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RESUMO DO LIVRO DE tics

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1.1 O que é educação a distância - EaD?
· De acordo com os Referenciais de Qualidade - MEC, a Educação a distância
· [...] é uma modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporariamente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Ainda, a EaD é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada desde a educação básica até o ensino superior (Referenciais de qualidade, MEC, 2007).
· Além do conceito apresentado pelo MEC, apresentaremos outros conceitos de autores especializados em Educação a Distância, no sentido de elaborarmos melhor a nossa compreensão sobre o que é a EaD.
· Para Maia e Mattar (2007, p. 6) “[...] a EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação. ”
· Para Gaspar (2001), “esta metodologia de ensino centra o processo educativo no aluno, logo o núcleo central está na aprendizagem gerida pelo aprendente e suportada pelos materiais de ensino, e de controlo e avaliação das aprendizagens.
· Os autores Moore e Kearsley (2007, p. 2) dizem que “[...] Educação a Distância é o aprendizado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais. ”
· Assim posto pelo MEC e demais autores citados, a característica básica da educação a distância é a separação física entre alunos e professores, os quais são mediados pelas tecnologias de informação e comunicação.
· Segundo a Resolução Nº 1, de 11 de março de 2016, do Ministério da Educação,
· as tecnologias, as metodologias e os recursos educacionais, materializados em ambiente virtual multimídia interativo, inclusive materiais didáticos, bem como os sistemas de acompanhamento e de avaliação de aprendizagem, são elementos constitutivos dos cursos superiores na modalidade EaD, sendo obrigatória sua previsão e detalhamento nos documentos institucionais e acadêmicos (BRASIL, 2016).
· Um conceito atual para essa modalidade de educação existente há muitos anos, a qual passou e continuará passando por diversas transformações e gerações, e que merece ser apresentada e discutida. Vamos conhecê-la?
· Pode-se dizer que hoje estamos na 5ª geração da EaD: 
· a primeira geração é o estudo por correspondência; 
· a segunda, realiza-se através de transmissão por rádio e televisão; 
· a terceira é a comunicação mediada por computadores; 
· a quarta está focalizada nas teleconferências; e, 
· a quinta, existe através da internet/web e dispositivos móveis.
1.2 Aprendizagem a distância: Metodologia
· A aprendizagem a distância requer uma metodologia com características universais e procura contemplar as orientações do MEC para esta modalidade de ensino, considerando as possibilidades institucionais e as novas tendências educacionais frente às Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs.
· As metodologias de ensino e aprendizagem estão se transformando em vista dos novos processos de interação e comunicação on-line que emergem do surgimento de comunidades virtuais, que vêm conquistando espaços cada vez maiores no mundo virtual. Em vista dessa realidade, percebe-se que as metodologias tradicionais de ensino estão praticamente desaparecendo pois, com o uso das TICs, surgem novas possibilidades de ensinar e aprender. Neste sentido, as tecnologias de informação e comunicação provocam rupturas e nos levam para novas soluções e métodos de trabalho, de forma que suportes digitais passam a ser interfaces das tecnologias intelectuais fundamentais para o desenvolvimento de novas aprendizagens. Segundo Morés (2013, p. 27), é necessário, para a consecução do ensino a distância, fazer uso de
· [...] metodologias ativas, críticas, investigativas e colaborativas, entre as quais, resolução de problemas, projetos colaborativos, pesquisas coletivas, oficinas, fóruns, intercâmbios de experiências. Essa concepção propõe a troca de informações, diálogo e interação entre os atores da ação pedagógica, integrando o estudante ao processo educativo como sujeito ativo de seu próprio conhecimento.
· Nessa perspectiva, é necessária que o estudante participe de forma interativa, colaborativa e dialógica no ambiente virtual de aprendizagem a fim de que os processos de ensino e de aprendizagem passem a ter sentido na construção de conhecimentos.
Curiosidades sobre a EAD
Você sabia:
Que o ano de 2015 a Educação a Distância - EaD teve um crescimento de mais de 470% no Brasil (Fonte: www.iped.com.br)?
Que a evasão é um fator frequente e preocupante nos cursos a distância?
Que a redução da evasão pode ser influenciada por alguns fatores, como definição do programa, uso correto do material, planejamento de tempo e um bom uso de meios que facilitem a interação entre alunos e com o professor, além da capacitação dos professores?
14/03/2020
Livro texto da disciplina: Tecnologia de Informação e Comunicação
Capítulo 2: Evolução histórica da educação a distância
· A educação a distância, por mais que possa parecer, não é nova. 
· É uma modalidade de ensino que, no Brasil, de acordo com Alves (2011), teve suas primeiras manifestações em 1904, quando o Jornal do Brasil registra a primeira edição da seção de classificados, anúncio que oferece um curso profissionalizante, por correspondência, para datilógrafo. Mais tarde, em 1923, um grupo liderado por Henrique Morize e Edgard Roquette-Pinto criou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que oferecia curso de Português, Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia.
	Ano
	Principais acontecimentos da EaD no Brasil
	
