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DIETOTERAPIA II - PROVA 2

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TERAPIA NUTRICIONAL PULMONAR 
 
ASMA 
Causas: 
1. Alérgica: pólen, pelos, fumaça, alergênico alimentares, drogas, fitoterápicos 
2. Não alérgica: infecção, estresse ou exercício. 
 
● Hiperresponsividade brônquica 
● Aumento de secreção 
● Estreitamento das vias aéreas (contração muscular) 
● Inflamação e inchaço (este último decorrente do medicamento) -> 
corticoesteróides 
 
Uso frequente de corticoides favorecem o acúmulo de água e aumenta apetite. 
Atenção à síndrome de Cushing (aumento do depósito de gordura corporal e 
gordura abdominal) 
 
● Asma e leite: somente pacientes cuja asma é desencadeada por alergia 
alimentar causada pelo leite não podem tomar leite 
 
Alimentos e nutrientes individuais possivelmente desempenham um papel no 
tratamento da ​asma​. Exemplos incluem: 
1. Soja, ácidos graxos ω-3 e ácidos graxos ω-6 (diminuindo a produção de 
leucotrienos broncoconstritivos), 
2. Nutrientes antioxidantes (protegendo os tecidos das vias respiratórias contra 
o estresse oxidativo); 
1. Vitamina D (um nutriente anti-infeccioso molecular), 
2. Magnésio (um relaxante muscular suave e agente anti-inflamatório) 
3. Broncodilatadores de metilxantina, como a cafeína 
 
TUBERCULOSE 
Não há dieta específica para tuberculose. 
Mas acredita-se que deva-se​ aumentar o consumo hídrico e energético​. 
Geralmente pessoas com tuberculose são oriundas de grupos de vulnerabilidade, 
mais frequentemente, desnutridas. Há recidiva da tuberculose porque as pessoas 
não terminam o tratamento e portanto o bacilo fica cada vez mais forte ( O 
tratamento dura em torno de 6 meses). 
 
 
 
 
 
DPOC 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por obstrução lenta e 
progressiva das vias respiratórias. A DPOC pode ser subdividida em duas 
categorias: enfisema (tipo I), que é caracterizado por alargamento e destruição 
anormal e permanente dos alvéolos; e bronquite crônica (tipo II), na qual há uma 
tosse produtiva com inflamação dos brônquios e outras alterações pulmonares. O 
consumo de tabaco ou o contato contínuo com fumantes são os principais fatores 
causais. Poluição do ar (inclusive cozinhar em local fechado, não ventilado) e 
suscetibilidade genética são outros possíveis fatores causais. 
 
● Pacientes com enfisema: geralmente são caquéticos, e mais velhos. E 
apresentam hipóxia leve 
● Pacientes com bronquite: geralmente apresentam peso normal e até acima 
do peso. E possuem uma hipóxia mais exacerbada 
 
Sinais e sintomas: 
● fadiga 
● anorexia 
● dificuldade de mastigação e de deglutição por causa da dispneia 
● constipação intestinal decorrente da escolha de alimentos com baixo teor de 
fibras, ou diarreia. A diarreia ocorre como resultado de peristaltismo 
defeituoso, resultante da falta de oxigênio para o trato gastrointestinal. 
 
PTN:1,2 a 1,7 g/kg 
LIP: 30 a 45% 
CHO: 40 a 55% 
 
Objetivos: 
● facilitar o bem-estar nutricional 
● manter um equilíbrio entre a massa magra e o tecido adiposo 
● um correto equilíbrio hídrico 
● controlar as interações entre fármaco e nutriente 
● prevenir osteoporose. 
 
Ocorrências: 
● Implicações nutricionais de acordo com a capacidade de trocas gasosas; 
● Processo inflamatório semelhante a outras doenças crônicas; 
● Perda de peso involuntária e progressiva; 
● Desnutrição em até 50% dos pacientes hospitalizados 
● Liberação de mediadores inflamatórios contribuem para o hipermetabolismo, 
diminuição da ingesta energética porque aumenta a leptina 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Depleção de tecido muscular; caquexia pulmonar – perda de peso grave. 
MAS, ATENÇÃO: 
Limitação respiratória faz com que pessoas fiquem sedentárias: gasto 
energético basal baixo, ingestão energética alta = ganho de peso. 
Perda de massa magra é independente do peso corporal 
 
-> pessoas que continuam a fumar: suplementar vitamina C 
 
Estratégias nutricionais: 
● descansar antes das refeições 
● comer pequenas porções de alimentos ricos em nutrientes 
● planejar a tomada das medicações e tratamentos respiratórios para horários 
próximos aos das refeições 
 
Melhor musculatura = melhor capacidade respiratória 
Nutrição e ventilação estão intimamente relacionadas 
 
O2 + nutrientes = energia 
Perda de peso 
(​imaginem umas setas aqui​) 
 
Desnutrição – impacto negativo na doença 
 
Dispneia (distúrbio para respirar, cansaço aos pequenos esforços) e menor força 
muscular 
Aumenta vulnerabilidade à infecções 
Redução imunoglobulinas 
Diminuição da função dos macrófagos na região alveolar 
Aumento colonização e aderência de bactérias nas vias aéreas 
(​imaginem umas setas aqui​) 
 
Mecanismos da perda de peso estão relacionados a: 
•Deficiência de hormônios anabólicos (testosterona, insulina, IGF) 
•Inflamação sistêmica (TNF-alfa, IL-1 e IL-6, PCR, espécies reativas de O2) 
•Hipermetabolismo 
•Hipóxia (alteração hormônios leptina, grelina, AMP kinase, leva a anorexia maior 
produção de espécies reativas de O2 – maior risco de morte celular e inflamação = 
depleção muscular e redução da ingestão vão levar a caquexia) 
•Atrofia muscular relacionada ao sedentarismo e fadiga 
•Termogênese induzida pela dieta 
•Envelhecimento 
Gasto energético vai estar alterado pelo esforço respiratório, infecção e tratamentos 
(drogas e fisioterapia). 
 
Ingestão 
•Pode ter restrição de líquidos (quando chegar a desenvolver hipertensão pulmonar) 
•Falta de ar e diminuição da saturação de O2 (que pode levar a anorexia) 
•Estresse GI e vômitos. 
Limitações​: fadiga (compra e preparo das refeições), $$, interação droga-nutrientes 
 
•Prevenível e tratável 
•Obstrução crônica do fluxo aéreo que não é totalmente reversível 
•Obstrução do fluxo aéreo geralmente é progressiva e está relacionada a uma 
resposta inflamatória anormal dos pulmões (à inalação de partículas ou gases 
tóxicos). 
 
Fatores externos: tabagismo, fumaça de lenha, poeira ocupacional, irritantes 
químicos, infecções respiratórias graves na infância). 
 
 
Fatores individuais: deficiência de enzimas (ex.: glutationa transferase) desnutrição, 
prematuridade, hiper responsividade brônquica. 
 
Na DPOC paciente tende a permanecer com a dificuldade respiratória a longo 
prazo. 
 
Diagnóstico: tosse, dispineia, sibilo (chiado) 
Avaliação: espirométrica, radiológica, gasometria e pH 
 
Agudização: 
1. +60 anos 
2. Dispneia grave 
3. Insuficiência hepática 
Oxigenoterapia: 
A questão do paciente estar usando ar ambiente ou não implica na terapia 
nutricional. 
Gasto energético e a oxidação de carboidratos é maior em pacientes com DPOC. 
Quociente respiratório: quantidade de CO2 que expira-se, para a quantidade de O2 
que inspira-se. Ou seja, as quantidades diferentes de O2 necessárias para oxidar 
completamente os átomos de carbono e hidrogênio, presentes nas moléculas dos 
substratos energéticos, até surgirem os produtos terminais CO2 e H2O. 
-Carboidratos são oxidados pela via aeróbica. Precisa-se de uma molécula de O2 
para produzir uma molécula de CO2. Logo o quociente é ​1. 
Muito CHO maior oxidação dispensa mais gases. Objetivo: diminuir quociente 
respiratório 
Alterações metabólicas:​ proteólise 
Esqueça IMC: considerar perda de peso!!!!! 
Influência das citocinas e hormônios: adiponectina, leptina, resistina 
 
TN isoladamente NÃO tem efeito no tratamento da DPOC 
 
Avaliação nutricional 
•Massa corporal (IMC < 20 kg/m² tem pior prognóstico) 
•Composição corporal (BIA, DEXA DC) 
•Avaliação do consumo 
 
Objetivos da TN​: adequar ingestão energética aos gastos (aumento de 
aproximadamente 50%), estabilizar perda de peso e principalmente da MM, otimizar 
o tratamento dos pacientesque já apresentam perda de peso importante e prevenir 
o declínio funcional. 
 
Primeiro passo: 
 
 
•Conhecer hábitos alimentares 
•Adaptar escolhas à textura 
•Maior densidade energética – menor tempo e esforço de ingestão (não utiliza prato 
saudável) 
•Fracionamento durante o dia 
•Proteínas 1,5 kg dia (preferencialmente AVB) 
•Fibras para diminuir esforço ao evacuar 
Pode haver necessidade de restrição de líquidos quando houver alterações na 
pressão pulmonar 
Evitar alimentos muito duros (bife duro, cenoura crua) que precisam de muita 
mastigação e cansam rapidamente o paciente fazendo com que o paciente não 
coma tudo que precisava. 
Não oferecer mais energia do que o paciente precisa, porque quanto mais energia, 
mais CO2 terá que ser secretado e maior será o tempo no respiradouro (​40-45 
kcal/kg peso, quando o paciente é estável a quantidade energética é semelhante 
aos pacientes não portadores da doença). 
 
Vitaminas e minerais 
•Vitamina C principalmente para pessoas que continuam a fumar 
•Vitamina D: melhora nas reações imunes, inflamação 
•Vitamina K: dependendo do DEXA, histórico alimentar e uso de glicocorticóides 
Magnésio e cálcio podem ser importantes para os pacientes portadores de DPOC 
na contração e no relaxamento muscular. Devem-se proporcionar ingestões que 
atinjam pelo menos as DRI. Dependendo dos resultados do DEXA + histórico 
alimentar + uso de glicocorticoides, pode ser necessário também a suplementação 
com as vitaminas D e K. 
Para prevenir aspiração, deve-se tomar cuidado para que haja uma sequência 
apropriada de respiração e deglutição, bem como assumir uma postura ereta 
adequada durante a alimentação. 
 
Suplementos hiperproteicos, hiperglicídicos, hipolipídico e levemente 
hiperenergético só funcionam com atividade física associada. 
 
Suplementação associada com processo de reabilitação 
 
Lembrar que o GEB está sendo afetado nas doenças respiratórias por: 
1. Perda de massa muscular (Aumento do esforço respiratório) 
2. Hiperventilação 
3. Processo inflamatório 
 
Posso emagrecer paciente obeso com DPOC? 
 
