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Profa. Dra. Adriana Taveira UNIDADE II Epidemiologia Auxiliar na possível confirmação diagnóstica sugerida, por exemplo, por características demográficas e sintomas do paciente. Envolve usualmente investigações de laboratório (microbiológicas, bioquímicas, fisiológicas ou anatômicas). Desempenho de teste diagnóstico → Depende da ausência de desvios da verdade (ausência de viés) e da precisão (o mesmo teste aplicado ao mesmo paciente ou amostra deve produzir os mesmos resultados). Testes diagnósticos Reprodutibilidade → capacidade do teste em produzir resultados repetidos e consistentes. Validade → capacidade do teste em produzir resultado real daquilo que está sendo medido. Dimensão de avaliação de testes diagnósticos Fonte: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s &source=web&cd=13&cad=rja&uact=8&ved=2ahU KEwilprL37YXnAhUsH7kGHehcDSIQFjAMegQICh AC&url=https%3A%2F%2Fmoodle.ufsc.br%2Fmod %2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D432324&usg =AOvVaw21sp6ScNEXruxwiszjAXnI Alta Reprodutibilidade Baixa Alta Baixa Validade Valores obtidos Valores obtidos Verdadeiro valor Valores obtidos Valores obtidos Verdadeiro valor Verdadeiro valor Verdadeiro valor Adaptado de: BEAGLEHOLE et al. 1993. Refere-se a quanto, em termos quantitativos ou qualitativos, um teste é útil para diagnosticar um evento ou predizê-lo. Para determinar a validade, compara-se os resultados do teste com os de um padrão (padrão-ouro). O teste diagnóstico ideal → indicaria sempre resultado positivo nos indivíduos com a doença e um resultado negativo nos indivíduos sem a doença. Valor de um teste de diagnóstico Testes com resultados dicotômicos, isto é, resultados expressos em duas categorias: positivos ou negativos. Resultado → teste é considerado positivo (anormal) ou negativo (normal), e a doença presente ou ausente. Quatro interpretações possíveis para o resultado do teste: duas em que o teste está correto e duas em que está incorreto: Resultados verdadeiros positivos. Resultados verdadeiros negativos. Resultado falso positivo (ausência da doença). Resultado falso negativo (presença de doença). Valor de um teste de diagnóstico Os melhores testes diagnósticos são aqueles com poucos resultados falso-positivos e falso- negativos. Valor de um teste de diagnóstico Fonte: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&s ource=web&cd=13&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwil prL37YXnAhUsH7kGHehcDSIQFjAMegQIChAC&url= https%3A%2F%2Fmoodle.ufsc.br%2Fmod%2Fresour ce%2Fview.php%3Fid%3D432324&usg=AOvVaw21s p6ScNEXruxwiszjAXnI positivo É a capacidade que o teste diagnóstico/triagem apresenta de detectar os indivíduos verdadeiramente positivos, ou seja, de diagnosticar corretamente os doentes. sensibilidade = a/(a+c) Sensibilidade Fonte:https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=& esrc=s&source=web&cd=13&cad=rja&uact=8&ved =2ahUKEwilprL37YXnAhUsH7kGHehcDSIQFjAMe gQIChAC&url=https%3A%2F%2Fmoodle.ufsc.br% 2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D4323 24&usg=AOvVaw21sp6ScNEXruxwiszjAXnI positivo É a capacidade que o teste diagnóstico/triagem tem de detectar os verdadeiros negativos, isto é, de diagnosticar corretamente os indivíduos sadios. Especificidade: d/(b+d) Especificidade Fonte:https://www.google.com/url?sa=t&rct=j& q=&esrc=s&source=web&cd=13&cad=rja&uac t=8&ved=2ahUKEwilprL37YXnAhUsH7kGHeh cDSIQFjAMegQIChAC&url=https%3A%2F%2 Fmoodle.ufsc.br%2Fmod%2Fresource%2Fvie w.php%3Fid%3D432324&usg=AOvVaw21sp6 ScNEXruxwiszjAXnI positivo Sensibilidade Especificidade Conceito Identifica os doentes Identifica os saudáveis Fórmula Verdadeiro positivo/doente Verdadeiro negativo/saudáveis Pode ocasionar Falso positivo Falso negativo É adequado para Triagem Confirmação Melhor resultado Negativo Positivo Sensibilidade e especificidade Extensão com que o teste pode predizer a ocorrência da doença / infecção. Dado que o teste apresentou resultado positivo (ou negativo), qual a probabilidade do indivíduo ser realmente doente (ou sadio)? Valor Preditivo (VP) podendo ser positivo (VPP) ou negativo (VPN). Interação de três variáveis: a sensibilidade e a especificidade do teste e a prevalência da doença no grupo de estudo. Valor preditivo do teste Proporção de doentes entre os positivos pelo teste. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença. Ex.: Um teste de diagnóstico cujo VPP estava sendo avaliado foi positivo para 30 pacientes, sendo que 18 destes estavam verdadeiramente doentes. Assim temos 18/30 = 60% Valor preditivo positivo Fonte:https://www.google.com/ url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&so urce=web&cd=13&cad=rja&ua ct=8&ved=2ahUKEwilprL37YX nAhUsH7kGHehcDSIQFjAMeg QIChAC&url=https%3A%2F%2 Fmoodle.ufsc.br%2Fmod%2Fr esource%2Fview.php%3Fid%3 D432324&usg=AOvVaw21sp6 ScNEXruxwiszjAXnI positivo VPP = a / (a + b) É a proporção de sadios (sem a doença) entre os negativos ao teste. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo não ter a doença. Ex.: Um teste de diagnóstico cujo VPN estava sendo avaliado foi negativo para 90 pacientes, sendo que 88 destes estavam verdadeiramente sadios. 88/90 = 98% Valor preditivo negativo Fonte:https://www.google.com /url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&s ource=web&cd=13&cad=rja& uact=8&ved=2ahUKEwilprL37 YXnAhUsH7kGHehcDSIQFjA MegQIChAC&url=https%3A% 2F%2Fmoodle.ufsc.br%2Fmo d%2Fresource%2Fview.php% 3Fid%3D432324&usg=AOvVa w21sp6ScNEXruxwiszjAXnI positivo VPN = d / (c + d) Enquanto a sensibilidade e especificidade de um teste são propriedades inerentes ao teste e não variam a não ser por erro técnico, os VPs dependem da prevalência da doença na população de estudo. Para um mesmo teste, quanto maior a prevalência, maior o VPP e menor o VPN. Valor preditivo A prevalência de uma doença é 40%. Um teste de sensibilidade de 75% e especificidade de 67%. VPP e VPN são: a) 60%; 80%. b) 99%; 65%. c) 75%; 67%. d) 17%; 80%. e) 30%; 40%. Interatividade A prevalência de uma doença é 40%. Um teste de sensibilidade de 75% e especificidade de 67%. VPP e VPN são: a) 60%; 80%. b) 99%; 65%. c) 75%; 67%. d) 17%; 80%. e) 30%; 40%. Resposta Presente Ausente Positivo 75% x 40 = 30 33% x 60 = 19,8 Negativo 25% x 40 = 10 67% x 60 = 40,2 Total 40% 60% positivo VPP = a/a+b VPP = 30/49,8 = 60% VPN = d/c+d VPN = 40,2/50,2 = 80% Fonte:https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&sourc e=web&cd=13&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwilprL37YXnAhU sH7kGHehcDSIQFjAMegQIChAC&url=https%3A%2F%2Fmoodl e.ufsc.br%2Fmod%2Fresource%2Fview.php%3Fid%3D432324 &usg=AOvVaw21sp6ScNEXruxwiszjAXnI Descrição da doença segundo pessoa-tempo-lugar. A doença não se distribui aleatoriamente. A distribuição desigual é produto da ação de determinantes. Epidemiologia descritiva Gênero Etnia Classe social Posição socioeconômica Idade Migração Comportamento Estilo de vida Quem adoeceu? Fonte: GORDIS, Leon, 1934. 400 300 200 100 0 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Year Men Women Total Distribuição espacial: pistas para a etiologia da doença Baixa cobertura vacinal Precariedade no saneamento básico Mananciais contaminados por MO Rede básica de saúde Onde a doença ocorreu? Fonte: GORDIS, Leon, 1934. 1.01-10.00 10.01-100.00 ≥100.01 A ocorrência das doenças varia no tempo: Distribuição: Horária: surtos/epidemias com foco comum (infecções alimentares) Diária: doenças infecciosas agudas de alta transmissibilidade Mensal: sazonalidade (temperatura e pluviosidade) Anual: noção de tendências de curvas Quando a doença ocorreu? Fonte: GORDIS, Leon, 1934. 