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N2
Aula – 05
25/04/2019
Ação popular
CF, art. 5º, LXXIII
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Lei n° 4.717/65
A legitimidade na ação popular é de qualquer cidadão, para que defenda a probidade administrativa e o patrimônio público. Deve, o cidadão, estar com sua situação eleitoral regular.
Os direitos protegidos na ação popular são de natureza difusa, isto é, direito que pertencem a todos. Aquele que propõe ação popular não está defendendo um direito seu, mas sim de uma coletividade.
Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
§ 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
· São tanto bens materiais quanto imateriais; 
Legitimidade ativa: Toda pessoa que é cidadã (possui título eleitoral).
O objetivo da ação popular é democratizar uma forma de defesa dos direitos difusos.
Legitimidade passiva: Aquele que causou o dano; aquele que feriu a probidade administrativa, podendo ser tanto pessoa física quanto jurídica.
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
§ 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.
Todas as pessoas que ensejaram o dano, que feriram de alguém forma a probidade administrativa devem estar, obrigatoriamente, no polo passivo da ação. Dessa forma, entende-se que o litisconsórcio é passivo necessária.
As pessoas jurídicas, uma vez citadas, podem optar por ingressar no polo ativo da ação popular, caso concordem com os pedidos do autor e, dessa forma, desejem prestar auxílio.
Prazo prescricional:
A lei da ação popular prevê prazo de 05 (cinco) anos para que seja intentada, sob pena de prescrição. Por outro lado, há divergência legislativa e doutrinária de que atos lesivos ao patrimônio público não prescrevem, pois se trata de bens indisponíveis (interesse social).
Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos.
Participação do Ministério Público: Ele sempre acaba atuando nessas ações, pois uma de suas funções primordiais é como fiscal da lei (fiscal da aplicação do direito), além de que é ente destinado a proteger os interesses do Estado Democrático.
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.
Quando o autor desistir dação, e nenhum cidadão assumir a demanda, cabe ao Ministério Público promover seu prosseguimento.
Competência: De primeiro grau.
Adota-se o procedimento comum, porém com as devidas adaptações.
Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:
O autor da ação popular não está obrigado a adiantar custas e que só existirão caso esse sucumbir e atuar de forma temerária.
Art. 10. As partes só pagarão custas e preparo a final.
Contestação: O prazo aqui é de 20 dias, prorrogados por mais 20 e como se trata de um prazo especial, não se aplica o prazo em dobro à Fazenda Pública.
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
O juiz pode determinar atos cautelares para viabilizar pagamentos e resguardar o direito. A sentença que julga a ação popular pode ter qualquer uma das naturezas da classificação quinaria de Pontes de Miranda, todavia o foco é anular o ato lesivo, que determina a natureza de constitutiva negativa (desconstitutiva). Além do mais, pode ser condenatória, quando viabiliza a restituição de valores.
· O foco é parar o ato lesivo e restituir os danos;
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado.
Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas.
Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução.
§ 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a seqüestro e penhora, desde a prolação da sentença condenatória.
O artigo 19 prevê que a sentença de improcedência está sujeita ao duplo grau de jurisdição.
Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. 
· Carência é a extinção sem resolução do mérito;
· O recurso cabível é a apelação;
Coisa julgada: Erga omnes, salvo se julgado improcedente o pedido por ausência de provas (secundum eventum probationis)
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
Art. 17. É sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus.
Execução:O próprio autor poderá requerer o cumprimento de sentença e, caso não seja feito em 60 (sessenta) dias, pode o Ministério Público requerer em 30 (trinta) dias.
Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave.
Aula – 09
02/05/2019
As ações constitucionais servem justamente para garantir os preceitos constitucionais.
Vídeo: Falar em constitucionalismo é falar de uma constituição que organiza o Estado e estabelece preceitos fundamentais. Controle concentrado de Constitucionalidade: 1) É a construção escalonada da ordem jurídica; a norma hierarquicamente inferior retira sua validade da norma superior; 2) Supremacia da Lei (Supremacia do poder legislativo face ao poder Judiciário). Para Kelsen, os tribunais constitucionais estão fora do poder judiciário, constituindo verdadeiro órgão político destinado à análise da compatibilidade entre as leis e a constituição. Para o pensador o direito era livre de valor.
