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Teste - DESIGN CONTEMPORÂNEO

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57CAVALCANTE, A. L. B. L.; PRADO, R. R. / UNOPAR Cient., Ciênc. Exatas Tecnol., Londrina, v. 4, p. 57-63, nov. 2005
O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
Resumo
O Design, atividade profissional que desenvolve produtos para atender as
necessidades humanas, deve compreender o conceito de sustentabilidade.
Entretanto, mesmo com pesquisas realizadas, ainda não se tem uma ação concreta,
e sim casos isolados de desenvolvimento de produtos sustentáveis. O ensino do
Design requer também a capacidade de administrar o uso de processos e materiais,
principalmente os que causam impactos ambientais. Dessa forma, a responsabilidade
sobre os produtos deve ser ressaltada em todo o seu ciclo de vida. Este artigo
demonstra os resultados obtidos da pesquisa citada, apontando e propiciando a
propagação de conhecimentos em relação ao ciclo de um produto.
Palavras-chave: Ecodesign. Desenvolvimento Sustentável. Design do Ciclo de Vida.
Meio Ambiente. Metodologia do Projeto.
ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE
Ana Luisa Boavista Lustosa Cavalcante*
Rejane Rossi Prado**
* Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
** Universidade Estadual Paulista "Júlio de
Mesquito Filho" (UNESP).
Abstract
Design, a professional activity that develops products based on human needs,
should take into consideration the concept of sustainability. However, although
some research has been done, there is not any concrete action yet, but isolated
cases of sustainable product developments. The teaching of Design also requires
the ability to manage the use of materials and procedures, mainly the ones that
cause environmental impact. This way, the responsibility over the products should
be highlighted throughout their life cycle. This article demonstrates the results
achieved by the mentioned research, pointing out and fostering the spread of
knowledge related to the life cycle of a product.
Key words: Design. Sustainable Development. Life Cycle Design. Environment.
Project Methodology.
O Designer e sua Responsabilidade com o Meio Ambiente
The Designer and his/her Responsibility towards the Environment
1 Introdução
O Desenho Industrial é uma atividade profissional
que desenvolve projetos de produtos de utilização e de
informação que se originam a partir de uma necessidade
humana. Atualmente, o ensino desta atividade requer,
entre outras qualificações, a capacidade de administrar o
uso de processos produtivos e de materiais, principalmente
os que causam significantes impactos ambientais.
Dessa forma, o conceito de responsabilidade sobre os
produtos no meio ambiente deve ser aplicado pelos
designers em todo o ciclo de vida de um produto.
A partir dos movimentos ecológicos, surgiram os
conceitos de Desenvolvimento Sustentável e Educação
Ambiental, seguidos de outros, adotados em âmbito
empresarial, como: a Ecoeficiência, o Marketing Verde
e a Responsabilidade Social, que agregam valor à
imagem corporativa.
A responsabilidade na tomada de decisões quanto
às escolhas tecnológicas colabora na minimização do
impacto ambiental provocado pelo ser humano na natureza.
A pesquisa teve por objetivo geral promover o
desenvolvimento da consciência ecológica e da
responsabilidade do designer durante todo o Ciclo de
Vida do Produto, compartilhada com outros participantes,
dentre eles, produtores de matéria-prima, convertedores de
materiais, fabricantes do produto acondicionado, distribuidores,
recicladores, municipalidades e/ou entidades encarregadas
da gestão de resíduos e beneficiários, como os consumidores
e usuários finais.
A hipótese formulada, no início da pesquisa, relatava
que a insuficiência de disciplinas de projeto, que
abordasse os temas Ecodesign e Desenvolvimento de
Produtos Sustentáveis, não evidenciava a responsabilidade
nos discentes, futuros profissionais. Esta pressuposição
pôde ser confirmada junto aos cursos da Unopar: o
Seqüencial em Design de Movelaria, na introdução da
disciplina Ecodesign; em projetos interdisciplinares do
curso de Graduação em Desenho Industrial e, futuramente,
no projeto pedagógico deste curso de graduação com
a disciplina Design Sustentável.
