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Portflio 5º semestre serviço social

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Universidade Norte do Paraná – UNOPAR
Sistema de Ensino Semipresencial
Serviço Social
HELOISE MILENE SILVA FURTADO
JÉSSICA TRINDADE POÇA
MARIA DINAIR SILVA DE OLIVEIRA
MARCELA INGRID LOBATO MIRANDA
NATÁLIA CORREIA DOS SANTOS
NERISSA SANTOS DOS ANJOS
“A PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRA E OS DESAFIOS PROFISSIONAIS PARA SUA CONSOLIDAÇÃO”.
Barcarena - PA
 Março/2020
2
HELOISE MILENE SILVA FURTADO
JÉSSICA TRINDADE POÇA
MARIA DINAIR SILVA DE OLIVEIRA
MARCELA INGRID LOBATO MIRANDA
NATÁLIA CORREIA DOS SANTOS
NERISSA SANTOS DOS ANJOS
“A PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRA E OS DESAFIOS PROFISSIONAIS PARA SUA CONSOLIDAÇÃO”.
“Portfólio apresentado no curso de serviço Social como requisito parcial para conclusão das disciplinas do 5° Semestre, do curso em Serviço Social orientado por: Alenir Ramos Guimaraes e Ester Elaine Pomini (tutoras presenciais e a distância, respectivamente)”.	
2
Barcarena /PA
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................0 
2.TRAGETÓRIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL........................................0
2.1 BREVE RESGATE..................................................................................................0
3. ÉTICA PROFISSIONAL NO SERVIÇO SOCIAL .....................................................0
4. INTENSIFICAÇÃO DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO (CRISE DO CAPITAL) ......................................................................................................................................0
5. CARTA MAGNA.......................................................................................................0
5.1 AS SETE (7) CONSTITUIÇÕES............................................................................0
6. O DESMONTE DA SEGURIDADE SOCIAL.............................................................0
7. DESAFIOS (IM)POSTOS AO SERVIÇO SOCIAL/PROFISSIONAL DE ASSISTENCIA SOCIAL...............................................................................................0
7.1 ORGANIZAÇÃO COLETIVA DAS (OS) ASSISTENTES SOCIAIS.......................................................................................................................0
8.POLÍTICAS SOCIAIS................................................................................................0
9. CONCLUSÃO...........................................................................................................0
10. ANEXOS:IMAGENS RELACIONADAS AO TEMA ..............................................0 
 REFERÊNCIAS...........................................................................................................0
1.INTRODUÇÃO
 Pensar a profissão é também evocar histórias, memorias, trajetórias e protagonismos, pelejas, legados, valores, lutas e referencias histórias de sujeitos que construíram e constroem o Serviço Social. Cuja profissão foi construída e tecida por varias mãos, em diferentes regiões do Brasil que acreditaram no Serviço Social , e sobretudo se preocuparam com a dimensão social e qualidade de vida.
 Nessa direção buscaremos enfatizar a história da profissão, uma análise teórico metodológica e o processo do trabalho profissional e de reprodução das relações e políticas sociais.
 Abordaremos compreender as políticas sociais e o papel do profissional de Serviço Social frente a este processo. Para tanto, partimos do pressuposto que as formas de enfrentamento sobre as expressões da “questão social” na sociedade capitalista vão ser modificado a partir de cada conjuntura especifica, mas estas não agem de modo a eliminar tais desigualdades, que por sua vez, são fruto do próprio modo de produção.
 Objetivamos então, entender o processo da construção ética profissional e seus desafios enfrentados como a crise do capital, como a proteção social foi organizada e traçar soluções para construir um olhar histórico-crítico dentro da temática. Para um melhor entendimento, buscaremos fontes bibliográficas, e esperamos assim atingir objetivos propostos, bem como, aprofundar conhecimento sobre o tema.
2.TRAGETÓRIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL.
2.1 BREVE RESGATE.
 No século XX à questão da assistência social teve seu primeiro momento, assumida por católicos brasileiros através de ações hierarquizadas e organizada de Iaicato. Que atribuiu uma preocupação a Igreja assumindo uma luta contra o liberalismo e o comunismo. A partir dessa visão cristã-católica surgiram as primeiras Escolas de Serviço Social no Brasil.
 A introdução do Serviço Social no Brasil nos anos 30, deve ser analisado não como fato isolado, e sim como decorrente de uma situação histórica, processo de acontecimentos na sociedade brasileira nos setores político, econômico, social e religioso.
