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AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE
Código Civil: artigos 1.028: se a sociedade for de pessoas, acontecerá a dissolução parcial. Se for de cotas, será total; 1.032 
Código de Processo: artigo 599 
966 § único – Cod Civil: não se considera sociedade empresária quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, etc.
Art. 997 VII – Cód Civil: a cláusula que exclui a responsabilidade do sócio nas perdas, e a considera para somente fins lucrativos, é chamada de CLAUSULA LEONINA, considerada NULA DE PLENO DIREITO.
Contrato Social: Artigo 1.026 c.c 1.030 § único – Código Civil: o credor do sócio pode fazer recair a execução sobre os lucros por ele percebidos na sociedade. (o que acarreta em dissolução parcial da sociedade)
CONSIDERAÇÕES 
Sob a rubrica da “Ação de Dissolução Parcial da Sociedade” o Código de Processo disciplina basicamente duas modalidades distintas de demanda (de jeitos para propor ação), quais sejam:
	Artigo 599 CPC, em seus incisos:
I. Ação Para Dissolução Parcial De Sociedade
II. Ação de Apuração de Haveres (expresso no art. 604)
I. Podem ser cumulativos? 
R: Atenção ao artigo 327 CPC (cumulação de pedido) + Art. 599. Nesse caso, é possível cumular ação de dissolução parcial de sociedade e ação de apuração de haveres (atenção aos artigos 604 e seguintes).
Anotação do professor: Podem sem cumuladas em um só processo ou podem ser propostas de forma autônoma – nem todas as regras expostas no artigo 599 CPC são aplicáveis indistintamente à uma e outra ação. Haverá norma que só tem cabimento em relação à Ação Para Apuração De Haveres (art. 604 CPC) 
II. As normas de Dissolução Parcial podem ser aplicadas à Dissolução Total?
R: Não se aplica o mesmo procedimento da Dissolução Parcial nos casos de Dissolução Total de Sociedade. Neste segundo, aplicar-se-á o procedimento comum. (Dissolução Total: nos casos de sociedade ltda por capital, que não é pessoal, que se perfaz pelo $, qualquer um com $$ pode integralizar no capital. 
III. Hipótese de Dissolução Parcial?
a) Exercício do Direito de Retirada: ocorre quando o sócio manifesta sua vontade de sair da sociedade (direito de recesso)
b) Exclusão de Sócio: a sociedade manifesta a intenção em não contar mais com a participação do sócio.
IV. Exclusão de Sócio
a) Extrajudicial: artigo 1.085 CC
b) Judicial: por meio da ação de dissolução parcial de sociedade
V. CONCLUSÃO
Duas questões são essenciais no processo de apuração de haveres do sócio que deixa a sociedade:
a) Forma de apuração do valor das quotas devidas
a.1) pode ser motivado: direito de recesso
a.2) pode ser imotivado
b) Momento em que se deve ter ocorrido a dissolução
CONSEQUÊNCIA
A consequência da dissolução parcial da sociedade é que o capital da empresa vai diminuir pois a sociedade deverá restituir as quotas que o socio excluído integralizou (pagou)
Não tenho a aula do dia 09/08. 
AULA DO DIA 15/08
Artigo 604 CPC: Procedimento na apuração de haveres
Observações acerca do artigo 599 CPC:
· Objeto da Dissolução Parcial de Sociedade
· Possibilidade de se cumular Ação de Dissolução de Sociedade com Ação de Apuração de Haveres (CPC, art. 599, III) 
· O procedimento serve para sociedades contratuais. Sejam estas empresárias (Ltda, em nome coletivo) ou simples (Civil, Cooperativa) [CC, art. 966 “caput” e p. único) 
	ANOTAÇÕES
Sociedade Contratual de Capital: em sua formação, prevalece o capital ($);
Sociedade Contratual de Pessoas: em sua formação, a preferência é pela pessoa.
Excepcionalmente admitido em S/A, desde que seja de capital fechado, como expresso o parágrafo 2º do art. 599, CPC:
O artigo 599 §2º CPC: A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a sociedade anônima de capital fechado, quando demonstrado, por acionista ou acionistas, que representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher seu fim.
SOCIEDADE ANÔNIMA (S/A)
Lei 6.404/1976 – Sociedade Estatutária (não contratual)
Capital Social de uma S/A é divido por ações
· Capital aberto: com ações na bolsa de valores, ou seja, qualquer um pode investir. 
· Capital fechado: não há oferta pública sobre suas ações. As ações de uma S/A fechada são negociadas com a própria S/A (comprar de sócios)
OBSERVAÇÃO
Outras pretensões não abrangidas por este procedimento não poderão ser cumuladas a ele enquanto procedimento especial (Cumulação de pedidos, artigo 327 CPC) 
Legitimidade:
Para propor a Ação de Dissolução Parcial de Sociedade: art. 600 CPC
Para propor Ação de Apuração de Haveres: art. 600 p. único.
