177 do novo Código reforçam a dicção do art. 127 da CF. Tratam da atuação do Ministério Público em todos os graus, e remetem, ainda, ao art. 129, § 1º, da CF, ao afirmar que o direito de ação do Parquet deve ser exercido de acordo com suas atribuições institucionais.
art. 178
Trata das hipóteses de intervenção do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica, que estavam antes previstas no art. 82 do CPC. São elas, além das que já estão previstas na lei ou na Constituição Federal:
I. nas causas que envolvam interesse público ou social;
II. nas causas que envolvam interesse de incapaz;
III. nas causas que envolvam litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
art. 179
Atualiza, sem grande modificação de conteúdo, a redação do art. 83 do CPC/1973, e prevê duas regras para a intervenção do Ministério Público:
a) ter vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
b) poder produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
O ADVOGADO PRIVADO
Consoante os arts. 133 da CF/88 e 2º da Lei n. 8.906/94 (Estatuto do Advogado), a advocacia é função essencial à administração da Justiça, ao lado do Ministério Público, da Advocacia Pública (Advocacia Geral da União e Procuradorias dos Estados e dos Municípios) e da Defensoria Pública.
Essa inserção do advogado no sistema da defesa de direitos tornou indispensável a representação da parte em juízo por meio de advogado devidamente habilitado (isto é, bacharel em Direito regularmente inscrito nos quadros da OAB – entidade organizativa e disciplinadora da advocacia), cujos atos e manifestações no exercício da profissão são invioláveis, nos limites da lei.
Tal exigência constitui, em verdade, coroláriodos princípios da ampla defesa, do contraditório e da isonomia. A plena eficácia desses princípios pressupõe que se conceda a ambas as partes a oportunidade de participar do processo, trazendo aos autos argumentos e provas capazes de influir na formação do convencimento do Estado-juiz. O dispositivo constitucional sobredito, concretizando esses princípios, entende que a oportunidade de participação somente se pode dizer real quando a pretensão da parte possa contar com uma defesa técnica.
Desse modo, a legislação infraconstitucional considera pressuposto processual a capacidade postulatória da parte: aptidão para a prática de atos processuais. Esta somente se faz presente quando a própria parte goza do denominado ius postulandi ou quando esteja representada por quem o detenha, ou seja, por um advogado (Lei n. 8.906/94, arts. 1º e 4º).
O novo CPC, por sua vez, trata dos advogados privados entre os arts. 103 e 107.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA - É bom destacar que as expressões “administração da Justiça” e “administração judiciária” não se confundem. Aquela é empregada para designar o exercício da função jurisdicional e esta para se referir à organização judiciária.
Leitura
Observa-se a repetição de várias regras já previstas no Estatuto da OAB, examinado acima, bem como a reprodução com ajustes redacionais, de normas já contempladas no CPC de 1973. Leia aqui sobre essas normas.
O ADVOGADO PÚBLICO
Igualmente essenciais à administração da Justiça e indispensáveis ao exercício da jurisdição são as atividades exercidas pela Advocacia Pública, formada por bacharéis em direito, inscritos no quadro de advogados da OAB, que se dedicam judicial e extrajudicialmente à defesa da União, dos Estados e dos Municípios.
Têm atuação vinculada à proteção do erário e do patrimônio público. Ingressam por concurso público de provas e títulos. No âmbito da União, têm-se o Advogado da União e os Procuradores da Fazenda Nacional.
Advocacia Geral da União
Criada pela Constituição Federal de 1988 (art. 131) e instituída pela LC n. 73, de 10 de fevereiro de 1993, é chefiada pelo AdvogadoGeral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República.
Advocacia Pública dos Estados e do Distrito Federal
Trata o art. 132 da CF, segundo o qual os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal exercerão a representação judicial e consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
Procuradorias dos Municípios
No âmbito municipal, a Advocacia Pública é exercida pelas Procuradorias dos Municípios, que não se encontram previstas na Constituição Federal e que nem sempre existirão, cabendo a cada Município instituí-las, se for do interesse da Administração.
Os advogados públicos são tratados pelo novo CPC nos arts. 182 a 184. Aqui também não há grandes mudanças na regulamentação.
 art. 182 dispõe que “incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”
 art. 183 garante o prazo em dobro para todas as manifestações processuais, salvo se o contrário for expressamente ressalvado em lei (art. 183, § 2º).
 art. 184 regulamenta a responsabilidade civil do membro da Advocacia Pública, dispondo que o agente responda de forma regressiva, quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
O DEFENSOR PÚBLICO
Representa instituição indispensável à função jurisdicional e desempenha funções de grande interesse público e utilidade social, em vista da importância fundamental de sua atividade voltada ao amparo jurídico dos hipossuficientes.
Com atribuições previstas no art. 134 da CF e na LC n. 80/94, foi instituída para o cumprimento da promessa constitucional de assistência jurídica integral, contida no art. 5º, LXXIV, que, por sua vez, representa manifestação da denominada primeira onda renovatória, constituindo fruto da forte influência exercida pelo movimento universal de acesso à Justiça inaugurado por Mauro Cappelletti.
A ideia de assistência jurídica integral engloba também a gratuidade de justiça, ou seja, a isenção do pagamento das custas do processo, na forma da Lei n. 1.060/50. Esse benefício vale, independentemente de estar assistido por Defensor Público, e pode ser requerido por ambas as partes. Adotada a presunção de veracidade da afirmação de pobreza, resta à outra parte impugná-la.
Atividade proposta
Vamos fazer uma atividade!
Victor procura um advogado e relata que foi lesado por Lauro. Narra que Lauro indevidamente lhe nega a restituir o imóvel que lhe cedeu a título de comodato e que precisa retomar a coisa para fins de alojar novamente sua família, em conta que perdeu o imóvel que residia em razão de chuvas e ventanias fortíssimas como foi amplamente noticiado na imprensa escrita e falada.
Indaga-se:
a) Como deve o advogado orientar Victor, em conta que foi contratado para promover a medida judicial cabível? Justifique a resposta.
b) Qual o tipo de tutela jurisdicional deverá ser promovido por Victor, através de seu advogado? Justifique a resposta.
Gabarito
a) O advogado deve orientar seu cliente a promover ação de conhecimento, mas antes deverá notificar o comodatário para desocupar o imóvel no prazo previsto contratualmente ou se não previsto, no prazo, de praxe, de 30 dias. Feita a notificação e permanecendo inerte o comodatário, então, deverá promover a ação de reintegração de posse, porque caracterizado o esbulho pela não restituição da coisa.
b) A medida judicial se materializa em uma ação de conhecimento, o instrumento de realização do seu direito material. Ela é um direito fundamental à tutela jurisdicional, mas não, efetivamente, direito a um processo e a um julgamento de mérito. As reformas processuais deram nova redação ao art. 463 do CPC/1973, retirando a expressão ”mérito”, porque a decisão judicial pode não chegar ao exame do mérito, como nos casos de extinção do processo sem resolução de mérito, por faltar, por exemplo, as condições para o correto exercício da ação. A fórmula foi mantida no art. 494 do NCPC.
Nesta aula, você:
· Examinou os principais personagens do processo;
· Identificou o Juiz e as disposições constitucionais e legais aplicáveis aos magistrados;
· Distinguiu os demais sujeitos do processo: Ministério Público, Advogados públicos e privados, e Defensores Públicos.
TESTE DE CONHECIMENTO
		1 - Assinale a alternativa que corresponde à modalidade de tutela de urgência que apresenta natureza instrumental, voltando-se para um processo de conhecimento ou para um processo de execução, não possuindo cunho satisfativo:
	
