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Aula 01
ADC (apenas Item 3 e 10) p/ TCU 2018 (Auditor Federal de Controle Externo)
Professor: Claudenir Brito
 
 
Auditoria - ADC 
Tribunal de Contas da União - TCU 
Teoria e Questões Comentadas 
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AULA 01: Planejamento da auditoria de 
demonstrações contábeis. Resposta do auditor 
aos riscos avaliados. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Introdução 2 
2. Planejamento da auditoria de demonstrações contábeis 4 
3. Materialidade e relevância na auditoria 21 
4. Reposta do auditor aos riscos avaliados 62 
Lista das questões comentadas durante a aula 70 
Resumo do Prof. Claudenir Brito 92 
Referências bibliográficas 95 
 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
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os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa 
equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia 
Concursos ;-) 
 
Olá, pessoal. 
 
Nossa aula de hoje vai tratar de um tema muito importante para nossa 
preparação - “Planéamento da Aud̀tor̀a”, bastante recorrente nas provas 
de concursos; além da “Materialidade e relevância na auditoria” e da 
“Resposta do auditor aos riscos avaliados”, pouco menos cobrados, mas 
que nem por isso podemos deixá-los de lado. 
 
Se o tempo ficar muito apertado, concentrem-se nos exercícios mais 
recentes (2016, 2015, 2014). As questões de prova sobre esses assuntos 
não costumam ser muito complexas, mesmo para o CESPE, sendo que em 
muitos casos possível resolvê-las com uma leitura atenta e bom senso. 
 
Dúvidas, perguntem no fórum, por email ou ainda uma mensagem: 
 
 
 
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Uma boa aula para todos nós. 
 
 
1. Introdução 
 
Planejamento, execução e relatórios de Auditoria nada mais são do 
que etapasfases pelas quais passa um processo de auditoria. Para efeito 
didático, vamos a algumas considerações. 
 
Após ter ciência de que realizará uma auditoria, a equipe des ignada 
(pública ou privada) vai iniciar o planejamento sobre como pretende 
conduzir a tarefa, a fim de aproveitar ao máximo os meios (tempo, 
recursos financeiros, pessoal) de que dispõe para alcançar seus objetivos. 
 
Embora denominemos o planejamento como a “pr̀mèra fase” da 
auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois ao 
longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a 
alterar o que foi planejado, adaptando-se à novas realidade. 
 
 
 
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“F̀nal̀zado” o planéamento, ̀ǹc̀a-se a execução dos trabalhos. Essa 
segunda fase se caracter̀za pelas at̀v̀dades “de campo”, nas quàs a 
equipe vai aplicar os testes de auditoria necessários para que a equipe 
chegue a uma conclusão sobre o objeto auditado. 
 
Por fim, a equipe vai materializar o que foi levantado, emitindo sua 
opinião de maneira formal, por meio de um documento a que 
denom̀namos, em regra, “Relatór̀o de Aud̀tor̀a”. 
 
Essas fases não são estanques, pois a equipe pode adiantar o início da 
elaboração do relatório durante os trabalhos de campo, sem falar no fato 
de que o planejamento é contínuo, como já vimos. Mas didaticamente, 
temos as fases de um processo de Auditoria: Planejamento, Execução e 
Relatórios. 
 
Na presente aula, vamos estudar apenas a primeira fase etapa: o 
Planejamento da Auditoria. 
 
Há alguns anos, em minhas aulas presenciais, eu explicava para meus 
alunos que planejamento não é um “b̀cho de sete cabeças”, pòs todos 
nós costumamos planejar nossas atividades diariamente, ainda que de 
forma superficial. 
 
Vocês, por exemplo: de posse do edital do concurso, verificaram quais 
matérias foram cobradas, em quais delas precisariam de materiais novos, 
em quais cursos iriam se matricular, e por aí vai. Ah, e quanto dinheiro 
teriam disponível para tudo isso, que faz parte do planejamento. 
 
Isso sem falar nas viagens a passeio, finais de semana, férias, momento 
no qual todos nós nos mostramos exímios planejadores, deixando para 
trás os mais cascudos Generais do Pentágono. 
 
Ou seja, qual seria a dificuldade em se planejar uma auditoria? Garanto 
que, na prática, com os conhecimentos necessários e alguma experiência 
no órgão, todos vocês terão condições de participar de um planejamento 
de forma bastante eficaz. 
 
Mas como a prática, por enquanto, não nos interessa tanto, vamos à 
teoria. Ajeitem-se na cadèra, peguem um copo d’água, e aprovètem a 
aula. 
 
 
 
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Planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com 
os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de 
se alcançar os objetivos definidos para o trabalho. 
 
 
 
2. Planejamento da auditoria 
 
Um dos objetivos desta aula é explicar essa primeira fase da auditoria. 
Entretanto, conforme vimos, o planejamento não é uma fase isolada e 
estará presente ao longo de todo o processo de auditoria. 
 
As princ̀pàs normas que tratam do tema “Planéamento da aud̀tor̀a” são 
a NBC TA 240, a NBC TA 300, a NBC TA 320 e a NBC TI 01, que estou 
relacionando a título de conhecimento, pois não entendo como produtiva 
a lètura de “lès secas” para o nosso concurso. 
 
Nós já estudamos essas normas e seus aspectos principais estão sendo 
consideradas na elaboração das nossas aulas. Assim, o custo x benefício 
da leitura de tanto material, a meu ver, não é positivo. Portanto, foco 
nas aulas! 
 
Planejamento, segundo Att̀e (2010), é “uma metodolog̀a de 
preparação de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o 
roteiro, os métodos, planos e programas a serem observados por etapas 
e os processos de aval̀ação de que se at̀ng̀ram as metas programadas”. 
 
De acordo com Franco e Marra (2011), “ao se ̀ǹc̀ar qualquer trabalho de 
auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu 
ob́et̀vo”, af̀rmando, ànda, que “o planéamento adequado pressupõe a 
formulação do programa de aud̀tor̀a”. 
 
O planejamento é a função administrativa que determina 
antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e como se deve 
fazer para alcançá-los. Ele define onde se pretende chegar, o que deve 
ser feito, quando, como e em que sequência. 
 
É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo 
imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A 
 
 
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tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes 
redunda em problemas na execução da fiscalização,que poderão provocar 
acréscimo no tempo total de realização, além de repercussões 
negativas em sua qualidade. 
 
Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que 
for possível, de acordo com o tempo disponível e com o objetivo 
determinado. 
 
Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do 
trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas operacionais e 
administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, 
que diversas atividades poderiam ter sido realizadas na sede, em vez de 
ocuparem o precioso tempo de campo da equipe. 
 
Ou seja, planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de 
acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos 
financeiros, a fim de se alcançarem os objetivos definidos para o trabalho. 
 
Funciona mais ou menos assim: 
– você me diz o que você quer (o chefe, no caso, determina que seja 
realizado o trabalho); 
– eu realizo meu planejamento e digo o que é necessário para realizá -
lo (trabalho em equipe, sobre o qual trataremos em seguida); 
– você me diz, daquilo que pedi, o que tem para fornecer; 
– com base no que você tem, eu te digo o que poderá ser feito. 
 