ATENÇÃO
Se não houver pretensão resistida, a Dissolução Parcial de Sociedade poderá ser feita por meio extrajudicial e a alteração do contrato social (com a retirada do sócio) deverá ser registrado na Junta Comercial. 
CONTRATO SOCIAL
O contrato social estabelece a atividade (objeto) desenvolvida pela sociedade, sendo empresária ou simples. O contrato ainda vincula os sócios à sociedade, os sócios aos sócios e sócios à terceiros. 
O contrato social não é bilateral. 
ATENÇÃO:
Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido ou apresentar contestação.
Parágrafo único. A sociedade não será citada se todos os seus sócios o forem, mas ficará sujeita aos efeitos da decisão e à coisa julgada.
Significa dizer que a citação dos sócios terá legitimidade extraordinária (pleitear em nome próprio, direito alheio – direito da sociedade) – Art. 18 CPC 
AÇÃO MONITÓRIA
Art. 700 CPC
OBJETIVO.
Permitir ao credor com a prova exigida (documento escrito sem força executiva) o adimplemento de seu crédito mediante técnica processual diferenciada (especial)
CONSIDERAÇÕES
O procedimento especial monitório é uma alternativa ao credor
Art. 700 CPC. A ação monitória pode ser proposta por aquele que firmar, com base em prova escrita e sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz.
LEGITIMIDADE ATIVA: quem detiver o título executivo sem eficácia. 
Exemplo: cheque prescrito (Art. 59 da Lei nº 7357/85 cc. 206 §3º, III Cod. Civil – 6 meses)
Observações acerca do artigo 700 CPC:
· I, II, III: obrigações do objeto da ação
· § 2º: requisitos especiais da Petição Inicial, além do procedimento comum, bem como a prova que se refere o “caput”
· § 6º: é admitida ação monitória em face da Fazenda Publica (legitimidade passiva)
	ANOTAÇÃO
Não cabe Ação Monitória no Juizado Especial: artigo 3º, §2º Lei nº 9.099/95.
ESPÉCIE DE TUTELA DE EVIDÊNCIA NO PROCEDIMENTO ESPECIAL 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. 
ATENÇÃO
O autor pode optar pelo procedimento comum se desejar obtenção de um título executivo judicial
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
Se o autor entender que necessita de maior dilação probatória?
R: o autor deverá seguir-se pelo rito comum.
A ação monitória é uma opção para o autor, que pode preferir sujeitar-se ao rito comum se entender que é mais vantajoso.
Significa dizer que, como é uma opção do autor propor a ação monitória ou ação de conhecimento baseado num título de crédito sem eficácia, o juiz não poderá indeferir a petição do autor por via inadequada. 
Detém legitimidade ativa a pessoa que possui título escrito sem eficácia (sem força executiva), fundamento no art. 320 CPC. 
A ação monitória não é uma ação de execução
Artigo 259 Cod. Civil: litisconsórcio passivo, solidariedade (art. 264 e 265 CC) 
Artigo 260 II, Cod. Civil: “se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor/devedores se desobrigarão: (...) II: a um, dando este caução de ratificação dos outros credores”
O que é considerado prova escrita?R: Baseado no art. 887 CC combinado com 104 CC, prova escrita é aquela que não tem necessidade de demonstrar o fato constitutivo. Merece fé em relação a sua autenticidade e sua eficácia comprobatória.
COMPETÊNCIA 
Se não houver eleição de foro convencionado, é competente o foro onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento. (Art. 53 CPC, III, “d”) 
Quando é obrigação de fazer/não fazer, é possível que se aplique a regra geral fundada no artigo 46 CC “... foro de domicilio do réu”, se não atender às outras hipóteses.
PROCEDIMENTO
A ação monitória é espécie da ação de conhecimento e não de execução. Nos embargos monitórios, há uma ação de conhecimento estruturada em cima de um procedimento especial. 
Artigos 319 e 320, c.c 700 § 2º CPC: requisitos da petição inicial.
Artigo 700 §5º: é vedado a decisão surpresa, art. 9º CPC - em regra não se pode converter o procedimento, porém, no caso do §5º do art. 700, se a prova escrita for inidônea, o juiz intimará o autor para converter para o procedimento comum
VALOR DA CAUSA
Artigo 700 § 3º - deverá observar a importância prevista no §2º do mesmo diploma legal. 
MANDADO DE PAGAMENTO/ENTREGA DE COISA/FAZER OU NÃO FAZER
Artigo 701 CPC, o procedimento é especial porque o requerido será citado para pagar. 