A abordagem dos conceitos desta pesquisa teve
resultados satisfatórios e contribuiu para a divulgação
da consciência ecológica a partir de projetos de extensão,
de trabalhos acadêmicos, pelo interesse de discentes
no desenvolvimento de Trabalhos de Conclusão de Curso
de graduação em Desenho Industrial e na configuração
do modelo desenvolvido nesta pesquisa – Rede de
Interação Ecológica.
58 CAVALCANTE, A. L. B. L.; PRADO, R. R. / UNOPAR Cient., Ciênc. Exatas Tecnol., Londrina, v. 4, p. 57-63, nov. 2005
O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
2 Contexto da Pesquisa
Esta pesquisa teve por contextualização o estudo
da consciência ecológica e do impacto ambiental. Este
último causado pelo uso indevido de recursos pelo
profissional designer nas escolhas tecnológicas para o
desenvolvimento de um produto.
Partindo desses princípios, surgiram os
questionamentos: Quais as bases de um design
sustentável? Como estruturar a formação profissional
do designer industrial de acordo com a consciência
ambiental?
A partir desses questionamentos, foram formuladas
as seguintes hipóteses relacionadas aos fatores
sociais, econômicos e culturais brasileiros, que
influenciam, direta ou indiretamente, nos problemas
ecológicos, a saber: a) Problemas sociais, como a
educação precária, a fome, o desemprego, a pobreza,
as desigualdades sociais; b) Problemas econômicos,
como a má distribuição de renda, por ser um País em
Vias de Desenvolvimento Industrial (PVDI), a corrupção
na gestão pública e na política; c) Problemas culturais
que, segundo De Masi (2000), a cultura pode ser dividida
em cultura ideal (língua, ideologias, preconceitos),
cultura material (bens imóveis e móveis) e cultura social
(usos, costumes, tradições, inovações). Dessa forma,
no Brasil, diante dos problemas apontados, os
obstáculos ecológicos tornam-se mais difíceis de
transpor, por conseqüência da necessidade primordial
de solucionar problemas sócio-econômico-culturais.
Para tanto, buscou-se enumerar instituições de
ensino em design no Brasil que ministram em alguma
disciplina os conceitos do Desenvolvimento Sustentável
e instituições que desenvolvem pesquisas na área.
3 Fundamentação Teórica
Considera-se o sistema produtivo um subsistema
da biosfera, uma organização particular de fluxos de
matéria, de energia e de informação. Isto explica que, após
o seu descarte, o produto apenas perde seu valor econômico,
porém não desaparece. Dentro de uma definição tradicional,
o produto deve ser fabricado com eficiência, utilizando-
se materiais e técnicas apropriadas, fácil de usar, seguro,
econômico e atrativo. Com as crescentes questões
ecológicas, a definição contemporânea considera que
o designer deve ter consciência sobre o impacto que
os produtos projetados poderão provocar no ambiente,
principalmente em relação ao desaparecimento das
reservas naturais e a insistência em utilizar materiais
incompatíveis e poluentes à vida no planeta. (MACKENZIE,
1991).
A minimização do impacto ambiental gera economia
a partir da separação, coleta e destinação de materiais,
respeitando a política dos três R´s (reciclagem,
reutilização e redução). A sociedade verifica que, além
de estar contribuindo com a qualidade de vida, pode
também economizar ou até mesmo lucrar, como
acontece com algumas associações de moradores,
comunidades e cooperativas1 .
O aumento de leis e normas voltadas à proteção
ambiental provocado pelos movimentos ecológicos
estimula a preocupação sobre o tema em classes
formadoras de opinião da sociedade. Neste sentido, o
estímulo ao envolvimento de universitários, como
integrantes dessas classes, no processo de
conscientização ambiental, visa a mudanças de hábitos,
tanto no ambiente doméstico quanto no ambiente de
trabalho. Este envolvimento desenvolve a consciência
ecológica e a responsabilidade compartilhada do
produto, como anteriormente enunciado – que, conforme
Manzini (1991), estarãoenvolvidos no que pode ser
tecnicamente possível com o que é ecologicamente
necessário, a fim de fazer emergir novas propostas
aceitáveis cultural e socialmente.