A partir daí, devem ser feitos diversos ajustes (o planejamento deve ser 
flexível), inclusive dos objetivos da auditoria, caso a empresa de auditoria 
não disponha dos meios necessários para a execução. 
 
Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar 
os seguintes procedimentos: 
- obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao princípio do 
custo-benefício; 
- obter o máximo de informações sobre a empresa a ser fiscalizada; 
- discutir o escopo, os procedimentos e as técnicas; 
- testar a documentação a ser utilizada. 
 
Não se pode fiscalizar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer 
o objeto da auditoria é um dos passos mais importantes do processo, a 
fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a 
serem utilizados. 
 
 
 
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Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e 
com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe, pois se cada 
auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances 
de sucesso serão sempre maiores. 
 
 
Algumas considerações iniciais sobre planejamento: 
1 – é a primeira fase de um trabalho de auditoria; 
2 – não se encerra com o início dos trabalhos de campo; 
3 – é flexível. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. (CESPESTF/2008) Sempre que novos fatos recomendarem, 
o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados 
e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 Comentários: 
Informação muito importante. O planejamento deve ser flexível, e 
que, sempre que novos fatos o recomendarem, deve ser alterado para 
se adequar à nova realidade surgida. 
Gabarito: C 
 
2. (CESPE/TCU/2007) Acerca das normas de auditoria do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue o item 
subsequente. Não é obrigatória a evidenciação de atualizações 
no planejamento e nos programas de auditoria em papéis de 
trabalho correspondentes. O auditor possui autonomia para 
modificar a estrutura de acordo com o andamento dos trabalhos. 
 Comentários: 
 É verdade que o pode (e deve) atualizar seu planejamento e os 
programas de auditoria, mas essas alterações devem ser evidenciadas 
nos papéis de trabalho, pois do contrário essa documentação perderia 
seu propósito, que é o de evidenciar a maneira exata como a auditoria 
foi conduzida. 
 Gabarito: E 
 
 
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2.1 Atividades preliminares 
 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares auxiliam o auditor 
na identificação e na avaliação de eventos ou situações que possam 
afetar sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. 
 
A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral 
do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras, das 
seguintes fontes de informação: 
 
- sistemas informatizados; 
- cadastros a que se vincula a empresa fiscalizada; 
- legislação e normas específicas; 
- demonstrações dos últimos exercícios; 
- fiscalizações anteriores, incluindo papéis de trabalho; 
- auditores que tenham participado de trabalhos recentes na empresa; 
- controle interno; 
- notícias veiculadas na mídia; 
- trabalhos acadêmicos publicados; 
- possíveis ações judiciais concernentes à empresa fiscalizada; 
- levantamentos anteriores. 
 
A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão da empresa 
a ser fiscalizada, bem como do ambiente organizacional em que está 
inserida. Em geral, é composta das seguintes informações: 
 
- descrição da empresa fiscalizada, com as características 
necessárias à sua compreensão; 
- legislação aplicável; 
- objetivos institucionais da empresa fiscalizada, se for o caso; 
- setores responsáveis, competências e atribuições; 
- riscos e deficiências em controles internos. 
 
Podemos definir essa análise preliminar como sendo o levantamento 
de informações relevantes sobre a empresa auditada, para se adquirir o 
conhecimento necessário à formulação das questões que serão 
examinadas pela auditoria. 
 
A compreensão permite identificar riscos e pontos críticos existentes e 
é indispensável à definição do objetivo e do escopo da auditoria. É 
importante assegurar que os aspectos centrais do objeto auditado tenham 
sido investigados, documentados e compreendidos. 
 
 
 
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A extensão e o nível de detalhamento dos dados que serão coletados 
devem levar em consideração a natureza do objeto investigado, o tempo 
e os recursos disponíveis pela equipe. 
 
A equipe deve realizar investigação preliminar dos controles 
internos e dos sistemas de informação, assim como dos aspectos legais 
considerados significativos no contexto da auditoria. Nas auditorias 
operacionais, o exame da confiabilidade da base informativa e dos 
controles internos deve enfatizar os aspectos que possam comprometer a 
efetividade e/ou a eficiência das operações. 
 
A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa 
do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a 
conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o 
resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
3. (CESPE/TCE-AC/2008) A elaboracࡤaひo do trabalho de 
auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a 
extensaひo e a profundidade dos procedimentos que nele seraひo 
empregados, sendo dispensaばveis os exames preliminares. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
Comentaばrios: 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares servem para 
auxiliar o auditor na identificacࡤaひo e na avaliacࡤaひo de eventos ou 
situacࡤoひes que possam afetar sua capacidade de planejar e realizar 
o trabalho. 
Como sabemos, soば eば poss̀ばvel auditar com eficiência aquilo que 
conhecemos, o que nos faz entender pela obrigatoriedade da realiza ção 
de exames preliminares. 
Gabarito: E 
 
4. (CESPE/SECONT-ES/2009) De modo a dar consistência ao 
processo de auditoria, os critérios empregados para avaliação 
devem ser fixos, independentemente da entidade auditada, 
embora possam ser adaptados à realidade da cada caso na fase 
da elaboração da visão geral da entidade auditada. Julgue CERTO 
ou ERRADO. 
 Comentários: 
 
 
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Cada empresa, entidade ou objeto a ser auditado é único, não 
importando quantas semelhanças tenham com outras empresas. Dizer 
que os critérios de avaliação devem ser fixos nos remete a 
desconsiderar as particularidades dos auditados, o que faria com que os 
diversos planejamentos se apresentassem bastante inflexíveis. E como 
já vimos, uma das características mais importantes do planejamento de 
auditoria é sua flexibilidade. 
Gabarito: E 
 
 
2.2 Determinação de escopo 
 
Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
 
A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do 
objeto de auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por 
meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão 
investigadas. 
 
O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a 
sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido 
previamente definidos na deliberação que determinou a realização da 
auditoria. 
 
Para determinar a extensão e o alcance da auditoria que será 
proposta, a empresa de auditoria deve dispor de informações relativas 
aos objetivos relacionados ao objeto que será auditado e aos riscos 
relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos 
controles adotados para tratar esses riscos. 
 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho, e envolve a definição das 
questões de auditoria, a profundidade e o detalhamento dos 
procedimentos, a delimitação do universo auditável (abrangência), a 
configuração da amostra (extensão) e a oportunidade dos exames. 
 
Durante a execução, os auditores podem se deparar com fatos que 
fogem ao escopo ou ao objetivo estabelecido para o trabalho ou que 
sejam incompatíveis com a natureza da fiscalização, mas que, dada a sua 
importância, mereçam a atenção da equipe. Nesses casos, as seguintes 
opções devem ser consideradas: 
 
 
 
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– Nas situações em que os fatos se relacionem de forma clara e 
lógica com o objetivo da auditoria, o planejamento é passível de 
mudanças durante a realização dos trabalhos pela própria equipe de 
auditoria, as quais deverão ser submetidas ao supervisor, para 
aprovação. 
 