	
	1923
	Criação, por Roquete-Pinto, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com um plano sistemático de utilização educacional na radiofusão.
	
	
	1941
	Fundação do Instituto Universal Brasileiro.
	
	
	1979
	Início das ofertas de cursos de extensão a distância pela Universidade de Brasília.
	
	
	1996
	Criação, na estrutura do MEC, da Secretaria de Educação a Distância.
	
	
	1999 a 2001
	Criação de redes públicas, aprovadas e confessionais, para cooperação em tecnologia e metodologia para o uso das NTICs para a EaD
	
	no Brasil.
	
	
	
	
	2005 a 2006
	Criação da Universidade Aberta do Brasil.
	
	
	2008
	2008 – em São Paulo, Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 permite o Ensino Médio a distância, onde até 20% da carga horária pode
	
	ser não presencial.
	
	
	2011
	A Secretaria de Educação a Distância é extinta.
	
	
	2016
	Resolução Nº 1, de 11 de março de 2016. Estabelece Diretrizes e Normas Nacionais para a Oferta de Programas e Cursos de Educação
	
	Superior na Modalidade a Distância.
	
	
· De 1923, um dos marcos históricos da EaD no Brasil, com a criação da Rádio Sociedade, até os dias de hoje, podemos perceber que as novas tecnologias de informação e comunicação mediadas pela internet contribuíram para que a EaD ganhasse mais aliados, pois esses recursos tecnológicos possibilitaram uma comunicação mais significativa, aproximando mais as pessoas envolvidas. 
· Neste contexto, Peters (2004, p. 32) diz que “[...] as consequências desses avanços são inestimáveis: tornaram a educação a distância mais relevante do que antes. ” Assim, podemos entender que a EaD vem evoluindo não só com os recursos tecnológicos utilizados, mas também na sua forma de ensinar e promover aprendizagem.
 A primeira geração: estudo por correspondência
· Esta geração foi marcada pelos cursos de instrução, que eram entregues pelo correio, os quais eram e ainda são denominados de cursos por correspondência. As pessoas que queriam estudar (fora do sistema regular de ensino) buscavam, nessa alternativa, uma possibilidade de ter aprendizagem em casa. Ainda hoje, século XI, há cursos nessa modalidade. Nesta geração havia uma comunicação mínima entre aluno e professor, a qual se dava de forma bastante lenta, utilizando o sistema postal.A segunda geração: transmissão por rádio e televisão
· Nesta geração, a comunicação professora aluno, embora um pouco mais dinâmica, ainda é unilateral, ou seja, há um processo lento e difícil para que o aluno possa esclarecer uma dúvida, por exemplo. Há 35 anos, a televisão vem sendo utilizada para a transmissão de telecursos. A modalidade telecurso é de propriedade da Fundação Roberto Marinho e é utilizada em diversas ocasiões, como para a aceleração da aprendizagem no caso dos ensinos Fundamental e Médio, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), como uma alternativa ao ensino regular em cidades de mais difícil acesso ou como reforço escolar para todas as idades. Mais informações podem ser buscadas no portal do telecurso, disponível em: http://www.telecurso.org.br/na-tv/.
A terceira geração: via web, on-line
· Com acesso à internet, diversos cursos aproveitaram os recursos tecnológicos disponíveis a partir do acesso à rede, através dos computadores. Esses recursos contaram com a teleconferência, audioconferência e essas com as interlocuções em tempo real. Essa geração também possibilitou a interação entre os envolvidos através de ferramentas assíncronas para uma comunicação em qualquer tempo.
A quarta geração: comunicações mediadas por computadores
· Nessa geração, o processo de educação a distância surge como um novo espaço de aprendizagem além das salas de aula. A CMC possibilitou uma comunicação muito mais rápida, intensa e eficiente, e introduziu um grande número de novos recursos, provendo um maior enriquecimento nas comunicações.
A quinta geração: os ambientes virtuais de aprendizagem