Com grau 1 ou 2 , trato como obeso normal, não tem problema que ele perca peso 
rapidamente. O que não pode é perder peso sem fazer atividade física. 
Preocupar-se com o aporte de proteínas. Mas pode perder normal, 10% em 6 
meses. No grau 3 ou 4 da DPOC é preciso avaliar se a perda de peso pode ser feita 
naquele momento e quanto eu posso fazer ele perder, normalmente é muito mais 
lento monitorando sempre a massa muscular. 
IL-6 e TNF-alfa estão relacionados com perda de apetite. 
Suplementar creatina não tem efeito na força respiratória dos pacientes. 
 
 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
1. Ajustar o aporte energético para a demanda metabólica do paciente; 
2. Garantir no mínimo 50-65% das necessidades energéticas; 
3. Evitar a perda massa magra com oferta adequada de proteínas, 
principalmente para restaurar a força dos músculos respiratórios; 
4. Contribuir para a retirada do suporte de oxigênio e ventilação mecânica; 
 
Recomendações nutricionais: 
Mesma recomendação para pacientes graves: opção da via entérica gástrica ou pós 
pilórica e início da dieta precocemente, nas primeiras 24-48h 
 
TERAPIA NUTRICIONAL RENAL 
 
Litíase renal: ​Cálculo renal, pedra no rim. 
Prevalência maior em homens. 
Causas: 
Excesso de cálcio, oxalato, ácido úrico, estruvita e cistina. 
Mais comum:​ Oxalato de cálcio (70-75%) → Excesso de cálcio e hiperoxalúria. 
Ácido úrico​: Comum com DM2, homens e IMC elevado apresentam mais (Mais 
massa muscular). 
 
Tipos de 
cálculo 
Frequência RX Causas patogênicas 
Oxalato 
de cálcio 
70 a 75% Redondos Hipercalciuria (geralmente se suplementa, 
quase nunca é pela alimento); hiperoxalúria 
(excesso de oxalato: chocolate, brócolis...); 
hiperparatireoidismo 
Fosfato 
de cálcio 
<5% Redondos 
 
Acidose tubular real, ph urinário alcalino 
 
Acido 
úrico 
10% 
Estruvita 
cistina 
 
● Avaliar se faz uso de alguns medicamentos: tiazida, alupurinol vit. 
C, B6, D (por suplementação pois ele precisa eliminar, e altera o ph 
urinário), óleo de fígado de bacalhau, carbonato de cálcio, 
glicocorticoide, citrato de potássio 
● Avaliar o histórico ocupacional: desidratação; tipos de trabalho e 
atividade (ex: cozinhas industriais: ambientes úmidos e quentes. 
Atletas… 
 
Na avaliação dietética 
● Ingestão de cálcio, oxalato, proteína anilas, sal, purinas, frutose e 
potássio 
● Volume hídrico (tipos: citrato, cafeína, acido fosfórico, mineral, 
bebidas esportivas) 
● Horário de suplemento de cálcio ( se for longe das refeições: pode 
ter uma absorção excessiva) 
 
Avaliação geral 
● Excesso de peso 
● Histórico de DM (eliminação da glicose na urina que é uma molécula 
muito grande..), hiperuricemia, má absorção intestinal 
(cetoacidose), hiperparatireoidismo 
 
Alimentos potencialmente ácidos: 
favorecem o ph mais ácido e o rim vai 
tentar equilibrar 
Alimentos potencialmente 
alcalinos 
Proteínas: carnes, peixes, aves, frutos 
do mar, ovos, queijos, amendoim. 
Gorduras: nozes, bacon, sementes de 
abóbora, girassol.i 
CHO: ricos em glúten, farelo de milho, 
arroz 
Hortaliças, incluindo beterraba 
e folhas de beterraba) e 
lentilha e café 
Favorecem a formação de H+ (quem tem pq quem é liberado nesse caso 
é a proteína pq o nitrogênio vai pro músculo e o H+ é CO do CHO 
 liberado 
 
 
 
● Alimentos fonte de oxalato​: espinafre, morango, chocolate, farelo 
de trigo e produtos com trigo integral (fibra insolúvel. Nessa 
situação é melhor o farelo solúvel: aveia), castanhas, beterraba, 
chá verde e preto, cúrcuma. 
 
Alterações dietéticas pertinentes: 
● Aumentar a ingestão hídrica para 30ml/kg/dia 
● Modificação de hábitos alimentares: identificar o consumo em 
excesso dos alimentos ricos em: oxalato de sódio, de proteína 
animal, de vitamina C e carboidratos (aumento da excreção urinaria 
de cálcio) 
● Risco diminuido: consumo de cálcio (quelação do oxalato no lúmen 
do intestino), potássio (redução da excressão do cálcio), fitato 
(inibição da formação de cristais de oxalato de cálcio) e água 
(diluição dos fatores litogênicos) 
● Avaliar o consumo de purinas, vit. D e óleo de fígado de bacalhau e 
vitamina B6 
● Avaliar o consumo de purinas, vit. D e óleo de fígado de bacalhau e 
vitamina B6 
 
Comorbidades associadas:​ DM, obesidade e HAS. 
Diabetes: Normalmente está associada ao ph urinário ácido e excesso de ácido 
úrico eliminado na urina. 
 
Por último, há uma prevalência menor (15%) de litíase causada por infecções → 
ESTRUVITA. 
*O cálculo não é visível a raio X. 
Fatores de risco: 
1. Baixo volume urinário 
2. Hipercalciúria 
3. Hiperoxalúria 
4. Hiperuricosuria 
5. Hipocitratúria 
6. ph urinário alterado 
7. Aumento da uréia na urina 
Fatores nutricionais: 
1. Baixa quantidade de líquido 
2. Baixo valor de cálcio 
3. Alto valor de oxalato 
4. Alto valor de sódio 
 
5. Baixo valor de potássio 
6. Alto valor de proteína animal 
7. Alto valor de frutose 
8. Alto valor de vitamina C 
Contextualização: 
Não precisa restringir cálcio, mas é preciso cuidar com a suplementação (Uso acima 
do necessário recomendado)→ Suplementação quando não é necessário. 
Cuidado com: Suplementação em cápsulas, suplementações proteicas e com as 
dietas que promovam cetose como a dieta cetogênica, dietas hipoglicídicas e hipo 
energéticas. 
Mecanismos bioquímicos envolvidos na promoçãoe progressão da doença: 
Cetoacidose, ph tubular. 
Bioquimica: 
*A taxa de filtração glomerular é maneira de avaliar a função dos rins. 
*A creatinina sanguínea pode dar indícios de que algo está errado com os rins, mas 
apenas a taxa de filtração glomerular que diagnostica. 
Dieta: 
É preciso cuidar do substrato oferecido, do efeito de solubilidade (quantidade de 
líquido) e se a dieta que o paciente está levando esta favorecendo a mudança de ph 
urinário. 
Avaliação do paciente: 
Medicações: Alopurinol (Medicação para ácido úrico). Suspeita de formação de 
cálculo por ácido úrico. 
Tiazida, vit. C, vit B6 e D (Alteram o pH da urina, que leva a precipitação de sais), 
óleo de fígado de bacalhau, carbonato de cálcio, glicocorticoide, citrato de potássio. 
Situação ocupacional que leve a desidratação: 
Desidratação por falta do hábito de beber água. 
Desidratação por exposição a altas temperaturas, sem reposição de água, ex Gari. 
Exercício extenuante 
Importante investigar: 
● Hiperparatireoidismo 
● Acidose tubular renal 
● Infecções do trato urinário 
● Sarcoidose 
● Hipertensão 
● Osteoporose 
● Doença intestinal inflamatória, síndrome de má absorção, cirurgia de bypass 
intestinal para obesidade 
● Síndrome metabólica ou resistência à insulina 
● Diabetes melito 
● Obesidade 
 
Ambiente: 
 
● Área de agua dura 
 
Avaliação dietética: 
1 e mais importante passo: Avaliar consumo hídrico. Orientar aumentar consumo de 
líquidos. 
2 passo: avaliar consumo alimentar. 
1.Volume hídrico, quantidade e qualidade 
Aumentar ingestão hídrica para 30 ml/kg/dia. 
Avaliar consumo de cafeína, bebidas esportivas, refrigerante 
*Quantidade de cálcio na água mineral é pequena, não é preocupante, a menos que 
o indivíduo consuma 3, 4 litros de água no mínimo. Ferver a água faz com que o 
cálcio se deposite ao fundo e portanto não precisa ser ingerido. 
2. Consumo: 
Alimentos ou compostos que precisam ser evitados/controlados: 
-Na (Pessoas hipertensas têm maiores chances de desenvolver cálculos renais. 
-Fosfato (excesso de fosfato na urina contribui para a formação de cálculos de 
fosfato de cálcio), 
-Oxalato (Chocolate, espinafre, morango, farelo de trigo, produtos integrais, chá 
preto, beterraba e curcuma), 
-Proteína animal (Aumenta a produção de ácido úrico, podendo levar ao aumento da 
acidez da urina, redução do ph, e ainda a proteína animal reduz a excreção do 
citrato, um fator protetor que ajuda portanto, a não formar as pedras). 
-Sal, Sódio (Aumenta a excreção do cálcio urinário) 
-Purinas (Presente nas proteínas de origem animal) 
-Vitamina B6, complexo B no geral, pois é um cofator do metabolismo do oxalato 
-Óleo de fígado de bacalhau 
-Vitamina D 
-Frutose: aumenta a excreção urinária de cálcio e oxalato. É o único carboidrato 
conhecido que aumenta a produção de ácido úrico e sua excreção na urina. A 
frutose também pode aumentar a resistência à insulina, que está associada a baixo 
pH urinário. 
-Alimentos geradores de maior acidez (H+): fontes de proteína, algumas gorduras e 
alguns CHO ricos em glúten e nitrogênio), 
Alimentos\Nutrientes que podem auxiliar: 
-​Citrato (O citrato inibe os cálculos urinários formando um complexo com cálcio na 
urina. Portanto, menos cálcio está disponível para ligar o oxalato urinário, o que 
ajuda a prevenir a formação de cálculos de oxalato de cálcio ou de fosfato de cálcio. 
O suco de limão, utilizado por longo prazo, aumenta o citrato urinário e pode então, 
auxiliar na prevenção dos cálculos. (A valor urinário de citrato deve ser superior à 
640 mg. 
-Ca (Alcançar os valores nutricionais recomendados para a idade) e Mg, se liga ao 
oxalato e consequentemente reduz a absorção do oxalato. 
 
-Potássio (A ingestão de potássio está inversamente relacionada com o risco de 
cálculos renais). 
-Alimentos potencialmente alcalinos: hortaliças, café, chá, beterraba e lentilha. 
*CUIDADO: é preciso saber da composição geral do alimento, apenas recomendar 
que o paciente utilize muitos alimentos básicos na sua alimentação não é 
suficiente. Ex: beterraba, é um alimento básico, entretanto é fonte de oxalato que 
seria melhor evitar. 
 