– Nas situações em que, mesmo relacionados ao objetivo da auditoria, 
os fatos fogem ao escopo estabelecido, mas a consistência das 
evidências encontradas recomenda sua abordagem, a equipe, 
em conjunto com o supervisor e o titular da unidade técnica 
coordenadora, deve avaliar a oportunidade e a conveniência de 
realizar exames para desenvolver achados no trabalho em curso, 
levando em conta que não haja desvirtuamento da auditoria inicial 
em termos de comprometimento do prazo e/ou dos exames 
planejados. 
 
– Nas situações em que os fatos sejam incompatíveis com o 
objetivo ou com a natureza da fiscalização, caberá ao titular da 
unidade técnica avaliar a conveniência e a oportunidade de 
aprofundar os exames acerca das constatações, a fim de que 
estas sejam devidamente fundamentadas, levando em conta que não 
haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de 
comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados, ou propor a 
realização de outra ação de controle com vistas a concluir os exames 
dos fatos identificados. 
 
 
 
ESCOPO é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho. 
 
 
2.3 Programa de Auditoria 
 
De acordo com Peter e Machado (2008), Programa de Auditoria: 
 
“Const̀tù-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, 
 
 
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executado previamente aos trabalhos de campo, embasado 
em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as 
atividades da entidade auditada. É o plano de ação 
detalhado, destinado a orientar adequadamente o trabalho 
do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando 
c̀rcunstânc̀as ̀ mprev̀stas o recomendarem.” (Gr̀fei) 
 
Os autores afirmam que o programa de auditoria deverá contemplar 
todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de 
cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a 
profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: 
 
1) Específico: um plano para cada trabalho. 
2) Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em 
épocas diferentes, com pequenas alterações. 
 
Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para cada 
trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo 
e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver programas de 
auditoria que alcancem os objetivos de auditoria, e tais programas, e seus 
eventuais ajustes, devem ser registrados e aprovados antes do início da 
execução. 
 
Por constituir-se etapa de expressiva importância no resultado que se 
pretende alcançar com a auditoria, é imprescindível que se disponibilize o 
tempo necessário à fase planejamento, bem como que o planejamento 
elaborado atenda aos seguintes aspectos básicos: 
I. vise à consecução dos objetivos da auditoria mediante execução 
econômica, eficiente e oportuna dos trabalhos; 
II. considere, necessariamente, elementos de conhecimento prévio 
sobre a empresa auditada, seus sistemas mais importantes, seus 
objetivos e riscos e a eficácia de seus controles internos; 
III.explicite a natureza, a extensão e a profundidade dos exames a 
serem realizados e seja suficientemente detalhado de forma a não 
permitir equívocos na sua execução; 
IV. permita a atribuição, na fase de execução dos trabalhos, de tarefas 
e respectivos prazos compatíveis com a complexidade da tarefa e 
importância da informação buscada; 
V. seja objeto de supervisão por pessoa com perfil e competência 
profissional adequados e envolva suficiente discussão pela equipe; 
VI. seja adequadamente testado quanto à viabilidade de sua aplicação, 
quando necessário, e seja revisado, sempre que isso se revelar 
necessário, de forma a permitir a supervisão da execução e, a 
qualquer tempo, a avaliação das atividades desenvolvidas pelo 
auditor. 
 
 
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Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimentos para 
identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante o 
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser executados de 
modo suficiente para alcançar os objetivos da auditoria. 
 
Limitações de escopo em função de restrições de acesso a registros 
oficiais ou de outras condições específicas necessárias para planejar e 
conduzir a auditoria devem ser registradas para declaração no relatório de 
como isso afetou ou pode ter afetado os resultados do trabalho. 
 
O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos 
na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição 
precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve 
evidenciar: 
 
I. o objetivo e o escopo da auditoria; 
 
II. o universo e a amostra a seremexaminados; 
 
III.os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de 
auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a 
serem cumpridas com respectivos cronogramas; 
 
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho. 
 
 
O programa de auditoria deverá ser estruturado de forma que possa 
ser: 
- específico: um plano para cada trabalho; 
- padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas 
diferentes, com pequenas alterações. 
 
 
 
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5. (CESPE/FUB-DF/2013) Os procedimentos de auditoria saひo 
definidos no proばprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que 
deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As 
averiguacࡤoひes e verificacࡤoひes devem permitir que os auditores 
formem uma opiniaひo que fundamente sua manifestacࡤaひo. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
Comentaばrios: 
O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos 
obtidos na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da 
definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e 
deve evidenciar: 
I. o objetivo e o escopo da auditoria; 
II. o universo e a amostra a serem examinados; 
III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios 
de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as etapas a 
serem cumpridas com respectivos cronogramas; 
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do 
trabalho. 
 A questão está de acordo com o que estudamos. 
 Gabarito: C 
 
6. (CESPE/UNIPAMPA/2009) O programa de auditoria deve 
ser estruturado de forma que possa ser espec ば̀fico ou 
padronizado. O programa espec ば̀fico eば mais apropriado para 
atividades que naひo se alterem ao longo do tempo ou para 
situacࡤoひes que contenham dados e informacࡤoひes similares. Julgue 
CERTO ou ERRADO. 
Comentaばrios: 
De acordo com Peter e Machado (2008), o programa de auditoria 
deveraば contemplar todas as informacࡤoひes dispoǹばveis e necessaばrias ao 
desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a 
determinar a extensaひo e a profundidade deste, e deveraば ser estruturado 
de forma que possa ser espec ば̀fico (um plano para cada trabalho) e 
padronizado (destinado aど aplicacࡤaひo em trabalhos locais ou em eばpocas 
diferentes, com pequenas alteracࡤoひes). 
A questaひo inseriu a definicࡤaひo de programa padronizado como 
sendo a de programa espec̀ばfico. 
Gabarito: E 
 
 
2.4 NBC TA 300 
 
A principal Norma de Auditoria que trata do Planejamento é a NBC TA 
300, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que dispõe que a 
 
 
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natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme 
o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos 
membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas 
circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. 
 
De acordo com a NBC TA 300, o Planejamento é um processo 
contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em 
conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a 
conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas 
atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes 
da realização de procedimentos adicionais. Por exemplo, o planejamento 
inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação 
pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como: 
 
a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como 
procedimentos de avaliação de risco; 
b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o 
ambiente regulatório aplicável à entidade e como esta cumpre com 
os requerimentos dessa estrutura; 
c) a determinação da materialidade; 
d) o envolvimento de especialistas; 
e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. 
 
O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a 
administração da entidade, de forma a facilitar a condução e o 
gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns 
dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da 
entidade). 
 
Atenção: Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a 
estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo 
de responsabilidade do auditor. 
 
Na discussão de temas incluídos na estratégia global de auditoria ou no 
plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa 
auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da 
época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a 
eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente 
previsíveis (o auditado vai ficar sabendo com antecedência quais 
procedimentos serão aplicados). 
 
