Buscar

DIETOTERAPIA II- PROVA PRATICA-2

Prévia do material em texto

1. Ácido acetilsalicílico (AAS) e captopril – O ácido acetilsalicílico pode diminuir a ação anti-hipertensiva 
do captopril. 
2. Omeprazol, varfarina e clopidogrel – O omeprazol (inibidor da bomba de prótons) pode aumentar a 
ação da varfarina e diminuir a ação do clopidogrel (antitrombóticos). 
3. Ácido acetilsalicílico e insulina – O AAS pode aumentar a ação hipoglicemiante da insulina. 
4. Amoxicilina e ácido clavulânico – A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de 
sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS. 
5. Inibidores da monoamina oxidase (MAO) e tiramina (monoamina derivada da tirosina) – O inibidores 
da monoamina oxidase (tratamento da depressão) associada à tiramina (tyros = queijo) pode promover 
crises hipertensivas e hemorragia intracraniana. 
6. Omeprazol e fenobarbital – O omeprazol usado com fenobarbital (anticonvulsivante) pode 
potencializar a ação do barbitúrico. 
7. Levodopa e dieta proteica - Levodopa (L-dopa) - usada no tratamento da doença de Parkinson - tem 
ação terapêutica inibida por dieta hiperproteica. 
8. Leite e tetraciclina - Os íons divalentes e trivalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+) - presentes no leite e 
em outros alimentos - são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando 
a excreção fecal dos minerais, bem como a do fármaco. 
9. Óleo mineral e vitaminas - Grandes doses de óleo mineral interferem na absorção de vitaminas 
lipossolúveis (A, D, E, K), β-caroteno, cálcio e fosfatos, devido à barreira física e à diminuição do tempo 
de trânsito intestinal. 
10. Diurético e minerais - Altas doses de diuréticos (ou seu uso prolongado) promove aumento na 
excreção de minerais. Exemplo: furosemida, diurético de alça, acarreta perda de potássio, magnésio, 
zinco e cálcio. 
11. Alimentos e penicilina e eritromicina - Após a ingestão de alimentos ou líquidos, o pH do estômago 
dobra. Essa modificação pode afetar a desintegração das cápsulas, drágeas ou comprimidos e, 
consequentemente, a absorção do princípio ativo. O aumento do pH gástrico em função dos alimentos 
ou líquidos pode reduzir a dissolução de comprimidos de eritromicina ou de tetraciclina. 
12. Alimentos e fenitoína ou dicumarol - Medicamentos como a fenitoína ou o dicumarol desintegram-se 
mais facilmente com a alcalinização do pH gástrico. O pH também interfere na estabilidade, assim como 
na ionização dos fármacos, promovendo uma alteração na velocidade e extensão de absorção. 
13. Antibióticos e vitamina C - Os antibióticos não devem ser misturados com vitamina C ou qualquer 
substância que a contenha (sucos cítricos), pois ela inibe a ação dos antibióticos. 
14. Anticoncepcionais orais e anti-hipertensivos - Os anticoncepcionais (em geral) podem elevar a 
pressão arterial, anulando a ação dos hipotensores. 
15. Benzodiazepínicos (em geral) e cimetidina - A administração de cimetidina e alguns 
benzodiazepínicos (alprazolam, clordiazepóxido, clorazepato, diazepam e triazolam) resulta em 
diminuição do clearence plasmático e aumento da meia vida plasmática e concentração destes 
benzodiazepínicos. Além disso, pode ocorrer aumento do efeito sedativo com o uso de cimetidina e 
benzodiazepínicos. 
16. Digoxina e diazepam - O diazepam pode reduzir a excreção renal da digoxina, com aumento da meia 
vida plasmática e risco de toxicidade. Esse efeito é também relatado com o alprazolam. 
17. Antidiabéticos orais e pirazolônicos - A administração de fenilbutazona e outros derivados 
pirazolônicos, concomitantemente aos antidiabéticos orais, pode potencializar a atividade hipoglicêmica. 