Importante ressaltar que a citação será feita com base no rito comum que, em regra, será a postal. Existindo as outras possibilidades de citação como a citação por oficial de justiça, edital, hora certa e também a nomeação do curador especial, significa dizer que os embargos monitórios será feito então, por negativa geral (neste caso, haverá inversão do ônus da prova – o autor deverá comprovar que a assinatura é verdadeira) // Art. 247 (citação postal), 249 (citação por oficial de justiça), 256 (por hora certa), 72 (curador especial) e 341 (contestação por negativa geral)
COMPORTAMENTO DO RÉU
Art. 701 CPC:
 § 1º: devedor paga, então será isento do pagamento de custas processuais, se cumprir o mandado no prazo.
§ 2º: devedor não paga, constitui-se título executivo judicial. Deverá ser combinado com o art. 702 § 8º, o rito seguirá pelo cumprimento de sentença (art. 523 CPC)
§ 5º: deverá ser combinado com o art. 916 NCPC, que é possível parcelar o débito em até 6x 
Os conteúdos dos embargos monitórios serão os mesmos da contestação, podendo, inclusive, aplicar a reconvenção. 
AÇÃO DE FAMÍLIA
Art. 693 ao 699 CPC
AÇÃO DE FAMÍLIA: aquela na qual as partes lidam com questões vinculadas a relação de família ligadas as obrigações legais ou estipuladas pelas partes, decorrentes de seus vínculos. 
PROCEDIMENTO ESPECIAL
Expressão da especial proteção que o Estado proporciona a instituição da família
ESTATUTO DA FAMÍLIA
Em trâmite no Senado, sob o n. 470/13
	ATENÇÃO
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. 
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições deste Capítulo.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.
EM QUE CONSISTE O PROCEDIMENTO ESPECIAL?
R: Artigo 695, §§§ 1º, 2º e 3º 
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
§ 1º O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo.
§ 2º A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
§ 3º A citação será feita na pessoa do réu.
A DIVISÃO DA AUDIÊNCIA É PROVIDENCIA JÁ PERMITIDA
	Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.
	Art. 334 §2º. Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
Qual a diferença dos dois artigos?
R: No procedimento especial, não há prazo entre as audiências 
	Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento comum, observado o art. 335 .
	Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo
	Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.
Quando consensual: aplica-se o artigo 731 CPC “a homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão...”
EMBARGOS DE TERCEIRO
Art. 674 a 681 CPC
Regra
A atividade jurisdicional deve atingir as partes, numa execução apenas os bens do devedor estão sujeitos a penhora. Porém, o artigo 674 apresenta a exceção dessa regra, pois os bens do terceiro também podem ser atingidos. 
Em uma execução baseada em título extrajudicial, o avalista e o endossante não são considerados terceiros, mas sim, coobrigados. 
O patrimônio de terceiro estará sujeito a decisão judicial?
R: Sim, pois os bens de terceiro estão sujeitos à execução, conforme disposto no art. 790 CPC (estes não possuem legitimidade ativa para propor embargos de terceiro, porque no caso do 790 a constrição de tais bens já é expressa) 
CONCLUSÃO
No estudo em questão, terceiros são aqueles que não guardam relação com o processo, com a lide ou com as partes envolvidas.
Possui legitimidade para propor embargos de terceiros àqueles que não teriam legitimidade ad causam para atuar nos polos principais de um processo. 
EFEITO PRÁTICO
A lei lhes confere o Embargos de Terceiro, um instrumento próprio habilitando-os a mover uma ação “contra o processo” de onde provêm a decisão judicial (que penhorou o bem), liberando o bem. 
O cabível somente em face de execução?
R: Não, é admissível sempre em situações que haja constrição judicial de bens de terceiro. (art. 675 CPC)
O recurso cabível para decisão que denega os embargos de terceiro é apelação. Pois, por ter uma natureza de ação, a decisão que denega é uma sentença pois põe fim a cognição. (art. 676 CPC) 
EFEITO PRÁTICO
Os Embargos de Terceiro não é considerado incidente processual, mas sim, uma ação (art. 676 CPC). Ao passo que a impugnação ao cumprimento de sentença é um incidente no curso do processo. 
Finalidade dos Embargos de Terceiro:
Sempre que a posse/domínio for perdida por decisão judicial, caberá embargos de terceiro. Porque, a finalidade dos embargos é proteger a posse/domínio. (quem perde a propriedade, pode propor embargos de terceiro?) 
Qual é o objeto da discussão dos embargos de terceiro?
R: Posse ou propriedade atingida por ato judicial. 
Conclusão
Efeito Prático
Qual ato?
R: a penhora é o ato constritivo – art. 829, 837, etc.
CONSIDERAÇÕES
Constitui processo de conhecimento predominantemente mandamental (dispensa o cumprimento de sentença) já que suafinalidade é fazer cessar a eficácia de outro mandado judicial. 