1.2 1.1 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Year (Month) Padrão temporal da doença → períodos demaior risco. Previsões da manifestação da doença no futuro. Aplicação de medidas preventivas e curativas. Avaliação da efetividade dos métodos de intervenção. Análise da frequência da distribuição de uma doença ao longo do tempo Variações Regulares Tendência secular Variação cíclica Variação sazonal Variações Irregulares Epidemias, surtos Tendência secular Fonte: SIM/SVS/MS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def). Taxa de mortalidade por diarreias. Brasil e macrorregiões Sul e Nordeste. 1980 – 2011 300 250 200 150 100 50 0 M o rt a li d a d e p o r d ia rr e ia p /1 0 0 .0 0 0 h a b it a n te s Flutuações na incidência de uma doença ocorridas em um período maior que um ano. Variação cíclica 2500 3000 2000 1000 500 0 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 C A S O S Rubéola: Casos confirmados e coeficientes de incidência (por 100.000 hab.), Estado de São Paulo 1992 a 2009 1500 8,00 CASOS COEF. C O E F . ANO Variações na incidência coincidem com as estações do ano. Variação sazonal Número de amostras positivas para o vírus influenza segundo subtipo. Hemisfério Sul, SE 12/2015 a SE 10/2016 1200 1000 800 600 400 200 0 2015 B (Lineage not determined) B (Victonia lineage) B (Yamagata lineage) A (Not subtyped) A (H3) A (H1N1)pdm09 A (H1) A (H5) 2016 Variações inusitadas na incidência de doenças, diferente do esperado. Exemplo típico de uma variação irregular é a epidemia. Variações irregulares Fonte: MEDRONHO, Roberto et al. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Endemia Habitual presença de uma doença em uma determinada área geográfica. Independe da frequência (pode ser alta ou baixa). Sistema de vigilância epidemiológica – detectar o nível endêmico. Fonte: GORDIS, Leon, 1934. “Endemic” Time N o . O f c a s e s o f a d is e a s e Epidemia Epidemia – aumento de ocorrência da doença, acima do padrão esperado em uma comunidade ou em um grupo de pessoas. Não apresenta obrigatoriamente um grande número de casos, mas o excesso de casos quando comparado à frequência habitual de uma doença em uma localidade. Fonte: GORDIS, Leon, 1934. “Endemic” N o . O f c a s e s o f a d is e a s e “Epidemic” Time Epidemia Surto Ocorrência de dois ou mais casos - relacionados entre si no tempo e/ou espaço - atingindo um grupo específico de pessoas e claramente, um excesso de ocorrências quando comparadas à frequência habitual da situação analisada. É uma epidemia que ocorre em um espaço limitado, como escola, creche, navio, condomínio, bairro etc. Pandemia É uma epidemia distribuída em um amplo espaço geográfico (países, continentes). Evoluem disseminando-se por amplas áreas geográficas. Ex.: Cólera e Gripe. Epidemia Caso Autóctone É um caso da doença originada no próprio local de ocorrência da epidemia. Ex.: Caso de dengue em indivíduo que não viajou nos últimos 15 dias. Caso Alóctone ou Importado É um caso da doença que se originou fora do local de ocorrência da epidemia. Ex.: Paciente vindo da Amazônia há menos de 3 meses com diagnóstico de malária. Tipos de epidemia Epidemia explosiva (ou por fonte comum) Difundida por veículo comum. Explosiva, restrita no tempo e no espaço. Aumento expressivo no número de caso, em um curto período. Ex.: Surto de intoxicação alimentar. Episódio do césio 137 em Goiânia (1986). Epidemia do cólera – John Snow (séc. XIX). Rápida elevação do número de casos Seguido de um plateau Diminuição rápida do número de casos Casos 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Período de Incubação (em horas) Casos de toxinfecção alimentar por estafilococos, distribuídos por período de incubação. Nashville, Tennessee, EUA,1969. Fonte: MMWR, 18:295, 1969. Epidemia explosiva (fonte comum) Fonte pontual O surto foi causado por um ponto único de exposição. Fonte persistente O surto foi causado por uma exposição única, mas contínua ou intermitente. Fonte