18. Anticoncepcionais orais e indutores de enzimas microssônicas – Os anticoncepcionais orais (em 
geral), quando usados com indutores de enzimas microssônicas (rifampicina, barbitúricos, 
carbamazepina, fnitoína, primidona, griseofulvina) podem ter seu efeito anticoncepcional diminuído. 
19. Anticoagulantes orais e anticoncepcionais orais – Pode ocorrer a diminuição dos efeitos dos 
anticoagulantes (em geral) quando usados com os anticoncepcionais. 
20. Bebidas alcoólicas e ansiolíticos, hipnóticos e sedativos - Uma interação muito relevante é a 
potencialização do efeito depressor do sistema nervoso central (SNC) do álcool por ansiolíticos, 
hipnóticos e sedativos. A depressão resultante dessa interação pode causar até a morte por falência 
cardiovascular, depressão respiratória ou grave hipotermia. 
HEMOGRAMA Faz a análise dos tipos e quantidades de células no sangue (glóbulos vermelhos, 
glóbulos brancos e plaquetas) e acusa desde a existência de infecções por vírus, bactérias, parasitas até 
reações alérgicas, anemias ou mesmo leucemias. 
Glóbulos vermelhos: Os glóbulos vermelhos são responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões 
para todo o organismo. A diminuição dos glóbulos vermelhos indica anemia. Causas da anemia: 
Alimentação inadequada; • Perda sanguínea (perda menstrual excessiva, sangramento hemorroidário 
etc); • Causas genéticas (alterações das hemoglobinas, como as doenças falciformes, talassemias etc;). 
Alguns tipos de alterações nos glóbulos vermelhos; • Doenças autoimunes (como o lúpus eritematoso 
sistêmico, por exemplo); • Doenças renais, no fígado ou no baço; • Doenças crônicas (infecções, 
distúrbios hormonais); • Doenças próprias da medula óssea (onde são produzidas as células do sangue). 
Quanto ao aumento de glóbulos vermelhos, pode ser visto em fumantes crônicos ou em doenças 
primárias da medula óssea (Policitemia vera). Pessoas com valores altos de glóbulos vermelhos tem 
maior risco de trombose. 
Glóbulos brancos (leucócitos): são responsáveis pela defesa contra infecções, com papel importante 
nos processos inflamatórios relacionando-se com a imunidade. Há uma oscilação contínua no número de 
glóbulos brancos: pequenas alterações abaixo ou acima dos valores de referência nem sempre serão 
indicativas de doenças. Existem cinco tipos diferentes de leucócitos no sangue e cada um deles tem uma 
função específica: bastonetes, segmentados, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Leucócitos é o 
total de glóbulos brancos no sangue. São as células de defesa do organismo. ​Valores altos representam 
infecção, uso de determinados medicamentos, ou por uma proliferação ​autônoma da medula óssea, 
como nas leucemias. ​Valores baixos pode ser por processos infecciosos agudos ou crônicos, alterações 
na medula óssea, problemas no baço, falta de determinadas vitaminas (vitamina B¹² por exemplo) ou até 
mesmo constitucional (é normal para pessoas de uma mesma família). ​Neutrófilos: ​valores elevados 
podem representar infecções por bactérias; ​Eosinófilos: ​aumento dos eosinófilos pode representar 
desde infecção por parasitas até processos alérgicos; ​Basófilos: Inflamações crônicas e processos 
alérgicos elevam os basófilos; ​Linfócitos: infecção por vírus; ​Monócitos: apresentam-se alterados tanto 
nas infecções virais quanto nas bacterianas. ​Plaquetas: As plaquetas são as células do sangue 
responsáveis pela coagulação do sangue e não tem relação com anemia. Contudo, uma diminuição de 
plaquetas, apesar de clinicamente não apresentar sintomas, pode representar uma doença ainda não 
diagnosticada,como alterações autoimunes, infecções virais crônicas, doenças do fígado e do baço, 
doenças da medula óssea etc. Níveis baixos de plaquetas provocam manchas pelo corpo (hematomas e 
petéquias - pequenas manchas vermelhas) e risco aumentado de sangramento. Níveis elevados indica 
coagulação excessiva, isto é risco de trombose. 