	Quem é terceiro? Art. 674 §2º - LEGITIMIDADE ATIVA
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
	
	CABIMENTO PARA PROPOR EMBARGOS DE TERCEIROS
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro
O que é Constrição?
R: É o modo pelo qual o titular da coisa perde a faculdade de dispor livremente dela. É o meio pelo qual o titular é impedido de alienar a coisa ou onerá-la de qualquer outra forma. São exemplos de constrição judicial a penhora, o arresto, o sequestro, entre outros
Poderá propor embargos de terceiros para
1. discutir fraude contra credores?
R: Não é admissível ante a existência de ação própria (Ação Pauliana)
2. Fraude à execução?
R: Sim, admissível na hipótese do artigo 674 §2º, II, CPC cc. Art. 794, §4º “antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias”
Embora considerado terceiro, não pode defender seus interesses por meio de embargos de terceiro. 
Art. 109 §3º CPC. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes. 
§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao adquirente ou cessionário. 
O herdeiro da parte não poderá embargar de terceiro, pois é considerado substituto processual (CPC, art. 110)
ATENÇÃO: Art. 674, III “quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte” cc. Art. 135 “Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.”
POLO PASSIVO
A parte beneficiária da decisão judicial, embora o ato seja judicial, será réu nos embargos de terceiro. Ou seja, o autor da ação onde proferida a decisão pela constrição judicial. 
Se a apreensão de bens se der por iniciativa do requerido de algum processo?
R: art. 829 §2º cc. 677 §4º CPC 
Haverá litisconsórcio passivo necessário entre o autor e réu da demanda que originou a constrição judicial. 
PRAZO
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
QUESTÃO
E se o terceiro não tinha ciência do ato que gerava a arrematação/adjudicação ou a remição dos bens?
R: Jurisprudência entende que nesses casos o prazo passa a ser contado da data da efetiva turbação ou do esbulho (ciência concreta do ato de constrição judicial). Muito embora seja outra a data da arrematação. 
CONSIDERAÇÕES ART. 678
	Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.
Mais razoável é concluir que não ajuizada a medida dentro dos prazos do art. 675, perde-se o direito de postular a suspensão automática da ação principal, mas não a possibilidade de discutir a constrição ilegítima. 
EFEITO PRATICO.
Não priva a parte de requerer liminar provisória, não havendo liminar nos embargos de terceiro.
AÇÃO DE USUCAPIÃO
Art. 1071 CPC
Conceito: é fórmula originária de aquisição da propriedade, que se dá em razão da posse mansa e pacífica sob o bem por determinado lapso temporal. 
O que é forma originaria de aquisição?
R: Eventuais vícios existentes sobre a cadeia dominial anteriores à aquisição não se transmitem ao novo proprietário. 
Somente bens imóveis poderão ser usucapidos?
R: Não, os bens móveis também poderão ser objetos de usucapião. (CC, art. 1260 a 1262)
CC, artigo 1.379: autoriza a usucapião de servidões prediais.
FORMAS DE USUCAPIÃO
1. ORDINÁRIA: Código Civil, artigo 1.242, necessidade de comprovar justo título e boa-fé, somadas a posse mansa, pacífica e ininterrupta por 10 anos. 
2. EXTRAORDINÁRIA: Código Civil, artigo 1.248, não é necessário comprovação por justo título ou boa-fé, mas sim, comprovação de posse mansa, pacífica e ininterrupta por 15 anos.
OUTRAS MODALIDADES – LER PARA PROVA
a. Art. 33 da Lei nº 6.001/1973: usucapião indígena 
b. Art. 10 da Lei nº 10.257/2001: usucapião coletivo
c. Art. 183 Constituição Federal cc. Art. 1.240 Código Civil: usucapião urbano
d. Art. 191 Constituição Federal cc. Art. 1.239 Código Civil: usucapião rural 
CONSIDERAÇÕES
Cada uma dessas formas de usucapião regula-se por requisitos próprios. É o que vai determinar o tipo de pedido. Porque, embora eles possuam requisitos próprios, o procedimento é o mesmo. 
QUESTÃO
Todos os bens são suscetíveis de usucapião?
R: Não, os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (CC, art. 102) | Os imóveis públicos também não serão usucapidos (CF, 191 p. único, 183 §3º). | comunidades indígenas também não serão usucapidos. 
REQUISITOS – pressuposto essencial – causa de pedir.
Declaração do reconhecimento do domínio, através da posse. 