 “Pode-se afirmar que a década de 1930 no Brasil, é ponto de referência importante e inevitável para que se possa compreender o surgimento do Serviço no país. Isto porque se ate 1930 a questão social foi considerada como caso de polícia, sendo tratada no âmbito dos aparelhos repressivos do Estado, após esta data passou a ser considerada com legitima, transformando-se numa questão política a exigir soluções mais sofisticadas (OLIVEIRA 1996, p.145)”.
 Com a Revolução de 1930 inicia-se uma nova politica para o Brasil sob o governo de Getúlio Vargas que vinha esboçando desde a década anterior e que se reafirmou com o criação do Ministério do Trabalho na década de 1920 e no inicio de 1930, com seu clima de insatisfação do Serviço Social no Brasil. Em 1932 foi criado pela Igreja Católica o Centro de Estudos de Ação Social (CEAS), que era destinado a mobilizar leigos para difundir o seu pensamento na luta contra desigualdade social.
 O CEAS iniciou seus cursos e atividades, tendo como visão a criação de uma Escola de Serviço Social, o que ocorreu em 15 de fevereiro de 1936 com a inauguração da Escola de Serviço Social de São Paulo. No entanto, concebeu-se o Serviço Social como a superação do assistencialismo, prática negada por consistir na mera concessão de auxílios materiais e financeiros, e por ser prestada de forma voluntaria pela sociedade. 
 Portanto houveram mudanças observadas durante e depois da 2º Guerra Mundial, no relacionamento entre países hegemônicos e os dependentes como o Brasil, como grandes transformações sociais, políticos e econômicos para o pais, trazendo o serviço social como abrangente campo de trabalho, assim desenvolvendo grandes instituições previdenciárias e assistenciais tornando o Serviço Social uma atividade institucionalizada e legitimada pelo Estado.
3. ÉTICA PROFISSIONAL NO SERVIÇO SOCIAL.
 A compreensão crítica dos fundamentos éticos da vida social embora seja revelada, é para o esclarecimento dos seus limites na sociedade burguesa. A ética se faz cotidianamente através dos seus atos morais tanto conscientes como livres.
A ação ética é um processo de ‘generalização’ de mediação progressiva entre o primeiro impulso e as determinações externas; a moralidade torna-se ação ética no momento em que nasce uma convergência entre o eu e a alteridade, entre a singularidade individual e a totalidade social. O campo da particularidade exprime justamente esta zona de mediações onde se inscreve a ação ética (TERTULIAN, 1999, p.134).
 Temos a presença de duas perspectivas éticas no seio do Serviço Social que foram construídas historicamente na profissão nas quais estão presentes ate os dias atuais e na trajetória da profissão que observa os diferentes códigos de ética, pois, de uma ética tradicional, conservadora e uma ética de ruptura emancipatória.
[...] é necessário que tenhamos uma direção e uma concepção clara de nossa prática profissional. Ela não pode ser, e nem é, neutra. Para cumprir seu papel mediador, estaprática tem que estar embasada numa visão de mundo. É esta visão de mundo que, em última instância, fornece os horizontes, a direção e as estratégias de ação [...]. (Carvalho e Netto, 2011, p. 61)
 Nessa perspectiva ética é claramente expressa na atuação profissional, tanto no posicionamento político da categoria e nos códigos de ética de 1947,1965 e 1975 que são apresentados na assunção de valores como: perfectibilidade da pessoa humana, bem como, paciência, honestidade, justiça divina, bons costumes.
Trata-se de um determinado modo de ser que se vinculou ao modelo societário capitalista, no máximo na busca de uma suposta humanização do mesmo. Um modo de ser pautado em valores humanista-cristãos, que se traduziu em ações moralizadoras e em códigos de ética que direcionaram a ação profissional conservadoramente (Cardoso, 2013, p.152).
 Segundo palavras de Iamamoto,
Supõe competência teórica e fidelidade ao movimento da realidade; competência técnica e ético-política que subordine o “como fazer” ao “que fazer” e, este, ao “deve ser”, sem perder de vista seu enraizamento no processo social (1998, p. 80).
 Esse é um processo de continua construção, embora tenha sua subjetividade e individualidade dos profissionais de Serviço Social, a atualidade da defesa de um ethos emancipatório é evidente em tempos de reação conservadora e barbárie.
4.INTENSIFICAÇÃO DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO (CRISE DO CAPITAL).