O envolvimento do sócio do trabalho (auditor responsável) e de outros 
membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria 
 
 
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incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a 
eficácia e a eficiência do processo de planejamento. 
 
2.4.1 Atividades preliminares do trabalho de auditoria 
 
Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e 
avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente 
a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. 
 
A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o 
trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: 
 
a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para 
realizar o trabalho; 
b) não há problemas de integridade da administração que possam 
afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; 
c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do 
trabalho. 
 
A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o 
cliente e de requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo 
do trabalho de auditoria à medida que mudam as circunstâncias e as 
condições. 
 
A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cl iente e a 
avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do 
trabalho de auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos 
antes da realização de outras atividades importantes para esse trabalho. 
 
No caso de trabalhos de auditoria recorrentes, esses procedimentos 
iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão 
da auditoria anterior. 
 
2.4.2 Atividades de planejamento 
 
De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de 
planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de 
auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para 
orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
Ao definir a estratégia global, o auditor deve: 
 
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar 
 
 
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a época da auditoria e as comunicações necessárias; 
(c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, 
são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; 
(d)considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria; 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
 
Prosseguindo no estudo da norma, vemos que o auditor deve 
desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: 
 
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
planejados de avaliação de risco; 
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de 
auditoria planejados no nível de afirmação; 
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para 
que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. 
 
O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o 
plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria, pois, 
como vimos, a atividade de planejamento é um processo contínuo e 
flexível. 
 
O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão da supervisão 
da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho. 
 
 
O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um 
processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após 
(ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando 
até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
 
2.4.3 Estratégia global de auditoria 
 
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a 
determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação de 
risco, temas como: 
 
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, 
tais como membros da equipe com experiência adequada para 
 
 
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áreas de alto risco ou o envolvimento de especialistas em temas 
complexos; 
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o 
número de membros da equipe alocados para observar as 
contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do 
trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de 
empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem alocadas 
nas áreas de alto risco; 
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se 
em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base 
de corte; 
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e 
supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as 
reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as 
revisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo 
ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle de 
qualidade do trabalho. 
 
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser 
desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas 
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta 
a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso 
eficiente dos recursos do auditor. 
 
A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria 
detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, 
estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um 
podem resultar em mudanças no outro. 
 
2.4.4 Considerações específicas para entidades de pequeno 
porte 
 
Em entidades de pequeno porte, toda a auditoria pode ser conduzida 
por uma equipe pequena. Muitas auditorias de entidades de pequeno 
porte envolvem o sócio trabalhando com um membro da equipe de 
trabalho ou sozinho. Com uma equipe menor, a coordenação e a 
comunicação entre membros da equipe ficam facilitadas. 
 
A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de 
pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado, 
variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da 
auditoria e o tamanho da equipe. 
 
 
 
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Quando a auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não 
se colocam questões de direção e supervisão dos membros da equipe de 
trabalho e de revisão do seu trabalho. 
 
Nesses casos, o sócio do trabalho, tendo dirigido todos os aspectos do 
trabalho, estará ciente de todos os assuntos relevantes. A formação de 
uma visão objetiva da adequação dos julgamentos feitos no decurso da 
auditoria pode gerar problemas práticos quando a mesma pessoa também 
executa toda a auditoria. 
 
Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a 
auditoria é realizada por um único profissional, pode ser recomendável a 
consulta a outros auditores com experiência adequada ou à entidade 
profissional dos auditores. 
 
2.4.5 Plano de auditoria 
 
O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de 
auditoria, visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da 
equipe de trabalho. 
 
O planejamento desses procedimentos ocorre no decurso da auditoria, à 
medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. 
 
O auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais para 
alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação antes de planejar 
todos os procedimentos. 
 
2.4.6 Mudança nas decisões de planejamento durante o processo 
de auditoria (NBC TA 300) 
 
Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência 
de auditoria obtida na aplicação de procedimentos, o auditor pode ter 
de modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, 
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, considerando a 
revisão dos riscos avaliados. 
 
Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere 
significativamente da informação disponível quando o auditor planejou os 
procedimentos de auditoria. 
 
Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de 
procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser 
contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de 
 
 
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controle (sobre os controles internos). Falaremos mais desses testes 
numa próxima oportunidade. 
 
2.4.7 Direcionamento, supervisão e revisão (NBC TA 300) 
 
A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos 
membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo 
de diversos fatores, incluindo: 
 
(a) o porte e a complexidade da entidade; 
(b) a área da auditoria; 
(c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no 
risco de distorções para uma dada área de auditoria costuma exigir 
um correspondente aumento na extensão e no direcionamento e 
supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma 
revisão mais detalhada do seu trabalho); 
(d) a capacidade e a competência dos membros da equipe de auditoria. 
 
2.4.8 Documentação 
 
A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das 
decisões-chave consideradas necessárias para planejar 
adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe. 
 
Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia global de auditoria na 
forma de memorando contendo as decisões-chave relativas a alcance 
global, época e condução da auditoria. 
 
A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e 
extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos 
procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, em resposta 
aos riscos avaliados. 
 
Também serve para registrar o apropriado planejamento dos 
procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes 
da sua aplicação. 
 
O registro dasmudanças significativas na estratégia global e no 
plano de auditoria, e respectivas mudanças na natureza, época e 
extensão dos procedimentos de auditoria explicam o motivo das 
mudanças significativas, a estratégia global e o plano de auditoria 
adotado para a auditoria, e também reflete a resposta apropriada a 
mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria. 
 
 
9
 
 
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2.4.9 Considerações adicionais em auditoria inicial 
 
A finalidade e o objetivo do planejamento não mudam caso a auditoria 
seja inicial (primeira vez na entidade) ou em trabalho recorrente. 
 
Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a 
necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da 
experiência anterior que é normalmente utilizada durante o 
planejamento. 
 
Nesse caso, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais 
na definição da estratégia e do plano: 
 
- manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para 
conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; 
- quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de 
princípios contábeis ou de auditoria e normas de elaboração de 
relatórios) discutidos com a administração e relacionados à 
escolha do auditor, à comunicação desses temas aos responsáveis 
pela governança e como eles afetam a estratégia global de 
auditoria e o plano de auditoria; 
- os procedimentos de auditoria necessários para obter 
evidência relativa aos saldos iniciais (NBC TA 510 – Trabalhos 
Iniciais – Saldos Iniciais); 
- outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de 
qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial (por 
exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio 
ou profissional experiente). 
 
 
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que 
defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o 
desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
 
 
 
 
 
e
 
 
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3. Materialidade e Relevância em auditoria 
 
As principais normas relacionadas ao tema são a NBC TA 200, a NBC TA 
315, a NBC TA 320 e a NBC TA 330, e estão valendo as mesmas 
considerações que fiz no tópico anterior, ou seja, que não recomendo a 
lètura da “lè seca” para nosso concurso em espec̀al. 
 
