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Aula 9

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Aula 9 - A cultura no mundo romano
Religião romana antiga
Os romanos tinham sua religião baseada na fides (fidelidade) entre os homens e os deuses. Essa fidelidade-confiança depositada pelos deuses nos homens poderia ser assegurada através de rituais.
Para eles, o ser humano individual não era importante; sua vivência de religiosidade era uma questão da comunidade. Esse princípio valia, inclusive, para toda a vida romana, na qual a individualidade era absorvida pela família, clã e Estado.
A partida de Coriolano, óleo sobre tela, R. Postiglione. 
Fonte: Estátua de Lupércio, conhecido como o “sátiro”, uma das poucas divindades exclusivamente romanas / Wikipedia
O chefe da família (pater familiae) controlava, entre outras coisas, o culto doméstico. Os deuses domésticos, deuses lares, eram cultuados diariamente, a cada refeição e nenhum acontecimento familiar poderia ocorrer sem a aprovação divina e dos ancestrais.
Saiba Mais
A religiosidade romana não possuía dogmas, livros sagrados e seus sacerdotes não formavam, necessariamente, uma camada à parte. Apesar disso, a religiosidade era algo real e vivido cotidianamente. Os deuses eram “cidadãos nacionais”, poderosos, que favoreciam os romanos que obedeciam rigorosamente os muitos ritos que lhes eram devidos.
Por muito tempo essas divindades não foram imaginadas como seres individualizados; eram potências. Os romanos não cultivaram o hábito, tão peculiar dos gregos, de personificá-los, dar-lhes formas humanas, criar-lhes imagens e tão pouco atribuir-lhes uma mitologia.
Uma das poucas divindades personificada era a deusa Vesta. Ela era cultuada pelas Virgens Vestais, junto ao Foro, em sua redonda cabana de palha que mais tarde se transformou em templo, era a deusa do fogo de Roma. Destacava-se também no culto familiar.
Essa impessoalidade foi mudando tão logo os romanos começaram a conviver com os habitantes da Etrúria, por sua vez, influenciados pelas ideias gregas das cidades da Magna Grécia.
Fonte: Estátua da Virgem Vestal - fórum romano - Renata Sedmakova / Shutterstock
Direito romano evoluiu muito ao longo da República, mais precisamente, na segunda metade do século III a.C. No ano de 253 a.C, um sumo sacerdote (Pontifex Maximus) de origem plebeia, Tito Coruncânio, permitiu que seus alunos assistissem às consultas jurídicas que realizava devido a seu posto. Essa medida permitiu que fossem treinados os primeiros juristas leigos romanos (iurisprudentes).
Tais indivíduos, cuja longa linhagem se inaugura aqui, não eram advogados (essa era a função dos oradores profissionais), mas eram consultores, professores, escritores e figuras públicas. Influenciavam pretores, juízes e outros funcionários. Além disso, assessoravam os cidadãos em vários assuntos dando repostas (responsa prudentium) em questões ligadas ao direito.
Se antes tudo estava nas mãos do Pontifex Maximus, a partir de então, os tribunais seculares tornaram-se norma. Os juristas compareciam aos julgamentos, contribuindo de forma vital.
Esses homens interpretaram, modificaram as leis romanas a começar pela Lei das XII Tábuas, editos, e outros estatutos. O reconhecimento público gradual de tais decisões foi um dos legados da civilização romana.
Uma segunda criação, datada do mesmo período, também auxiliou consideravelmente na consolidação do Direito Romano, o praetor peregrinus (242 a.C). Seu  papel era de examinar os casos jurídicos onde um dos envolvidos era um estrangeiro (peregrinus), indivíduo que não tinha cidadania romana.
A criação desse cargo auxiliou uma das mais poderosas ideias romanas, a lei das nações (ius gentium), cuja evolução de significado atingiu nossos dias. O princípio da ius gentium partia da premissa de um corpo de princípios legais universalmente aceitáveis.
Fonte: Augusto, de Prima Porta, que foi um preator - Wikimedia
Saiba Mais
O direito romano era muito superior em precisão e substância a outros direitos da mesma época. Apesar disso, os demandantes romanos sofriam com demoras para a solução de suas questões. (Não muito diferente dos dias de hoje).
Na literatura romana, vários nomes tiveram grande destaque escrevendo os mais diversos gêneros: poemas épicos, tragédias, comédias, narrativas históricas entre outros. Um dos nomes mais antigos nesse campo é o do versátil poeta Névio (270-201 a.C).
Nascido em Cápua, sul da península, cujos habitantes a essa altura já haviam atingido a cidadania, Névio escreveu obras patrióticas, das quais só sobreviveram fragmentos, sobretudo relacionados às Guerras Púnicas. Redigiu também algumas comédias, mas nesse gênero foi sobreposto por Plauto.