 Ao analisar os impactos objetivos e subjetivos dos trabalhadores no Brasil sob o neoliberalismo, no período de 1990 a 2005, essa intensificação decorre da crise, no qual o sistema capital se deparou a partir dos 70, os motivos da crise são controversos, pois apresentam teses distintas, no que diz respeito a crise cíclica, conjuntural e estrutural, mesmo tendo em vista que o capitalismo entrará em colapso ou em contradição.
 No entanto as opiniões ficam divididas tanto em crise cíclica e conjuntural e outros tratam como crise estrutural do capital:
· Crise cíclica: crise econômica que se reproduziria periodicamente num regime liberal;
· Crise conjuntural: conjunto de normas que equilibraram as relações sociais, econômicas e políticas;
· Crise estrutural: não é um sistema que esta preste a colapsar, ou seja não tem mais nada de positivo a proporcionar à humanidade.
 Segundo Alves (1996), as políticas neoliberais e as transformações produtivas, que ocorreram a partir dos anos 1970, expressam a necessidade intrínseca do capital de impor controle sobre o trabalho, de anular o potencial da classe trabalhadora em seu projeto histórico de superação do capital.
Com a acumulação do capital, desenvolve-se, portanto, o modo de produção especificamente capitalista e, com o modo de produção especificamente capitalista, a acumulação do capital. Esses dois fatores econômicos criam, de acordo com a relação conjugada dos impulsos que eles se dão mutuamente, a mudança na composição técnica do capital a componente variável se torna cada vez menos comparada à constante (Marx, idem, p. 196).
 A década de 1980 foi considerada perdida através da baixa do PIB, aceleração da inflação, estagnação da produção industrial, no Brasil ficou registrado como perda incomum em relação aos anos anteriores. 
 Mergulhado num contexto de estagnação no país, tanto no plano sociopolítico a sociedade brasileira vivia um período de redemocratização, assim sendo conduzido a promulgação de uma nova constituição.
5. CARTA MAGNA
 Carta Magna, Lei suprema, Lei das leis, Carta Mae. É um conjunto de prescrições em que se discrimina os órgãos do poder, definindo a competência desses, estabelecendo a forma de governo, proclamando os direitos individuais e sociais, e assegurando esses direitos num sistema definido, determinado, com clareza e precisão.
A referida Carta estabelece o trabalho como um direito inalável que deve ser garantido pelo Estado, assim como as demais políticas sociais. Nessa perspectiva, o direito ao trabalho aparece como um dos pilares de sustentação da ordem social da mencionada Constituição, o qual vem se tentando assegurar, mesmo diante de contínuos ataques do capital e das mudanças no padrão da organização do trabalho instituídos em consonância com as políticas macroeconômicas de estabilização econômica, impostas pelo FMI e demais organismos multilaterais. Essas politicas delimitaram a intervenção do Estado, provocando o acirramento da “questão social” em suas variadas expressões, dentre as quais o aumento do desemprego (Serv.Soc. no.130 São Paulo Sept./Dec.2017).
5.1 AS SETE (7) CONSTITUIÇOES.
 1ª A primeira constituição brasileira: foi proclamada em 25 de março de 1824 e permaneceu por 65 anos (Teve como regime o parlamentarismo).
 2ª Constituição promulgada em 24 de fevereiro de 1891: esta foi a primeira Constituição Republicana, que durou até 16 de julho de 1934. O presidente era eleito pelo sufrágio direto do povo (Foi uma Constituição dos cafeicultores e apresentou inúmeras fraudes em seu resultado).
 3ª Constituição de 16 de julho de 1934: vigorou até 10 de novembro de 1937. Definiu-se os direitos políticos, voto secreto e a direito de voto à mulher. Na educação, o estudo primário (4 primeiros anos) tornou-se obrigatório e gratuito (Constituição na chamada Era Vargas onde foram criadas as Leis trabalhistas e a justiça do trabalho).
 4ª Constituição de 10 de novembro de 1937: outorgada pelo governo revolucionário chefiado por Getúlio Vargas, foi bruscamente modificada. Inspirada na Constituição da Polônia ficou conhecida como a “Polaca”. Getúlio ampliou seus poderes, e governava por decretos-leis (Foi nesta Constituição que Getúlio Vargas deu um golpe de estado tornando-se um ditador).