3.1 Relevância em auditoria 
 
De acordo com a Resolução CFC nº 1.213/09, que aprovou a NBC TA 
320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria - as 
distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for 
razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas 
influenciem as decisões econômicas dos usuários tomadas com base 
nas demonstrações contábeis. 
 
Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em 
consideração as circunstâncias envolvidas e são afetadas pela percepção 
que o auditor tem das necessidades dos usuários das demonstrações 
contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou por uma 
combinação de ambos. 
 
A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um todo 
e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que 
não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. 
 
 
Distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se 
for razoável esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem 
as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas 
demonstrações contábeis. 
 
 
3.2 Materialidade em Auditoria 
 
Como já vimos no decorrer do curso, ao conduzir a auditoria de 
demonstrações contábeis, os objetivos globais do auditor são obter 
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um 
todo estão livres de distorções relevantes, devido a fraude ou erro. 
 
8
 
 
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Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião sobre se 
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da 
auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores 
ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um 
todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções 
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade 
para as demonstrações contábeis como um todo. 
 
Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, 
também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou 
níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos 
contábeis e divulgações. 
 
Em outras palavras, a materialidade na auditoria está diretamente 
ligada à relevância de um fato em relação ao objeto do exame, ou seja, 
o quanto aquele fato poderá distorcer a materialidade das demonstrações 
contábeis verificadas. 
 
Podemos observar a materialidade em auditoria sob dois aspectos: o 
quantitativo e o qualitativo. 
 
O primeiro caso normalmente é evidenciado pelo valor das contas 
envolvidas nas Demonstrações Contábeis, e as distorções identificadas 
podem ser detectados através de testes substantivos, que vamos estudar 
em outra oportunidade. 
 
Sob o aspecto qualitativo, o auditor deve se preocupar com a veracidade 
das informações transmitidas aos usuários da informação contábil. 
 
A estrutura de relatórios financeiros, ao discutir o tema 
materialidade, costuma resumir que: 
 
- distorções são consideradas relevantes quando puderem influenciar 
as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas 
demonstrações contábeis; 
 
- julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias 
envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou 
a combinação de ambos; e 
 
c
 
 
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- julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das 
demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as 
necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um 
grupo. 
 
Atenção: A determinação de materialidade pelo auditor é uma 
questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção das 
necessidades de informações financeiras dos usuários. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
7. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos 
trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos 
testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, 
julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de 
auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das 
normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas 
específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais 
normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade 
de distorções encontradas. 
 Comentários: 
 No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas 
de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, 
mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou 
seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da 
materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da 
auditoria. 
 Gabarito: E 
 
 
3.2.1 Materialidade no planejamento e para a execução da 
auditoria 
 
Ao estabelecer a estratégiaglobal de auditoria, o auditor deve 
determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um 
todo. Se houver uma ou mais classes de transações ou saldos contábeis 
para as quais as distorções de valores menores que a materialidade 
influenciem as decisões econômicas dos usuários, o auditor deve 
determinar, também, o nível de materialidade a serem aplicados a essas 
 
 
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classes específicas de transações, e não somente para as demonstrações 
como um todo. 
 
O auditor deve determinar a materialidade para execução da 
auditoria com o objetivo de avaliar os riscos de distorções 
relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de 
procedimentos adicionais de auditoria. 
 
Exemplificando. Vamos admitir o seguinte balanço patrimonial: 
 
 
Ativo 
circulante 
30.000 Passivo circulante e 
não circulante 
50.000 
Ativo não 
circulante 
70.000 PL 50.000 
Ativo 
Total 
100.000 Passivo Total 100.000 
Fonte: Brito e Fontenelle (2016). 
 
A partir do seu julgamento profissional, o auditor pode definir, por 
exemplo, que o valor que irá considerar material para uma conta será de 
1% do Ativo Total. Dessa forma, valores inferiores a R$1.000,00 serão 
considerados não materiais, reduzindo a um nível baixo a probabilidade 
de que distorções não detectadas nessas contas influenciem nas 
demonstrações como um todo. 
 
3.2.2 Revisão no decorrer da auditoria 
 
Como já vimos no decorrer da aula, o planejamento de auditoria é uma 
atividade mutável e contínua, o que inclui a determinação da 
materialidade. 
 
Assim, o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações 
contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de 
materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou 
divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a 
auditoria que o teriam levado a determinar um valor (ou valores) 
diferente no início do planejamento. 
 
Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa do que 
inicialmente determinado, deve determinar se é necessário revisar a 
materialidade para execução da auditoria e se a natureza, a época e a 
 
 
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extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam 
apropriados. 
 
3.2.3 Documentação 
 
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes 
valores e fatores considerados em sua determinação: 
 
(a) materialidade para as demonstrações como um todo; 
(b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes 
específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação; 
(c) materialidade para execução da auditoria; 
(d) qualquer revisão de (a) a (c) com o andamento da auditoria. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
8. (CESPE/DPU/2016) A respeito do planejamento dos 
trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos 
testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, 
julgue os próximos itens. No planejamento dos trabalhos de 
auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das 
normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas 
específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais 
normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade 
de distorções encontradas. 
 Comentários: 
 No planejamento de auditoria, o auditor deve observar as normas 
de auditoria, e as normas específicas relativas ao objeto a ser auditado, 
mas apenas aquelas consideradas na avaliação da materialidade. Ou 
seja, se as normas não foram consideradas na avaliação da 
materialidade, também não serão consideradas no desenvolvimento da 
auditoria. 
 Gabarito: E 
 
9. (CESPE/ANAC/2012) Em relação a instrumentos de 
fiscalização, tipos, escopo e execução de auditorias, julgue o 
item seguinte. O planejamento e a execução de uma auditoria 
devem ser realizados com base no conceito de materialidade, a 
fim de que se avaliem o efeito das distorções identificadas em 
relação às demonstrações contábeis e à formação da opinião 
 
 
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expressa no relatório do auditor. 
 Comentários: 
 Ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, os objetivos 
globais do auditor são obter segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções 
relevantes, devido a fraude ou erro. 
Essa conclusão vai possibilitar ao auditor expressar uma opinião 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos 
os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
 Gabarito: C 
 
 
 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
 
 
10. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) O planejamento da auditoria deve 
definir a estratégia do trabalho e desenvolver o plano de 
auditoria. Sobre o planejamento da auditoria, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do 
trabalho de auditoria. 
(B) A experiência anterior dos membros - chave da equipe de trabalho 
com a entidade não influenciam a natureza e a extensão das atividades 
de planejamento. 
(C) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabil idade do 
auditor e da administração da entidade auditada. 
(D) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da 
auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano. 
(E) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a 
estratégia global e o plano de auditoria. 
 Comentários: 
 De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de 
planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de 
auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para 
orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 
Ao definir a estratégia global, o auditor deve: 
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar 
 