A Educação Ambiental funciona na sociedade como
elemento facilitador de atividades que possam estimular
a reflexão crítica e a autocrítica, a análise e a ação
(DIAS, 2000), promovendo meios para que a sociedade
conheça e/ou reconheça a importância do tema para a
qualidade da vida humana no planeta.
3.1 Movimentos Ecológicos no Brasil
Para ter um maior entendimento do início da preocupação
com o Design Ecológico e com o Ecodesenvolvimento,
que passou a ser intitulado de Desenvolvimento
Sustentável, é preciso compreender como surgiram os
movimentos ecológicos no Brasil, que ocorreram, quase
que concomitantemente aos movimentos ecológicos
europeus.
Os efeitos negativos da intervenção humana no
ambiente foram gerando, ao longo dos anos, grandes
problemas e, conseqüentemente, inúmeras preocupações.
Em síntese:
– A destruição do solo a partir do seu uso abusivo,
provocando erosão, inundações e alterações
climáticas;
– As intervenções na natureza que ameaçam a vida
biológica nos oceanos, lagos e rios;
– O envenenamento da atmosfera com vapores
prejudiciais;
– A criação e produção de armas destrutivas;
– A concentração de atividades industriais e
comerciais em áreas superlotadas.
Segundo Ramos (1981 apud VIOLA, 1987), os
movimentos ecológicos são herdeiros da cultura
socialista. Em sua maioria, são movimentos pacifistas,
portadores de valores e interesses universais que
ultrapassam as fronteiras de classe, sexo, raça e idade,
sendo incorporados por uma parte da humanidade,
excluindo os agentes sociais que ocupam posições
dominantes do complexo militar-industrial-científico de
muitos países portadores de uma lógica predatória. A
maioria dos ecologistas é favorável ao desenvolvimento
ecologicamente equilibrado, utilizando com prudência,
2 Não entrando aqui no mérito da discussão sobre a precária qualidade de vida de muitas pessoas que necessitam deste tipo de geração
de renda.
59CAVALCANTE, A. L. B. L.; PRADO, R. R. / UNOPAR Cient., Ciênc. Exatas Tecnol., Londrina, v. 4, p. 57-63, nov. 2005
O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
porém, as tecnologias contemporâneas, rejeitando
somente as devastadoras e predatórias.
O consumo elevado do Primeiro mundo faz com que
estes tenham um comportamento menos ecológico dos
Segundo e Terceiro mundos. No Terceiro, é necessário
um processo de desenvolvimento ecologicamente auto-
sustentável e socialmente justo, utilizando tecnologias
apropriadas, que elevariam o nível de consumo material
das massas populares menos favorecidas, ao mesmo
tempo em que se racionalizaria o consumo das classes
médias e altas.
Na América Latina, o Brasil se destacou por iniciar os
movimentos ecológicos quase que paralelamente aos
do Primeiro Mundo na Europa, porém em menor escala.
Com o afrouxamento dos controles estatais sobre a
organização da sociedade civil, no governo do presidente
Ernesto Geisel, iniciaram-se os movimentos ecológicos
no Brasil, a saber:
– De 1974 a 1981: a fase Ambientalista, caracterizada
pela existência de dois movimentos paralelos
apolíticos: os movimentos de denúncia da degradação
ambiental nas cidades e nas comunidades rurais;
– De 1982 a 1986: a fase de Transição, caracterizada
pela função e politização dos movimentos de
denúncia dos ambientalistas;
– A partir de 1986: a fase Ecopolítica que tem o
objetivo de elaborar uma plataforma extensa e
precisa para a Constituinte.
Muitos eventos foram realizados até que a formação
do Partido Verde (PV carioca), com personalidades
como Fernando Gabeira, Carlos Minc e Litz Vieira, inicia
um processo de repercussão nacional de coligação com
o PT (Partido dos Trabalhadores) e o PSB (Partido
Socialista Brasileiro). O Município do Rio de Janeiro
torna-se o eixo do movimento ecológico brasileiro,
estendendo-se depois para Santa Catarina, conforme
Viola (1987). Atualmente, engloba todos os estados
brasileiros, ganhando força de partido político.