 5ª Constituição de 18 de setembro de 1946: foi criada e aprovada pela Assembleia Constituinte eleita de 2 de dezembro de 1945. Foram reintroduzidos os mandados de segurança e de ação-popular (retirados antes por Getúlio) fortalecendo a democracia e retornou o regime parlamentarista (Esta Constituição teve como característica a redemocratização do país).
 6ª Constituição de 24 de janeiro de 1967: promulgada pelo Congresso Nacional modificada em parte pela Emenda Constitucional nº 1 de 17 de outubro de 1969. Muitos a consideram uma nova Constituição. Houve uma grande preocupação com a segurança nacional (As eleições tornaram-se sob a forma direta e os presidentes foram todos militares).
 7ª Constituição de 1988: é a que rege o país ate os dias atuais de hoje, é conhecida como a “Constituição Cidadã”. Promove o estado democrático, autolimitado o poder do Estado, qualquer cidadão pode participar da vida política, da mesma forma que o voto é universal, direto e secreto. Os jovens a partir de 16 anos já podem votar se desejarem, e somente acima de 18 anos que se torna obrigatório (Houve o fortalecimento do federalismo e do pluripartidarismo).
Estudar, compreender as Constituições de nosso país faz-nos entender nossa própria história, a vida de nossa nação, os direitos, os deveres, e acima de tudo, avaliar nosso passado faz-nos abrir os olhos, conhecer nossos direitos e defendê-los (EDUCAÇÃO.CIDADÃ, 2019).
6. O DESMONTE DA SEGURIDADE SOCIAL.
 A política econômica neoliberal de FHC, foi legitimada pelos governos petistas, assim no papel central à estabilidade monetária como requisito indispensável para proporcionar um crescimento estável. Assim mantendo juros altos na política de ajuste fiscal, possibilitou o acesso aos programas sociais que vivem em situação de extrema pobreza.
 Esses programas de transferências, tornam-se decisivos em relação as expressões da “questão social” e dão continuidade as ações assistencialistas,fragmentadas, pulverizadas e focalizadas, expressando como políticas pobres para pobres”, que passam a ser atendida pelo terceiro setor. Com a implantação do SUAS a partir de 2005 essa tendência terceirizada sob a égide neoliberal cai, pois com o SUAS o Estado começa a executar serviços diretamente através do Centros de Referencias de Assistência Social-CRAS e CREAS.
 Com a inépcia e a inutilidade da proposta travestida para democrática popular no papel político e social, considerado frágil entre as camadas populares da burguesia, sendo fruto de vinte anos de ditadura militar.
É importante salientar aqui que a opção pela continuidade da política econômica de seu antecessor, de garantir o pagamento dos juros e a amortização da divida pública, impactou sobremaneira no orçamento destinado à Seguridade Social, principalmente por meio da continuação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que tinha como objetivo maior a garantia do superávit primário, como forma de manter recursos para o pagamento de uma dívida publica absolutamente questionável, como nos indica (Fattorelli, 2016).
 Diante disso mais uma vez a Seguridade Social foi alvo de ataques, o governo petista propõe uma reforma no sistema previdenciário, tendo como segmento a Cartilha Neoliberal, pois tinha o maior falso pretexto de déficit da Previdência Social. O objetivo do governo era justificar o enfrentamento da crise, fazendo ajuste e retirada de direitos da classe trabalhadora e escondendo o orçamento geral da União.
 É notório que em todos esses governos, à Seguridade Social vivência tensões e disputas entre o capital e trabalho, um dos fatores prejudiciais e o orçamento da Seguridade Social, em um cenário de crise capitalista e de austeridade fiscal. Destaca-se o acordo realizado em 199 com o FMI, que ao longo do tempo vem crescendo mais, se comparado com a Seguridade Social nas áreas da Saúde e Assistência Social.
7.DESAFIOS (IM)POSTOS AO SERVIÇO SOCIAL/PROFISSIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. 
 É histórico o envolvimento de várias gerações de assistentes sociais na elaboração e disseminação da cultura profissional e de inserção nos espaços políticos para além da profissão, pois a política constitui-se num legado grandioso do Serviço Social. Dessa forma exclusivamente do protagonismo das entidades representativas da categoria (CFESS-CRESS/ABEPSS/ENESSO).
 O assistente social ao vender sua força de trabalho aos seus empregadores, estando locado no âmbito privado e público, tem sua jornada de trabalho suas prioridades e demandas.