3.Horário da suplementação de cálcio: ​dependendo do horário o cálcio pode ser 
eliminado junto com as fezes como fosfato de cálcio, nem sendo absorvido, por isto 
deve-se tomar junto das refeições (na litíase renal) 
*Obesidade: ​o excesso de peso pode contribuir para a formação de cálculos, 
portanto a perda de peso pode auxiliar no processo. 
 
 
 ​INJÚRIA RENAL AGUDA 
 
● Esse paciente normalmente vai estar numa UTI 
● A principal função dos rins é manter o equilíbrio hidroeletrolítico e a 
concentração de solutos orgânicos 
● Bom funcionamento: filtração contínua do sangue nos néfrons. Por 
exemplo, uma hemorragia, ou algo que diminua o fluxo sanguíneo 
vai comprometer a função dos néfrons 
● Néfrons: túbulos e glomérulos 
● Taxa de filtração glomerurar avalia a função dos rins. 
● Na IRA: subito declineo na TFG em 48h causando um aumento da 
creatinina sérica e que causa acúmulo de resíduos metabóticos e 
toxinas (uréia e amônia): influencia no SNC (causando confusão, 
agressividade...) 
 
 
IRA no estado nutricional 
● Presença de inflamação: age no processo de desnutrição 
● Acidose metabólica 
● Intolerância a glicose 
● Perda de nutrientes no dialisato, quando houver TRS 
● Associada a outras enfermidades 
 
-> Normalmente teremos um catabolismo proteico (balanço nitrogenado 
negativo. E um metabolismo anormal de aminoácidos (tirosina, cisteína e 
histidina) 
 
 
 
 
Causas: 
Fatores pré renais: ​Perfusão renal inadequada → Hemorragias, desidratação. 
Fatores renais: ​Doenças dentro do parênquima renal (na filtração) → Infecção ou 
nefrotóxicos 
Fatores pós renais:​Obstrução do trato urinário (Já foi filtrado, porém não consegue 
sair e faz a injúria dos néfrons)→ Litíase, CA de próstata. 
*Na injúria renal aguda é sempre possível o quadro de reversão, na crônica 
perde-se a função irreversivelmente. 
 
O que ocorre: 
Declínio da filtração glomerular em até 48h com ​aumento da creatinina sérica, 
aumento dos resíduos metabólicos e toxinas (Amônia e uréia) 
-Albuminúria 
-Indivíduo pode ser anúrico (Não eliminar nada) 
-Presença de inflamação 
-Pode desenvolver intolerância a glicose 
-Perdas no dialisato 
-Envolvimento do fígado 
-A alteração de pressão também faz com que haja dificuldade na filtração 
glomerular. 
 
Objetivos: 
● Preservar a massa muscular e reserva de energia 
● Manter o estado nutricional e metabólico adequado 
● Melhorar o sistema imune 
● Melhorar a resposta inflamatória 
 
Exame utilizado para avaliar função renal​: ​taxa de filtração glomerular. 
Parâmetros utilizados para avaliar peso: (Presença de pelo menos 1 item em pelo 
menos 3 de 4 categorias. 
Valores referenciais: 
1. Parâmetros bioquímicos 
*Albumina sérica <3.8 
*CT<100 
2. Peso e gordura corporal 
*IMC<23 kg/m2 (O ponto de corte do IMC de pacientes renais é 23kg/m​2 para 
diminuir as chances de complicações no tratamento. Obs: paciente transplantado 
volta a corte de IMC normal) 
* Perda de peso não intencional de 5 % em menos de 3 meses ou 10% em 6 
meses 
 
*Percentual de gordura <10% 
3. Massa muscular 
*Redução de 5% em 3 meses, 10 % em 6 meses 
*CB com redução acima de 10% em relação ao percentil 50 
4. Ingestão alimentar 
*Redução não intencional da ingestão proteica 
* Redução energética 
 
Exames laboratoriais: 
1. Taxade filtração glomerular: ​ajuda a monitorar a função renal. 
2. Creatinina plasmática: apresenta função renal inadequada, mas não faz 
diagnóstico de insuficiência renal. ​Creatinina urinária; ​apresenta perda de 
proteína na urina. 
3. Ureia: é um exame que precisa estar sempre sendo monitorado. ​Níveis 
elevados mostram que a função renal está inadequada. Irá influenciar na função 
neurológica, bem como ​anorexia, aceitação dos alimentos, gosto metálico e 
ingestão dos alimentos. 
4. Bicarbonato: influência no processo de acidose, que também pode 
influenciar na questão da ​ingestão alimentar, paciente fica sonolento, inapetente 
quando está em acidose​. 
5. Albumina: 3,8 a 4. Valores menores = desnutrição. ​A albumina baixa pode 
resultar da ingestão protéica deficiente ou por perda de proteína na urina (Taxa 
de perda pela urina é de até 18). 
6. Lipidograma: pode ter alteração decorrente da alteração renal. Redução dos 
perfis lipídicos parecem retardar a evolução da doença renal. 
7. Anemia: Doença renal crônica = deficiência de eritropoietina → quantidade de 
hemácias. Entretanto, os pacientes podem apresentar anemia por baixa ingestão 
de ferro, principalmente pacientes que fazem restrição proteica. 
8. Transferrina e a saturação da ferritina:​ relação com o ferro. 
9. Fósforo:​ avaliar a ingestão de fósforo e dos ​quelantes ​→ CALCIO. 
10. Potássio: Doença renal =↓da excreção do potássio → hipercalemia. 
Necessidade de diminuição da ingestão de potássio→ alteração nos batimentos 
cardíacos. 
11. Cálcio: pode ter a absorção reduzida na doença renal. Os níveis são 
regulados pelo PTH que na doença renal vão estar alterados também. Esse nível 
de cálcio pode afetar a contração muscular. 
Alterações metabólicas: 
1. Acidose; 
2. Proteólise; 
3. Balanço nitrogenado negativo; 
4. Metabolismo anormal dos AA, como a cisteína, tirosina e histidina, 
5. Intolerância a glicose 
 
6. Alteração no metabolismo de lipídeos, perda de reserva de gordura. 
7. Perdas de vitaminas hidrossolúveis, principalmente em paciente em diálise. 
 
Dieta: 
Avaliação do paciente relacionada à nutrição: 
1. IMC; 
2. Peso e composição corporal: 
2.1 Dobra cutânea: Limitação por causa de edema, mas é importante verificar o 
percentual de massa magra do paciente renal. Portanto, pode-se utilizar dobra 
cutânea quando a região a qual será examinada não apresenta edema. 
2.2 Circunferência muscular do braço: Pode auxiliar, quando não há exame de 
albumina. 
2.3 Bioimpedância:​ ​Não é comum realizar, por causa do edema. 
1. Exames bioquímicos:​ albumina, PCR; 
2. Balanço do nitrogênio urinário​: Quanto mais N, maior é a piora e dificulta 
mais a avaliação. 
3. Edema; 
4. Estado nutricional (ASG) 
5. TGI 
6. Intolerancias 
7. Medicamentos 
8. Depressão ​(Receber a notícia de uma doença renal) 
9. Alterações hormonais: ​resistência à insulina e redução dos hormônios 
anabólicos (Deficiência do hormônio do crescimento, da testosterona e dos 
hormônios tireoidianos 
10. Comorbidades pregressas ​(Que podem ter levado à essa doença) 
11. Estilo de vida 
12. Deficiência de vitaminas e minerais: ​É importante ser realizada pois muitos 
pacientes deixam de comer certos alimentos e podem estar apresentando 
tais deficiências. 
 
Avaliação dietoterápica: 
1. Avaliação da ingestão/consumo 
2. Monitorar as perdas extracorpóreas: vitaminas. 
3. Retorno da função renal para verificar a mudança na dieta. 
4. Taxa de aparecimento da uréia (Avalia o catabolismo proteico, calculado pelo 
Nitrogênio urinário, dialisato, peso antes e depois da diálise). 
Recomendações: 
Energia: ​20-30 Kcal\kg\ dia (100-130 % do gasto energético) 
Caso obesidade, usar peso ideal. 
PTN 
● Estágio 1: 0,8 a 1g/kg 
 
● Azotemia: 0,6-0,8g/kg 
● Diálise intermitente (cat. moderado): 1 a 1,5g/kg 
● Diálise contínua (hipercatabolico): 1,3 a 1,8g/kg 
● Estágio II ou III: 1,5-2,5g/kg 
CHO: ​45-65% na via oral, 3-7g/kg/dia parenteral 
LIP: ​1,2 à 1.5 na parenteral e 35% do VET na enteral ou via oral; 
Líquidos: ​Nem sempre é necessária a restrição, mas se for normalmente é 
500 à 700 ml, mais a diurese e perdas. 
Fibras: ​consumo normal da população. 
Sódio:​20-40 mEq/dia na fase oligúrica 
Potássio:​30-50 mEq/dia na fase oligúrica 
OBS:​Ingestão de Na, K, Mg e P só necessitarão de ajustes se concentrações sanguíneas 
apresentarem alterações. 
 
Avaliar necessidade de suplementação de vitaminas hidrossolúveis quando TRS (B9, 
piridoxina B6 e tiamina B1) 
 
Via de alimentação 
1. Maioria em Nutrição Enteral, 
2. Combinação entre Nutrição Parenteral e Enteral quando a ingestão de 
energia não for atingida por 3-5 dias 
3. Via Oral 
4. • Desafios: anorexia, aderência ao tratamento 
Comentários gerais: 
*É possível fazer uma redução de proteínas mas não fazer uma dieta hipoproteica. 
*Vitamina C quando for necessário suplementar não ultrapassar 200 mg no 
tratamento renal substitutiva. 
*Ácido Fólico, Piridoxina, Tiamina quando o paciente estiver em terapia renal 
substitutiva. 
*Guidelines é o ínicio, depois é preciso verificar a situação exclusiva do paciente. 
*Obesidade grau 3, peso ideal é trabalhado com IMC: 25, o mais próximo dele 
dentro dos parâmetros ideais. Se o paciente estiver desnutrido utilizar o IMC mais 
próximo dele dentro dos parâmetros normais. 
*A maioria dos pacientes de tratamento renal substitutivo utiliza TNE, sempre tentar 
começar com enteral, mas se não conseguir evoluir o paciente, optar pela 
parenteral. (A avaliação do paciente para saber se ele está atingindo as 
necessidades é baseada em 70-75% do VET). 
*Na via oral o paciente tem uma quantidade de uréia circulante muito maior que 
podem levar algumas alterações de funcionamento, principalmente neurológico e 
gastrointestinal. 
Objetivos da dietoterapia: 
1. Preservar a massa muscular 
2. Manter o estado nutricional e metabólico adequados 
 
3. Preservar o rim 
4. Minimizar o acúmulo de compostos nitrogenados tóxicos (Ureia) 
5. Reserva de energia 
6. Evitar os excessos e complementar o que está deficiente. 
7. Buscar estabilidade imunológica 
8. Atenua o stress oxidativo 
Considerações finais: 
Estar atento: 
1. Catabolismo 
2. Inflamação 
3. Necessidade de restrição da proteína em último caso 
4. Necessidade de restrição hídrica se for necessário 
5. Necessidade de restrição Fósforo, Potássio se tiver alteração laboratorial 
6. A cada dois pontos de aumento no IMC há mudanças na pressão arterial. 
7. Avaliar suplementação de Vitamina D 
8. Adequação de sódio 
9. Avaliar a suplementação de quelante de fósforo. 
 