Devido à grande diversidade regional do Brasil, existe
uma complexidade nas relações dos movimentos
ecológicos, mesmo no sul e no sudeste do Brasil que
é o espaço inicial de atuação do movimento ecológico.
Considera-se que seis fatores explicam a emergência
e o desenvolvimento do movimento ecológico no Brasil até
1986: 1 - o caráter internacionalizado devido à degradação
sócio-ambiental foi processado nas quatro décadas
anteriores; 2 - o Brasil como um país ascendente do
Terceiro mundo, com forte internacionalização do seu
sistema produtivo e de comunicação; 3 - a intensidade de
degradação contrapartida do crescimento econômico;
4 - o caráter predatório da visão de mundo e das políticas
do regime autoritário; 5 - processo de transição democrática,
iniciado com a liberalização (a partir de 1974); 6 - e, a
democratização (a partir de 1982).
Percebe-se que a conscientização de uma sociedade
para a questão ecológica nasce da percepção do aumento
da degradação ambiental, sugerindo mudanças de
atitudes e costumes, ou seja, é uma construção sócio-
cultural, uma construção do saber. Essa mudança deve
atingir todos os níveis sociais e econômicos, e para
alcançar mudanças culturais significativas deve-se
trabalhar em mudanças sócio-econômicas e políticas,
embora se reconheça que os problemas sociais
brasileiros são inúmeros e de complexa resolução.
3.2 A Responsabilidade do Designer e o Meio
Ambiente
O designer é um profissional que atua na resolução
de problemas originados a partir de necessidades
humanas, sendo essas comunicacionais ou de uso,
de significativa variedade. Como apontado por Hori e
Santos (2002), a diversidade no design pode ser
categorizada por três áreas distintas: a industrial, a
artesanal e a experimental, onde se devem quebrar
paradigmas em relação à cultura material, partindo para
uma consciência ecológica baseada em conceitos da
Educação Ambiental, do Desenvolvimento Sustentável
e da Ecoeficiência e, ainda, do estudo e análise do
Ciclo de Vida do Produto. O processo criativo, inerente
à profissão, visa a otimizar qualidade, durabilidade,
aparência e custos referentes a cada produto, serviço,
ambiente ou informação, produzindo inovação de acordo
com as necessidades humanas e a qualidade de vida.
A adequação do Design aos questionamentos
ambientais contemporâneos, conforme Alcântara (2002),
se mostra óbvia. Sendo este profissional um dos
responsáveis pelo desenvolvimento de projetos, ele
atende e cria demandas de mercado a partir de tomadas
de decisão quanto à escolha de processos e materiais.
“É responsável pela determinação das características
que constituirão os produtos, [ou seja, das escolhas
tecnológicas], assim como pela elaboração de estratégias
de disponibilização de produtos no mercado” (ALCÂNTARA,
2002, p. 1). Percebe-se sua importância diante da
possibilidade de modificar parâmetros de consumo
atuais, voltando-se a um consumo sustentável.
Para um ensino de design de acordo com a consciência
ecológica, responsável em relação ao meio ambiente,
deve-se levar em consideração os conceitos básicos a
seguir, após uma breve premissa filosófica sobre
responsabilidade.
O termo responsabilidade, do latim responsus
(originário de respondere: responder) significa, “em ética,
a noção de que um indivíduo deve assumir seus atos,
reconhecendo-se como autor destes e aceitando suas
conseqüências, [...] positivas ou negativas”. (JAPIASSÚ;
MARCONDES, 1996, p. 325). Esta noção está,
rigorosamente, ligada à de liberdade, pois o indivíduo,
quando livre, possui plena consciência de seus atos. O
livre-arbítrio é a faculdade do indivíduo de determinar,
com base apenas na sua consciência, a sua própria
conduta. Este é um sentido ético que trata do direito
de escolha pelo indivíduo, independentemente de fatores
externos.