· Os chamados AVA permitem a convergência de texto, áudio e vídeo, em tempo real ou não. Essa convergência integra todos as tecnologias das outras quatro gerações, permitindo que as limitações geográficas e tecnológicas sejam minimizadas. Nesta geração, a comunicação professor-aluno é bilateral, ágil e dinâmica, possibilitando esclarecer dúvidas e dificuldades rapidamente.
· Peters (2004, p. 29) diz que
· [...] ao acompanharmos a história da educação a distância, percebemos que houve um desenvolvimento desde as primeiras tentativas singulares na antiguidade até a difusão inesperada e surpreendente desta forma de ensino e aprendizagem por todo o mundo, na segunda metade do século XIX.
· As palavras de Peters confirmam a evolução histórica apresentada. Não só no Brasil, mas no mundo todo, a educação a distância evoluiu com o objetivo de levar a educação ao maior número possível de pessoas por outra modalidade de ensino além da presencial.
De toda essa evolução, e das tecnologias e gerações que ainda permeiam as instituições de ensino, o que se considera mais importante, independentemente dos materiais didáticos e recursos tecnológicos utilizados, é levar o conhecimento a todos que querem, de uma forma ou de outra, aprender.
Como a EaD evoluiu em relação ao uso dos materiais didáticos impressos e midiáticos, o processo de ensino e aprendizagem, nesta modalidade, começa a ser repensado também. Para sua melhor compreensão
4/03/2020
Livro texto da disciplina: Tecnologia de Informação e Comunicação
Capítulo 3: Processos de ensino e aprendizagem a distância
· A aprendizagem é um processo contínuo na vida das pessoas e pode ocorrer em diferentes meios e pelos mais diversos canais. Dentre estes meios, surge a educação a distância, que já passou por diferentes gerações, conforme apresentamos no capítulo anterior. Todas as gerações estão voltadas para a aprendizagem do aluno, desde a primeira, a do material impresso, que nos dias atuais oferece importante suporte para a EaD, até a última geração, que se utiliza das tecnologias digitais disponíveis na Web. Os professores desenvolveram e continuam a desenvolver seus materiais a fim de levar o conhecimento a todos os alunos dispersos geograficamente, no intuito de estimular e facilitar a aprendizagem. Ontem e hoje, com todos os recursos tecnológicos existentes, esse objetivo não mudou, continua sendo a construção de novos conhecimentos independentemente dos meios utilizados, seja impresso ou digital.
· Para Kenski (2016), “a presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino”. A autora considera que mais importante do que as tecnologias e os procedimentos pedagógicos mais modernos, é a capacidade de adequação do processo educacional aos objetivos que levam as pessoas ao desafio de aprender
· Para Moran (2002), as pessoas aprendem melhor quando vivenciam, experimentam, sentem, ao se relacionar com o outro, quando estabelecem vínculos, dando sentido ao que não tinha significado. É pela necessidade de interação com o mundo que construímos novas aprendizagens, novos conhecimentos, no meio social e cultural em que vivemos. Diz o autor que:
· Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. [...] paciente porque nunca acaba. Paciente porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se tivermos uma atitude confiante, positiva, diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo afetuoso, impregnado de carinho, ternura, de compreensão, porque nos faz avançar muito mais. (MORAN, 2002, p. 24).
· Na perspectiva de Moran (2002), podemos dizer que essa transformação é muito significativa. Para corroborar, os autores Moreira e Masini (1982, p. 4) afirmam que a aprendizagem significativa se processa quando o material novo, ideias e informações que apresentam uma estrutura lógica, interagem com conceitos relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados, contribuindo para a sua diferenciação, elaboração e estabilidade.