DOENÇA RENAL CRÔNICA 
-Tratamento conservador até estágio 4, estágio 5 já é tratamento substitutivo 
(diálise ou transplante)!!! 
 
Dividido em cinco estágios: 
Iniciais: 
1. 90-130 mL/min: Dano renal, mas normal à função renal aumentada 
2. 60-89 mL/min: Redução leve da função renal 
Avançado: 
3. 30-59 mL/min: Redução moderada da função renal 
4. 15-29 mL/min: Redução grave da função renal 
Terminal:​ Necessita de diálise e transplante. 
5. Menos de 15 mL/min: Insuficiência renal com tratamento necessário, definida como 
doença renal em estágio terminal 
Fatores de risco: 
1. Hipertensão 
2. Diabetes 
3. Glomerulonefrite 
 
Critérios para detecção de desnutrição na RDC 
Parâmetros bioquímicos: 
albumina sérica <3,8g dL 
colesterol total <100 mg dL 
pré albumina <30 mg dL 
 
Peso e gordura corporal: 
 
IMC<23kgm2 
Perda de peso não intencional de 5% em 3 meses. 
 
Depleção energético proteica 
Diminuição na ingestão alimentar: Anorexia, restrições dietéticas. 
Hipermetabolismo 
Acidose metabólica: 
Diminuição do anabolismo: Resistênciaao GH… 
 
Principais fatores para a progressão da doença renal crônica: 
• hipertensão intraglomerular e sistêmica, 
• hipertrofia glomerular, 
• precipitação intra renal de fosfato de cálcio, 
• hiperlipidemia, 
• hiperuricemia, 
• acidose metabólica 
• Alteração do metabolismo de prostaglandinas 
•Pressão arterial: 160/100 mmHg (Ideal: 125/75 mmHg) 
•TGL: 165 mg/dl (Ideal: < 150 mg/dl) 
Tratamento nutricional: 
1. Restrição de sódio 
2. Leve restrição de proteínas 
3. Quelante de fósforo. 
Recomendações: 
1. Energia:​30-35 Kcal\kg\ dia Manter o peso. 25-30Kcal\kg\ dia Reduzir peso. 
35-45 Repleção de peso. 
2. PTN​: 0,6-0,8 g de proteína\Kg\dia. Se o paciente for diabético 0,8 a 1g de 
proteína\Kg\dia. 
TFG> 55 mL/min: 0,8 g/kg/dia com 60% de AVB 
TFG entre 25 e 55 mL/min: 0,6 g/kg/dia com 60% de AVB 
TFG < 25 mL/min e que ainda não tenham iniciado a diálise: 0,6 
g/kg/dia e 35 kcal/kg/dia. 
3. CHO: ​50-65% na via oral, 3-7g/kg/dia parenteral 
4. LIP: ​25-35% Sat <7%, Mono Até 20%, Poli Até 10% 
5. Líquidos: ​Nem sempre é necessária a restrição (<3L) 
6. Fibras: ​consumo normal da população. 
7. Sódio: ​2-3 g de sódio por dia. 
*Obs: a permeabilidade glomerular em pacientes diabéticos é maior, 
consequentemente a perda de albumina pela urina é maior, por isso a 
recomendação de PTN é um pouco maior . 
 
Vantagens no controle de ingestão de proteína na DRC: 
- Dieta hipoproteica melhora sintomas urêmicos e evita complicações da DRC. 
 
- Reduz a carga nos néfrons remanescentes. 
- Melhora a proteinúria. 
- Reduz o estresse oxidativo. 
- Melhora perfil lipídico. 
- Reduz efeitos séricos do PTH. 
- Retardo no início da diálise em 40%. 
 
 
TERAPIA PARA PACIENTE NA DIÁLISE 
Diálise peritoneal: ​peritônio como filtro, infundindo uma solução. 
Preocupação com: Uréia, H2O, Na, K, Fósforo porque não há onde armazená-los, 
os demais minerais são absorvidos pelos ossos, como o cálcio por exemplo. 
Na diálise peritoneal, o paciente ​absorve a glicose pelo procedimento (INFLUÊNCIA 
NO VET EM 20-30% → Absorção de 100 a 150g/dia – 400-800 kcal/dia). 
*Diálise é menos agressiva que a hemodiálise. 
*Num paciente em diálise é normal uréia com valores em torno de 150. 
*Geralmente não restringe líquidos (na peritoneal so!!). 
Tipos de diálises peritoniais: 
1. Diálise intermitente 
2. Diálise domiciliar 
3. Diálise em ambiente hospitalar 
Valores da solução variam de acordo com: 
1. Peso corporal e sexo: (Homens e obesos ou sobrepeso têm mais músculos e 
produzem mais uréia), 
2. Função renal residual (Muitas vezes o paciente ainda não se tornou anúrico e 
portanto ainda urina), 
3. Estilo de vida, 
4. Bioquímica sanguinea 
5. Alimentação (Ingestão inadequada de líquidos e Na) 
6. Características peritoneais individuais (Tamanho da superfície peritoneal, 
Presença de peritonite, inflamação da membrana). 
*Anúrico: não urina. 
*É sempre trabalhado o peso seco do indivíduo. (Peso do indivíduo depois da 
drenagem e contando o dialisato). 
*Ideal é comparar o paciente com ele mesmo. 
 
Diálise inadequada: 
Superfície do paciente, ingestão exagerada de líquidos, sódio e proteína. 
Mudança nas características do peritônio (infecções: deixam mais permeável), troca 
insuficiente do dialisato. 
 
Dialisato: 
Glicose ou icodextrina. Irá ser perdido PTN, aas, vitaminas hidrossolúveis. 
 
Vantagens: 
● Aumenta o suprimento de energia 
● Hiperinsulinemia: Promove anabolismo 
● Melhora o controle de potássio 
 
Desvantagens: 
● Formação de ptn glicosiladas 
● Aterosclerose: hiperinsulinemia 
● Exaustão das células B do pâncreas 
● Ganho de peso: obesidade 
● Anorexia: recebe glicose, paciente não sente fome 
● Alteração dos aas plasmáticos 
● Efeitos tóxicos no peritônio 
 
Complicações em pacientes em diálise peritoneal: 
1. Ingestão alimentar (Inapetência por absorção de glicose ou por aumentar a 
insulina e portanto ter casos de hipoglicemia, aumento do apetite). 
2. Inatividade física (Perda de massa muscular ) 
3. Aumento da pressão intra abdominal 
4. Distúrbios gastrointestinais. 
5. Alteração do paladar (Em decorrência das alterações de Zinco) 
6. Problemas dentários 
7. Hiperparatireoidismo 
8. Anemia (Cansaço, redução da capacidade de oxigenação) 
9. Dor óssea 
10. Fraqueza 
11. Obesidade 
12. Desnutrição 
*Pacientes obesos vão ter uma complicação maior por conta da absorção da 
glicose, pelo sedentarismo e pela resistência à leptina. 
*Perda proteica é menor na diálise peritoneal que na hemodiálise, mais ainda 
acontece. 
*Perda de AA é de 5 a 300 mg por dia (Isso também precisa ser previsto na 
prescrição dietética). 
*Perdas de Vitamina C, Complexo B (Tiamina, Piridoxina (B6, Diretamente 
relacionada com a perda de apetite), ácido fólico). 
*Estes pacientes geralmente têm menor tolerância a carnes vermelhas e como 
estas são as maiores fontes de ferro, muitas vezes é preciso suplementar ferro. 
Alterações metálicas: 
1. Hipercatabolismo (Perda de nutrientes pela diálise) 
2. Acidose metabólica (Tempo de troca, concentrações) 
3. Produção excessiva de glucagon 
4. Uremia (Muita uréia no sangue) 
 
Alterações de composição corporal: 
*Bioimpedância é um exame bem interessante. 
*Força de pressão palmar (Funcional) 
1. Redução de massa muscular (Sedentarismo) 
2. Edema (Sobrecarga líquida) 
Exames laboratoriais: 
1. Albumina 
2. Uréia 
3. Creatinina sérica 
4. Cálcio 
5. Fósforo 
6. Vitamina D 
7. Glicose 
8. Paratormônio 
9. Lipidograma 
10. Insulina 
11. Hemograma 
Suplementos: 
1. Quelantes de fósforo (Carbonato de Calcio), quando o fósforo estiver muito 
alto (Tomar junto das refeições). 
2. Suplementação de sulfato ferroso; 
3. Suplemento de vitaminas hidrossolúveis; 
*A forma ativa da vitamina D é o calcitriol e o rim é o responsável por está ativação, 
portanto quando o paciente tem um problema renal há necessidade de dosagem de 
vitamina D. 
Sugestões de intervenções nutricionais: 
1. Diminuir o volume das refeições (Evita desconfortos por excesso de 
alimentação e plenitude gástrica precoce) 
2. Aumentar a densidade energética (Aumentar a saciedade do paciente) 
3. Evitar ingerir líquidos junto com as refeições (Pois diminui o volume gástrico, 
diminuindo o espaço para o consumo dos alimentos) 
4. Avaliar junto com as equipes o volume e as trocas de dialisato, buscando um 
volume menor com concentração maior; 
5. Trocas de dialisato com concentração mais baixa de glicose (Evitando a 
saciedade precoce, calculado pelo médico) 
6. Orientar as fontes alimentares ricas em proteínas, principalmente as de alto 
valor biológico. 
7. Se o paciente tem hipertensão diminuir o Na, H20, e avaliar se o paciente 
está usando a medicação para HAS. 
8. Perda de peso e desnutrição: redução de Na diminui a palatabilidade do 
paciente, indicar outros temperos que possam resolver essa situação. 
 