Tratando-se de responsabilizar o profissional de
design em relação às questões ambientais, porém,
torna-se inerente argumentar sobre o termo consciência.
Do latim conscientia:conhecimento de algo partilhado
com alguém se deve a percepção imediata mais ou
menos clara, pelo sujeito, daquilo que se passa nele
mesmo ou fora dele. (JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996,
p. 51).
60 CAVALCANTE, A. L. B. L.; PRADO, R. R. / UNOPAR Cient., Ciênc. Exatas Tecnol., Londrina, v. 4, p. 57-63, nov. 2005
O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
3.3 Conceitos para um Design Sustentável
O Ecodesign ou Design Sustentável trabalha com a
finalidade de diminuir o impacto ambiental causado pela
ação do ser humano no planeta. Conforme Fry (1999 apud
BARBOSA, 2002, p. 8-9), o papel do designer é trabalhar
continuamente para criar o desejo da sustentabilidade.
O Desenvolvimento Sustentável, de acordo com a
Comissão Brundtland, é aquele que atende às necessidades
do presente sem comprometer a possibilidade das
gerações futuras de atenderem às suas próprias
necessidades. Lemos (2001) considera este conceito
complexo, envolvendo as seguintes dimensões:
ambiental, econômica, cultural, tecnológica, social e
política. Exigindo mudanças profundas na forma de
pensar, agir, produzir e consumir; vontade política para
implementar as mudanças; e participação democrática
nas decisões que envolvem as mudanças necessárias,
abrange o esgotamento dos recursos naturais, os
limites da biosfera para assimilar resíduos e poluição e
as questões sociais. “O empresário deve se conscientizar
que o compromisso com o desenvolvimento sustentável
já não é apenas para a sua sobrevivência neste
contexto. Aqueles que o entendem assim já estarão
dando um passo à frente nesta nova competitividade”
(CASABIANCA, 1998, p. 40).
A Ecoeficiência é o conceito difundido para a
prestação de serviços com performance econômica e
ambientalmente corretas, segundo o Conselho Empresarial
Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. A proteção
ambiental deixa de ser um simples ideal tornando-se
uma necessidade real para a participação e permanência
no mercado. Para Larica (2003), Ecoeficiência é fruto
da percepção na qual a questão ambiental deve ser
compreendida como uma oportunidade para que as
organizações aumentem a produtividade e a rentabilidade,
por meio da redução dos impactos ambientais.
Uma expressão criada, em meados da década de
90 do século XX, é a Produção mais Limpa (PmaisL)2
que visa à eficiência das empresas e à competitividade
de seus produtos, melhorando a compatibilização dos
processos produtivos com os recursos naturais do
planeta, usando eficientemente a energia, a água e as
matérias-primas. Esta ação está sendo implantada no
Brasil, desde 1995, pelo Centro Nacional de Tecnologias
Limpas (CNTL) 3 , e foi estabelecido através de um projeto
de cooperação internacional entre UNIDO4 /UNEP e o
SENAI-RS. Este Projeto tem o objetivo de implantar e
disseminar o conceito de técnicas de produção mais
limpa no Brasil, visando a comprometer os empresários,
principalmente da indústria, com a minimização dos
resíduos industriais. O Consumo Sustentável deriva da
percepção de que, se todos consumissem tanto quanto
os cidadãos dos países ricos, logo os recursos naturais
se acabariam. A respeito da sustentabilidade no
consumo, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável
da ONU5 propõe o uso de serviços e produtos, que
respondam às necessidades básicas de toda a população
e proporcionem melhoria na qualidade de vida, reduzindo
ao mesmo tempo o uso dos recursos naturais e de
materiais tóxicos, a produção de lixo e as emissões de
poluição em todo ciclo de vida (de um produto), sem
comprometer as necessidades das futuras gerações.
Para o Coselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA-IBAMA) o impacto ambiental é qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de material ou energia resultante de atividades
(principalmente as explorações e transformações)
humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde,
a segurança e o bem estar da população, as atividades
sociais e econômicas, as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente e a qualidade (e a
permanência) dos recursos ambientais. (RESOLUÇÃO
CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986)6 .