Fonte: Wikimedia 
Tipos de textos acadêmicos
Todo trabalho acadêmico, ou seja, toda pesquisa ou atividade acadêmica, pode e deve ser divulgada em diferentes tipos de textos:
O poeta Ênio
Ênio, outro poeta, alguns anos mais jovem que Plauto, também foi muito importante ao longo da República. Escreveu sátiras moralizante e racionalizou a mitologia tradicional.
É considerado o primeiro literato profissional de Roma e pai da poesia latina. Entre os anos de 101 a.C. a 14 d.C, temos a chamada fase clássica da literatura latina onde se destacaram figuras como Vírgilio, autor de Eneida, Horácio, famoso por expressões como carpe diem, e Ovídio.
Ao longo da República, houve um considerável aumento do afluxo de moedas e barras de ouro e prata para Roma, resultado de seu expansionismo. Já superava todas as cidades do lado ocidental em riqueza. Seus edifícios começaram então a acompanhar tal crescimento.
A influência do Helenismo era evidente na criação de grande pórticos e basílicas. A mais antiga é a de Pompeia (120 a.C), uma grande estrutura retangular com colunas internas.
A partir daí, várias possibilidades foram exploradas. Os aquedutos, por exemplo, se difundiram.
Em 144 a.C., foi criado o primeiro em Roma, apoiado em arcos, o Acqua Marcia, que abastecia a cidade a partir de uma fonte distante em torno de 50km. Essa obra simbolizou o marco para um abastecimento constante em Roma e nas províncias. Representou, ainda, a preocupação romana com obras públicas sólidas e utilitárias.
Fonte: Ruínas da Água Márcia, em Tívoli. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tivoli_Acquedotto_Arci_0511-03.JPG
O abastecimento de água foi muito empregado também em termas, banhos públicos e chafarizes, para melhorar as condições da cidade.
Paralelamente à construção dos aquedutos teve início uma expansão da malha viária ligando várias regiões. Embora estreitas, as vias romanas eram duradouras e resistentes, pavimentadas com a lava do Monte Albano.
Saiba Mais
Para conhecer melhor a malha viária do antigo Império Romano, conheça o trabalho de Sasha Trubetskoy, um estudante da Universidade de Chicago, que mostra o traçado das principais vias romanas no estilo gráfico usado para metrôs: http://sashat.me/2017/06/03/roman-roads/
Obviamente a opulência romana, embora expressa em obras públicas, não atingiu aos mais pobres em suas vidas privadas. A crescente população das cidades vivia em casas mal erigidas, sem iluminação, sem calefação, sujeitas a incêndios e enchentes.
Por outro lado, os mais ricos gozavam também em suas vidas privadas desse avanço tecnológico. Suas casas passaram a ser revestidas de pedras, as fachadas eram lisas e bem estruturadas. Algumas tinham, inclusive, água canalizada.
Ruínas da Lavanderia de Stephanus, na antiga cidade romana de Pompéia
czech wanderer / Shutterstock 
A cloaca máxima
Não podemos deixar de citar também um grande feito romano em termos de saneamento público, a Cloaca Máxima. Ela começou a ser construída ainda no período etrusco, mas  sua conclusão data da República. Através dessa obra, era drenado o lixo e as águas residuais da cidade para o rio Tibre, em direção ao Mar Tirreno.
Corredor de túnel pequeno da Cloaca Maxima
Wikia 
O grande labirinto se espalhava pelos subterrâneos de toda a capital, recolhendo seus detritos de casa em casa através de pequenos túneis, compondo um complexo sistema de túneis e galerias maiores . Ela foi conservada e aprimorada ao longode todo o Império.
Veja abaixo uma representação gráfica do plano do centro de Roma na era imperial, com o caminho da Cloaca Maxima.
Fonte: Wikipedia 
Literatura romana no Império
Na época imperial, um dos expoentes mais famosos da literatura foi um ministro de Nero, Sêneca (4 a.0 - 65 d.C.). Temos nove tragédias completas atribuídas a ele. Essas peças deram o tom à nova literatura romana. Usava recursos verbais originais e deu nova vivacidade ao uso do latim.
Sêneca, busto em mármore, por um autor anônimo do século XVII, Museu do Prado.
Wikimedia 
 Outro literato digno de menção nessa época é Petrônio. Sua obra mais conhecida foi o Satyricon, uma animada e picaresca novela formada por contos lascivos. O tema gira em torno de três homossexuais de pouca reputação, mas muita educação que viajavam pelas cidades. Nela encontramos comentários irónicos sobre o cenário romano da época.