comum pontual Fonte comum persistente Fonte:http://colinmayfield.com/waterhealth/WaterHealthJuly17_2015_DVDImage/WaterHealthJul132015DVDIma ge/DISK1/program%20files/StudySpace/courses/Course2/content/concepts/WH20M045C036epidemiccurve.htm Fonte comum intermitente 8 7 6 5 4 3 2 1 0 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 N u m b e rs o f C a s e s N u m b e rs o f C a s e s N u m b e rs o f C a s e s Tipos de epidemia Epidemia progressiva (ou fontes múltiplas) Contato entre pessoa doente e sadia → Enfermidades transmitidas por contato direto (doenças sexualmente transmissíveis, sarampo, coqueluche) Vetores → Doenças transmitidas indiretamente (dengue) Fonte de infecção não é única → Exposições sucessivas Aumento gradativo do número de casos Caso primário (início da epidemia) Casos secundários (ondas sucessivas) Ondas sucessivas (representam os casos secundários) Casos 30 25 20 15 10 5 0 Ondas sucessivas (representam os casos secundários) Fonte: Adaptado de MMWR, 20:26. A ocorrência simultânea de número constante de casos, sem ultrapassar a média e dentro de uma área geográfica e em certo período de tempo, pode ser definida, dentro das dinâmicas de ocorrências de doenças, como um(a): a) Surto. b) Endemia. c) Pandemia. d) Epidemia explosiva. e) Epidemia progressiva. Interatividade A ocorrência simultânea de número constante de casos, sem ultrapassar a média e dentro de uma área geográfica e em certo período de tempo, pode ser definida, dentro das dinâmicas de ocorrências de doenças, como um(a): a) Surto. b) Endemia. c) Pandemia. d) Epidemia explosiva. e) Epidemia progressiva. Resposta Como surgem as doenças? Tríade epidemiológica → A doença é produto da interação hospedeiro e do agente e do ambiente que promove esta exposição. Fonte: GOMES, Elainne. 2015. Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia. Característica do hospedeiro Tipos de agentes e exemplos Fatores ambientais Idade Biológicos (vírus, bactérias) Temperatura Sexo / gênero Químicos (veneno, cigarro, álcool) Umidade Raça Físicos (radiação, trauma, fogo) Altitude Religião Nutricionais (carências ou excessos) Densidade populacional Profissão Psicológicos (estresse) Moradia Escolaridade Qualidade da água Perfil genético Qualidade dos alimentos História patológica pregressa Radiação Estado imunológico Poluição Estado civil Ruído Hospedeiro Meio Ambiente Agente Causadas por um agente infeccioso específico ou por seu produto tóxico e ocorre pela transmissão deste agente ou dos seus produtos de uma pessoa, animal ou reservatório infectado para um hospedeiro susceptível. Doenças infecciosas ou transmissíveis Infecção é a penetração de um agente em um hospedeiro que se desenvolve ou se multiplica pode ou não resultar em doença Infestação é o alojamento, com ou sem desenvolvimento e reprodução, de artrópodes na superfície do corpo ou nas vestes Absorção de produtos tóxicos do agente Absorção de toxinas produzidas fora do organismo do hospedeiro (ingestão) Três formas pelas quais pode ser estabelecido o estímulo-doença Propriedades dos agentes infecciosos Infectividade Patogenicidade Virulência Imunogenicidade Modo de transmissão Fonte: Adaptado de: http://www.ufrgs.br/labvir/material/aula3Zootecnia.pdf Contato imediato mediatoContato imediato Direta IndiretaHorizontal Aérea Vertical Transmissão Transovariana Transplacentária Perinatal Colostro/leite Veículos Vetores Biológicos Mecânicos imediato mediato Trato respiratório Trato digestivo Trato urinário Sangue Pele Mucosas Secreções Vias de penetração e eliminação do agente patogênico Fonte: GORDIS, Leon, 1934. RESPIRATORYTRACT ALIMENTARY TRACT UROGENITAL TRACT ANUS SKIN Capillary Arthropod Scratch, injury MOUTH CONJUNCTIVA Conceito de iceberg das doenças infecciosas Infecção subclínica tem grande importância epidemiológica, pois PESSOAS APARENTEMENTE SADIAS PODEM TRANSMITIR O