A Ecologia Industrial, segundo Larica (2003, p.176-7):
é uma estratégia de reaproveitamento de sobras de
produção, que visa à criação de um Ciclo de Produção
Fechado, com a participação de várias empresas. A
idéia é diminuir e, se possível, eliminar o desperdício
de material e energia, utilizando o fluxo de material
descartado em uma empresa como fonte de matéria-
prima valiosa para outra empresa.
Considera-se o sistema produtivo um subsistema
da biosfera (litosfera, hidrosfera e atmosfera), isto é,
uma organização particular de fluxos de matéria, de
energia e informação. Neste sentido, são levados em
consideração dois conceitos-chave: o metabolismo
industrial que se fundamenta na conservação da matéria.
Estabelece que a quantidade de matéria que transita
na biosfera mantém-se constante, não desaparecendo
após o seu descarte apenas perdendo o seu valor
econômico; a desmaterialização da produção, que se
fundamenta na redução quantitativa da matéria, aumenta
a produtividade dos recursos. (ERKMAN, 1998 apud
GRIMBERG; BLAUTH, 1998).
A Educação Ambiental é o aprendizado para
compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas
ambientais na sua totalidade. Educação Ambiental é o
processo permanente no qual os indivíduos e a
comunidade tomam consciência do seu meio ambiente
e adquirem conhecimentos, valores, habilidades,
experiências e determinação que os tornem aptos a
agir e resolver problemas ambientais, presentes e
2 “Significa a aplicação de uma estratégia econômica, ambiental e técnica, integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a
eficiência de uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem dos resíduos gerados, com
benefícios ambientais e econômicos para os processos produtivos”. (disponível em <http://www.pmaisl.com.br/>, acessado em 22/
07/2005).
3 Disponível em <http://srvprod.sistemafiergs.org.br/portal/page/portal/sfiergs_senai_uos/senairs_uo697>, acesso em 23/07/2005.
4 United Nations Industrial Development Organization. Disponível em < http://www.unido.org/en/doc/11088>. Acesso em 24/07/2005.
5 “criada na Assembléia Geral da ONU em 1992, visando assegurar continuidade a Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente
e Desenvolvimento (Rio-92)”, disponível em <http://www.onu-brasil.org.br/busca.php#>, acesso em 21/07/2005).
6 Disponível em <http://www.lei.adv.br/001-86.htm>, acesso em 23/07/2005.
61CAVALCANTE, A. L. B. L.; PRADO, R. R. / UNOPAR Cient., Ciênc. Exatas Tecnol., Londrina, v. 4, p. 57-63, nov. 2005
O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
futuros. (DIAS, 2000) É um conceito de significante
propriedade no estabelecimento da consciência
ecológica para a responsabilidade.
Este conceito desperta a consciência para a questão
da perda do valor econômico ou de uso, o que é considerado
lixo. Oferece condições de aprender como funciona o
ambiente e adquirir a consciência do simples ato da
separação do lixo doméstico ou do reaproveitamento
de resíduos, fazendo com que um determinado material
retorne ao seu ciclo de produção, após ter sido utilizado e
descartado, para que novamente possa ser transformado
em um bem de consumo, economizando energia, preservando
recursos naturais e ainda gerando benefícios sociais,
como a geração de renda.
Devido à preocupação com a rápida escassez de
matérias-primas e o aumento do impacto ambiental,
ambos causados por avanços tecnológicos sem um
devido e criterioso estudo sobre a nocividade dessas
tecnologias no meio ambiente, surgiu a proposta de
um modelo que possa conciliar o desenvolvimento
tecnológico com a conservação ambiental. Surge uma
lacuna em relação à inexistência de uma “Rede de
Interação Ecológica” (CAVALCANTE et al., 2002) ou,
como já mencionado, o “Ciclo de Produção Fechado”
(LARICA, 2003, p. 176-7) entre empresas fabricantes,
que utilizam insumos e processos de produção, onde
conseqüentementeocorrem sobras, refugos e desperdícios
de matérias que, por sua vez, podem ser reutilizadas
por outras empresas ou organizações produtoras, sendo
produzidas, de acordo com Hori e Santos (2002),
artesanal, industrial ou experimentalmente.