Wikipedia 
 
Algumas décadas depois, temos a figura do epigramista Marcial. Seus pequenos poemas espirituosos, humanos e obscenos lançavam luz a seu tempo. Juvenal, seu contemporâneo, foi ainda mais preciso em sua sátira ao mundo ocidental.
Uma obra muito famosa desse período é o Asno de Ouro de Apuleio. Lucio, narrador e personagem, vive uma fábula, ora como ser humano, ora como burro.
A fase seguinte é marcada pelos tiranos que passaram a restringir a liberdade de expressão e, com isso, a produção literária passou a ser mais introspectiva.
Representação de Apuleio, ladeado por Pânfila, que se transforma em coruja, e pelo asno de ouro
Wikimedia 
A partir do século III d.C. inicia-se uma mudança na literatura latina, substituindo-se a "literatura greco-latina" pela "literatura romano cristã", O cristianismo sai da era das perseguições, podendo se manifestar através de indivíduos como Tertuliano, Cipriano e Lactâncio.
Representação de Tertuliano
Wikipedia 
Desde a instauração do império, no século I a.C., a arte foi utilizada em Roma como demonstração de grandeza. A imagem da capital mudou, bem como do resto das cidades do império. Palácios, casas de veraneio, arcos de triunfo, colunas com estelas comemorativas, alamedas, aquedutos, estátuas, templos, termas e teatros foram erguidos ao longo dos domínios romanos.
As termas eram ambientes de prestação de serviços a ambos os sexos, em separado; com banhos em atmosfera aquecida (à romana) e banhos frios em piscinas.
Elas já existiam ao longo da República, mas seu uso foi mais disseminado nesse período. Todos podiam frequentá-las, mas os pobres só as utilizavam no final do dia. Mulheres e crianças também, mas em horários diferentes dos homens.
As termas de Caracalla, um marco do Império, permitiam o banho simultâneo de mil e seiscentas pessoas.
Veja na imagem abaixo uma representação gráfica de como funcionavam as Termas de Caracalla na época do Império.
Maquete de como era, as Termas de Caracalla. Adaptado de: Maquettes Historiques.
Publicado em: https://www.maquettes-historiques.net/page23aa.html 
Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final do período republicano.
Diferentemente dos teatros gregos, situados em declives naturais, os teatros romanos foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades.
Fonte: Vista do teatro de Acrópolis - Grécia - leoks / Shutterstock
Os teatros romanos também seguiram a tradição helênica, mas buscaram outra solução através dos anfiteatros, cujo exemplo máximo é o Coliseu, com capacidade de sessenta mil pessoas.
Fonte: Coliseu, em Roma - Itália - Belenos / Shutterstock
Saiba Mais
O Coliseu foi construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído no governo de seu filho, Tito. Era utilizado para apresentações de gladiadores lutando entre si, com feras e, por vezes, no martírio de cristãos.
Veja uma planta que apresenta os principais elementos de um teatro romano:
Fonte: História da arte e arquitetura, por Marcelo Albuquerque, em: https://historiaartearquitetura.com/2017/04/12/teatro-romano/ 
Os circos, por sua vez, representam uma versão dos estádios gregos, com pista alongada e tribunas laterais para o público, serviam a realização de corridas de carros tracionados por dois cavalos (bigas), ou por quatro (quadrigas). No governo de Constantino, alguns desse espaços foram utilizados para cultos cristãos.
Fonte: Imagem panorâmica do Circus Maximus, em Roma - Itália - giulio napolitano / Shutterstock e Fernando Cortes / Shutterstock
Veja abaixo uma representação de Roma na época do Império. O circo fica entre o Aventino (à esquerda) e Palatino (à direita); A estrutura oval à extrema direita é o Coliseu.
Modelo de Roma, de Paul BIGOT, na MRSH da universidade de Caen: áreas do Circo Máximo e do Coliseu
Wikipedia 
Os circos, por sua vez, representam uma versão dos estádios gregos, com pista alongada e tribunas laterais para o público, serviam a realização de corridas de carros tracionados por dois cavalos (bigas), ou por quatro (quadrigas). No governo de Constantino, alguns desse espaços foram utilizados para cultos cristãos.
Fonte: Imagem panorâmica do Circus Maximus, em Roma - Itália - giulio napolitano / Shutterstock e Fernando Cortes / Shutterstock
Veja abaixo uma representação de Roma na época do Império. O circo fica entre o Aventino (à esquerda) e Palatino (à direita); A estrutura oval à extrema direita é o Coliseu.
Modelo de Roma, de Paul BIGOT, na MRSH da universidade de Caen: áreas do Circo Máximo e do Coliseu
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