1. A idoneidade do bem a sujeitar-se à usucapião. O bem desejado precisa estar sujeito a essa forma de aquisição de propriedade (contrario sensu: provar que o bem não é público, nem pertence a comunidades indígenas)
2. Posse mansa, pacífica e contínua. Àquela exercida sem que haja contestação ou oposição, seja pelo proprietário, seja por terceiros. Faz presumir que ele seja o titular do bem. 
a) Contrario Sensu: Não se admite precariedade ou violência na posse que se pretende utilizar para usucapião. | se houver violência ou precariedade, a ação utilizada será possessória. | se houver possibilidade de usucapião extraordinária (+15 anos), não importa se houver precariedade ou violência na posse. 
3. Exercício da posse por determinado lapso temporal, conforme a modalidade de usucapião
PRESSUPOSTO ACIDENTAIS 
1. Justo Título: necessário para usucapião ordinária (+10 anos)
2. Boa-fé: necessário para usucapião ordinária (+10 anos)
PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS
Usucapião Urbano: art. 1240 CC (área máxima de 250m², não conter outro imóvel registrado, usar para moradia) 
Usucapião Rural: art. 1.239 CC
CONSIDERAÇÕES – AÇÃO DE USUCAPIÃO
O CPC/15 pode ser postulada a usucapião por duas formas distintas: 
A natureza destes procedimentos é meramente declaratória.
a. Usucapião Extrajudicial:
Lei de Registros Públicos nº 6.015/1973 
Art. 216-A cc. 1.071 CPC 
§ 9º: a rejeição do pedido administrativo, não impede o ajuizamento da ação por via judicial. 
Art. 1241 CC: em relação a usucapião comum (ordinária ou extraordinária), sequer é necessário que o interessado demonstre a posse atual no bem, bastando que comprove os requisitos | este artigo possibilita a soma das posses dos antecessores. 
CONCLUSÃO
Não é pelo procedimento da usucapião que o interessado adquire a propriedade do bem em questão, a demanda se limita a certificar a anterior aquisição da propriedade – que se deu a partir do momento em que foram reunidos os requisitos. 
Sumula 237 STF: a usucapião pode ser arguida em defesa.
Quem estána posse, pode discutir eventual ação possessória. 
Quem não pode atuar numa ação possessória? O mero detentor da posse.
NP2
AÇÃO POSSESSÓRIA
PRINCIPAL REGRA – art. 554 CPC
Fungibilidade (irá afastar o indeferimento da petição inicial) 
A fungibilidade está no art. 554 CPC e é pertinente nas ações possessórias, não existindo fungibilidade se a ação for postulatória e o autor propor uma ação reivindicatória. 
A fungibilidade só será admitida nas ações possessórias. 
OBJETO: pedido, onde há o princípio da fungibilidade.
	AÇÃO REIVINDICATÓRIA discute-se domínio.
AÇÃO POSSESSÓRIA, por óbvio, discute-se posse.
FORMAS DE PROTEÇÃO DA POSSE (pedido)
ARTIGO 560 CPC
a) Reintegração: para quando houver a perda da posse (esbulho) – art. 1224 CC
b) Manutenção: para quando houver a posse turbada, incomodada (turbação)
ARTIGO 567 CPC 
c) Interdito Proibitório: é conferido àquele que, temendo o esbulho ou a turbação de forma iminente. 
Para postular o interdito proibitório, o autor deve provar a probabilidade da iminente agressão à posse (deverá provar que existe justo receio)
DISTINÇÃO ENTRE REINTEGRAÇÃO E MANUTENÇÃO 
Ambas possuem íntima relação, mas se distinguem no grau de agressão/violência que a posse sofreu. Para postular a ação de reintegração na posse é necessário que tenha havido o esbulho (perda da posse) – art. 1224 CC.
No caso da manutenção, há apenas um incômodo, ameaça à posse, uma turbação. 
· QUANDO HÁ A PERDA DA POSSE?
R: art. 1224 CC, faz parte da causa de pedir.
Art. 1224 CC. Só se considera a perdida a posse para quem não presenciou o esbulho.
Atos Clandestinos, são praticados na ausência do possuidor. E não são suficientes para perda da posse. 
Atenção ao art. 1210 §1º: Desforço Possessório ou Autotutela, pois permite que o possuidor proteja sua posse. 
ATENÇÃO
· o mero detentor não tem legitimidade para propor qualquer ação possessória (fâmulo da posse) 
Exemplo: caseiro. 
· O detentor da posse indireta tem legitimidade para propor ação possessória
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS 
Artigo 555 CPC
O autor pode cumular ao pedido possessório
I. Condenação em perdas e danos
II. Indenização aos frutos 
	POSSIBILITA O JULGAMENTO PARCIAL DO MÉRITO.
Trata-se de pedido cumulativo e não, de pedido alternativo.
AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE
É ação daquele que possui direito à posse contra aquele que tem obrigação de transferi-la. 