· Nesta perspectiva, o EAD torna-se uma metodologia de ensino bastante rica, pois permite ao aluno explorar ele mesmo os conceitos, aplicá-los na prática e ser um indivíduo ativo neste processo.
· E importante que possamos trazer o que foi colocado por esses autores para a prática da aprendizagem a distância, no espaço de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que propicia a construção de novos conhecimentos. A partir dos conteúdos apresentados no AVA, novas possibilidades de interação e aprendizagem podem ser agregadas. 
· Deste modo, Molina (2004) faz referência a duas formas de aprender: a primeira forma é à base da memorização, a qual não é significativa, é apenas uma aprendizagem superficial, não havendo preocupação com a compreensão, com a construção do conhecimento; a segunda, é a forma significativa, totalmente contrária à primeira. Na aprendizagem significativa, a intenção é que o aluno possa construir e identificar seu conhecimento a partir de sua forma de pensar.
· Para Maia e Mattar (2007), o grande desafio, hoje, para o aluno virtual, é desenvolver diferentes abordagens para que seu aprendizado o leve para uma construção de conhecimento a partir do aprender a aprender. E os autores chamam a atenção dizendo que “[...] o essencial hoje não é se encher de conhecimentos, mas sim a capacidade de pesquisar e avaliar fontes de informação, transformando-as em conhecimentos. (MAIA; MATTAR, 2007, p. 84)
· Com o advento da internet, há muitas informações que podem ser pesquisadas por você, mas o fundamental é que você saiba separar, depurar essas informações para que elas se transformem em conhecimentos.
· Na EaD, há diferentes métodos que contribuem para a construção efetiva do conhecimento. E para que você possa construir conhecimentos a partir das informações recebidas, é preciso que você seja um aprendiz autônomo.
· A aprendizagem autônoma na educação a distância requer disciplina e foco. Neste sentido,
· Moore e Kearsley (2007) dizem que a autonomia no aluno significa que ele tenha capacidades diferentes para tomar decisões em relação ao seu próprio aprendizado.
· Neste sentido, para que você possa construir novos conhecimentos a partir de uma aprendizagem autônoma, o conteúdo a ser estudado deve serclaro e objetivo, permitindo que você possa compreendê-lo para poder construir novos conhecimentos. Numa aprendizagem autônoma, você passa de sujeito passivo para sujeito ativo que busca estratégias de autonomia para construir sua aprendizagem. 
· Belloni (2001, p. 42) colabora à essa questão dizendo que na aprendizagem autônoma o estudante não é objeto ou produto, mas sujeito ativo que realiza a própria aprendizagem.
· Por outra via, Maia e Mattar (2007, p. 8) afirmam que “[...] com a educação a distância, o aluno torna-se independente, sem ficar limitado pelas restrições de tempo e espaço características da educação presencial. ”
· Todavia, o tempo e o espaço também são características do ensino a distância e você não deve esquecer que faz parte de um programa institucional, o qual oferece cursos na modalidade a distância e, para isso, precisa organizar seu tempo independente de espaço, ou seja, dentro do tempo proposto pelo programa. Assim, você deve seguir um cronograma de estudos, realizar atividades e ser avaliado, o que, em um curso superior em EaD, deve ser realizado presencialmente.
· Estar disperso geograficamente, ou seja, estar distante fisicamente da instituição de ensino, requer autonomia, disciplina e dedicação para que a sua aprendizagem atinja os objetivos propostos pelo curso em que você está ingressando.