 
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a época da auditoria e as comunicações necessárias; 
(c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, 
são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; 
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho 
de auditoria; 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
 Gabarito: D 
 
11. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) Para fins das normas de auditoria, 
os valores fixados pelo auditor, para reduzir a um nível baixo a 
probabilidade de que as distorções não corrigidas e não 
detectadas em conjunto excedam a materialidade para as 
demonstrações contábeis como um todo, são denominados 
(A) materialidade para execução da auditoria. 
(B) objetividade para execução da auditoria. 
(C) relevância para execução da auditoria. 
(D) limites relacionados a empresas do mesmo setor. 
(E) parâmetros das demonstrações contábeis 
 Comentários: 
 De acordo com a NBC TA 320, materialidade para execução da 
auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores 
ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um 
todo, para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções 
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade 
para as demonstrações contábeiscomo um todo. 
 Gabarito: A 
 
12. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) A natureza e a extensão 
das atividades de planejamento de auditoria variam conforme o 
porte e a complexidade da entidade auditada. Um fator a ser 
considerado é que a fase do planejamento 
(A) constitui um processo sem influência na determinação dos testes 
substantivos. 
(B) deve ser realizada antes da avaliação dos controles internos. 
(C) se estende até a conclusão do trabalho de auditoria. 
(D) corresponde a um processo que é concluído com o início dos 
procedimentos da auditoria. 
(E) tem foco primordial na avaliação de riscos. 
 Comentários: 
 Questão muito simples, pois deixamos bem claro no decorrer da 
aula que, embora denom̀nemos o planéamento como a “pr̀mèra fase” 
da auditoria, devemos entender que se trata de atividade contínua, pois 
ao longo do processo poderão surgir situações que obriguem a equipe a 
alterar o que foi planejado, adaptando-se à nova realidade. 
 
 
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 Ou seja, o planejamento se estende até a conclusão do trabalho de 
auditoria. 
 Gabarito: C 
 
13. (IADES/PCDF-Perito/2016) Com relação ao planejamento de 
auditoria, entendido como a etapa inicial da auditoria, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Esse planejamento consiste em uma fase isolada que começa e se 
encerra antes de iniciada a execução da auditoria. ͒ 
(B) A referida etapa envolve três fases distintas: a definição da estratégia 
global; o desenvolvimento do plano de auditoria; e, a contratação da 
equipe de auditoria. ͒ 
(C) O detalhamento dos passos que o auditor deverá seguir, durante a 
execução da auditoria, é feito na fase de desenvolvimento do plano de 
auditoria. ͒ 
(D) A estratégia global apresenta um nível de detalhamento maior que o 
plano de auditoria. ͒ 
(E) A determinação da natureza, da época e da extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho é de responsabilidade da 
administração da entidade e não do auditor. 
 Comentários: 
 A – ERRADA. O planejamento de auditoria é uma atividade contínua 
e mutável. 
 B – ERRADA. Em geral, duas fases: a definição da estratégia global 
e o desenvolvimento do plano de auditoria. 
 C – CERTA. 
 D – ERRADA. É exatamente o contrário. O plano de auditoria 
apresenta um nível de detalhamento maior que a estratégia global. 
 E – ERRADA. É responsabilidade do auditor. 
 Gabarito: C 
 
14. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 300, o 
auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever: 
A) a avaliacࡤaひo da conformidade com os requisitos eばticos, inclusive 
independe .ncia, conforme exigido pela NBC TA 220ࡂ
B) a natureza, a eばpoca e a extensaひo dos procedimentos adicionais de 
auditoria planejados no ǹばvel de afirmacࡤaひo, conforme previsto na NBC TA 
330. 
C) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, 
conforme exigido pela NBC TA 210. 
D) os processos para auxiliar o auditor a identificar e resolver 
tempestivamente problemas potenciais. 
E) as medidas para facilitar a direcࡤaひo e a supervisaひo dos membros da 
equipe de trabalho e a revisaひo do seu trabalho. 
 
 
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Comentaばrios: 
De acordo com o disposto na NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver 
o plano de auditoria, deve descrever “a natureza, a eばpoca e a extensaひo 
dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no ǹばvel de 
afirmacࡤaひo”. 
As demais alternativas estão incorretas, tendo que vista que: 
A – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao 
planejamento. 
B – ação a ser realizada durante as atividades preliminares ao 
planejamento. 
D – apresenta consequências do planejamento, não item a ser 
descrito no plano de auditoria. 
E – apresenta consequências do planejamento, não item a ser 
descrito no plano de auditoria. 
Gabarito: B 
 
15. (FGV/ISS-Recife/2014) Nas atividades de planejamento da 
auditoria, deve-se estabelecer uma estrateばgia global que defina 
seu alcance, sua eばpoca e sua direcࡤaひo, a fim de orientar o 
desenvolvimento do plano de auditoria. Os procedimentos a serem 
adotados estaひo listados a seguir, aど excecࡤaひo de um. Assinale-o. 
A) Identificar as caracteŕsticas do trabalho para definir o seu alcance. 
B) Definir os objetivos do relatoばrio do trabalho, de forma a planejar a 
eばpoca da auditoria e a natureza das comunicacࡤoひes requeridas. 
C) Considerar, para orientar os esforcࡤos da equipe do trabalho, os fatores 
que, no julgamento profissional do auditor, saひo irrelevantes. 
D) Considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de 
auditoria. 
E) Determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo dos recursos necessaばrios 
para realizar o trabalho. 
Comentaばrios: 
Segundo vimos em aula, ao definir a estratégia global, de acordo 
com o disposto na NBC TA 300, o auditor deve: 
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu 
alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar 
a época da auditoria e as comunicações necessárias; 
(c) considerar os fatores que, no julgamento profissional do auditor, 
são significativos para orientar os esforços da equipe de trabalho; 
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria; 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
Gabarito: C 
 
 
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16. (FGV/ISS-Recife/2014) Um planejamento adequado eば 
benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis. A esse 
respeito, analise as afirmativas a seguir. 
I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada aどs áreas 
importantes da auditoria. 
II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas 
potenciais tempestivamente. 
III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho 
para que a auditoria seja realizada de forma eficaz e eficiente. 
IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de 
trabalho com n ば̀veis apropriados de capacidade e competência 
para responderem aどs evidências esperadas e aloque 
apropriadamente os recursos. 
Assinale: 
A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
D) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. 
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentaばrios: 
Segundo o ̀tem 2 da NBC TA 300, “O planéamento da aud̀tor̀a 
envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o 
desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é 
benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias 
maneiras, inclusive para: 
• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes 
da auditoria; 
• auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente 
problemas potenciais; 
• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de 
auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; 
• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis 
apropriados de capacidade e competência para responderem aos 
riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; 
• facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de 
trabalho e a revisão do seu trabalho; 
• auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por 
outros aud̀tores e espec̀al̀stas.” 
Assim, podemos concluir que apenas os itens I, II e IIIestão corretos. 
Gabarito: B 
 
 
 