4 Metodologia
Os modelos metodológicos adotados foram a análise
teórico-empírica (TACHIZAWA; MENDES, 1998) e a
pesquisa qualitativa social (DESLANDES et al, 1994). A
primeira abordagem gerou uma análise interpretativa de
dados primários e secundários, baseada em fundamentos
teóricos e metodológicos do Design, do Ecodesign, da
Educação Ambiental e do Desenvolvimento Sustentável.
Posteriormente a esta fase de leitura crítica e reflexão, a
metodologia foi então direcionada à atuação em campo
a partir de projetos de extensão e pesquisas qualitativas.
A pesquisa, após devidas adequações metodológicas,
obteve-se a seguinte formatação: em uma primeira etapa
foram realizadas a identificação e a delimitação do tema,
quando foram especificados os problemas, desenvolvidos
estudos exploratórios e formuladas as hipóteses.
Concomitantemente, foram levantados dados bibliográficos,
feitos compilações e fichamentos de textos, anteriormente
selecionados e organizados, com leitura crítica dos
documentos encontrados, verificando se estes respondem
ou se contrapõem às perguntas e hipóteses formuladas.
Na etapa seguinte, foi realizado o mapeamento de
instituições de ensino superior em Design no Brasil e
organizada uma listagem dessas instituições. Tais
procedimentos possibilitaram um planejamento para a
coleta de dados primários, tendo por objetivo saber
sobre a existência ou não de pesquisas e/ou ensino
sobre o tema Ecodesign ou Design Sustentável.
A etapa quatro foi a pesquisa de campo que, a partir de
formulário encaminhado, via internet, aos Departamentos
de cursos de Desenho Industrial das instituições de ensino
superior nacionais, e associações afins, obtiveram-se
informações a respeito da existência ou não de disciplinas
e/ou pesquisas sobre o Ecodesign e o que é abordado em seu
conteúdo programático. Tal formulário teve amostragem de
30 instituições de ensino em design brasileiras, significando
mais da metade, dentre as quais, apenas 03 utilizavam,
em 2003, os conceitos do Ecodesign na graduação.
Em relação às pesquisas científicas, o número foi
mais significativo, conforme verificação no Congresso
Brasileiro e Internacional de Pesquisa & Desenvolvimento
em Design, em Brasília, onde foram publicados 31 artigos
sobre a temática ambiental, em 2002, ao contrário do
Primeiro ano desse congresso, em 1994, quando foram
publicados apenas 04 artigos sobre o tema. Isso é um
dado relevante que remete o aumento da preocupação
com as questões ambientais pelo profissional designer.
Em 2004, registrou-se uma queda na produção de
artigos, quando apenas 17 foram publicados.
5 Discussão, Conclusão e Desdobramentos
Em se tratando da sustentabilidade e de conhecer
as bases filosóficas para o ensino em design de acordo
com uma atuação ecológica, pode-se dizer que os
conceitos de responsabilidade e consciência estão no
cerne da Educação Ambiental, ou seja, constituem a
essência para uma atuação profissional com ética social,
cultural e ambientalmente corretas, dentro do possível
atualmente, sem prejudicar as vidas futuras.
A estrutura da formação de um designer industrial,
de acordo com Desenvolvimento Sustentável, deve
prover plena capacitação para as escolhas tecnológicas
no desenvolvimento de um produto, que se originou de
uma necessidade real e não induzida pelo mercado,
vislumbrando o seu ciclo de vida e o consumo sustentável,
e permitindo uma educação continuada, atualizando-
se em relação a novas possibilidades tecnológicas.