	
	
	Tutela satisfativa.
	
	
	Tutela de evidência.
	
	
	Tutela cautelar.
	
	
	Tutela coletiva.
	
	
	Tutela antecipatória.
		2 - (Oficial de Justiça/TJRJ) A ação tem como elemento(s) constitutivo(s):
	
	
	
	A competência de foro e de juízo.
	
	
	Os sujeitos, o pedido e a causa de pedir.
	
	
	A qualidade dos fatos e o dispositivo legal indicado pelo autor.
	
	
	A norma jurídica aplicável ao caso concreto.
	
	
	A capacidade, a competência e a demanda.
		3 - (TRT - 21ª Região (RN)/2015/ Juiz do Trabalho Substituto) Considerando os princípios gerais do processo civil, bem como a legislação atualmente aplicada, a doutrina e jurisprudência sobre o tema, assinale a alternativa correta: 
	
	
	
	As regras de direito processual são instrumentais às de direito material, razão pela qual alterações legislativas de natureza processual não se aplicam a processos futuros, mantendo-se para as pretensões deduzidas em juízo, a legislação processual vigente, ao tempo da propositura da demanda
	
	
	A inclusão do direito fundamental à razoável duração do processo, no texto constitucional, deu nova feição ao princípio do impulso oficial no âmbito do processo civil permitindo aos magistrados de forma ampla a liberdade de condução do processo, produzindo provas e conhecendo de ofício questões úteis à célere pacificação social através da prestação jurisdicional, ainda que não suscitadas pelas partes.
	