Natureza: ação possessória 
Exemplo: contrato de alienação fiduciária
CONSIDERAÇÕES: 
A ação de imissão na posse tem por finalidade objetivar o direito à posse (regra: advinda de contrato) 
DIFERENÇAS ENTRE AÇÃO REIVINDICATÓRIA E IMISSÃO NA POSSE
I. Quem detém a legitimidade ativa para propor Ação Reivindicatória é tão somente o proprietário (quem detém o domínio)
II. A legitimidade ativa da ação de imissão na posse não é somente do adquirente, mas todo aquele que possuir documento em que o alienante lhe outorgou o direito de se imitir na posse
III. A ação de imissão na posse é de cognição parcial (permite que o requerido se defenda alegando vício do documento que conferiu o direito de posse – contestação limitada quando ao direito material, mas é ilimitada quanto aos vícios processuais)
IV. A ação reivindicatória é de cognição plena (não existe qualquer restrição às alegações de defesa)
	OUTRO MECANISMO
IMISSÃO NA POSSE: quando não há posse de fato, mas de direito. Não está dentro do procedimento especial. 
Exemplo: Pedro comprou uma casa através de um leilão online, porém, não conseguiu exercer a posse do imóvel pois há terceiro residindo no imóvel. 
A imissão na posse é utilizada para quando o autor precisar deter a POSSE pela primeira vez, no caso supramencionado, Pedro nunca deteve a posse do imóvel adquirido. 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO
Direito Material
a) Objeto: o depósito judicial ou extrajudicial da coisa devida, tendo a mesma força liberatória do pagamento (ou efeito liberatório)
Efeito Prático
Sempre que estiver diante da mora do credor em aceitar o cumprimento da obrigação (mora accipiendi) ou então quando for impossível o pagamento, por motivos não imputáveis ao devedor, poderá exonerar-se pela consignação. 
Consignação é igual a Pagamento?
R: São diferentes. O pagamento transfere a propriedade a coisa que se paga ao devedor – esse efeito não existe na consignação. Na consignação ocorre o efeito liberatório sem transferência ao credor do bem depositado. 
Conclusão
A função da consignação é permitir ao devedor liberar-se da obrigação evitando responder pelos juros, riscos e desonerar-se da prestação. 
Atenção
A aceitação do credor não é elemento necessário para a existência do direito à consignação
· Art. 304 Código Civil
Conclusão
Dispensa-se a demonstração de interesse especial 
· Art. 305 e 306 Código Civil
HIPÓTESES PARA CONSIGNAÇÃO
Art. 335 Código Civil
I. Dívida Portável
II. Dívida Quesível
TUTELA JURISDICIONAL DA CONSIGNAÇÃO
Regra
O direito não prevê a rigor uma única forma de proteção jurisdicional
· Art. 539 a 549 CPC
· Lei 8.245/91, artigo 67
· Art. 164 CTN 
Legitimidade
Art. 574 CPC cc art. 335, IV, CC.
a) Legitimidade ativa: devedor
b) Legitimidade passiva: credor
Competência
Art. 540 CPC, derroga a competência a parte geral do CPC no art. 46. 
Conclusão
A competência variará a princípio, conforme se trate de:
a) dívida quesível: domicílio do devedor.
b) Dívida portável: foro de domicílio do credor
· Se tratar de bem imóvel, aplicar-se-á o disposto no art. 328 CC
· Hipótese do inciso III, do artigo 335 CC: no caso de foro inacessível, a competência poderá ser livremente escolhida pelo devedor (art. 339 CC)
Considerações
Trata-se de competência territorial e, portanto, relativa. Ao contrário do que pode sugerir a redação do art. 540 CPC 
LOCAÇÕES 
Lei nº. 8245/1991
Motivo da extinção do contrato de locação?
I. Infração contratual, inadimplência;
II. Término do prazo do contrato;
III. Necessidade de recuperar o imóvel para uso próprio (prevalece o direito de propriedade)
O pacto locativo pode ser por escrito ou verbal. Se verbal, será por tempo indeterminado.
Questão 1. Caso o inquilino não deixe o imóvel?
Solução: ação de despejo. 
Como que se faz a desconstituição judicial da locação?
Resposta: através da Ação de Despejo (art. 5º da mencionada lei) 
CONCLUSÃO.
A função da ação de despejo é dupla:
i. rescinde o contrato de locação; e, ao mesmo tempo,
ii. retoma o objeto da locação.
Questão 2. É possível o ajuizamento da medida mesmo que abandonado o imóvel? | A ação de despejo perde seu objeto, caso o inquilino abandone o imóvel?
Resposta: É possível o ajuizamento da ação de despejo mesmo que abandonado o imóvel. E a ação de despejo não perde seu objeto porque a finalidade da ação de despejo é dupla, uma delas é o desfazimento da relação locativa.