· Se você está distante da sua Instituição de Ensino Superior (IES), isso não significa que você está sozinho: você contará sempre com um tutor presencial, situado na sede polo da IES. Ademais, você poderá ir ao polo sempre que sentir necessidade, embora tenha que considerar que a IES tem horários pré-estabelecidos para o atendimento ao aluno distante. Além do tutor presencial, você também poderá contar com o tutor a distância, que o acompanhará em diferentes momentos.
· Nesse contexto, a aprendizagem autônoma está centrada em você, aluno. O tutor, nesse cenário, é um mediador entre você, aluno, e o professor. Ele é um apoio ao processo da sua aprendizagem. 
· Landin (1997, p.38) diz que “[...] o aluno não é um receptor passivo de mensagens educativas. Ao estudar a distância, terá que percorrer a maior parte do processo de forma autônoma [...]”. Nesse sentido, sua autonomia requer responsabilidade, organização, planejamento, comprometimento e dedicação aos estudos.
· Se você está em um curso a distância, necessariamente precisa ser autônomo para poder realmente construir novos conhecimentos e de modo organizado. A autonomia lhe propiciará tomar decisões e iniciativas de horários e métodos de estudos individuais e coletivos. No coletivo, você poderá interagir com os colegas da sua turma, com o tutor e o professor, sempre que necessário.
· Em acréscimo, para que você tenha uma aprendizagem autônoma, é preciso que o material didático instrucional esteja disponibilizado e organizado adequadamente, pois ele será o guia principal de seus estudos, o qual irá orientá-lo sobre o andamento dos temas a serem estudados, sua sequência e abrangência.
· Sendo este material que irá guiar você em seus estudos, também deverá ser apresentado de forma organizada. Com isso, você deve seguir alguns critérios os quais servirão de guia para seu estudo.
· Dentre os critérios que deverão servir de guia para seu estudo, destacam-se:
· ter autonomia para os estudos independentes;
· ter organização e planejamento para os estudos a distância;
· cumprir os cronogramas definidos pelos professores;
· refletir sobre o estudo, compartilhando seus pensamentos com colegas, professores e/ou tutores;
· Interagir com o grupo;
· tirar dúvidas sempre que necessário;
· se manter ativo dentro do ambiente de aprendizagem virtual;
· seguir as orientações do professor ou tutor;
· participar, obrigatoriamente, das avaliações presenciais.
· Desta feita, a aprendizagem a distância requer de você, aluno, e do professor, uma boa sincronia para que o processo de ensino seja efetivado. Assim, não basta o professor disponibilizar o conteúdo ordenadamente se você não se organizar e seguir as orientações dadas, pois você pode facilmente se perder entre os conteúdos e atividades a serem realizadas dentro do período proposto. Da mesma forma, é importante não deixar acumular atividades para que isso não o prejudique ao final do período. Então, você precisa estar organizado para poder acompanhar as aulas, caso contrário, isto será um dificultador para sua aprendizagem na modalidade a distância.
· Para os autores Moore e Kearsley (2007, p.245),
· O conceito de autonomia do aluno significa que os alunos têm capacidades diferentes para tomar decisões a respeito de seu próprio aprendizado. A capacidade de um aluno para desenvolver um plano de aprendizagem pessoal, a capacidade para encontrar recursos para o estudo em seu próprio ambiente comunitário ou de trabalho e a capacidade para decidir sozinho quando o progresso foi satisfatório, não precisam ser concebidos como uma preocupação irrelevante e deplorável em um sistema controlado pelo instrutor que opera sem obstáculos.
Capítulo 4: Processos avaliativos na EaD
· Apesar de não existir um modelo de avaliação, se faz necessário seguir alguns preceitos, os quais darão aporte técnico e teórico para o processo avaliativo.
· De acordo com Polak (2009), existem três modalidades de avaliação conhecidas, que são: a somativa, a diagnóstica e a formativa. 
Quadro 2: Modalidades de avaliação com base em Polak (2009).
	Modalidade
	Conceito
	