Estado Constitucional: Agora, passa a existir uma supremacia da constituição e com isso é possível ter controle do conteúdo material da lei e não mais meramente o controle formal. O controle do conteúdo da lei é feito a partir da comparação dos ditames da lei com direitos fundamentais, que são normas/princípios fundamentais inseridos na constituição.
Controle concentrado: Análise da constitucionalidade sem um caso concreto (análise objetiva). Temos uma aferição de um ato normativo ou lei infraconstitucional. Nas ações de constitucionais, não há conflito de interesse entre as partes, mas sim um legitimado que visa aferir a constitucionalidade ou não da lei.
· Objetiva acerca da validade da lei;
· Não possui parte, litígio e nem mesmo composição da lide;
ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade
Competência: Supremo Tribunal Federal
Lei n° 9.868/99
Finalidade: Declarar a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo.
Uma lei pode ser parcialmente constitucional, não é preciso declarar a inconstitucionalidade da integralidade da lei.
Diz-se que o ordenamento jurídico está doente quando uma lei inconstitucional o integra. Portanto, cabe por meio da ADI extirpar essa lei do ordenamento jurídico.
O Supremo pode não só declarar a inconstitucionalidade como também retirar interpretação que não seja constitucional, isto é, dar uma nova forma de leitura (interpretação) da referida norma.
Não fere, especificamente, o direito de alguém, mas sim a Constituição Federal, eis que vai em sentindo contrário com preceitos que a carta maior visa proteger.
Legitimidade ativa:
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Possuem legitimidade universal aqueles que estão grifados, pois não precisam demonstrar pertinência temática da sua função com a lei ou ato questionado.
A legitimação é extraordinária, porque aquele que propõe a ação não possui o direito e está em nome próprio defendendo direito da coletividade.
Disjuntiva, eis que os legitimados não precisam estar juntos no processo, podendo cada um deles propor a ação de modo individual.
Procedimento: PI (colocar qual a lei que está ferindo a constituição, dispositivos, apresentar um fundamento jurídico para respaldar o pedido) – contra a decisão de indeferimento cabe agravo – Ministro determina ao órgão do qual emanou a lei ou ato que preste informação no prazo de 30 D – manifestação do ADV geral da união (atua como curador da norma, defendendo-a) em 15 D e depois manifestação do Procurador Geral da União em 15 D – Em seguida, o relator lança o voto e pede data para julgamento
· Não há revelia;
· Relator sorteado entre os 11 Ministros;
· Não cabe desistência da ação (art. 5);
· Não cabe intervenção de terceiros (art. 7);
· Cabe ingresso de amicus curae (art. 7, §2º): Auxilia com conhecimento técnico e dá robustez ao julgamento da corte;
· Decisão irrecorrível e não cabe ação rescisória;
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.
Art. 3o A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;
II - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
Julgamento (art. 22, 23 e 25): Necessários 8 Ministros na sessão
· Pelo menos 6 têm que decidir pela inconstitucionalidade;
· Comunicar ao órgão que foi declarada a inconstitucionalidade;
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.
Medida cautelar na ADI
· Cautelar de suspensão dos efeitos da lei;
Requisitos: Plausibilidade da tese (probabilidade);perigo na demora (caso não seja suspensa essa lei, pode haver um dano a própria sociedade), irreparabilidade dos danos; necessidade de garantir ulterior eficácia da decisão.
Concessão por decisão da maioria absoluta dos membros do tribunal, após audiência dos órgãos ou autoridade dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.
Caso entenda indispensável, o relator ouvirá o advogado-geral da união e o procurador-geral da república, no prazo de 03 (três) dias.
Eficácia da medida liminar:
· Erga omnes e ex nunc (para frente)
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.
§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
· Decisão que possibilita a modulação dos efeitos da decisão;
· Restringir os efeitos de declaração ou determinar que venha a surtir efeitos em momento oportuno;
Eficácia erga omnes e vinculante em relação aos órgãos do poder judiciário e administração pública federal, estadual e municipal.