ATENÇÃO. 
Art. 1º da referida lei. 
Nem todo tipo de locação está dentro desta lei. 
ESPÉCIES DE CONTRATO
1. RESIDENCIAL
I. Modalidades:
 a) Prazo indeterminado, igual ou mais de 30 meses.
 b) Prazo determinado, igual ou inferior a 30 meses.
 c) Prazo indeterminado.
CONSIDERAÇÕES
As locações por prazo indeterminado inferior a 30 meses, impõe a prorrogação compulsória do contrato nos casos do art. 9º, 47. (Pode ser fundamento para rescisão do contrato de trabalho)
Art. 47, V. permite uma modalidade de rescisão contratual que chamamos de denúncia vazia (não precisa de motivação)
· A ação renovatória (não residencial | art. 51) nao permite denuncia vazia. 
· Atenção ao art. 52 §3º (indenização dos prejuízos, lucros cessantes da mudança de ponto comercial - o proprietário exerce o direito de propriedade, porém, indeniza o locatário por fazê-lo perder o ponto)
· Art. 59 §1º, III
· Art. 58 I cc. 220 CPC: nao tem férias em 1o grau de jurisdição, e sim, recesso. 
Competência: art. 58, II 
Atenção ao artigo 3º, III da Lei n. 9.099/95: A ação de despejo só poderá ser proposta no Juizado Especial Civil se for para uso próprio. 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
LEGITIMIDADE
art. 60 III
art. 9º, IV
art. 47, IV
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
art. 59, §2º
LIMINAR
art. 59, §1º
RESPOSTADO RÉU
art. 47, III
art. 52
art. 58, V
2. NÃO RESIDENCIAL
a) Art. 51: ação renovatória | o contrato tem que ser escrito. 
Se a locação não for residencial, ela é empresarial (art. 51 da lei 8245/91 + 966 + 1142 CC)
AÇÃO DISCRIMINATÓRIA
A ação discriminatória é ação específica designada pela lei para separar e titular (dar o título) terras públicas, chamadas de devoluto, do patrimônio imóvel particular. 
TERRA DEVOLUTA.
São aquelas que não estão destinadas a qualquer uso público, nem incorporadas ao domínio privado, estão desvinculadas de qualquer finalidade pública (dominicais). 
Efeito Prático.
a) incluir essas terras como disponíveis do Estado. 
Conclusão.
As terras devolutas são áreas públicas por previsão constitucional. A discriminação das terras devolutas não é evidente, nem pronta a sua identificação (de áreas), sendo necessário um procedimento legal para o referido fim. 
Competência: Justiça Federal
Art. 109 CF
Cabimento: 
Parâmetro.
Artigos 574 a 587 CPC (ação demarcatória - discutir os limites da propriedade)
RITO.
O mesmo da ação demarcatória. 
DISCIPLINA JURÍDICA
Lei n. 6383/76
OPOSIÇÃO: art. 682 CPC, no Código de Processo Civil de 1973 era considerada intervenção de terceiro. Agora, no NCPC, ela é considerada Ação Autônoma dentro do procedimento especial.
DIFERENÇA ENTRE OPOSIÇÃO E EMBARGOS DE TERCEIRO
Para haver embargos de terceiro, pressupõe existência de constrição de bem. Enquanto, na oposição pressupõe que o bem é objeto de (qualquer) litígio. 
Requisitos: 319 e 320 CPC
· Atribuição por dependência, juiz da oposição é o juiz provento. 
· Citação dos advogados, no prazo de 15 dias. 
· O Opoente é o autor da ação de oposição. 
· Os opostos são autores/réu da ação principal, que o bem está sendo objeto de litigio. 
· Existe conexão. Art. 685 parágrafo único: suspensão da ação principal?
· Art. 682, até ser proferida a sentença. 
Depois de proferida a sentença, não cabe oposição. Poderá propor ação reivindicatória, petitória, ação de reparação de dano. 
INVENTÁRIO, ARROLAMENTO E PARTILHA
Considerações
Com o falecimento da pessoa natural, opera-se a imediata transferência de seu patrimônio aos seus herdeiros. (art. 1.784 CC)
Regra: o patrimônio não fica acéfalo, sem dono.
EFEITO PRÁTICO DO ART. 1784 CÓDIGO CIVIL.
Princípio da Saisine é considerada sucessão imediata, não se pode conceder patrimônio sem titular.
ATENÇÃO
É necessário que se atribua a cada um dos sucessores sua parcela da herança.
· Enquanto não for determinado o quinhão de cada sucessor?