	
	A avaliação somativa
	Esta avaliação atribui uma nota, classificando o aluno
	
	de acordo com o que ele demonstra ter aprendido.
	
	
	Avaliação formativa
	Na modalidade de avaliação formativa, o professor
	
	pode utilizar vários dispositivos para buscar o
	
	aperfeiçoamento do processo de ensino e
	
	aprendizagem, sendo uma avaliação mais significativa
	
	para a EAD.
	
	
	Avaliação diagnóstica
	A avaliação diagnóstica procura conhecer a bagagem
	
	cognitiva do aluno. Abrange a caracterização individual
	
	e coletiva da turma, bem como seu conhecimento
	
	prévio no que concerne a linguagem alfabética,
	
	numérica e aos aspectos sociais, afetivos e culturais;
	
	tais informações serão essenciais para a organização
	
	curricular do programa.
	
	
· Nas modalidades de avaliação apresentadas, a avaliação formativa é a mais alinhada com a modalidade a distância, pois seus processos de avaliação, de modo geral, estão centrados no aluno e na sua participação virtual. Essa participação virtual pode gerar as discussões nos fóruns, em um estudo de caso, resenha, entre outros. E, nesses casos, ela é totalmente textual, descritiva, que se direciona para uma avaliação formativa, centrada no aluno.
· Colaborando, Palloff e Pratt (2004, p.114) dizem que 
· “[...]a avaliação formativa é quando os alunos participam refletindo e oferecendo feedback ao longo do curso, estes estão criando em conjunto um curso que atende às suas necessidades de aprendizagem.” E complementam dizendo que “[...] a boa avaliação em um curso online começa no primeiro dia e vai até o final do processo.” (PALLOFF; PRATT, 2004, p.115). Ainda, dizem os autores que
· Esta é uma avaliação formativa contínua. Ainda, de acordo com os autores, o processo reflexivo que deve ser incentivado nos cursos on-line é a base da avaliação centrada nos alunos. Estes devem receber crédito por sua autorreflexão, e a autorreflexão deve ser incorporada ao projeto e às expectativas do curso on-line (PALLOFF; PRATT, 2004, p.112).
· O professor da EaD, segundo Silva (2003, p. 55), 
· “[...] constrói uma rede e não uma rota. Ele define um conjunto de territórios a explorar, enquanto a aprendizagem se dá na exploração.” Essa exploração que você fará no curso está relacionada ao ambiente virtual de aprendizagem e do conteúdo. Este conteúdo a ser explorado, estudado, faz parte de um processo de ensino planejado, organizado para que você possa aprender. Dentro do processo de aprendizagem há também os processos avaliativos, que compõem o conjunto de fatores que contribuirão para que aavaliação se efetive satisfatoriamente. E, nesse sentido, “A avaliação centrada no aluno implica em convidá-lo a participar de sua construção. Isso se aplica tanto para exames quanto a outros meios de avaliação do aluno durante o semestre. ” (PALLOFF; PRATT, 2004, p.117).
· Fazendo um contraponto, podemos dizer que todas as modalidades de avaliação são pertinentes, desde que atendam aos objetivos propostos pelo curso, pois, em alguns momentos, o professor pode realizar uma avaliação somativa, diagnóstica, formativa ou contínua, o que vai depender do que ele quer avaliar e como avaliar os resultados obtidos nas atividades propostas, independente da modalidade.
· Estudar a distância, realizar as avaliações virtuais e presenciais de forma autônoma, exige que você saiba ou aprenda a administrar o seu tempo, caso contrário, pode se perder no emaranhado de atividades e conteúdo. Para que você entenda e compreenda o que é e como administrar seu tempo, o capítulo 5 apresenta orientações para você melhor administrar seu tempo em um curso em EaD.
5: Administrando o tempo para os estudos a distância
· Administrar, segundo Chiavenato (2007, p.4) é
· “[...] o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o uso dos recursos para alcançar objetivos de desempenho. ” Assim posto pelo autor, podemos perceber que, para administrar o tempo, se necessita de organização e planejamento para que todas as atividades diárias atinjam os objetivos propostos para bem realizar um determinado curso na modalidade EaD.
· Os autores Palloff e Pratt (2004) apresentam quatro categorias para estabelecer o que é importante e o que é urgente, descritas no quadro 3.
Quadro 3: Importante e urgente
	Importante e Urgente
	
	
	
	Não Importante, mas não urgente.
	Nesta categoria, destacamos atividades como falar ao telefone, assistir televisão, jogar, redes sociais.
	