	
	O legislador consagrou o princípio da livre apreciação da provapelo magistrado, devendo este, no entanto, indicar, obrigatoriamente, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.
	
	
	Cabe ao juiz decidir por equidade quando as normas de direito material impliquem em decisão injusta, segundo o seu entendimento.
	
	
	O duplo grau de jurisdição é considerado prerrogativa processual da Fazenda Pública, incidindo automaticamente sempre que esta for parte processual.
	Explicação: 
Ensinam Cintra, Grinover e Dinamarco que o princípio do livre convencimento, abordado em sua obra como princípio da persuasão racional, ¿regula a apreciação e avaliação das provas existentes nos autos, indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. Situa-se entre o sistema da prova legal e o julgamento secundumconscientiam¿.
Com relação à prova legal, ao juiz cabe aplicá-la de forma automática, sendo que a esta é atribuído valor estável e prefixado. De acordo com o julgamento secundum conscientiam, o juiz pode decidir com base na prova dos autos, mas também sem prova ou até mesmo contra a prova (CINTRA, GRINOVER e DINAMARCO).
Neste sentido, importante o comentário de Nery Júnior “O juiz é soberano na análise das provas produzidas nos autos. Deve decidir de acordo com o seu convencimento. Cumpre ao magistrado dar as razões de seu convencimento. Decisão sem fundamentação é nula pleno jure (CF 93 IX). Não pode utilizar-se de fórmulas genéricas que nada dizem. Não basta que o juiz, ao decidir, afirme que defere ou indefere o pedido por falta de amparo legal; é preciso que diga qual o dispositivo de lei que veda a pretensão da parte ou interessado e porque é aplicável no caso concreto.”
O Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência firmada de que o sistema do livre convencimento motivado é que predomina em nosso país. Vejamos:
“Vige em nosso sistema o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional, segundo o qual compete ao Juiz da causa valorar com ampla liberdade os elementos de prova constantes dos autos, desde que o faça motivadamente, com o que se permite a aferição dos parâmetros de legalidade e de razoabilidade adotados nessa operação intelectual. Não vigora mais entre nós o sistema das provas tarifadas, segundo o qual o legislador estabelecia previamente o valor, a força probante de cada meio de prova” (RHC 91.161, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe 25.4.2008).
Segundo o que nos ensina Didier Jr (2011, p. 40), o juiz, não obstante aprecie as provas livremente, não segue as suas impressões pessoais, mas tira a sua convicção das provas produzidas, ponderando sobre a qualidade e a força probante destas; a convicção está na consciência formada pelas provas.
Didier Jr (2011) destaca ainda que a liberdade na apreciação das provas está sujeita a certas regras quanto à convicção, que fica condicionada: a) aos fatos nos quais se funda a relação jurídica; b) às provas destes fatos colhidas no processo; c) às regras legais de prova e às máximas de experiência; d) e aos critérios da racionalidade (não podendo decidir com base em questões de fé, por exemplo).
		4 - (FGV - 2014 - DPE-RJ) - A Defensora Pública Maria substituiu a Defensora Pública Isabela por ocasião de sua licença maternidade. Ao se manifestar em um dos processos, Maria seguiu linha de posicionamento oposta à anteriormente adotada por Isabela. Os fatos acima são consectários, respectivamente, dos princípios da:
	
	
	
	independência funcional e unidade.
	
	
	indivisibilidade e independência funcional.
	
	
	unidade e indivisibilidade.
	
	
	indivisibilidade e autonomia funcional.
	