9. Iniciar as refeições pelos alimentos proteicos, pois esse macronutriente é o 
que mais apresenta perda, portanto, se o paciente não consegue ingerir toda 
a comida, ao menos ele comeu as fontes proteicas. 
10. Alimentos estimulantes de apetite: vinho (150ml) 
11. Realizar refeições entre as trocas dos dialisatos (Para favorecer o apetite do 
indivíduo) 
12. Aumentar a concentração do dialisato, ou seja, dialisato hipertônico, podem 
favorecer o aumento da ingestão de Na que deixa a alimentação mais 
palatável, pode aumentar a ingestão de H20 e contribuir com a melhor 
absorção da glicose (Entretanto isso vai depender do paciente. Se o 
paciente que está com plenitude gástrica o aumento da concentração do 
dialisato vai gerar mais inapetência, já o paciente que não come por que a 
comida tem poucosal e portanto é pouco palatável, o dialisato hipertônico 
pode ter efeito benéfico). 
13. Para hipertrigliceridemia: restringir o Na e o líquido, bolsas com menor 
quantidade de glicose. (Nesse caso não pode vinho, é preciso restringir 
bebida alcoólica e açúcar).Avaliar suplementação com ômega 3 e carnitina. 
(Alimentos fonte de ômega 3 que ajudam no controle da hipertrigliceridemia: 
linhaça. 
14. Em casos de constipação intestinal: Aumentar quantidade de líquidos e 
fibras, avaliar a possibilidade de troca de um dialisato de menor volume que 
pode auxiliar na função intestinal. 
15. Obesidade: avaliar necessidade de perda de peso. 
*O paradoxo da obesidade: o sobrepeso e a obesidade leve são protetores do 
paciente renal, no entanto se essa obesidade está descompensando o paciente, 
principalmente hormonal (Ex: Insulina), pode haver necessidade de perda de peso. 
*Quanto menos glicose se administra na bolsa, menor é a excreção de Na e H20, 
portanto menor deve ser a ingestão. 
 
Recomendações: 
1. Energia:​30-35 Kcal\kg\ dia Manter o peso. 
2. PTN​: 1,2 a 1,5 g de proteína\Kg\dia. (<50% AVB 
3. Líquidos: ​<2L 
4. Fibras: ​consumo normal da população. 
5. Sódio:​ 2-3 g/dia 
6. Potássio: ​3-4 g/dia 
7. Fósforo:​ 0,8-1,2 g/dia 
 
TERAPIA PARA HEMODIÁLISE 
 
A filtração da hemodiálise ocorre no filtro da máquina de hemodiálise. O indivíduo 
faz uma fístula artério venosa por onde sai o sangue. A filtração normal do sangue 
 
dura umas 18 horas por dia, o processo da diálise peritoneal dura de 8-12 horas, e o 
processo da hemodiálise dura de 3-4 horas. 
Complicações durante a diálise: 
1. Diminuição da pressão arterial 
2. Hipovolemia 
3. Alteração do apetite 
4. Nausea 
*Muitas vezes o paciente come muito pouco nos dias de diálise e nos demais dias 
ele come o dobro ou o triplo. 
Metas: 
1. Evitar a deficiência nutricional e manter bom estado de nutrição (e, no caso 
de crianças, crescimento) por meio da ingestão adequada de proteínas, 
energia, vitaminas e minerais 
2. Controlar o edema e o desequilíbrio eletrolítico pela regulação do consumo 
de sódio, potássio e líquido. 
3. Evitar ou retardar o desenvolvimento de osteodistrofia renal pelo controle da 
ingestão de cálcio, fósforo, vitamina D e PTH. 
4. Capacitar o paciente a ingerir uma dieta palatável, atraente e adequada ao 
seu estilo de vida. 
5. Coordenar o cuidado do paciente com família, nutricionistas, enfermeira e 
médicos em instalações de cuidados agudos, ambulatórios ou casas de 
repouso especializadas. 
6. Fornecer educação nutricional inicial, aconselhamento periódico e 
monitoramento de longo prazo de pacientes. 
 
Recomendações: 
1. Energia:​35-40 Kcal\kg\ dia Manter o peso. 
2. PTN​: 1,1 a 1,3 g de proteína\Kg\dia. (<50% AVB) 
3. CHO: ​50-60% na via oral 
4. LIP: ​25-30% Sat <10%, Mono Até 20%, Poli Até 10% 
5. Líquidos: ​500ml + diurese. Se o paciente for anúrico:750 -1000ml. 
6. Fibras: ​consumo normal da população. 
7. Sódio​: 2-3g (Individualizado) 
8. Potássio: ​1,0 a 3,0g (Individualizado) 
9. Fósforo: ​1,2 g. (Paradoxo, alto teor de proteína e baixo teor de fósforo que é 
encontrado principalmente em alimentos ricos em proteínas). 
 
ESTUDO DE CASOS: 
Porque os pacientes podem ganhar muito peso entre as diálises ? 
Representado pelo acúmulo de água, por energia o máximo que um paciente ganha 
por dia é 500g​. O ganho normal de peso seria de de 4,5% . 
Existe algum alimento proibido? 
 
Carambola, porque ela tem uma substância tóxica chamada caramboxina, que fica 
acumulada no sangue do paciente dialítico que não consegue eliminá-la na urina. 
Um efeito colateral seria o soluço incontrolável, não conseguindo respirar 
corretamente, o que diminui a capacidade de oxigenação dos tecidos, podendo 
chegar ao coma e a morte. 
Por que o consumo proteico precisa ser aumentado? 
A diálise é uma terapêutica para retirar os compostos ureicos e o excesso de água, 
e ​é necessário aumentar a quantidade de proteína para manter o balanço 
nitrogenado positivo porque o processo de filtração extracorpóreo leva a perda de 
diversos AA, diferente da diálise peritoneal que há a perda de proteínas. 
Como controlar a sede? 
Restrição de Na, açúcar, alimentos muito picantes. 
Temperatura da água, água mais gelada ou chupar gelo. 
Tomar os líquidos mais devagar para aumentar a sensação de hidratação. 
Escovar os dentes, sensação de refrescância 
Aumentar a salivação: Mascar chicletes, Gotas de limão. 
Respiração pelo nariz, não pela boca. 
Objetivos da dietoterapia : 
1. Manter ou adequar o estado nutricional 
2. Manter o balanço nitrogenado positivo 
3. Corrigir alterações metabólicas 
Comentários gerais: 
KTV- Indicador da eficiência da diálise, medindo a concentração de uréia nas 
amostras de sangue pré e pós diálise. Fatores determinantes são: quantidade de 
proteína ingerida, catabolismo proteico muscular e o tratamento dialítico. 
*Albumina ponto de corte é 4 no paciente dialitico. 
*Alimentos ricos em fibras são ricos em potássio. Potássio em excesso pode trazer 
problemas de contração. 
*Fósforo e potássio se combinam e formam calcificações que podem afetar 
negativamente a saúde vascular, podendo perder o acesso de algumas fístulas por 
conta destas calcificações. 
*Em sopas há concentração dos elementos, evitar. 
*Amendoim, uva, banana nanica e prata, maracujá, mamão, goiaba, abacate, água 
de coco, feijão, laranja, batata, mandioca, chuchu e espinafre são fonte de potassio. 
*Colocar os alimentos já picados de molho por uma hora, jogar o remolho fora. 
*Quais as consequências de se ganhar peso de uma sessão de hemodiálise para a 
outra? R: Hipertensão, inchaço, falta de ar, edema agudo de pulmão (água no 
pulmão) são as mais graves. Durante a hemodiálise, podem ocorrer câimbras, 
hipertensão, náuseas, vômitos e mal estar. Com o tempo, seu coração aumenta de 
tamanho, o que ocasiona cansaço fácil, falta de ar aos mínimos esforços e 
incapacidade para realizar as atividades do dia a dia. 
Diagnósticos: 
 
1. Ingestão excessiva de líquidos OU Ganho de peso involuntário 
2. Ingestão excessiva de K, Na, P OU alteração dos exames laboratoriais 
relacionados à nutrição 
3. Alteração da função gastrointestinal 
4. Deficiência no conhecimento relacionado aos alimentos e nutrição 
*A meta sempre tem que ter um valor do que eu pretendo atingir: Problema : 
Consumo excessivo de água. Reduzir consumo de água. Como? Meta: Reduzindo o 
consumo de 5 litros em 3 dias para 1 litro em dois dias. Monitorar pelo recordatório e 
pelo peso corporal. 
*Depois da água, reduzir o fósforo. Problema : excesso de fósforo. Intervenção: 
reduzir fósforo. Como? Modificar horário do quelante para junto das refeições. 
Monitorar pelas diálises. 
*Se não der certo, reduzir as fontes de fósforo. 
Fontes: ​Carnes em geral, Leite e derivados, Refrigerantes, cervejas, grãos e 
oleaginosas. 
Reduzir potássio 
• Retirar a casca e fatiar, quando necessário 
• Mergulhar em água - 4 x mais 
• Cozinhar por 1 hora 
• Escorrer e lavar 
Sequência do processo: 
1. Avaliação 
2. Diagnóstico 
3. Intervenção 
4. Monitoramento 
APONTAMENTOS KRAUSE: 
 
1. Sódio: Uma dieta rica em sódio causa sede.Quando os pacientes bebem 
muito líquido, este pode realmente diluir o sódio e os níveis séricos parecerão 
baixos. Se os pacientes consumirem muito sódio e não beberem água, o 
sódio poderá estar elevado. Excesso de sódio e água eleva a pressão arterial 
e pode causar sobrecargade fluido, edema pulmonar e insuficiência cardíaca 
congestiva. 
2. Potássio: ​Afeta a ação muscular, especialmente o coração. Níveis altos 
podem fazer o coração parar. Níveis baixos podem causar sintomas como 
fraqueza muscular e fibrilação atrial. 
3. Creatinina: ​Um produto de excreção normal da desintegração muscular. Esse valor 
é controlado pela diálise. Os pacientes apresentam uma quantidade mais elevada 
porque eles não fazem diálise 24 horas por dia, 7 dias por semana, como seria com 
a função renal normal.diálise normalmente controla a creatinina. Nível baixo de 
creatinina pode indicar boa diálise ou baixa musculatura corporal. Se o paciente 
estiver perdendo peso, desintegrará mais músculo, portanto a creatinina pode estar 
 