A respeito das hipóteses formuladas a partir dos fatores
sociais, econômicos e culturais brasileiros, anteriormente
citadas, e que influenciam nos problemas ecológicos,
podemos discernir sobre a falta de incentivos à educação,
a miséria que assola mais da metade da população terrestre,
e, por ser o Brasil um País em Vias de Desenvolvimento
Industrial que recebe, desde o início de sua industrialização,
tecnologias não apropriadas a sua população e a sua
capacidade tecnológica. Evidencia-se, também, a má
distribuição de renda, em que, segundo pesquisa realizada
em 1999, pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT), a diferença entre os mais pobres e os mais ricos
no Brasil é na ordem de 74 para 1.
A base do problema reside nos seguintes fatores: (i)
falta de conhecimento sobre Educação Ambiental a
respeito dos danos que podem ser causados contra a
natureza a partir de atitudes insustentáveis; (ii) preconceitos,
como exemplo em relação ao reaproveitamento do lixo;
e (iii) aceitação de imposições de consumo de países
fortemente industrializados a partir do processo de
globalização e, onde se devem rever usos, costumes,
tradições e as necessidades ou não de inovações.
Como desdobramentos futuros estão sendo
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O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
desenvolvidas, concomitantemente, uma pesquisa e uma
extensão universitárias intituladas respectivamente:
“Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis”
e “Exploração e Aplicação de Resíduos Industriais - a
Prática do Desenvolvimento Sustentável na Comunidade”.
A metodologia utilizada é baseada na Pesquisa-Ação
(THIOLLENT, 1996), na qual os fundamentos teóricos e
metodológicos do design e do desenvolvimento sustentável
estão sendo adotados, tanto para desenvolver o manejo
de resíduos industriais, como também no desenvolvimento
de produtos sustentáveis. Nesta pesquisa-ação está
em processo de formatação o Modelo teórico desenvolvido:
“Rede de Interação Ecológica” (CAVALCANTE et al., 2002),
resultante da pesquisa anterior, para posterior implantação,
em um segmento do mercado na cidade de Londrina. Este
modelo visa a estudar e a aplicar o manejo de resíduos
sólidos que possam ser reaproveitados ou reciclados em
diversos segmentos de mercado. Diante da preocupação
existente em relação à rápida escassez de matérias-
primas, o aumento do impacto ambiental e a nocividade de
tecnologias no ambiente, surge a proposta de um modelo
econômico que possa conciliar o desenvolvimento
tecnológico com a conservação ambiental.
Por isso, a rede de interação entre organizações
que desenvolvem atividades produtoras na região é um
programa de interação para minimizar o impacto
ambiental e otimizar a qualidade ambiental e, em
conseqüência, a qualidade de vida.
Considera-se, portanto, que a sustentabilidade torna-
se uma atuação estratégica para a preservação
ambiental e, conseqüentemente, para a manutenção
da dignidade e da qualidade de vida, tanto da geração
atual como da futura.
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O designer e sua responsabilidade com o meio ambiente
Ana Luisa Boavista Lustosa Cavalcante*
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ). Docente / Pesquisadora, Curso de
Desenho Industrial, Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
e-mail: <ana.cavalcante@unopar.br>
Rejane Rossi Prado
Mestranda, Programa de Pós-graduação em Desenho Industrial
da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC/UNESP).
Especialista em Design de Móveis pela UNOPAR.
e-mail: <rrp_design@yahoo.com.br>
* Endereço para correspondência:
Rua Arapongas, 79 – Jardim Dom Bosco – CEP 86060-440 Londrina,
Paraná, Brasil.
Este artigo é uma síntese da pesquisa “Ecodesign - O Designer e
a Responsabilidade sobre os Produtos no Meio Ambiente”
realizada na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), com apoio
da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior
Particular (FUNADESP) e do Programa de Iniciação Científica da
UNOPAR. Agradecemos a UNOPAR; ao Prof. Hélio H. Suguimoto,
ao Curso de Desenho Industrial e aos discentes egressos do
Curso de Desenho Industrial da Unopar: Beatriz Correa Boock,
Catarina Carozzi Silveira, Vanessa Zerbetto Loni, Wanderley Moura
Junior, por tanto esmero e dedicação ao tema.

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