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17. (FGV/INEA-RJ/2013) O objetivo de auditoria de “padronizar 
os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma 
organizac֚aひo” refere-se: 
A) ao papel de trabalho. 
B) ao teste de procedimentos. 
C) ao programa de auditoria. 
D) aど interpretacࡤaひo de informacࡤoひes auditadas. 
E) ao procedimento de auditoria em aばreas espec̀ばficas. 
Comentaばrios: 
De acordo com o ̀tem A 17 da NBC TA 300, “O aud̀tor pode ut̀ l ̀zar 
programas de auditoria padrão ou listas de verificação de conclusão 
da auditoria, adaptados de forma a refletirem as circunstâncias 
part̀culares do trabalho”. 
Ou seja, uma firma de auditoria pode utilizar programas-padrão 
para “padroǹzar os proced̀mentos de aud̀tor̀a” de seus prof̀ss̀onàs. 
Gabarito: C 
 
18. (FGV/Sefaz-RJ/2011-Adaptada) O planejamento na 
auditoria é dinâmico, ou seja, uma vez elaborado, deve ser 
revisado sempre que surgirem novas circunstâncias ou os 
resultados apontarem para uma direção diferente da leitura feita 
inicialmente. Nesse sentido, o planejamento deverá ser revisto, 
por exemplo, quando os testes substantivos revelarem uma 
quantidade de erros superior àquela prevista quando do 
levantamento do controle interno. Quando da auditoria pela 
primeira vez, alguns cuidados especiais de planejamento devem 
ser observados, tais como os listados a seguir, À EXCEÇÃO DE UM. 
Assinale-o. 
a) Leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de 
“conhec̀mento” da aud̀tada). 
b) Uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido 
alterações de um exercício para o outro, tais como mudança no método 
de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de 
tributação – lucro presumido para real, por exemplo). 
c) Valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia 
aberta. 
d) Identificação de relevantes eventos subsequentes ocorridos após a 
data-base do exercício, revelados ou não. 
e) Levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de 
controle interno. 
Comentários: 
A realização de uma primeira auditoria numa entidade pode ocorrer 
em três situações básicas: 
a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção 
 
 
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do auditor independente, visto que ela não tem experiência anterior 
de um trabalho de auditoria; 
b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, 
por outro auditor independente, situação que permite uma orientação 
sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente; e 
c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente 
anterior, situação que requer atenção do auditor independente, 
porquanto as Demonstrações Contábeis que servirão como base de 
comparação não foram auditadas. 
Quando da realização da primeira auditoria, o auditor independente 
deve incluir no planejamento de auditoria: análise dos saldos de abertura, 
procedimentos contábeis adotados, uniformidade dos procedimentos 
contábeis, identificação de relevantes eventos subsequentes ao 
exercício anterior e revisão dos papéis de trabalho do auditor 
anterior. Além disso, é essencial que o auditor avalie o sistema de 
controle interno da empresa. 
Dessa forma, a única opção não prevista na norma é a verificação 
do valor da cotação da ação investida na bolsa de valores, se companhia 
aberta. 
Gabarito: C 
 
19. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2016) Um elemento que deve 
ser considerado tanto no planejamento quanto na execução dos 
procedimentos da auditoria é a materialidade, mas esta constitui 
um elemento subjetivo, concebido a partir de julgamento 
profissional. Para exercer esse julgamento, alguns referenciais 
devem ser considerados. Há vários fatores que podem afetar a 
identificação de um referencial para determinar a materialidade 
para as demonstrações contábeis. O seguinte fator NÃO afeta tal 
identificação: 
(A) conclusões de trabalhos de auditoria anteriores. 
(B) elementos das demonstrações contábeis. 
(C) estrutura de financiamento da entidade. 
(D) ambiente econômico em que atua. 
(E) fase do ciclo de vida da entidade. 
 Comentários: 
Questão literal, semelhante a uma questão de um concurso da FGV 
em 2014 (CGE-MA). 
De acordo com o d̀sposto no ̀tem A3 da NBC TA 320, “os fatores 
que podem afetar a identificacࡤaひo de referencial apropriado incluem: 
(a) os elementos das demonstracࡤoひes contaばbeis (por 
exemplo, ativo, passivo, patrimo ;(nio l̀ばquido, receita, despesaࡂ
(b) se haば itens que tendem a atrair a atencࡤaひo dos usuaばrios 
das demonstracࡤoひes contaばbeis da entidade espec̀ばfica (por 
 
 
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exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das 
operacࡤoひes, os usuaばrios tendem a focar sua atencࡤaひo em lucro, 
receita ou patrimo ;(nio l̀ばquidoࡂ
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o 
seu setor e o ambiente econômico em que atua; 
(d) a estrutura societaばria da entidade e como ela eば 
financiada (por exemplo, se a entidade eば financiada somente 
por d̀ばvida em vez de capital proばprio, os usuaばrios daひo mais 
importância a informacࡤoひes sobre os ativos, e processos que os 
envolvam, do que nos resultados da entidade); e 
(e) a volatilidade relativa do referencial.” (Gr̀famos) 
 Gabarito: A 
 
20. (FGV/ISS-Cuiabaば/2014) Sobre a materialidade no contexto 
de auditoria, assinale a afirmativa correta. 
A) Os julgamentos sobre materialidade saひo afetados por um fator entre a 
magnitude ou a natureza das distorcࡤoひes. 
B) O julgamento sobre relevância deve considerar o poss̀ばvel efeito de 
distorcࡤoひes sobre usuaばrios individuais. 
C) A determinacࡤaひo de materialidade pelo auditor naひo deve ser afetada por 
suas percepcࡤoひes pessoais. 
D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorcࡤoひes podem levar o 
auditor a avaliaば-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do 
limite de materialidade. 
E) A materialidade naひo pode ser modificada no decorrer da auditoria. 
Comentaばrios: 
De acordo com o d̀sposto na NBC TA 320, ̀tem 6, “A mater̀al ̀dade 
determinada no planejamento da auditoria não estabelece 
necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, 
individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não 
relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem 
levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo 
do l̀m̀te de mater̀al̀dade.” 
Gabarito: D 
 
21. (FGV/ISS-Recife/2014) A respeito da materialidade, assinale 
a afirmativa incorreta. 
A) A determinacࡤaひo de materialidade pelo auditor eば uma questaひo de 
apuracࡤaひo cient̀ばfica e eば afetada pela percepcࡤaひo do auditor das 
necessidades de informacࡤoひes financeiras dos usuaばrios das demonstrac oひesࡤ
contaばbeis. 
B) O conceito de materialidade eば aplicado pelo auditor no planejamento e 
na execucࡤaひo da auditoria, bem como na avaliacࡤaひo do efeito de distorc oひesࡤ
 