mais elevada. O paciente pode precisar comer mais proteína e calorias para parar a 
perda de peso. 
4. nPNA: Um cálculo usado para examinar a taxa de renovação proteica no corpo. Um 
bom indicador de ingestão estável de proteínas pelo paciente quando combinado 
com o histórico dietético e albumina. Alto: o paciente pode precisar reduzir a 
ingestão de proteínas. O paciente deve consultar um nutricionista. O paciente pode 
estar catabólico. O paciente pode estar ingerindo grandes quantidades de proteína. 
Baixo: o paciente pode precisar aumentar a ingestão de proteínas. Se o paciente 
estiver eliminando urina, um pequeno volume de urina pode fazer uma grande 
diferença nos resultados. Fazer a coleta de urina de 48 horas do paciente. 
5. Albumina: ​É uma boa medida de saúde nos pacientes em diálise. Proteína é 
perdida com todas as diálises. Se a albumina estiver abaixo de 2,9, líquido “vazará” 
dos vasos sanguíneos para o tecido, causando edema. Quando o líquido estiver no 
tecido, é mais difícil remover com diálise. ​O baixo nível de albumina está 
intimamente associado a risco aumentado de morte em pacientes que fazem diálise. 
6. PTH: ​Um nível alto de PTH indica que o cálcio está sendo eliminado do osso para 
manter os níveis de cálcio sérico. 
7. Fósforo: ​Não é facilmente retirado do organismo pela diálise. Quelantes de fosfato 
(Carbonato de cálcio). Alguns podem causar desconforto GI, diarreia ou gases. A 
constipação severa, causando impactação intestinal. 
8. Cálcio: ​Quando a TFG diminui, os valores séricos de cálcio diminuem 
concomitantemente. Outro motivo é a questão o organismo estar excretando menos 
fósforo, e a necessidade de cálcio aumenta quando os níveis séricos de fósforo 
aumentam. Ambas as causas levam à hipertrofia da glândula paratireóide, que é 
responsável pela homeostase de cálcio.A hipersecreção de PTH aumenta a 
reabsorção de osso para fornecer uma fonte de cálcio ao sangue. No geral, o 
equilíbrio de fósforo na dieta, o uso de quelantes de fosfato e análogos da vitamina 
D, a remoção de fosfato por diálise e o monitoramento intenso de valores 
laboratoriais contribuem todos para o tratamento ósseo na DRET. 
9. Ferro: ​A anemia da doença renal crônica é causada pela incapacidade de o rim 
sintetizar eritropoetina (EPO).Há reposição de EPO e de ferro intramuscular. (Exame 
de ferritina sérica é muito eficaz para analisar a necessidade de ferro do indivíduo. É 
comum encontrar valores bem exacerbados de ferritina em indivíduos que passaram 
por transfusões) 
 
Quando é necessário usar TNE ou TNP num paciente renal? 
 
Nutrição parenteral intradialítica (NPID) 
A nutrição parenteral intradialítica pode ser utilizada se necessário, sem grandes problemas, 
entretanto atinge apenas 1 640 kcal a cada tratamento de hemodiálise, NUM VOLUME DE 
1000ml. 
RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS: 
1. Vitamina C: 60mg (não exceder 200 mg por dia) 
2. Ácido fólico : 1 mg 
3. Tiamina: 1,5 mg 
4. Riboflavina: 1,7 mg 
 
5. Niacina: 20 mg 
6. Vitamina B6: 10 mg 
7. Vitamina B12: 6 mcg 
8. Ácido pantotênico: 10 mg 
9. Biotina: 0,3 mg 
10. Vitamina D (Usada para hiperparatireoidismo), na forma de calcitriol 
 
NEOPLASIAS 
Iniciar o processo de cuidado através de dados ABCDEF: 
 ​A​ntropométrico 
B​ioquímico 
C​línico 
D​ietético 
E​xame físico 
F​uncional → dinamometria = 
força de preensão palmar, 
reduzida pós op. 
O ​estado nutricional​ é​ influenciado pela localização do tumor​. 
DEPENDE: do sucesso da terapia antineoplásica; risco de infecções; imunidade; 
fístulas; tempo de internamento; performance; qualidade de vida; má absorção. 
 
Caquexia ​→ perda progressiva e involuntária de peso corporal. 
Pode haver: resistência à insulina; balanço negativo de N; anomalias metabólicas.. 
Manifestações clínicas: astenia, agravamento da anorexia, úlcera de decúbito, mal 
estar geral, atrofia muscular, edema. 
 
Tratamento nutricional: Objetivos 
1. Prevenir ou corrigir deficiências nutricionais 
2. Minimizar a perda de peso 
3. Minimizar os efeitos colaterais do tratamento 
4. Maximizar a ingestão oral 
5. Oferecer nutrição enteral e parenteral quando necessário 
 
Triagem nutricional: 
1. Peso 
2. Histórico de perda de peso 
3. Alterações de ingestão alimentar 
4. Sintomas gastrointestinais (Vômito, diarreia) 
5. Mudança na dieta 
6. Mudanças de vida 
 
Triagem de risco nutricional + avaliação da condição nutricional ⇒ devem ser 
realizadas nas primeiras 48 horas da admissão. 
 
***​ ​Triagem e avaliação identificam precocemente o risco de desnutrição, 
minimizam a perda de peso e sinalizam os pacientes que terão benefícios com a 
intervenção nutricional precoce e especializada .​ *** 
 
Avaliação Antropométrica:​ IMC, CB, PCT, CMB, AMBc, CP (idosos e 
acamados). 
Avaliação Bioquímica: albumina sérica (risco elevado quando < 3,0 g/dL); proteína C 
reativa (para avaliação inflamatória). 
 
Após o diagnóstico nutricional, o próximo passo é o cálculo das necessidades 
nutricionais do paciente​. A ​calorimetria indireta é o padrão ouro para determinar 
o total de calorias que o paciente necessita. 
- Pacientes que evoluem no pós-operatório com resposta inflamatória 
sistêmica, hiperglicemia, falência respiratória e/ou sepse: ​20 kcal/kg a 25 
kcal/kg. Na fase de recuperação, a quantidade pode chegar até 35 
kcal/kg. 
- Pacientes com risco de síndrome de realimentação, ​iniciar com dieta de 5 
kcal/ kg a 10 kcal/kg ao dia nos três primeiros dias, evoluindo 
lentamente, alcançando de 15 kcal/kg a 20 kcal/kg ao dia entre o quarto e 
décimo dias, e de 25 kcal/kg a 30 kcal/kg após a segunda semana, sempre 
com​ controle rigoroso de fósforo, potássio e magnésio. 
 
Terapia nutricional: principal objetivo ⇒ ​melhora clínica e nutricional com prevenção 
de complicações infecciosas e não infecciosas. 
 
A ​dieta deve ser iniciada logo após a avaliação nutricional e dentro das 
primeiras 24 horas,​ na presença de estabilidade hemodinâmica . 
 
Dieta VO deve ser modificada e adaptada às preferências e necessidades do 
paciente para manter a ingestão adequada de todos os nutrientes​, ​minimizando 
a perda de peso e a piora clínica no pré e no pós-operatório. 
Principalmente na presença de transtornos do trato digestório, como diarreia, 
constipação, plenitude, mucosite, náuseas, entre outros. 
Para os pacientes oncológicos que não estão internados e estão em tratamento 
ambulatorial, a ​dieta imunomoduladora dever ser prescrita também por um 
período de cinco a sete dias antes da operação . 
 
TNE → quando a VO for insuficiente, geralmente na presença de ingestão oral emtorno de 60% das necessidades nutricionais ou quando o paciente não puder utilizar 
a via oral. 
 
TNP → quando o trato digestório não puder ser utilizado (obstrução intestinal, 
isquemia intestinal, peritonite aguda ou síndrome do intestino curto, íleo prolongado. 
 
As terapias nutricionais oral, enteral ou parenteral devem ser ​suspensas​ na 
presença de instabilidade hemodinâmica . 
 
Avaliação dietética: avaliação da ingestão → quantidade, qualidade, eficácia 
dietoterápica. 
 
Cuidados Paliativos: foco no controle dos sintomas, manutenção de adequado 
estado de hidratação e preservação do peso e composição corporal. 
 
Recomendações do INCA: 
Não fume 
Diversifique a alimentação e a maneira 
de cozinhar 
Consuma de preferência alimentos 
locais orgânicos, frutas, legumes, 
verduras, cereais e menos alimentos 
gordurosos, salgados e enlatados. 
Ingerir pelo menos 5 porções de frutas, 
verduras e legumes. 
Dê preferência às gorduras de origem 
vegetal como o azeite extra virgem, 
óleo de soja e de girassol, lembrando 
sempre que não devem ser expostas a 
altas temperaturas. 
Evite gorduras de origem animal (carne 
de porco, carne vermelha, pele de 
frango etc) e algumas gorduras 
vegetais como margarinas e gordura 
vegetal hidrogenada. 
 
Evite ou limite a ingestão de bebidas 
alcoólicas. Os homens não devem 
tomar mais do que 2 “drinques” por dia. 
As mulheres devem se limitar a 1 
“drinque”. 
 
Adeque seu consumo energético. 
Mantenha-se fisicamente ativo. 
 
Nutrição e câncer: ​Os alimentos podem incluir componentes carcinógenos como 
inibidores de carcinógenos (Antioxidantes e fitoquímicos)​. O método de 
preparação também pode influenciar. 
1. Exemplos de fitoquímicos: 
Fitoquímicos/mecanismo de ação: 
1. Indução de enzimas de detoxificação 
2. Inibição da formação de nitrosamina 
3. Fornecimento de substâncias para agentes quimioterápicos 
4. Alteração de hormônios 
5. Efeito Antioxidante 
 ​ 2.​ Exemplos de antioxidantes: 
1. vitamina C, Vitamina A, carotenóides. 
2. Vitamina E, Selênio, Zinco. 
 
 
Potenciais carcinógenos: 
1. Nitratos: ​Encontrados em carnes defumadas e ultraprocessados. Esses 
compostos se reduzem a nitritos, e estes interagem com os substratos 
amidas e aminas, formando compostos N-nitrosos: Nitrosamida e 
Nitrosamina. Esse produtos também são produzidos de forma endógena no 
nosso organismo, quando há uma alimentação rica em carnes vermelhas. 
Deve-se encorajar dietas ricas em frutas e vegetais contendo fitoquímicos e 
vitamina C, ambos podem retardar a conversão desses compostos. 
2. Bisfenol A: ​um composto presente principalmente nos plásticos e que tem 
potencial de migrar para o alimento ou água. A temperatura aumenta as 
chances dessa migração. Esse composto pode contribuir para a mutação das 
células e gerar câncer , principalmente de mama e de próstata. 
3. Álcool 
4. Hidrocarbonetos aromáticos (HAP): ​Aumentam com a temperatura de 
preparação dos alimentos 
5. Gorduras 
 
Recomendações: 
1. Energia: ​Manter o peso: 30-35 Kcal\kg\ dia. Para pós operatório ou 
sepse.20-25 Kcal\kg\ dia. Ganho de peso: 30-35 Kcal\kg\ dia. 
2. PTN​: Sem complicações: 1- 1,2 de proteína\Kg\dia. Estresse moderado: 1,2 a 
1,5g de proteína\Kg\dia. Estresse grave 1,5- 2 de proteína\Kg\dia. 
3. CHO: ​dependendo do câncer limitar dissacarídeos (Bem como a lactose) 
4. LIP: ​Depende do câncer. 
5. Líquidos: ​30ml/Kg de peso /dia ou 1 ml por Kcal. 
6. Fibras: 
 
Comentários Estela: 
1. Zinco relacionado com alterações do paladar e olfato 
2. Deficiência de potássio = aumento da incidência de vômito 
3. B6 (piridoxina) diretamente relacionada com o apetite deficiência pode causar 
anorexia legal suplementar B6 para melhorar o apetite 
4. Avaliar se o paciente não está com anemia associada com anorexia 
 
*A via sonda é indicada quando a ingestão via oral é insuficiente para garantir as 
necessidades diárias do paciente, devido ao quadro de hiporexia, disfagia e 
mucosites. 
*A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) será indicada quando o TGI estiver parcial 
ou totalmente impossibilitado para uso. 
*A TN é interrompida quando o paciente oncológico apresentar melhor reserva 
muscular esquelética, recuperação do peso e da capacidade funcional. 
 
