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Profa. Ma. Silmara Quintana UNIDADE II Política Setorial – Assistência Social Esta unidade tratará da proteção social da política pública de assistência social, na lógica da garantia e da defesa de direitos. Unidade II A ressignificação e a materialização da política de assistência social substituem, sobretudo, o paradigma do assistencialismo pelo da proteção social, por meio da proposição de um sistema único, que propõe acesso universal aos: “benefícios, serviços e programas voltados aos usuários, na perspectiva de desenvolvimento de capacidades, de convívio e socialização, de acordo com potencialidades e projetos pessoais e coletivos, ampliando, inclusive, sua participação, quer como representação nos conselhos de assistência social, quer incentivando-os à inserção em organizações e movimentos sociais e comunitários” (BRASIL, 2008a, p. 19). Eixos estruturantes do Suas Vigilância social Proteção social Defesa Eixos estruturantes do Suas Os serviços socioassistenciais do Suas são organizados por eixos estruturantes: - descentralização político-administrativa e territorialização; - respeito às diferenças, autonomias regionais e proximidade do cidadão; - articulação intersetorial e integração público-privada; - ampliação das ações e cobertura das várias seguranças previstas em sua concepção de proteção social. Refere-se à produção, à sistematização de informações, aos indicadores e aos índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos): Eixo estruturante – vigilância social a) “pessoas com redução da capacidade pessoal, com deficiência ou em abandono; b) crianças e adultos vítimas de formas de exploração, de violência e de ameaças; c) vítimas de preconceito por etnia, gênero e opção pessoal; d) vítimas de apartação social que lhes impossibilite sua autonomia e integridade, fragilizando sua existência; e) vigilância sobre os padrões de serviços de assistência social” (BRASIL, 2004a, p. 40). Os indicadores a serem construídos devem mensurar no território as situações de riscos sociais e violação de direitos. Nos territórios: vulnerabilidades e riscos que serão prevenidos ou enfrentados: situações de violência intrafamiliar, negligência, maus-tratos; violência, abuso ou exploração sexual; trabalho infantil; discriminação por gênero, etnia ou qualquer outra condição ou identidade; situações que denotam a fragilização ou o rompimento de vínculos familiares ou comunitários, tais como: vivência em situação de rua, afastamentos do convívio familiar por medidas protetivas, atos infracionais de adolescentes com consequente aplicação de medidas socioeducativas; privação do convívio familiar ou comunitário de idosos, crianças ou pessoas com deficiência em instituições de acolhimento; qualquer outra privação do convívio comunitário vivenciada por pessoas dependentes (crianças, idosos, pessoas com deficiência), ainda que residindo com a própria família. Eixo estruturante – vigilância social – vigilância socioassistencial Eixo estruturante – vigilância social – violência intrafamiliar Abuso/violência física: são atos de agressão praticados pelos pais e/ou responsáveis que podem ir de uma palmada até o espancamento. Abuso/violência sexual: geralmente praticada por adultos que gozam da confiança da criança ou do adolescente, tendo também a característica de, em sua maioria, serem incestuosos. Abuso/violência psicológica: manifesta-se na depreciação da criança ou do adolescente pelo adulto, por humilhações, ameaças, impedimentos, ridicularizações, que minam a sua autoestima. Negligências: esse tipo de violência doméstica pode se manifestar pela ausência dos cuidados físicos, emocionais e sociais; em função da condição de desassistência da qual a família é vítima. Pode ser expressão de um desleixo. Trabalho infantil imbuído à condição de pobreza em que vivem suas famílias, que necessitam da participação dos filhos para complementar a renda familiar, resultando no processo de vitimização. Acolhida Convívio familiar e comunitário Renda/ autonomia Eixo estruturante – proteção social – seguranças afiançadas Segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia: por meio de benefícios continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica a idosos e pessoas com deficiência, pessoas e famílias vítimas de calamidades e emergências; situações de forte fragilidade pessoal e familiar. Segurança de convívio ou vivência familiar: por meio de ações, cuidados e serviços que restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social. Segurança de acolhida: por meio de ações, cuidados, serviços e projetos operados em rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de abandono e isolamento. Defesa social e institucional: a proteção básica e a especial devem ser organizadas de forma a garantir aos seus usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa. Eixo estruturante – defesa — “Direito ao atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente de procedimentos vexatórios e coercitivos. — Direito ao tempo, de modo a acessar a rede de serviço com reduzida espera e de acordo com a necessidade. — Direito à informação, enquanto direito primário do cidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreiras culturais, de leitura, de limitações físicas. — Direito do usuário ao protagonismo e manifestação de seus interesses. — Direito do usuário à oferta qualificada de serviço. — Direito de convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 2004a, p. 40). Dentre as seguranças sociais que são postas para serem alcançadas pelo Suas, podemos elencar: a) Segurança de acolhida / Segurança de renda / Segurança de convívio. b) Segurança de renda / Segurança de oferta de serviços qualificados / Segurança de atendimentos no Cras. c) Segurança de convívio / Trabalhadores efetivos / Segurança de seletividade no acesso. d) Segurança de territorialidade / Segurança de universalização / Segurança de ampliação dos serviços assistenciais. e) Segurança de proteção social básica / Segurança de proteção social especial / Segurança de serviços socioassistenciais. Interatividade a) Segurança de acolhida / Segurança de renda / Segurança de convívio. Resposta Segundo a NOB/Suas 2005, a proteção social de assistência social consiste no: conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo Suas para redução e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo da vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional. A proteção social de assistência social, ao ter por direção o desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania, tem por princípios: “a matricialidade sociofamiliar; territorialização; a proteção proativa; integração à seguridade social; integração às políticas sociais e econômicas” (BRASIL, 2005, p. 90). Níveis de proteção social pelo Suas Princípios de proteção social A territorialização se refere à descentralização político-administrativa do Suas e com níveis de gestão compartilhada entre municípios, estados, Distrito Federal e Governo Federal. No que concerne à universalidade de acesso de indivíduos e famílias em situações de risco e vulnerabilidade, bem como essa questão referente diretamente à questão da vigilância socioassistencial. Princípios de proteção social – matricialidade sociofamiliar “a família é o núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e protagonismo social; a defesa do direito à convivência familiar, na proteção de assistência social, supera o conceito de família comounidade econômica, mera referência de cálculo de rendimento per capita e a entende como núcleo afetivo, vinculado por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, que circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno de relações de geração e de gênero; a família deve ser apoiada e ter acesso a condições para responder ao seu papel no sustento, na guarda e na educação de suas crianças e adolescentes, bem como na proteção de seus idosos e portadores de deficiência; o fortalecimento de possibilidades de convívio, educação e proteção social, na própria família, não restringe as responsabilidades públicas de proteção social para com os indivíduos e a sociedade” (BRASIL, 2005, p. 90). Proteção socioassistencial – níveis de complexidade Proteção Socioassistencial Proteção Social Básica E S C A L A D E V U L N E R A B I L I D A D E E R I S C O Vínculos Familiares e Comunitários Mantidos Proteção Social de Média Complexidade Proteção Social Especial e Alta Complexidade Vínculos Familiares e Comunitários Fragilizados Ausência de Vínculos Familiares e Comunitários Assistência Social e as Proteções afiançadas Em 2009, foi publicada a Resolução 109, do CNAS, que dispõe sobre a Tipificação nacional dos serviços socioassistenciais, apresentando as características básicas para os serviços que compõem o Suas. Fonte: autoria própria Proteção Socioassistencial Assistência social e as proteções afiançadas Ausência de veículos familiares e comunitários Vínculos familiares e comunitários fragilizados Vínculos familiares e comunitários mantidos Proteção Social de Média Complexidade Proteção Social Especial de Alta complexidade Proteção Social Básica Serviços ofertados por proteção social e nível de complexidade Proteção Social Básica – PSB 1. Serviço de proteção e atendimento integral à família (Paif) 2. Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (para os ciclos de vida: de 0-6, 6-15, 15-17, 18-29, 30-59 anos e pessoas idosas) 3. Serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas Serviços ofertados por proteção social e nível de complexidade Proteção Social Especial – PSE Média complexidade 1. Serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos (Paefi) 2. Serviço especializado em abordagem social 3. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa (MSE) de liberdade assistida (LA) e de prestação de serviços à comunidade (PSC) 4. Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias 5. Serviço especializado para pessoas em situação de rua Centros de referência especializados para população em situação de rua – Centro POP Serviços ofertados por proteção social e nível de complexidade Proteção social especial Alta complexidade 6. Serviço de acolhimento institucional 7. Serviço de acolhimento em república 8. Serviço de acolhimento em família acolhedora 9. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências 10. Instituição de longa permanência para idoso (Ilpi) A rede socioassistencial é o conjunto de ações públicas e privadas que compõem o Suas nos territórios, compreendendo todos os níveis de proteção afiançados pela política. Constituem-se em serviços, programas e projetos que operam os benefícios previstos na Constituição Federal de 1988, Loas de 1993 e ações propostas pelos Governos Federal e Estaduais. De acordo com a PNAS e com a Loas, são entendidos por: Rede socioassistencial Serviço São aqueles que desenvolvem ações continuadas, por tempo indeterminado, com transferência regular e automática por meio dos pisos da assistência social. Programas e projetos São aqueles que desenvolvem ações especificadas, a partir de diagnóstico socioterritorial, tendo como fonte de recursos convênios públicos/privados. Benefícios e transferência de renda São recursos financeiros (Bolsa Família, BPC etc.) que são encaminhados diretamente para o usuário beneficiário inscrito na política de assistência social, com critérios específicos para cada benefício. Caráter da ação socioassistencial Prevê a garantia de 1 salário- mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. Benefício de prestação continuada Benefícios socioassistenciais 998,00 /4 = 249,50 São benefícios que visam ao pagamento de auxílio por natalidade, calamidade pública ou morte às famílias cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 do salário-mínimo. Benefícios eventuais Benefícios socioassistenciais 998,00 /4 = 249,50 Benefícios socioassistenciais Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Bolsa_Fam%C3%ADlia_%2815413884445%29.jpg Transferência de renda – Bolsa Família – repasse direto de recursos para o beneficiário. As famílias extremamente pobres per capita de até R$ 89,00. As famílias pobres – per capita entre R$ 89,01 e R$ 178,00. As famílias – composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos. As famílias em situação de extrema pobreza podem acumular o benefício Básico, o Variável e o Variável Jovem, até o máximo de R$ 372,00 por mês. Como também, podem acumular 1 (um) benefício para superação da extrema pobreza. De acordo com o que está posto pela Loas sobre o BPC, podemos afirmar que: a) O BPC é um benefício de proteção social especial, de média complexidade. b) Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/3 (um terço) do salário-mínimo. Interatividade c) Quando o beneficiário é internado perde o direito ao benefício, já que ele está com seu direito atendido na internação. d) O benefício de prestação continuada pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime. e) Para avaliar sobre a concessão do benefício, além da renda, considera-se também, no caso de pessoa com deficiência, se ela é incapacitada para a vida independente e para o trabalho. Interatividade e) Para avaliar sobre a concessão do benefício, além da renda, considera-se também, no caso de pessoa com deficiência, se ela é incapacitada para a vida independente e para o trabalho. Resposta Cras Creas Descrição Busca prevenir a ocorrência de situações de risco, antes que elas aconteçam, por meio do desenvolvimento de potencialidade e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. Oferece apoio e orientação especializados a indivíduos e famílias vítimas de violências física, psíquica e sexual; negligência, abandono, ameaça, maus- tratos e discriminações sociais. Público-alvo Famílias e indivíduos em situação de desproteção, pessoas com deficiência, pessoas idosas, crianças retiradas de trabalho infantil, pessoas inseridas no Cadastro Único e usuários de programas de transferência de renda. Trabalho com indivíduos em que o risco já se instalou, tendo seus direitos violados, sendo vítimas de violências. Descrição Cras e Creas Município Cras Pequeno porte I Mínimo 1 Cras para até 2.500 famílias referenciadas Pequeno porte II Mínimo 1 Cras para até 3.500 famílias referenciadas Médio porte Mínimo 2 Cras, cada um para até 5.000 famílias referenciadas Grande porte Mínimo 4 Cras, cada um para até 5.000 famílias referenciadas Metrópoles Mínimo 8 Cras, cada um para até 5.000 famílias referenciadas Porte do município em relação aos serviços da proteção