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
· Interpretação Constitucional: Interpretação para tornar o dispositivo constitucional;
· Declaração parcial de inconstitucionalidade: Mantém o texto como está, porém, o Supremo faz uma readequação para não declarar a lei ou ato inconstitucional em sua integralidade;
Aula – 10
09/05/2019
ADI ESTADUAL
Tem função quando se tratar de atos normativos tidos como inconstitucionais, no âmbito dos Estados e Municípios. Não podemos esquecer que cada Estado possui Constituição própria, que estabelece normas específicas daquela unidade da federação.
Art. 125 CF. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
Constituição Estadual
Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição:
I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa;
II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado; (Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000)
III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato normativo local;
IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;
V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa;
VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;
VII - o Deputado Estadual.
Art. 112. Somente pelo voto da maioria absoluta dos seus membros ou dos membros do órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Parágrafo único. O Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações de inconstitucionalidade.
Art. 113. Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será comunicada à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal para suspensão da execução da lei ou ato impugnado.
§ 1º. Reconhecida a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma desta Constituição, a decisão será comunicada ao poder competente para adoção das providências necessárias à prática do ato ou início do processo legislativo, e, em se tratando de órgão administrativo, para emiti-lo em trinta dias, sob pena de responsabilidade.
§ 2º. Na ação direta de inconstitucionalidade incumbirá à Procuradoria Geral do Estado atuar na curadoria de presunção de legitimidade do ato impugnado.
· Manifestação do procurador-geral do Estado para atuar na curadoria da lei;
Aula – 11
09/05/2019
Reclamação
As decisões em controle concentrado de constitucionalidade são vinculantes ao Poder Judiciário como um todo e à própria Administração Pública. Se uma decisão judicial em um processo individual desrespeitar entendimento do STF em controle concentrado, cabe reclamação. 
Acontece que a reclamação ganhou novos contornos com novo CPC, porém o foco principal da aula é para quando a reclamação é usada para resguardar decisões do STF.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
A reclamação também serve para assegurar a competência do Supremo Tribunal Federal.
Havendo descumprimento da decisão do supremo, cave a parte prejudicada propor reclamação, assim como o Ministério Público.
Natureza Jurídica: ação (não é o exercício do direito de petição), já que há petição inicial, contraditório e coisa julgada. Ela vai interferir naquele processo. Então, a natureza jurídica da reclamação, predominantemente, é de ação. Devemos fazer um adendo: A reclamação não tem natureza jurídica de recurso, muito menos de sucedâneo.
É preciso levar em consideração que a reclamação possui vínculo intrínseco com a ação já existe, caso houver. Também cabe reclamação contra atos do poder público, sem necessidade da tramitação de um processo.
· Não é meio de uniformização de jurisprudência;
Cabe reclamação perante os tribunais em gerais, não sendo adstrita ao STF. Foi estendida pelo novo CPC aos casos de descumprimento de decisões judiciais.
Características:
· Não há prazo. Só que a própria lei prevê que não cabe reclamação após o trânsito em julgado,
· Transitada em julgada a decisão que está descumprimento a outra, não cabe mais reclamação;
Legitimidade:
· Parte prejudicada ou Ministério Público;
Não é poder de revisão, mas sim de cassação da decisão ou ato administrativo.
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentradode constitucionalidade;
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;
§ 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.
§ 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.
§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível.
§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.
§ 5º É inadmissível a reclamação:
I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada;
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.
§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.
Procedimento:
PI instruída com prova documental (§2º) – Dirigida ao Presidente do Tribunal – Distribuição –Relator despacha determinando que a autoridade da qual emanou o ato seja notificada para prestar informações no prazo de 10 d – o relator também pode determinar suspensão do processo para evitar dano irreparável – determinar citação da parte que foi beneficiada com a decisão que o reclamante alegou contrariar a decisão do tribunal, para apresentar contestação – MP cientificado para se manifestar (só se não for o reclamante) – julgamento – procedência: cassação da decisão/determinar medida adequada à solução do conflito.
· Não pode ser equiparada a uma ação rescisória;
Súmula 734: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

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