* Na gastrectomia total há a possibilidade de anemia por falta de absorção de B12, 
visto que ela necessita do fator intrínseco que é secretado pelas células parietais 
gástricas. 
* Na presença de fístulas, o que fazer ? 
Continuar enteral (retardar o tempo de trânsito com uso de fibras, comer em 
pequenas quantidades) 
*Carência de minerais na doença de Crohn com diarreia crônica: cálcio, Mg e Zn 
 
I​ndicadores de risco nutricional: 
1. Percentual de ingestão alimentar; 
2. Sintomas do trato gastrointestinal (TGI); 
3. Localização do tumor 
4. Percentual de perda de peso. 
 
Complicações + Tratamentos 
ANOREXIA 
Aumentar fracionamento, diminuir volume 
6-8 refeições/dia 
Aumentar densidade calórica e proteínas das refeições 
Temperos naturais 
Preferências alimentares 
DISGEUSIA​ ​E​ ​DISSOMIA 
Estimular ingestão de alimentos mais prazerosos 
Dar preferência a alimentos com sabores mais fortes 
Alimentos fontes de zinco 
NÁUSEAS​ ​E​ ​VÔMITOS 
 ​Evitar jejuns prolongados 
Dar preferência à alimentos mais secos, cítricos, salgados e frios ou gelados 
Verificar potássio 
Evitar frituras, alimentos gordurosos e doces 
Mastigar ou chupar gelo 40min antes das refeições 
Fracionar a dieta (pouco volume) 
Evitar líquidos junto com as refeições 
Alimentos sem aroma excessivo 
XEROSTOMIA 
Consumir no mín. 2L de água e 3L de líquidos por dia 
Dar preferência à alimentos umedecidos, adicionar caldos e molhos às 
preparações 
Higiene bucal 
Estimular salivação 
Ingerir pequenas quantidade de líquidos junto com as refeições 
Alimentos ácidos 
 
 
MUCOSITE E ÚLCERAS ORAIS 
Evitar alimentos secos, duros, cítricos, picantes líquidos abrasivos, bebidas 
gaseificadas 
Ofertar, na dieta oral, sucos e fórmulas lácteas além de suplementos 
Consumo de glutamina 
DISFAGIA 
 ​Preferência a alimentos umedecidos 
Manter cabeceira elevada para alimentar-se 
Ingerir pequenos volumes de líquidos com as refeições 
Temperatura que estimule a deglutição 
Espessando quando a disfagia é para liquidos 
ESOFAGITE 
Cortar alimentos em pequenas porções 
Evitar café, refrigerante e bebidas gaseificadas 
Diminuir sal nas refeições 
Evitar alimentos gordurosos 
Utilizar alimentos em temperatura ambiente 
Nutrientes anti-inflamatórios 
DIARRÉIA 
Evitar alimentos flatulentos e hiperosmolares 
Dieta pobre em fibras insolúveis e adequadas em solúveis 
Aumentar consumo de líquidos, no mínimo 3L por dia 
CONSTIPAÇÃO 
Considerar uso de prebióticos, probióticos ou simbióticos e suplementos de 
fibras dietéticas 
Estimular ingestão hídrica 1,5 a 2L de água/dia 
Orientar ingestão alimentar rica em fibras 
Alimentos laxativos 
NEUTROPENIA 
Higienizar frutas e verduras cruas e utensílios com sanitizantes 
Utilizar alimentos, de preferência, coccionados 
Utilizar leites e derivados pasteurizados e esterilizados 
Glutamina 
Evitar restrição calórica (fonte de energia) 
 
 
Principais alterações metabólicas: 
1. Aumento do gasto energético 
2. Catabolismo proteico 
3. Metabolismo dos carboidratos, 
4. Intolerância à glicose, à 
 
5. Resistência periférica à ação da insulina e à alteração na sensibilidade das 
células beta do pâncreas à liberação de insulina 
6. Alterações no metabolismo dos ácidos graxos e proteínas provocadas por 
citocinas. 
7. Aumento da lipólise e a diminuição da síntese de ácidos graxos provocam 
aumento dos lipídios circulantese consumo de reservas. Isto ocorre devido 
8. a alteração da atividade da lipase lipoprotéica e à liberação de fatores 
tumorais lipolíticos). 
Fatores a serem considerados na escolha de uma formulação para nutrição 
enteral: 
1. Integridade do TGI 
2. Osmolalidade 
3. Densidade calórica e proteica 
4. Tipo de proteína, CHO e gordura 
5. Composição de micro 
6. Fibras 
7. Custo 
8. Viscosidade 
 
Orientações pre cirurgicas 
Orientações pós cirurgicas 
​A quimioterapia pode ser tóxica quando o paciente está desnutrido 
pq quem carrega a medicação (transportador) é a proteína e se não 
tem proteína ele vai ficar circulante e não vai conseguir chegar no 
tecido alvo. Então quando chega a esse ponto, é melhor interromper 
o tratamento até recuperar o estado nutricional. 
 
PACIENTE EM TRATAMENTO CIRURGICO 
● Avaliação dietética é semelhante 
● No pos pp ou sepse: 20 a 25 kcal/kg 
● Água: 30ml/kg de peso 
 
● Dieta com imunonutrientes (arginina, omega 3, nucleotídeos) 
de 5 a 7 dias pré tratamento cirurgico e chega a 14 dias para 
pacientes desnutridos 
● Pre op: 2 horas de jejum. Na noite anterior a cirurgia: 400ml de 
formula liquida + 200ml 2h antes da cirurgia 
● Glutamina: melhora a imunidade, da barreira intestinal, 
antioxidante. Aplicações: mucosite, enterite e diarreia 
● 0,3 a 0,7g/kg peso 
● Omega 3: melhora da imunidade, mucosite, tratamento da 
caquexia e pacientes cirurgico. 2g/dia 
 
● Probióticos: melhora da imunidade, normalização intestinal. 
Diarreia e constipação. Não recomendado para pcts 
imunodeprimidos. 
● Dieta cetogênica: reduz o apetite (pode não ser tao 
interessante). Benefícios: os estudos ainda estao em 
andamento 
 
 
 
 
 
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL 
Classicamente, indica-se a via parenteral para terapia nutricional quando há 
contra-indicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal (​fistulas digestivas 
de alto débito, pancreatite na fase aguda, íleo paralítico prolongado, fase 
inicial de adaptação nas síndromes de intestino curto​, etc)​. Também se utiliza a 
NP se o trato gastro-intestinal não está tolerando receber todo o aporte 
calórico-proteico indicado, paralelamente à NE ou VO, mediante cálculo adequado 
do aporte das duas vias. 
1. obstrução intestinal mecânica 
2. íleo ou hipomotilidade intestinal prolongada 
3. diarreia severa 
4. fístulas digestivas de alto débito – mais de 500ml/dia 
5. pancreatite aguda grave 
6. queimaduras graves – TNE não atinge o VET 
 
Vias de TNP: 
Central – átrio direito - (1500 – 2800 mOsm/L): ​Várias técnicas e tipos de 
cateteres são utilizados para administração de NP, todos necessariamente com a 
extremidade distal à nível de veia cava superior, o que torna possível a 
administração de soluções de alta osmolaridade sem risco de tromboses pelo 
alto fluxo sanguíneo garantido nesta posição. O cateterismo venoso central traz 
consigo riscos inerentes ao procedimento e ao local puncionado (pneumotórax, 
hemotórax, hidrotórax, laceração da veia puncionada, embolia gasosa, arritmia 
cardíaca, lesão do ducto torácico, etc) e à manutenção do cateter (sepse 
relacionada a cateter, trombose venosa profunda). A dissecção venosa periférica 
também pode ser utilizada em casos especiais (distúrbio de coagulação, 
plaquetopenia, insucesso na punção venosa), lembrando sempre que a posição da 
extremidade deve ser central. 
Periférica – mesmo acesso do soro - (< 900 mOsm/L): A utilização das veias 
superficiais ​exigem soluções de osmolaridades baixas​, no máximo de 900 
mOsm/l. Consequentemente, o aporte oferecido por essas soluções serão bem 
 
menores que as necessidades protéico-calóricas, salvo pacientes com menos 45 
quilos. Assim, enquanto suporte único, são insuficientes e devem ser mantidos por 
não mais que 7 dias, com o risco de desnutrição se mantido por tempo maior. Está 
indicada para pacientes que não suportam todo o aporte calórico-proteico calculado 
pela via oral ou enteral, ou para pacientes com risco de desnutrição que necessitem 
jejum por dias consecutivos, como ocorre frequentemente com pacientes em 
estadiamento oncológico. Utilizam-se as veias antecubitais e a veia cefálica. 
Deve-se examinar diariamente o local da punção, observando sinais inflamatórios. 
O acesso deve ser trocado a cada 72 horas pelo menos, para evitar ocorrência de 
flebites. Como para a via central, o acesso deve ser exclusivo para NP, não sendo 
admitido a infusão concomitante de medicações ou outras soluções pela mesma via. 
obs: o final do cateter vai dar o nome a via 
obs2: essas vias são uma porta de entrada para contaminação grave, e se for 
central é mais perigoso 
obs3: cateter permanece na subclávia (muito usado para pacientes com intestino 
curto, ou que tenham que usar NP por longos períodos de tempo 
 
Indicações condicionais: 
-quimioterapia intensiva com náuseas, vômitos, diarreia 
-ressecação intestinal extensa 
-enterite aguda (secundária à radiação, infecção aguda, doença inflamatória 
intestinal) 
- doença de crohn, SIC 
- pré-operatório: desnutrição grave 
- doença do enxerto x hospedeiro (DECH) – geralmente em transplante de medula 
óssea e células tronco 
 
Contra indicações: 
- mal prognóstico (pode acelerar a morte do individuo) – cuidados paliativos 
- choque 
- TGI funcionante 
- dificuldade para obter acesso venoso 
- terapia indesejada pelo paciente 
- jejum inferior a 5 dias, nos pacientes que não apresentem desnutrição grave 
Soluções: 
3 em 1 – ​aminoácidos, glicose e emulsão lipídica 
Os lipídeos sempre estarão em emulsão para evitar embolia 
O aporte calórico deve ser dividido entre a glicose e os lipídeos para diminuir 
a carga osmótica e minimizar fenômenos tromboembólicos. 
Fácil administração, reduz osmolaridade 
Obs: as vezes usam emulsão lipídica ou soro glicosado como via de administração 
de medicamentos e ai temos que tirar do calculo 
 
Obs: a lecitina do ovo é responsável pela emulsão lipídica, se a pessoa é alérgica a 
ovo ela não pode receber a emulsão 
2 em 1 – Os lipídeos são administrados separadamente em um volume de 
500ml de emulsão a 10% - a cada 3 dias coloca 1 bolsa de 500ml para não 
ocorrer síndrome da carência. 
 