	Nessas atividades, você precisa controlar o tempo para não esquecer das outras tarefas.
	
	
	Não importante, mas urgente.
	Priorizar o que precisa ser feito. Dar muita atenção ao que não é importante em vez de realizar o que é
	
	urgente. E o que é urgente, é o que necessita ser realizado para alcançar um objetivo em tempo hábil.
	
	
	Importante, mas não urgente.
	Nesta categoria, você pode postergar uma atividade que é importante e que se torna urgente com a
	
	chegada dos prazos para a sua entrega e, aí, se torna urgente. Organizando o tempo, as atividades
	
	importantes não se perderão entre as urgentes.
	
	
	Importante e urgente.
	Esperar até a última hora para enviar uma atividade aumenta muito a importância e a urgência.
	
	
Fonte: com base em Palloff e Pratt (2004).
· Ainda de acordo com os autores Palloff e Pratt (2004), se você não colocar seus estudos acima de outras atividades não importantes e não urgentes, terá muitas dificuldades em concretizar as tarefas solicitadas, pois o tempo passa e você não conseguirá realizar os estudos e atividades no tempo determinado pelo programa o qual está inserido.
· Administrar o tempo é planejar a vida, diz Chaves (2008).
· Você deve administrar o seu tempo a partir das atividades que já fazem parte do seu dia-a-dia, pensando que terá uma tarefa a mais a ser realizada, neste cenário, seja em casa, no trabalho ou em qualquer outro local. O importante é que esta nova escolha, esteja inserida em seus planos de forma organizada. Sem organização, você terá dificuldades para estudar. Não deixe para depois, o que você pode fazer agora. Administre, você, seu tempo e tudo será mais facilitado.
Capítulo 6: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC): Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem Moodle
· As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) podem ser definidas como um conjunto de recursos tecnológicos que são utilizados de forma integrada e com um objetivo comum, podendo ser utilizadas de diversas formas, como na indústria, com a automatização de sistemas; no comércio, no gerenciamento e publicidade; no setor de investimentos (informação e comunicação simultânea), e na educação, no processo de ensino e aprendizagem (PACIEVICH, 2009).
No ensino presencial, as TICs favorecem e potencializam o ensino, oportunizando ao aluno ser mais ativo neste processo, e podendo resultar em um aprendizado mais efetivo.
· No caso da Educação a Distância, em especial no que se refere à criação dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), as Tecnologias da Informação e Comunicação representaram um avanço ainda maior, possibilitando que os alunos, professores e tutores dialoguem por meio de fóruns, chats e outras atividades. Dessa forma, a troca de experiências e de informações é mais ágil e ativa, tornando a aprendizagem mais significativa.
· Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um espaço onde alunos, professores e tutores se encontram para promover uma aprendizagem. Para que esta aprendizagem ocorra, há a necessidade de um conteúdo ser disponibilizado neste espaço virtual e a interação acontecer entre o envolvidos.
· De acordo com Moore e Kearsley (2007, p. 18), 
· “[...] o ambiente de aprendizagem do aluno também faz parte do sistema de educação a distância, exercendo impacto considerável sobre a eficácia das partes do sistema a distância controladas pela instituição educacional.” O ambiente virtual de aprendizagem utilizado por você, para realizar seus estudos em EaD, é o Moodle, administrado pela instituição de ensino a qual você está matriculado. O Moodle foi preparado para recebê-lo, pois ele será o seu espaço virtual de aprendizagem. Nele, você encontrará todo o material de estudo, atividades, exercícios, revisões, interações, material de apoio, e-books e, principalmente, o contato virtual direto com o seu tutor a distância.
· Assim, para que o processo de ensino e aprendizagem sejam efetivos, precisamos do conteúdo e das interações entre professores e aluno; alunos e alunos; alunos e tutores. A partir de um conteúdo, o aluno, você, passa pelo processo de depuração da informação e, neste estágio, a interação ajudará a construir o conhecimento. O diálogo entre os envolvidos, a troca de ideias e o esclarecimento das dúvidas fazem parte da aprendizagem virtual.

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