Buscar

Mandado de Segurança - questionário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DISCIPLINA: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Professora Cristina Leitão
ESTUDO DE CASO – MANDADO DE SEGURANÇA
CASO A. 
AMADEU DUARTE, bacharel em Direito, requereu à OAB/SC sua inscrição como advogado. Ocorre que a Seccional da OAB de SC negou a inscrição de Amadeu, já que este é servidor ocupante de cargo de técnico do INSS, o que seria incompatível com o exercício da profissão de advogado, conforme art. 28, III, do EAOAB. Inconformado, Amadeu procurou seu escritório para tomar alguma medida judicial. Diante do caso, analise e responda às questões:
1. Inicialmente, qual a providência a ser tomada? Interposição de recurso administrativo na Seccional de Santa Catarina (art. 54 do Estatuto da OAB e artigo 87 e seguintes do regulamento geral). Após, caberá recurso ao Conselho Federal da OAB (art. 75 do Estatuto da OAB), porquanto servidor do INSS não está no rol de atividades incompatíveis com a advocacia (art. 28).
2. Cabe mandado de segurança no caso apresentado? Enquanto não for julgado o recurso administrativo (12.016/09, artigo 5º, inciso I) não caberá. Após o esgotamento da via administrativa, cabe mandado de segurança.
3. Qual seria a autoridade coatora? Presidente do Conselho Federal da OAB
4. Qual o foro e o juízo competente? Justiça federal, na seção judiciária de Brasília (sede do Conselho Federal). Trata-se de competência da Justiça Federal porquanto a OAB é um órgão de conselho de classe, e portanto, equipara-se a autarquia federal.
CASO B. 
O diretor da AMB AMBIENTAL LTDA. procura seu escritório afirmando que realiza atividades de coleta, transporte e tratamento de produtos químicos e perigosos. Conta que o CREA/PR tem atuado de forma a fiscalizar a atuação da empresa. O diretor entende que tais atividades não se enquadram no rol de atividades fiscalizadas pelo CREA.
Levando em consideração a situação exposta, apresente sua orientação jurídica, expondo se é possível a impetração de mandado de segurança e qual documentação deverá ser trazida pelo cliente para a impetração do remédio constitucional. Caso conclua pelo descabimento do mandamus, explique qual alternativa pode ser adotada.
A fiscalização de coleta, transporte e tratamento de produtos químicos não encontra-se no rol de atividades fiscalizatórias de competência do CREA (art. 34 da lei 5.194/66), razão pela qual a fiscalização realizada no enunciado é ilegal. Ainda, o ato é efetuado por entidade autárquica dotada de personalidade jurídica de direito público, o que preenche os requisitos da impetração do MS.
As provas documentais que deverão ser trazidas pela empresa quando da impetração do Mandado de Segurança são: o estatuto da empresa, a demonstrar as atividades exercidas por ela; os autos de infração recebidos pela empresa ou documento comprobatório do exercício daquela atividade por parte do CREA e a lei que traz a lista de atividades de fiscalização que podem ser exercidas pelo CREA.
CASO C. Seu escritório assume uma causa e impetra mandado de segurança em favor de VILMA OLIRAS, pleiteando a declaração de nulidade de questão de prova de concurso público. Na sentença, o juiz denega a segurança. Posteriormente, a cliente procura seu escritório e diz que não possui mais interesse na continuidade da causa. Diante disso e considerando a regra do artigo 485, §4º, do CPC, é possível a desistência do mandado de segurança mesmo após a prolação da sentença de mérito? Explique, com base na jurisprudência dominante.
O STJ entende pela possibilidade de desistência da demanda a qualquer tempo, mesmo após a decisão de mérito, independente de anuência da parte contrária (RE 669367 e Resp 1405532). 
A professora entende que se a parte perdeu a causa em primeira instância, ela não pode desistir da ação, porquanto já há uma sentença denegando a segurança. 
CASO D. 
JOSÉ foi aprovado em segundo lugar num concurso para técnico de Tribunal de Justiça. O edital, todavia, previa apenas uma vaga e prazo de validade de um ano, prorrogável por igual período. O primeiro colocado foi SAMUEL. Durante o prazo de validade do concurso, SAMUEL foi aprovado em outro certame - desta vez para a magistratura. Logo foi nomeado e entrou em exercício. JOSÉ ficou animado, pois quando SAMUEL fosse nomeado para o cargo de técnico, provavelmente desistiria da vaga. Assim, o segundo colocado seria convocado. Passado o prazo de validade do concurso, entretanto, SAMUEL não foi nomeado. Aflito, JOSÉ pergunta a você, na condição de advogado, o que fazer. Afinal, JOSÉ não foi aprovado dentro do número de vagas previsto em edital. Ele não tem direito líquido e certo à nomeação. Apenas SAMUEL o tem. Mas ele não demonstra o menor interesse em ser nomeado para o cargo técnico. Como defender os interesses de seu cliente?
José poderá impetrar Mandado de Segurança, porquanto José possui interesse na nomeação de Samuel (art. 3º da Lei do Mandado de Segurança).
CASO E.
Analise o seguinte relatório:
Trata-se de agravo de instrumento interposto em face de decisão que deferiu liminarmente a tutela pretendida pela autora para determinar a União a restabelecer as pensões por morte em favor dos substituídos pelo sindicato, oriundas dos falecimentos de seus pais, benefício instituído sob a vigência da Lei nº 3.373/58. A agravante requer seja reformado o despacho que concedeu a tutela antecipada. Para isso, defende, preliminarmente, a inépcia da inicial ante a ausência de documentos indispensáveis ao ajuizamento da ação, quais sejam, a ata da assembleia da entidade associativa que a autorizou, acompanhada da relação nominal dos seus associados e a indicação dos respectivos endereços. Sustenta que o alcance dos efeitos do julgado desta ação devem se limitar aos substituídos que possuam residência na área correspondente à competência territorial do órgão prolator da sentença (Porto Alegre). Aponta, ainda, a inexistência de direitos individuais homogêneos a serem tutelados, já que o caso dos pensionistas demandaria análise da situação individual de cada substituído. No mérito, aponta que o acórdão nº 892/2012 do TCU, ao concluir que a ausência de manutenção das condições de dependência econômica da beneficiária em relação ao benefício instituído poderá acarretar em extinção da pensão, não viola a segurança jurídica nem o direito adquirido, bem como não configura nova interpretação. Sustenta que a jurisprudência da Corte de Contas, em interpretação evolutiva, consagrou a dependência econômica da beneficiária como requisito essencial tanto para a concessão, como para a manutenção do benefício previdenciário. Ainda, defende a impossibilidade de concessão de liminar que esgote no todo o objeto da ação, conforme apregoa o art. 1º, caput, da Lei 9.494/97, o qual determina a aplicação do art. 1º, § 3º, da Lei 8.437/92.]
Na posição de relator do agravo de instrumento, qual seria seu voto, no que tange às preliminares?

Outros materiais