social básica O Cras e a gestão do território PSB Secretaria Municipal de Assistência Social Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – Paif Serviço de Convivênciae Fortalecimento de Vínculos – SCFV O Cras e a gestão do território PSB Creas Organizações da Sociedade Civil – OSC Centro de Convivência Inclusivo e Intergeracional Rede socioassistencial local Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para pessoas com deficiência e idosas Fonte: autoria própria Outras políticas públicas O principal serviço ofertado na proteção social básica, dentro do Cras, é o Paif, que segundo a Tipificação nacional de serviços socioassistenciais: Proteção social básica Cras – Paif “Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O trabalho social do Paif deve utilizar-se também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do serviço. As ações do Paif não devem possuir caráter terapêutico” (BRASIL, 2014a, p. 12). O Paif deve ser ofertado exclusivamente pelo Cras e desenvolvido pela instituição pública, com funcionários públicos A busca ativa é um instrumento para as equipes buscarem o conhecimento do território, fundamental para planejar e elaborar o diagnóstico social, identificando as vulnerabilidades e as potencialidades, compreendendo melhor a realidade dos usuários e possibilitando a proposição de ações contundentes e proativas. Proteção social básica – busca ativa Informações sobre o território para a elaboração do plano municipal de assistência social; planejamento, monitoramento e avaliação dos serviços ofertados no Cras; a alimentação dos sistemas de informação do Suas; os processos de formação e qualificação da equipe de referência. Cras – atribuição de subsidiar informações ao órgão gestor Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para pessoas com deficiência e idosas Cras Paif Território Articulação ao Paif referenciado ao Cras Papel do Cras: oferta do Paif e gestão do território Fonte: autoria própria O objetivo central desse serviço é: “complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social [...]. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social” (BRASIL, 2009b, p. 9-10). Proteção social básica – serviço de convivência e fortalecimento de vínculos Proteção social básica – serviço de convivência e fortalecimento de vínculos POLÍTICA DE EDUCAÇÃO POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (COMPLEMENTAR) REMANSO FRATERNO NEPCR REMANSO FRATERNO SCFV Compromissos compartilhados fluxos e procedimentos Referência e contrarreferência POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Referência e contrarreferência Cras Creas Fonte: autoria própria “Tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários, [...] prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. O serviço deve contribuir com a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoas idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e a toda a rede socioassistencial, aos serviços de outras políticas públicas, entre elas educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de desenvolvimento de acessibilidade, serviços setoriais e de defesa de direitos e programas especializados de habilitação e reabilitação” (BRASIL, 2009b, p. 9-10). Proteção social básica – serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas Consideramos que os serviços de proteção social básica são constituídos no âmbito do Suas para: a) Garantir o acolhimento institucional para indivíduos e grupos em decorrência da situação de vulnerabilidade apresentada. b) Prestar atendimento a indivíduos que tiveram seus direitos rompidos, em situação de alta vulnerabilidade social. c) Empreender ações junto a pessoas que já tenham tido o vínculo familiar rompido. d) Desenvolver ações de natureza preventiva, destinada à população que vivencia uma dada situação de vulnerabilidade social. e) Atender às famílias e às pessoas que se encontrem em situação de ameaça e que precisam ser retiradas do espaço de convivência. Interatividade d) Desenvolver ações de natureza preventiva, destinada à população que vivencia uma dada situação de vulnerabilidade social. Resposta Proteção Social Especial “Objetivo de contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, o fortalecimento de potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de risco pessoal e social, por violação de direitos” (BRASIL, 2011a, p. 17) Proteção Social Especial – níveis de complexidade Média complexidade – oferecimento e acompanhamento de famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares comunitários não foram rompidos Alta complexidade – visa garantir proteção integral a indivíduos e famílias em situações de risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados Creas – executa, coordena e articula a média e a alta complexidades Centro POP – executa, coordena e articula a média e