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Pedido de Tutela de Urgência

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EXMO SR DR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE BANGU – COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO.
Processo nº xxxxxxxxxx
Fulana de tal , já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, em ação face a LIGHT SERVIÇO DE ELETRICIDADE S/A, CNPJ Nº 60.444.437/0001-46, por seu advogado ao final assinado, vem mui respeitosamente à presença de V.Exª, em caráter de URGÊNCIA, nos termos do artigos 300 c/c 311 do NCPC, postular a,
“TUTELA DE URGÊNCIA”
“Inaudita Altera Parte”
I – SÍNTESE FÁTICA:
Excelência, em primeiro, apesar do decisum desse douto juízo em fls.245/247, a empresa Ré segue praticando atos arbitrários e abusivos na residência da autora, no dia 05/10/2018, prepostos compareceram à sua residência e executaram ilegalmente o CORTE DE SUA UNIDADE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA, conforme fotos em anexo, de forma a compeli-la a realizar pagamento de valores de débitos inexistentes, constante em irregular Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI), já anulado por esse juízo, além de outros supostos débitos em faturas em anexo.
Urge ressaltar, que a parte autora informou aos prepostos que havia “SENTENÇA”, desse respeitável juízo julgado procedente a anulação do T.O.I, entretanto, os prepostos da RÉ informaram que estavam cumprindo ordens (Fotos em anexo).
Excelência, por arbitrariedade da empresa Ré, a parte autora atualmente encontra-se sem energia elétrica em sua residência, o que vem ocasionando imensos prejuízos, atingindo profundamente sua dignidade e sua honra perante seus familiares, em especial, crianças.
Assim sendo, a autora postula em sede de TUTELA DE URGÊNCIA, o restabelecimento da prestação do serviço de energia elétrica em sua residência, pela empresa Ré.
Com a devida vênia, é ilegal e arbitrária a suspenção indevida do fornecimento de energia elétrica da residência da autora, haja vista que “NADA DEVE.”, conforme já comprovado, e reconhecido pela soberania da sentença desse respeitável juízo, tal suspenção se mostra totalmente reprovável, eis que constitui verdadeiro abuso, e afronta aos comandos exarados por esse juízo na soberana sentença.
II – DO FUMUS BONI IURIS e PERICULUN IN MORA:
Urge mencionar o disposto no art. 300 do NCPC,
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
(…)
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Com a devida vênia, a parte autora encontra-se amargurando prejuízo de ordem psíquica e moral, um verdadeiro atentado a própria dignidade e de sua família, haja vista residir “crianças”, e que hodierno encontram-se sem a prestação de um serviço essencial, já solidificado na jurisprudência, consoante, SÚMULA nº 192 do TJRJ.
Do mesmo modo se afigura evidente o risco de dano de difícil reparação, caracterizado in re ipsa, dada a essencialidade do serviço em questão.
Dispões nossa Lei Maior(CFRB/88),
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
III - a dignidade da pessoa humana". Grifado.
Data vênia, há o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, o “Periculum in mora”, haja vista a parte autora depender da prestação de serviço da Ré, ou seja, o fornecimento da energia elétrica, pois a atual situação está ocasionando diversos transtornos, de ordem psíquica, moral e, econômica, culminando para a desestabilização da harmonia no seu lar, haja vista a dignidade própria e de sua família, em outras palavras Exª, a demora na tutela jurisdicional acarretará a autora um dano irreparável ou de difícil reparação.
Ademais, vale citar o disposto no artigo 22 do CDC, in verbis:
“os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos”,
Prevê seu parágrafo único que no caso de descumprimento dessas obrigações, “serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código”.
Sob esse aspecto, verifica-se que a norma repete o disposto do art. 37, § 6º, da Lex Magna, que prevê a responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos.
Destarte, a parte autora REQUER os seguintes:
I - Seja a empresa Ré condenada a indenizar a parte autora por “PERDAS e DANOS”, em valor a ser arbitrado por esse d.juízo;
II - REQUER a esse douto juízo, o deferimento da “TUTELA DE URGÊNCIA”, nos termos do art. 300 NCPC c/c art. 22 e 84 § 3º do CDC, para determinar que a RÉ, RESTABELEÇA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA NO IMÓVEL DA AUTORA EM CARÁTER DE URGÊNCIA! Cumpra a douta sentença, suspendendo, ainda, as cobranças relativas aos supostos débitos questionados nesta demanda, sob pena de multa diária pelo descumprimento, na ordem de R$ 500,00 (Quinhentos reais) por dia!
Termos que Pede deferimento.
Rio de Janeiro, RJ, xx de xxxxxxx de 2022.
Advogado
OAB/UF XXXXXX

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