EXAMES DE COAGULAÇÃO: O teste de coagulação é pedido de rotina antes de qualquer cirurgia. 
Também é solicitado em casos de sangramentos aumentados ou manchas desproporcionais pelo corpo 
aos traumas que as originaram. Este exame avalia se a formação dos coágulos de sangue está normal. 
Se demorar muito tempo para o seu sangue coagular, pode ser sinal de doença hemorrágica como a 
hemofilia ou doença de von Willebrand. A coagulação resulta de alguns fatores: a constrição vascular 
local após uma ruptura de um vaso sanguíneo; de plaquetas que chegam ao local lesado; e de proteínas 
próprias da coagulação. A avaliação básica da coagulação inclui: tempo de sangramento, tempo de 
protrombina, tempo de trombloplastina parcial ativada, contagem de plaquetas. Um tipo de teste de 
coagulação chamado ​Razão Normalizada Internacional (INR) é usado para monitorar a dose de 
anticoagulantes, como a varfarina, e verificar se a dose está correta. 
GLICEMIA DE JEJUM/GLICOSE NO SANGUE: Uma série de testes podem ser utilizados para 
diagnosticar e monitorizar a diabetes, que é o excesso de açúcar no sangue. Estes exames incluem: 
• Teste de glicemia de jejum: o nível de glicose no sangue é verificado após jejum (não comer ou beber 
qualquer coisa além de água) durante pelo menos oito horas; ​• Teste de tolerância à glicose: o nível de 
glicose no sangue é verificada após o jejum, e novamente duas horas mais tarde, após ter sido dada 
uma bebida de glicose; 
• Teste de HbA1C (hemoglobina glicada): teste para verificar o nível médio de açúcar no sangue nos 
últimos três meses; 
• kits de teste de glicose​ no sangue podem estar disponíveis para usar em casa. 
COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES O colesterol é uma substância produzida no fígado e essencial para 
o funcionamento do nosso corpo. Ele ajuda na produção dos hormônios esteróides (estrógeno e 
testosterona), de vitamina D e dos ácidos biliares responsáveis pela digestão das gorduras. Em excesso, 
eleva o risco de doenças cardíacas. Isso porque parte do nosso colesterol vem da gordura dos alimentos 
de nossa dieta. Por ser uma substância gordurosa, o colesterol não se dissolve no sangue, e se tiver em 
quantidade acima daquela necessária ao nosso organismo, entope os vasos e artérias. O triglicerídeo é 
outro tipo de gordura também produzida no fígado, a partir dos carboidratos e alimentos gordurosos. Eles 
que fornecem energia. Em quantidade elevada, ficam armazenados nos tecidos do corpo. ​Altos níveis de 
colesterol e triglicérides pode aumentar o risco de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais 
(AVC), aterosclerose, pancreatite, esteatose hepática (gordura no fígado). Os exames de sangue medem 
a quantidade de colesterol boa e ruim de nosso corpo: ​VLDL: transporta triglicerídeos e se 
transforma em LDL, o conhecido mau colesterol. LDL: colesterol mau HDL (colesterol bom): retira 
o excesso de colesterol, inclusive das placas arteriais. 
EXAMES DO FÍGADO: Quando o fígado está danificado, ele libera enzimas no sangue e os níveis de 
proteínas produzidas pelo fígado começam a cair. Ao medir os níveis destas enzimas e proteínas, é 
possível avaliar como o fígado está funcionando. Isso pode ajudar a diagnosticar certas patologias do 
fígado, incluindo hepatite, cirrose e doenças do fígado relacionadas com o álcool. ​Os principais exames 
são: ​1) Aspartato aminotransferase (AST ou TGO), 2) Alanina aminotransferase (ALT ou TGP), 3) 
Fosfatase alcalina (FA), 4) Gama glutamil transferase (GGT), 5) Bilirrubinas, 6) Proteínas totais e frações 
ou eletroforese de proteínas, 7) Tempo de atividade de protrombina. 