Respostas:
a) Direito Civil: Todos os sucessores são considerados coproprietários de todos os bens, são co-titulares. Há condomínio (há uma parte indivisível. Todos detêm legitimidade extraordinária – postular em nome próprio, direito alheio. – Art. 18 CPC)
Atenção: art. 156 §1º CP – furto de coisa comum: ação penal pública condicionada a representação (condição de procedibilidade)
· Se o autor/réu falece, o que acontece com o processo?
Resposta: Suspende o processo para haver a substituição processual (Art. 313 c/c art. 110 CPC). Só haverá sucessão processual se o direito for disponível, se não, o processo é extinto sem resolução de mérito. | exceção: ações personalíssimas. 
Inventário
O inventário é um procedimento que tem por finalidade determinar a totalidade dos bens e direitos pertencentes ao falecido, saldar eventuais dívidas por ele deixados e, por fim, partilhar o patrimônio entre os herdeiros. 
Se houver dívidas, o herdeiro responde até a força da herança.
Processo
a) Judicial: em regra, quando houver incapaz. (CPC, art. 610)
b) Extrajudicial: 
CONCLUSÃO - REGRA
Indispensável para que se possa determinar o destino do patrimônio da pessoa física.
A herança de pessoa viva não pode ser objeto de contrato
EXCEÇÃO
Pode haver transmissão de patrimônio do “de cujus” para sucessores sem a necessidade de inventário?
R. Pode! Valores devidos por empregadores e os depositados em conta de FGTS/PIS não recebidos em vida, devem ser pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a previdência social. (levantar-se-á por alvará judicial)
INVENTÁRIO NEGATIVO
Não tem previsão legal, mas é admitido em doutrina e jurisprudência. Tem por objetivo demonstrar que o falecido não deixou bens a inventariar. 
EFEITO PRÁTICO
Art. 1523, I CPC, serve para evitar confusão patrimonial. Irá interferir no regime de casamento. 
MEDIDA DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
Justificativa: admite plena controvérsia sobre os bens a serem partilhados, sobre a forma de partilha em si
Conclusão: O litígio existe no inventário, mas não é essencial, pois os interessados podem estar de acordo. 
Atenção ao artigo 611 CPC: “o processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 meses a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento deste”
Justificativa: Necessidade rápida de individualização dos bens – permitir a pronta satisfação dos interesses da Fazenda Pública no recebimento do ITCMD
Passado o prazo: ficaram os interessados sujeitos a multa no valor do ITCMD
ATENÇÃO
a) Art. 622 II, CPC
b) Art. 612, CPC: o inventário tem o contraditório limitado.
· Prova documental: aquela que permite ao juiz o conhecimento direto e imediato do fato, independentemente da intermediação de alguém (é diferente de prova documentada)
· Prova documentada: prova que precisa ser feita/produzida; será apreciada em autos apartados (exemplo: paternidade)
· ARTIGOS PARA ESTUDO
CPC, 627,§3º; 628,§2º; 641,§2º.
 
CONSIDERAÇÕES
O processo de inventário possui consignação limitada no campo da prova
· Artigo 48 CPC “o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário (...) ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”
· Artigo 46,§§2º e 3º CPC c/c art. 65 CPC
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou real (...) será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu”
§2º: sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor”
§3º: “quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicilio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, será em qualquer foro”
Art. 65. “Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação’
· Artigo 615 CPC: legitimidade ativa
· Artigo 616, VI: possibilita a penhora no rosto dos autos 
Questão. O legitimado concorrente responde pela multa por inobservância do prazo do artigo 611?
Resposta: Não, pois a multa é de responsabilidade exclusiva daquele que está na posse e administração dos bens. 
Artigo 613 e 614 CPC c/c 1979 CC: administrador provisório
Artigos 617 e 618 CPC: inventariante – definitivo. 
Artigos 618, I e 75, §1º CPC: quando o inventariante for dativo (não é herdeiro).
1. INVENTARIANTE
a. ADM DEFINITIVO
i. Espécies
1. Legítimo: quem estiver na posse/administração dos bens. (art. 615 c/c 617
2. Dativo: art. 618 c/c 75 § 1º (§4º)
b. ADM PROVISÓRIO
i. CPC, Artigos 613; 614 (responsabilidade subjetiva); 1797, IV (Cod. Civil)
ATENÇÃO
Artigo 622, CPC “O inventariante será removido de ofício ou a requerimento”
· Cumulação da ação?
Não tem como cumular porque o procedimento de inventário é procedimento especial (art. 327, III CPC)
· Regra absoluta?
Não, excepcionalmente posso cumular para a partilha de herança de pessoas diversas quando houver as hipóteses previstas no art. 672 CPC
PROCEDIMENTO INVENTÁRIO
Art. 615 (legitimado originário), 616 e 617.
Os entes despersonalizados (espólio, art. 75 VII CPC) só podem praticar
 os atos essenciais a sua sobrevivência

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