	
	unidade e autonomia funcional.
	Explicação: 
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE - Indivisibilidade é o conceito de que os membros da Defensoria Pública podem substituir-se uns aos outros, a fim de preservar a continuidade na execução de suas finalidades institucionais. São hipóteses que exemplificam e justificam a aplicação do princípio da indivisibilidade: impedimento, licenças, férias.
Essa substituição prescinde de substabelecimento, até porque a procuração não é exigida (art. 16, parágrafo único, da Lei 1.060/50). Disso resulta que não há simulacro de defesa, por não ter sido dado à parte assistida um defensor público que o defendesse do início ao fim, mas mera substituição do representante da Instituição para cada ato.
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL - Independência Funcional é a liberdade de convicção conferida aos membros da Defensoria, que devem apenas obediência à Constituição e às leis.
No exercício de atividade-meio, atuação dos membros da Defensoria Pública é hierarquicamente vinculada.
O membro da Defensoria Pública deve agir de acordo com sua convicção pessoal, sem ingerências de outros poderes, notadamente de magistrados, parlamentares, membros do Ministério Público.
Decerto que o princípio da independência funcional apresenta limites, pois não pode servir de justificativa de atuação imotivada de seus membros, nem para posicionar-se ao arrepio da lei.
Assim, as manifestações apresentadas pelo Defensor Público devem ser fundamentadas, inclusive aos potenciais assistidos, ou seja, as pessoas que buscam informação na Defensoria Pública, mormente porque o não exercício de uma atividade funcional pelo Defensor Público, quando deveria fazê-lo, pode causar prejuízos ao interessado. Neste sentido a Lei Complementar paulista 988/06 em seu artigo 6º, V garante o direito às pessoas que buscam atendimento na Defensoria Pública: “as decisões proferidas e a respectiva motivação, inclusive opiniões divergentes, constantes dos procedimentos administrativos e dos processos judiciais em que figure como interessado,”
		5 - (FGV - 2014 - DPE-RJ) - São, respectivamente, uma garantia e uma prerrogativa dos membros da Defensoria Pública:
	
	
	
	prazo em dobro e inamovibilidade.
	
	
	estabilidade e manifestação por meio de cota.
	
	
	inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.
	
	
	independência funcional no desempenho de suas funções e irredutibilidade de vencimentos.
	
	
	intimação pessoal e independência funcional
	Explicação: 
O defensor público também tem garantia de estabilidade no cargo, aplicando-se a ele o disposto no art. 41 da Constituição. Dessa forma, somente perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo e avaliação periódica de desempenho, sempre assegurada a ampla defesa.
A prerrogativa dos defensores públicos de manifestação por cota nos autos.
A cota (ou quota) é a manifestação escrita ¿ podendo inclusive ser feita à mão ¿ contendo nota ou breve requerimento lançada em folha contida no corpo dos autos. No mais das vezes é utilizada para formular pleitos mais simples ou para deixar expressa a ciência de determinado ato processual, como a data de uma audiência ou a juntada de documentos ao processo. Não obstante, por vezes veicula até mesmo recursos menos complexos, como embargos de declaração que visem ao saneamento de pequenos vícios na decisão impugnada.
A possibilidade de manifestar-se em autos administrativos ou judiciais por meio de cota é prevista como prerrogativa dos Defensores Públicos da União, do Distrito Federal e dos Territórios, e dos Estados, respectivamente, nos artigos 44, IX, 89, IX, e 128, IX, da Lei Complementar 80/94 ¿ Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LONDP). Trata-se, pois, de um direito subjetivo conferido ao titular do cargo visando a fornecer instrumentos para o adequado desempenho das funções que lhe foram cometidas. Sua violação é passível de proteção por via judicial, conforme previsto no artigo 4º, IX, da mesma lei.
		6 - Modernamente, em ocorrendo a convergência de interesses antagônicos, ou um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida (caracterizando-se então a lide), em princípio o direito impõe que, se se quiser pôr fim a essa disputa, seja provocado o Estado-juiz, que tem como vocação constitucional a prerrogativa de dizer, no caso concreto, qual a vontade do ordenamento jurídico (declaração) e, se for o caso, fazer com que as coisas sedisponham, na realidade prática, conforme essa vontade (execução). A nossa legislação permite a autotutela (legítima defesa, etc), sendo que uma de suas características está melhor representada na alternativa:
	
	
	
	A presença de um juiz para decidir a resolução do conflito.
	
	
	A ausência de julgador distinto das partes e a decisão por parte do mais forte.
	
	
	A presença de um terceiro para decidir o conflito.
	
	
	A imposição de uma decisão por parte do Estado.
	