O assistente social acostumado a operar com um orçamento insuficiente, dentro do princípio da seletividade, construindo critérios de elegibilidade ou pelo menos atuando com eles, selecionando os mais pobres dentre os pobres, a executar pobres políticas sociais para pobres, acaba sendo competente, eficiente e eficaz em racionalizar recursos via programas focalistas e seletivos (GUERRA, 2010, p. 98).
 Boschetti (2011) aponta que os conselhos representativos da profissão social, principalmente o conjunto CFESS/CRESS tem recebido denuncias constantes acerca das precárias condições de trabalho, principalmente nas seguintes áreas: organizações não governamentais, no sistema jurídico e na política de assistência social e contratos de trabalho em sua maioria tem sido cada vez mais flexibilizados via terceirização, subcontratação, e com baixos salários. 
 
7.1 ORGANIZAÇÃO COLETIVA DAS (OS) ASSISTENTES SOCIAIS.
 Nesse sentido o processo de reconceituação do Serviço Social foi dado através de luta social, categoria em meio a contradição capital X trabalho tem resistido e defendido a direção ética e política da profissão. Esses desafios que perpassam o cotidiano da categoria de assistentes sociais, que já citamos anteriormente, como a insegurança do emprego, precárias formas de contratação, intensificação do trabalho, educação de salários, tem sido reivindicado pela categoria de assistentes sociais com a luta da classe trabalhadora.
“os desafios postos ao trabalho profissional não são exclusivos da nossa profissão, e somente as lutas coletivas em defesa da classe trabalhadora podem provocar mudanças nas condições de vida e de trabalho daqueles que dependem da venda de sua força de trabalho para assegurar a produção e a reprodução de suas vidas” (BOSCHETTI, 2011, p. 564).
 Algumas lutas foram as reivindicações por concursos públicos junto às instituições de natureza publica e privada com a intenção de garantir melhores condições de trabalho e maior qualidade dos serviços prestados aos usuários. Em 2009 com a pressão da organização da categoria dos assistentes sociais foram realizados concursos, bem expressivo o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com 900 vagas para o cargo de Assistente Social.
8. POLÍTICAS SOCIAIS 
 A Constituição Federal de 1988 corporificou um projeto de democracia social que atendia aos anseios da sociedade na construção de uma nova institucionalidade com justiça social, o desafio de promover a inclusão social e a redistribuição de renda face o nível de desigualdade existente contou com a organização da sociedade civil em torno das reivindicações sociais e da construção de sistemas de proteção social, estruturados de forma descentralizada e participativa como requisitos fundamentais para a universalização da cidadania.
 Offe (1984), afirma que a política social é a forma pela qual o Estado tenta resolver o problema da transformação duradoura de trabalho não assalariado em trabalho assalariado. 
O processo de industrialização capitalista é acompanhado de processos de desorganização e mobilização da força de trabalho, fenômeno que não se limita à fase inicial do capitalismo, mas que nela pode ser observado com especial clareza. A ampliação das relações concorrenciais aos mercados nacionais e finalmente mundiais, a introdução permanente de mudanças técnicas poupadoras da força de trabalho, a dissolução das formas agrárias de vida e de trabalho, a influência de crises cíclicas, etc. têm o efeito comum de destruir, em maior ou menor medida, as condições de utilização da força de trabalho até então dominantes. Os indivíduos atingidos por tais processos entram numa situação na qual não conseguem mais fazer de sua própria capacidade de trabalho a base de sua subsistência, já que não controlam, seja em termos individuais ou coletivos, as condições de utilização dessa capacidade (OFFE, 1984, p.15).
 As políticas sociais podem ser entendidas como intervenções estatais complexas que regulam os processos de reprodução social por meio de estratégias diferenciadas, operando de forma indireta sobre a relação capital-trabalho. Essas políticas desenvolvem-se como precondição e acondicionamento à acumulação capitalista e cumprem funções econômicas, políticas e culturais amplas e diversas, sem cuja realização não seria evidente a convivência entre capitalismo e democracia.
 A política social (no singular) corresponde à forma política da questão social, que se expressa e materializa nas políticas setoriais, incluindo a política de trabalho, que em primeiro lugar delimita os graus de liberdade ou dos alcances da mercantilização da força de trabalho.