 
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identificadas na auditoria e de distorcࡤoひes naひo corrigidas, se houver, sobre 
as demonstracࡤoひes contaばbeis. 
C) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a 
magnitude das distorcࡤoひes que saひo consideradas relevantes para 
determinara natureza, a eばpoca e a extensaひo de procedimentos adicionais 
de auditoria. 
D) A materialidade determinada no planejamento da auditoria naひo 
estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorcࡤoひes naひo 
corrigidas, individualmente ou em conjunto, seraひo sempre avaliadas como 
naひo relevantes. 
E) Ao estabelecer a estrateばgia global de auditoria, o auditor deve 
determinar a materialidade para as demonstracࡤoひes contaばbeis como um 
todo. 
Comentaばrios: 
Segundo o d̀sposto na NBC TA 320, “A determ̀nacࡤaひo de 
materialidade para execucࡤaひo de testes naひo eば um caばlculo mecânico simples 
e envolve o exerc̀ばcio de julgamento profissional”. 
Eば afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, 
atualizado durante a execucࡤaひo dos procedimentos de avaliacࡤaひo de risco, e 
pela natureza e extensaひo de distorcࡤoひes identificadas em auditorias 
anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relacࡤaひo a 
distorcࡤoひes no per̀ばodo corrente. 
Gabarito: A 
 
22. (FGV/CGE-MA/2014) O auditor, ao realizar uma auditoria, 
exerce julgamento sobre a magnitude das distorcࡤoひes que saひo 
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base 
para: 
A) determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo de procedimentos de 
avaliacࡤaひo de risco. 
B) identificar e avaliar os riscos de distorcࡤaひo irrelevante. 
C) determinar a natureza, a eばpoca e a extensaひo de procedimentos 
operacionais de releva .nciaࡂ
D) tomar decisoひes econo oひes dasࡤmicas razoaばveis com base nas informacࡂ
demonstracࡤoひes contaばbeis. 
E) entender que as demonstracࡤoひes contaばbeis saひo elaboradas, 
apresentadas e auditadas considerando ǹばveis de materialidade. 
Comentaばrios: 
Nessa questão a FGV denomina mater̀al̀dade como “magǹtude das 
distorções, e pede a resposta correta sobre um dos objetivos do 
julgamento de materialidade realizado pelo auditor. 
Essa análise é feita na fase de planejamento, e tem como objetivo a 
determinação da natureza, da eばpoca e da extensaひo de procedimentos de 
avaliacࡤaひo de risco a serem executados. 
 
 
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Gabarito: A 
 
23. (FGV/CGE-MA/2014) A determinacࡤaひo da materialidade para 
o planejamento envolve o exerc ば̀cio de julgamento profissional. 
Aplica-se frequentemente uma porcentagem a um referencial 
selecionado como ponto de partida para determinar a 
materialidade para as demonstracࡤoひes contaばbeis como um todo. Os 
fatores que podem afetar a identificacࡤaひo de referencial apropriado 
incluem: 
A) os elementos das notas explicativas. 
B) os itens que tendem a inibir a atencࡤaひo dos usuaばrios das demonstracࡤoひes 
contaばbeis da entidade espec̀ばfica. 
C) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, o seu setor e o 
ambiente econômico em que atua. 
D) a estrutura societaばria da entidade e como ela eば determinada. 
E) a volatilidade relativa do capital. 
Comentaばrios: 
De acordo com o d̀sposto no ̀tem A3 da NBC TA 320, “os fatores 
que podem afetar a identificacࡤaひo de referencial apropriado incluem: 
(a) os elementos das demonstracࡤoひes contaばbeis (por 
exemplo, ativo, passivo, patrimo ;(nio l̀ばquido, receita, despesaࡂ
(b) se haば itens que tendem a atrair a atencࡤaひo dos usuaばrios 
das demonstracࡤoひes contaばbeis da entidade espec̀ばfica (por 
exemplo, com o objetivo de avaliar o desempenho das 
operacࡤoひes, os usuaばrios tendem a focar sua atencࡤaひo em lucro, 
receita ou patrimo ;(nio l̀ばquidoࡂ
(c) a natureza da entidade, a fase do seu ciclo de vida, 
o seu setor e o ambiente econômico em que atua; 
(d) a estrutura societaばria da entidade e como ela eば 
financiada (por exemplo, se a entidade eば financiada somente 
por d̀ばvida em vez de capital proばprio, os usuaばrios daひo mais 
importância a informacࡤoひes sobre os ativos, e processos que os 
envolvam, do que nos resultados da entidade); e 
(e) a volatilidade relativa do referencial”. (Grifamos) 
Gabarito: C 
 
24. (FGV/AL-BA-Auditoria/2014) A natureza, a época e a 
extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos 
membros da equipe de trabalho são elementos que fazem parte 
a) do processo de auditoria. 
b) da estratégia global de auditoria. 
c) da gestão da auditoria. 
d) da avaliação preliminar da auditoria. 
e) do plano da auditoria. 
 
 
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Comentaばrios: 
 De acordo com a NBC TA 300, o auditor deve desenvolver o plano 
de auditoria, que deve incluir a descrição de: 
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
planejados de avaliação de risco; 
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de 
auditoria planejados no nível de afirmação; 
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para 
que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. 
Gabarito: E 
 
25. (FGV/SEFAZ-RJ/2009) Assinale a alternativa que não 
compreenda um objetivo do planejamento de auditoria. 
a) Propiciar a coordenação do trabalho a ser efetuado por outros 
auditores independentes e especialistas. 
b) Propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade 
dentro dos prazos e compromissos previamente estabelecidos. 
c) Assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores 
relevantes contidos em suas demonstrações contábeis recebam a atenção 
requerida. 
d) Estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a 
serem efetuados, em consonância com os termos constantes na sua 
proposta de serviços para a realização do trabalho. 
e) Obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar 
eventos e transações irrelevantes que afetem as demonstrações 
contábeis. 
 Comentários: 
 Embora a questão tenha sido elaborada com base nas normas de 
auditoria antigas, fica fácil observar que a alternativa E não faz sentido, 
em vista do que já estudamos. 
 Um dos objetivos do planejamento de auditoria é a obtenção do 
conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e 
transações relevantes que afetem as demonstrações contábeis. 
 Eventos e transações irrelevantes não são considerados no 
planejamento. 
 Gabarito: E 
 
26. (FGV/SEFAZ-RJ/2010) Nas atividades de planejamento o 
auditor deve estabelecer uma estratégia global definindo o 
alcance, a época e a direção para o desenvolvimento do plano de 
auditoria. A respeito do planejamento da auditoria, assinale a 
afirmativa incorreta. 
a) O auditor deve identificar as características do trabalho para definir o 
seu alcance, bem como definir os objetivos do relatório do trabalho de 
 
 
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forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações 
requeridas. 
b) O auditor deve considerar os fatores que no seu julgamento 
profissional são significativos para orientar os esforços da equipe do 
trabalho e determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
c) O auditor deve considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria e, quando for o caso, a relevância do conhecimento 
obtido em outros trabalhos. 
d) O auditor deve desenvolver o plano de auditoria e nele deve incluir a 
descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
planejados de avaliação de risco. 
e) O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global e o plano de 
auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na 
revisão do seu trabalho. 
Comentários: 
 De acordo com a NBC TA

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