	
	A intermediação do Estado na solução do conflito.
	Explicação: 
A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes e, embora não esteja expressa, é uma garantia constitucional. Por isso, tem as partes o direito de exigir um juiz imparcial; e o Estado que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas.
A doutrina tradicional visando impor limites à participação do juiz no processo costuma afirmar que, na medida em que este pudesse atuar ex officio(seja determinando provas, seja concedendo uma medida antecipatória, seja condenando uma das partes nas penas previstas para o litigante de má-fé, impondo multas coercitivas e de apoio às medidas executivas e mandamentais), estaria abrindo mão de sua imparcialidade, já que fazendo isso estaria privilegiando uma parte em detrimento da outra. Por esta razão, aqueles que são contrários ao ativismo judicial, afirmam que o juiz não deve ter uma atuação muito ativa porque estaria a comprometer o princípio da imparcialidade.
Imparcial é o juiz que não tenha interesse no objeto do processo nem queira favorecer uma das partes, mas isso não quer dizer que não tenha o magistrado interesse (dever) que sua sentença seja justa e que atue com esse compromisso.
		7 - (MPE/SE 2009 - FCC - ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) - Intervindo o Ministério Público como fiscal da lei no processo,
	
	
	
	não poderá requerer a produção de provas, se as partes também não houverem requerido.
	
	
	terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do processo.
	
	
	terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos.
	
	
	não poderá requerer diligências, se as partes delas se desinteressarem, mas poderá requerer a produção de provas
	
	
	somente será intimado da sentença, para fins de interposição de eventual recurso.
	Explicação: fundamento - art. 179, inciso I do Novo CPC
		8 - (FGV - 2014 - DPE-RJ) - São prerrogativas do Defensor Público, no campo processual,
	
	
	
	intimação pessoal, prazo em quádruplo, vista pessoal dos processos judiciais ou dos procedimentos administrativos, comunicação pessoal e reservada com o assistido e livre trânsito em estabelecimentos prisionais, manifestação por meio de petição, representação processual dependente de mandato, tratamento isonômico.
	
	
	intimação por imprensa oficial, prazo em dobro, vista pessoal dos processos judiciais ou dos procedimentos administrativos, comunicação pessoal e reservada com o assistido e livre trânsito em estabelecimentos prisionais, manifestação por meio de cota, representação processual independentemente de mandato, tratamento isonômico.
	
	
	intimação pessoal, prazo em dobro, vista pessoal dos processos judiciais ou dos procedimentos administrativos, comunicação pessoal e reservada com o assistido e livre trânsito em estabelecimentos prisionais, manifestação por meio de petição, ajuizamento de demanda quando ela for inconveniente aos interesses da parte sob seu patrocínio, representação processual independentemente de mandato e tratamento isonômico.
	
	
	intimação por imprensa oficial, prazo em quádruplo, vista pessoal dos processos judiciais ou dos procedimentos administrativos, comunicação pessoal e reservada com o assistido e livre trânsito em estabelecimentos prisionais, manifestação por meio de cota, representação processual dependente de mandato e tratamento isonômico.
	
	
	intimação pessoal, prazo em dobro, vista pessoal dos processos judiciais ou dos procedimentos administrativos, comunicação pessoal e reservada com o assistido e livre trânsito em estabelecimentos prisionais, manifestação por meio de cota, representação processual independentemente de mandato e tratamento isonômico.
	Explicação: 
O Código de Processo de Civil de 2015 reservou a Defensoria Pública um título próprio ao lado das demais funções essenciais à administração pública entre seus artigos 185 a 187, situação que não há correspondência com o diploma processual civil anterior.
Basicamente, o art. 185 enuncia a finalidade institucional da Defensoria pública. "A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita."
Por outro lado, o art. 187, a exemplo do que o CPC reserva agora para o magistrado, para a advocacia (pública e privada) e também aos membros do Ministério Público, fixa a responsabilidade do membro da Defensoria Pública quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
O art. 186 anuncia prerrogativas dos membros desse ente que têm incidência no processo civil, tais como: o prazo em dobro para todas as manifestações processuais enunciado em seu caput já era previsto na Lei Complementar nº 80/1994 em seu art. 44, I, mas consta a exceção disposta no § 4ª (quando houver prazo específico para essa instituição), o que pode indicar ser uma norma desnecessária. Todavia, de toda sorte trata-se de iniciativa do legislador para fins didáticos, talvez educacionais.
Melhor destaque merece o § 2ºdo artigoo, que estatui que a requerimento da Defensoria Pública o magistrado determinará a intimação pessoal da parte assistida quando o ato processual depender exclusivamente de providência ou informação que apenas a própria parte pode elucidar.
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