AGENTE AOS SUSCETÍVEIS Período de incubação Período de latência Fonte: http://200.19.222.8/gestores/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/ed_07/05_01_01.html Conceito de “iceberg” em doenças infecciosas Manifestações clínicas moderadas Óbitos Casos graves linha do horizonte clínico Proporção de casos clinicamente discerníveis Proporção de casos não discerníveis clinicamente Infecção inaparente Doenças transmissíveis Período de Exposição: período no qual a pessoa é exposta a uma fonte de infecção. Período de Incubação: Intervalo entre a penetração do agente infeccioso ao início dos sintomas. Período Latente: intervalo entre penetração do agente e o início da capacidade de transmissão. Período Infeccioso: Período durante o qual a pessoa infectada é capaz de transmitir o agente infeccioso. Fonte: https://docplayer.com.br/8223415-Epidemiologia-de-doencas-transmissiveis- introducao-a-teoria-matematica P. Incubação Doença P. Latência P. Infeccioso Infecção Início capacidade transmissão (Viremia) Início sintomas clínicos Fim da capacidade de transmissão Recuperação da doença Viroses Fonte: https://docplayer.com.br/8223415- Epidemiologia-de-doencas- transmissiveis-introducao-a-teoria- matematica Imunidade herdada Fonte: BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia básica. [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar]. 2.ed. São Paulo: Santos. 2010. 213p. : il. Examine as seguintes afirmações e assinale qual (quais) é (são) verdadeira(s) e qual (quais) é (são) falsa(s): I. ( ) infecção não é sinônimo de doença. II. ( ) a infecção pode ser subclínica ou clínica. III. ( ) a presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies exteriores do corpo se denomina infecção subclínica. IV. ( ) todas as pessoas expostas a um agente infeccioso são infectadas. a) Todas são verdadeiras. b) Todas são falsas. c) Apenas a afirmativa I é verdadeira. d) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Apenas a afirmativa I é falsa. Interatividade Examine as seguintes afirmações e assinale qual (quais) é (são) verdadeira(s) e qual (quais) é (são) falsa(s): I. (V) infecção não é sinônimo de doença. II. (V) a infecção pode ser subclínica ou clínica. III. (F) a presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies exteriores do corpo se denomina infecção subclínica. IV. (F) todas as pessoas expostas a um agente infeccioso são infectadas. a) Todas são verdadeiras. b) Todas são falsas. c) Apenas a afirmativa I é verdadeira. d) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Apenas a afirmativa I é falsa. Resposta Acompanhar a ocorrência de doenças na comunidade com o intuito de prevenir a sua disseminação. Atividades de vigilância epidemiológica. Coleta e processamento de dados. Análise e interpretação dos dados. Divulgação das informações obtidas. Recomendação e promoção de ações. Avaliação da efetividade destas ações. Vigilância epidemiológica Fonte: https://www.eluniversal.com.co/cartagena/vigilancia- epidemiologica-en-cartagena-es-efectiva-dadis- 208982-LSEU311497 Obtenção dos dados Dados primários ou básicos Dados = matéria-prima da vigilância epidemiológica A informação = produto final Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fw ww.pinterest.co.uk%2Famp%2Fpin%2F453526624958599 375%2F&psig=AOvVaw28ewxKMFM7bZwomtFivfq9&ust= 1579523465782000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQj RxqFwoTCMjYy8rVj-cCFQAAAAAdAAAAABAD A qualidade da informação gerada no local onde ocorre o agravo É imprescindível para um planejamento de ações eficaz Dados – quais dados me interessam? Fonte – onde posso conseguir estes dados? Fluxo – quais ações devo mediar com estas informações? Obtenção dos dados Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=http s%3A%2F%2Fpngimage.net%2Fcoleta- de-dados-png- 8%2F&psig=AOvVaw0vgQUjA67Sq1OI2Z