O exame que mede a dosagem de ​proteína C reativa (PCR)​, produzida no fígado, é o principal 
marcador de fase aguda de ​processos inflamatórios e necróticos (morte do tecido) que ocorrem no 
organismo, principalmente processos inflamatórios associados a infecções bacterianas. Isso porque a 
PCR pode estar elevada no sangue devido a qualquer situação de inflamação no corpo. A condição que 
levou a esta inflamação (doenças reumatológicas, autoimunes, entre outras) deve ser investigada mais a 
fundo pelo médico, com outros exames. Serve também para avaliar o risco de doença cardiovascular, 
é feito o exame de ​PCR ultrassensível​, que faz uma dosagem mais precisa de proteína C reativa. 
Muitas doenças cardiovasculares resultam de dois fatores: Inflamação constante nas paredes dos vasos 
sanguíneos; Acúmulo de colesterol nesses vasos. Pessoas com níveis de PCR persistentemente acima 
de 0,3 mg/dL ​(3 mg/L) apresentam maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, tais como 
infarto e AVC. Com esses valores, a PCR indica que há um processo inflamatório discreto, porém 
contínuo. 
EXAMES DE SANGUE PARA AVALIAR OS RINS: Seus rins desempenham vários papéis vitais na 
manutenção da sua saúde. Uma das funções é filtrar as toxinas do sangue e expulsá-las do corpo como 
urina. Os rins também ajudam a controlar os níveis de água e vários minerais essenciais para o 
organismo. Além disso, eles são importantes para a produção de: 
• Vitamina D 
• Glóbulos vermelhos 
• Hormônios que regulam a pressão arterial. 
Para a avaliação do funcionamento dos rins é feita a avaliação dos eletrólitos do sangue e substâncias 
que podem se tornar excessivas quando os rins não estão funcionando adequadamente. Os principais: 
a) Eletrólitos: sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), etc; b) Ureia: avalia o 
funcionamento dos rins e fornece informações importantes da ingestão de proteínas; c) Creatinina: indica 
as condições dos rins avaliando a capacidade de filtração. Também é importante para a energia 
muscular. Níveis diminuídos indica massa muscular reduzida. d) Ácido úrico: ajuda na investigação e 
disfunções do sistema urinário e no controle de da hipertensão e diabetes. Também diagnostica cálculo 
renal (pedras nos rins), gota e artrite. e) Urina tipo I, cultura de urina, análises em urinas de 24 horas 
(toda a urina eliminada por 24 horas). 
EXAMES DA TIREOIDE: A tireoide é responsável por controlar o metabolismo (gasto energético) e 
funcionamento de vários órgãos do organismo. Baixos ou altos níveis desses hormônios, podem levar a 
alterações no peso, no sono, no hábito intestinal, na frequência cardíaca e até depressão. Os principais 
exames que avaliam o funcionamento da glândula tireóide são: • Hormônio tireoestimulante (TSH): 
valores alto sinalizam hipotireoidismo e valores baixos hipertireoidismo; • Tiroxina livre (T4L e T3L) ou 
total (T4t e ​T3t). 
Se os níveis de T3 e T4 estão abaixo do normal na corrente sanguínea, o metabolismo fica mais lento e 
os níveis de TSH se elevam para estimular os hormônios. Em caso contrário, ou seja, se os níveis de T3 
e T4 estão muito altos, o metabolismo acelerae a hipófise reduz a liberação do TSH, para diminuir o 
estímulo sob a tireoide. O ​hipotireoidismo é provocado pela ​falta de hormônios da tireoide e excesso 
de TSH (produzido na hipófise). Quando o TSH está alto, a tireoide do paciente funciona de forma lenta 
por conta da falta dos hormônios do metabolismo, o que pode ocasionar ganho de peso por acúmulo de 
líquidos. Já o ​hipertireoidismo​ é provocado pelo ​excesso dos hormônios e escassez de TSH​.

Continue navegando