a alta complexidades da rede de atendimento à população de rua Proteção Social Especial Porte do município Número de habitantes Parâmetros de referência Pequeno porte I Até 20.000 Cobertura de atendimento em Creas regional ou implantação de Creas municipal, quando a demanda justificar Pequeno porte II De 20.001 até 50.000 Implantação de, pelo menos, 1 Creas Médio porte De 50.001 até 100.000 Implantação de, pelo menos, 1 Creas Grande porte, metrópoles e Distrito Federal A partir de 100.001 Implantação de 1 Creas a cada 200.000 habitantes Para atuar nesse nível protetivo, é preciso entender que o “contexto socioeconômico, político, histórico e cultural pode incidir sobre as relações familiares, comunitárias e sociais, gerando conflitos, tensões e rupturas, demandando, assim, trabalho social especializado” (BRASIL, 2011a, p. 17-18). A PSE, por meio de programas, projetos e serviços especializados de caráter continuado, promove a potencialização de recursos para a superação e a prevenção do agravamento de situações de risco pessoal e social, por violação de direitos. Proteção especial PSE – Creas Fonte: http://www.mds.gov.br ALTA COMPLEXIDADE CONSELHO TUTELARMINISTÉRIO PÚBLICO SAÚDE/ESFs e demais serviços EDUCAÇÃO Cras SOCIEDADE CIVIL PODER JUDICIÁRIOCreas A unidade de referência desse nível de proteção é o Creas, “unidade pública e estatal de abrangência municipal ou regional. Oferta, obrigatoriamente, o serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos (Paefi)” (BRASIL, 2011a, p. 20). Segundo a Tipificação nacional dos serviços socioassistenciais, além do Paefi, que, como dito, ocorre necessariamente nas unidades do Creas, compõem a rede de serviços socioassistenciais: o serviço especializado em abordagem social, LA e PSC; o serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias e o serviço especializadopara pessoas em situação de rua. Proteção especial PSE – Creas Tipos de violências e violações de direitos Trabalho infantojuvenil Medidas socioeducativas Abuso e exploração sexual Uso e abuso de substâncias psicoativas Situação de abandono Violência intrafamiliar – todos os segmentos Fontes: http://www.crianca.mppr. mp.br/arquivos/File/publi/sedh/08_2013_pnevsca.pdf http://www.crianca.mppr. mp.br/arquivos/File/publi/sedh/08_2013_pnevsca.pdf http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-da-pessoa-idosa http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2013/03/servicos-de-atendimento-a-mulher-em-situacao-de-violencia-serao-integrados http://www.presidenteprudente.sp.gov.br/site/noticias Creas – Paefi – serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias. Serviço especializado em abordagem social. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida e de prestação de serviços à comunidade. Serviço especializado para pessoas em situação de rua. Proteção social especial de média complexidade “Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são aqueles que garantem proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e/ou em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e/ou comunitário” (BRASIL, 2004a, p. 38). Proteção social especial de alta complexidade Acolhimento institucional 1. Para crianças e adolescentes: casa-lar e abrigo institucional. 2. Para adultos e famílias: abrigo institucional e casa de passagem. 3. Para mulheres em situação de violência: abrigo institucional. 4. Para jovens e adultos com deficiência: residências inclusivas. 5. Para idosos: casa-lar e abrigo institucional (Ilpi). Serviço de família acolhedora Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências. Proteção social especial de alta complexidade Proteção social Rede de Atendimento Serviços continuados Proteção Social Básica Proteção Social Especial de Média Compl. Proteção Especial Alta Com Creas EstatalCras OSCOSCOSC Serviços Intersetoriais SGD EDUCAÇÃO Paif SCFV Paefi ABOR RUA SITUAÇÃO RUA MSE PCD, ID E FAMÍLIAS Peti ESSCA VDDCA MSE CCFV SER. DOMICÍLIO PCD ID PCD, IDOSO, CUIDADOR ACOLHI, INSTIT. REPÚBLICA FAMÍLIA ACOLHEDORA EMERGENCIAL ACOLHI, INSTITUCIONAL REPÚBLICA FAMÍLIA ACOLHEDORA EMERGENCIAL MIN. PÚBLICO DEF. PÚBLICA VARAS ESPECÍFICAS CONSELHO TUTELAR CONSELHOS SAÚDE SEGURANÇA HABITAÇÃO CULTURA, LAZER, E ESPORTES Proteção social especial Fonte: autoria própria O tipo de proteção social que se caracteriza por intervenções direcionadas a garantir a proteção integral para pessoas ou famílias que estejam momentaneamente sem referências familiares ou, então, em situações de ameaça, precisando ser retiradas da convivência familiar ou comunitária é: a) Proteção Social Básica. b) Proteção Social Especial. c) Proteção Social Especial de Média Complexidade. d) Proteção Social Especial de Alta Complexidade. e) Proteção inicial. Interatividade d) Proteção Social Especial de Alta Complexidade. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!