untTo4&ust=1579524477904000&source= images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCM jozK7Zj-cCFQAAAAAdAAAAABAK Criação e impressão dos formulários Disponibilização aos funcionários Preenchimento durante operação Consolidação das informações Digitação dos formulários Entrega dos formulários para digitação Demográficos (caracterização) Número de habitantes Nascimento/ Sinasc (Sistema de Informações de Nascidos Vivos) Óbito segundo sexo e idade Situação socioeconômica (escolaridade, renda, ocupação, saneamento) Coeficientes e índices Tipos de dados Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.culturag enial.com%2Fquadro-operarios-de-tarsila-do- amaral%2F&psig=AOvVaw3p29k-lyV_222ELvSsp_- W&ust=1579525576750000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxq FwoTCKjfxL7dj-cCFQAAAAAdAAAAABAD Tipos de dados Morbidade Casos isolados? Surtos? Epidemias? Notificação de casos ou de casos suspeitos / Caracterização da doença segundo atributos individuais. Busca ativa de casos/ serviços laboratoriais, atenção ambulatorial e hospitalar/ de consumo de fármacos. Sistemas de informação (Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Fonte:https://us.toluna.com/ dpolls_images/2017/05/13/ 4f23cf06-5a6f-4a5d-90e2- 8af47cfe743e_x365.jpg Tipos de dados Áreas de situações de risco Importante conhecer os fatores condicionantes dos agravos à saúde. Saneamento, abastecimento e qualidade da água, qualidade de transfusões sanguíneas, presença de agentes tóxicos ambientais. Intervir na rede de acontecimentos que favorecem a ocorrência dos agravos de saúde → Interrupção da cadeia de transmissão da doença. Fonte: http://www.eosconsultores.c om.br/wp- content/uploads/2017/07/cria n%C3%A7as-brincando-em- ambiente-poluido.jpg Fontes de dados (notificadoras) Múltiplas fontes – obtenção de informações relevantes Acessibilidade facilitada, agilidade no processo de divulgação Podem ser gerais ou específicas para uma doença e incluem: relatórios de mortalidade e morbidade; registros hospitalares; diagnósticos laboratoriais; relatos de surtos; utilização de vacinas; registros de ausência ao trabalho em decorrência da doença; mudanças na biologia do agente, dos vetores ou dos reservatórios; bancos de sangue. Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde ou surto, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão brasileiro, visando adoção de medidas pertinentes. A notificação é feita por profissionais de saúde ou qualquer cidadão. Principal fonte de informação da vigilância epidemiológica. Sinan (Sistema de informação de agravos de notificação) Datasus (Sistema de informação de saúde do SUS) SIH-SUS SIA-SUS Notificação – morbidade Fonte: https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn %3AANd9GcR3mmZjtHjEfd_tO SM63f0xR7AO7A1jmDweE4zLp 2cqczTHDWsK Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) O mais importante sistema para a vigilância epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993 – sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD). Fonte: TELES, Anna Carolina Fontes; FONSECA, Alexandre Luiz Affonso. Epidemiologia e Saúde Pública. São Paulo: Editora Sol, 2019. 196 p., il. Unidades ambulatoriais de saúde Hospitais Outras fontes Secretaria municipal do estado Municipal Estadual Nacional Ministério da saúde Secretaria estadual de saúde Regional de saúde Notificação compulsória 1969 Registro sistemático de Notificação Compulsória. Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória. Portaria assinada pelo Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Fonte:http://saude.gov.br/vigilancia-em-saude/lista-nacional-de-notificacao-compulsoria Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória Fonte: http://saude.gov.br/vigilancia- em-saude/lista-nacional-de- notificacao-compulsoria Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação Imediata (até 24 horas) para* Semanal* MS SES SMS 1 a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico X b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes X 2 Acidente por animal peçonhento X 3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva X 4 Botulismo X X X 5 Cólera X X X 6 Coqueluche X X 7 a . Dengue – Casos X b. Dengue – Óbitos X X X 8 Difteria X X 9 Doença de Chagas Aguda X X 10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X 11 a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" X X b. Doença Meningocócica e outras meningites X X 12 Doenças com suspeita de disseminação intencional: a. Antraz pneumônico b. Tularemia c. Varíola X X X 13 Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg d. Lassa e. Febre purpúrica brasileira X X X 14 a. Doença aguda pelo vírus Zika X b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante X X c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika X X X 15 Esquistossomose X Sinan – alimentação do sistema N o ti fi c a ç ã o Compulsória Imediata Negativa comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravos ou evento de saúde pública notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápida disponível comunicação semanal realizada pelo responsável do estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificada nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública, constante da Lista de Notificação Compulsória. Doenças de notificação compulsória Critérios para incluir os agravos na lista de DNC Magnitude (frequência elevada) Potencial de disseminação Vulnerabilidade (existência de métodos de prevenção) Compromissos internacionais / regulamento sanitário internacional Epidemias, surtos, agravos inusitados Notificação sigilosa e efetuada mediante a suspeita da doença Notificação sigilosa e efetuada mediante a suspeita da doença Investigação epidemiológica Processamento dos dados Analisa os dados coletado Interpretar os dados Confirmar os casos (diagnósticos) Identificar o caso primário Acompanhar os casos secundários Cadeia de acontecimentos que levou a um surto ou epidemia Objetiva avaliar a ocorrência da doença e suas implicações para a saúde da população Qual é o agravo à saúde? Quem está sendo atingido? Quando começou a aparecer? Onde está ocorrendo? Por que está ocorrendo? Vigilância → Informação para ação Decisão-ação A notificação às autoridades de saúde dos itens presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública: a) É privativa do médico responsável pelo atendimento, a fim de evitar a quebra de sigilo profissional. b) É realizada semanalmente, pois se trata de um dado destinado ao controle estatístico de longo prazo. c) Deve ser realizada para os casos confirmados com o intuito de não gerar dados falsos que dificultem a análise de cada situação. d) É obrigatória para estabelecimentos de saúde pública e privada, inclusive instituições educacionais, de cuidado coletivo, serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. e) Pode ser classificada como negativa, não havendo necessidade de notificação. Interatividade A notificação às autoridades de saúde dos itens presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública: a) É privativa do médico responsável pelo atendimento, a fim de evitar a quebra de sigilo profissional. b) É realizada semanalmente, pois se trata de um dado destinado ao controle estatístico de longo prazo. c) Deve ser realizada para os casos confirmados com o intuito de não gerar dados falsos que dificultem a análise de cada situação. d) É obrigatória para estabelecimentos de saúde pública e privada, inclusive instituições educacionais, de cuidado coletivo, serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. e) Pode ser classificada como negativa, não havendo necessidade de notificação. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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