Componentes: 
-30ml de água/kg de peso 
-​CHO – monohidrato de dextrose. Valor calórico: 3,4 kcal/g, concentrações: 5, 10, 
25, 50, 70% 
Determinado por: requerimentos calóricos, taxa de oxidação de glu (máx 7g/kg/dia) 
è​ ​Taxa de oxidação da glucose: 5mg/kg/min 
[Glicose mg em 24h / peso em kg] / 1440min 
- lipídeos: ​emulsões lipídicas 
10% = 1,1 kcal/ml 
20% = 2 kcal/ml 
2 a 4% do VET = ác. Linolênico 
Escolha da emulsão: TCL ou TCL + TCM 
Obs: aa não entra no cálculo de energia 
vitaminas e minerais 
1. Vit B12 forma precipitados com o Ca (não se coloca na parenteral) – 
administrado via intramuscular 
2. Àc. Fólico e vit C são fotossensíveis 
3. Incompatibilidade entre Ca e P (pode formar grumos) 
Recomendações: 
 Paciente crítico Paciente estável 
PTN 1,2-1,5 g/kg/dia 0,8-1 g/kg/dia 
CHO <4 mg/kg/min <7 mg/kg/min 
LIP 1 g/kg/dia 1 g/kg/dia 
Calorias totais 25-30 kcal/kg/dia 30-35 kcal/kg/dia 
 
Complicações: 
1. Inserção de cateter, pneumotórax, perda de sangue, descolamento (menos 
comum) 
2. Sobrecarga hídrica, hiperglicemia, hiperalimentação (P indicativo de 
hiperalimentação), deficiência de micronutrientes, não é possível administrar 
100% dos nutrientes devido a incompatibilidade/ interação entre eles(def. so 
aparece em longos períodos) 
 
3. Sepses induzidas por cateter 
 
Síndrome da realimentação: 
Os pacientes hospitalizados são frequentemente desnutridos pela doença de base 
ou pelos efeitos do tratamento. Ao início da NP, deve ser feita uma monitorização 
cuidadosa para evitar a síndrome de realimentação (SR). A SR é caracterizada pela 
diminuição abrupta do K, Mg e/ou P. Isto resulta na estimulação da secreção 
pancreática e secreção de insulina após a oferta de uma fonte de energia 
(primariamente o carboidrato). O paciente irá apresentar retenção de sódio e água, 
causando edema podendo resultar em injúria cardíaca (edema pulmonar/congestão) 
e insuficiência respiratória. Nestes pacientes de risco a NP deve ser iniciada de 
forma lenta/parcial (especialmente os carboidratos), com suplementação adequada 
e monitorada de eletrólitos e vitaminas. 
 
Definição 
Síndrome que cursa com grave desequilíbrio metabólico de líquidos e eletrólitos em 
pacientes subnutridos que são realimentados por via oral, enteral ou parenteral. 
 
Paciente de risco 
1. Subnutrição grave 
2. Perda ponderal patológica 
3. Jejum prolongado 
 
Mecanismo e fisiopatologia: 
O mecanismo da Síndrome da Realimentação baseia-se essencialmente na grande 
perda de massa magra com depleção de íons. Com o restabelecimento da oferta 
nutricional em pacientes de risco para essa síndrome ocorre a migração de fósforo 
do meio extra para o intracelular, levando à brusca diminuição dos níveis 
plasmáticos desse mineral, o que pode ter consequências graves. O nível 
plasmático normal de fósforo é de 2,5 a 4,5 mg/dL. A hipofosfatemia é classificada 
como severa quando o nível plasmático está abaixo de 1,0 mg/dL e como moderada 
quando está entre 1,0 e 2,5 mg/dL. As manifestações clínicas, que envolvem o 
sistema cardiovascular, o sistema músculo esquelético e o sistema 
hemato-imunológico, normalmente ocorrem quando a concentração de fósforo está 
abaixo de 1,5 mg/dL. O fósforo tem importante ação como cofator de múltiplos 
sistemas enzimáticos no metabolismo de nutrientes e como componente do 
principal substrato energético celular, a adenosina trifosfato (ATP). Outros minerais 
como potássio, magnésio e sódio também sofrem desequilíbrios e promovem 
alterações metabólicas. 
 
Quadro clínico 
1. Rebaixamento do nível de consciência 
 
2. Arritmias 
3. Anasarca 
4. Congestão pulmonar 
5. Diarreia 
6. hiperglicemia 
7. desidratação 
8. ICC pelo excesso de hidratação 
9. hipoalbuminemia 
10. excesso de aa (zootemia) 
 
Alterações laboratoriais 
1. Hipofosfatemia (alteração mais relevante) 
2. Hipomagnesemia 
3. Hipocalemia 
4. Deficiência de vitaminas 
 
Cuidados: 
1. Dosagens seriadas de eletrólitos (principalmente fósforo e magnésio) e 
reposição endovenosa 
2. Introdução gradual da terapia nutricional: cálculo da meta nutricional e início 
com 25% da meta, com progressão a cada 48 horas até atingir meta em 
aproximadamente uma semana, com monitoração dos minerais plasmáticos 
3. Evitar excesso de líquidos 
 
 
 
REVISÕES GERAIS 
 
FIBRAS 
 
As fibras são compostos CHO + CELULOSE (lignina) não digeridos no organismo humano 
(no máximo fermentadas) e que, portanto, são excretadas quase intactas pelo organismo. 
Por isso, diminuem a sensação de fome, por ficarem mais tempo no TGI, aumentam o 
trânsito intestinal, diminuem a prevalência de câncer principalmente do intestino, diminuem 
a glicemia. 
 
FIBRAS SOLÚVEIS (Ajuda curar a Diarréia): As fibras solúveis dissolvem-se em água, 
formando géis viscosos. Não são digeridas no intestino delgado e são facilmente 
fermentadas pela microflora do intestino grosso. Aumentam a sensação de saciedade, pelo 
tempo que ficam no lúmen na tentativa de serem digeridas. Ainda, auxiliam na formação do 
bolo fecal e corroboram para manutenção da flora intestinal. 
 
Ex de fibra solúvel: pectinas, as gomas, a inulina e algumas hemiceluloses 
 
Ex de alimentos com fibras assim: aveia, maçã sem casca e outras frutas sem casca, 
laranja, pêra, mamão. 
 
FIBRAS INSOLÚVEIS (Ajuda curar a Obstipação): Aquelas que chegam são ingeridas e 
excretadas intactas por não formarem gel. Fibras insolúveis não são viscosas, são 
formadoras de volume fecal, fraca e lentamente fermentáveis no cólon. Agem 
principalmente no intestino grosso, produzindo fezes macias e acelerando o trânsito 
colônico 
Ex: lignina (celulose) 
Ex de alimentos: alimentos integrais / com casca 
 
 
FIBRAS FUNCIONAIS: ​aquelas que além de possuir característica de não serem digeridas 
nem absorvidas, são responsáveis por efeitos benéficos ao intestino, como por exemplo, ao 
ser usadas pela microbiota do cólon, como acontece com a inulina, uma fibra presente na 
chicória. 
Outras: 
vegetal - amido resistente e pectina 
animal - quitina e quitosana 
 
RECOMENDAÇÃO GERAL DE FIBRAS 
 
25 - 35g, sendo que 75% será de fibra insolúvel e 25% de fibra solúvel 
 
 
LIPÍDEOS 
 
 
Lipídios complexos 
1. Triacilgliceróis ​– forma mais abundante na alimentação (95%) 
 TAGs c/ AG saturados → sólidos à temperatura ambiente 
 TAGs c/ AG insaturados → líquidos à temperatura 
ambiente 
1. Fosfolipídios​ – principal elemento estrutural das membranas celulares 
2. Colesterol ​– precursor de hormônios e constituinte da bile 
 
TCL 
Exemplos: 
*n-3 Óleo de Linhaça 
*n-6 Óleo de soja 
*n-9 Óleo de oliva 
1. O ALA, que pertence e dá origem ao Ômega 3, permite a formação de dois 
importantes ácidos graxos de cadeia longa: o ácido eicosapentaenóico (EPA) 
e o ácido docosahexaenóico (DHA). ​O EPA relaciona-se principalmente com 
 
a ​proteção da saúde cardiovascular​, e o DHA é considerado fundamental 
para o desenvolvimento do cérebro e sistema visual​, associado à saúde 
materno infantil. 
2. Uma das mais importantes funções dos AGs n-3 e n-6 é relacionada à sua 
conversão enzimática em eicosanóides. Os eicosanóides (Bem como: 
prostaglandina E2, leucotrieno B4, tromboxano A2 e ácido 12- 
hidroxieicosatetraenoico) têm várias atividades biológicas: modulam a 
resposta inflamatória e a resposta imunológica; e têm papel importante na 
agregação plaquetária,​ no crescimento e na ​diferenciação celular. 
3. A produção de ​eicosanóides começa com a liberação dos AGs 
poli-insaturados da membrana fosfolipídica pela ação de várias fosfolipases. 
Liberados da membrana, esses AGs servem como ​substratos para 
cicloxigenases, lipoxigenases e citocromo P450 monoxigenase​ . 
 
No câncer: 
1. Cicloxigenases (COX) e lipoxigenases (LOX) agem nos AGs de 20 carbonos 
produzindo moléculas de sinalização celular: ​prostaglandinas, 
tromboxanos e leucotrienos​. As ​prostaglandinas da série dois, 
produzidas a partir do AA, tendem a ter ação ​pró- inflamatória e 
proliferativa na maioria dos tecidos. As ​prostaglandinas da série três, 
produzidas a partir do ​EPA, têm efeito ​inflamatório e proliferativo menor​, 
portanto são menos favoráveis ao desenvolvimento e ao crescimento de 
células cancerosas . 
2. Quando o fator de transcrição nuclear NFkB é ativado, a morte celular 
programada, ou apoptose, é bloqueada. Esse fator nuclear está 
frequentemente alterado nas células tumorais, resultando em células 
resistentes às drogas quimioterápicas e à radiação, as quais não morrem em 
resposta ao dano genético ocorrido. A expressão dos genes da família

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