[...] dar respostas que tenham uma eficácia social na modificação das condições de vida dos sujeitos sociais, cujo conteúdo esteja em consonância com o projeto ético-político profissional; superar o que se chama de “mero discurso do direito a ter direitos” e buscar estratégias coletivas que permitam a efetivação destes. Esse tem sido um grande desafio, já que se entende que o discurso do direito a ter direitos, ao naturalizá-los, tem sido um caminho para a despolitização, reforçando a desmobilização e escamoteando a necessidade da luta coletiva em face da perda de direitos (GUERRA,2010, p. 106-107).
 A ineficiência das políticas, dos planos, dos programas e ações de assistência à pobreza, quando se desenvolvem em um marco de regulamentos que desprotegem o trabalho e afasta-se da distribuição, transcende a capacidade de uso racional dos fundos públicos destinados a essas intervenções. As políticas sociais assumiram a heterogeneidade social e a devolveram como fragmentos individualizáveis, cujos interesses quase sempre conflitavam entre si.
 A consciência de pertencimento ao longo dos últimos trinta anos da classe trabalhadora, e vinculação a esse projeto societário a categoria tem sido assumida, concretamente nos espaços coletivos, como marco histórico foi o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais-CBAS (1979). 
 A configuração da assistência social como sistema descentralizado, previsto na Loas, ganhou novo patamar com a aprovação da PNAS em 2004 e a Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social (NOB/Suas) em 2005. No esforço de demarcar o âmbito estrito de suas competências contra a amplitude e diversidade da filantropia, as normativas estabeleceram bases para a organização da política: distribuição de responsabilidades entre os entes federativos, arranjos inovadores de financiamento, de governança e de produção de serviços e benefícios, além de fortalecimento das capacidades políticas e institucionais. A política pública de assistência social que emerge dessas normativas tem como objetivo o atendimento “cidadãos e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade e riscos”.  Avançando para além das categorias de vulnerabilidade e risco, o texto da PNAS afirma, como eixos organizadores das ofertas, as seguintes seguranças: sobrevivência ou renda, de convívio familiar e de acolhida. Enquanto a segurança de renda deve ser provida pelos benefícios assistenciais, de natureza não contributiva, as demais seguranças referem-se a serviços, organizados em dois níveis de complexidade básica e especial e sob encargo de equipamentos públicos diferenciados, os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), além da rede pública e privada voltada a públicos e atendimentos específicos.
 A construção normativa do Suas recusou uma perspectiva restritiva de gestão da pobreza na atenção básica, a regulação da expansão da oferta pública de serviços volta-se às vulnerabilidades do ciclo de vida, de arranjos familiares, de deficiências ou de falta de acesso a direitos e oportunidades. Na atenção especial, direciona-se à proteção de situações relacionadas à violência, abandono e isolamento, além de contextos de violação de direitos e entre outros, trabalho infantil, exploração sexual ou situação de rua. Essas vulnerabilidades, por não serem identificadas com a situação de pobreza, mas sendo por ela agravadas, devem ser objeto de serviços públicos de escopo universal. Assim, e como deixa claro a PNAS, a assistência social opera com benefícios monetários voltados a situações de pobreza, mas seus serviços não são dirigidos restritivamente para a população identificada ou classificada como pobre. Reconhecendo que a pobreza e seus agravos fazem parte de um conjunto de vulnerabilidades, a oferta de serviços dialoga com a perspectiva da universalidade de direitos e do enfrentamento de situações que podem atingir a todos.
 O Brasil assistiu, durante as últimas três décadas, a um progressivo adensamento de sua proteção social, envolvendo a expansão de redes universais de serviços, a ampliação de benefícios monetários e a promoção da equidade. Essa construção envolveu avanços expressivos na definição das situações sociais, das responsabilidades protetivas e das ofertas da política de assistência social, além da consolidação de arranjos institucionais e operacionais. A política de assistência social passou a ocupar um lugar estratégico no sistema de proteção social brasileira.
9. CONCLUSÃO
 Atualmente, a sociedade caminha à passos lentos, mais somos brasileiros e carregamos a esperança de que nem tudo está perdido. Baseado em nossa constituição em seu artigo 6 que “garante direito” a educação, saúde, trabalho, alimentação, moradia, transporte, lazer, segurança, proteção à maternidade, proteção à infância, previdência social e a assistência aos desamparados.
 Estas considerações têm a intenção de abordar o desafio que implica reconhecer a necessidade de discussão em torno dos princípios ideológicos, das premissas teóricas e das ações políticas e econômicas, a partir dos quais seja possível refletir sobre a temática. O crescimento e a profundidade da desigualdade social, da pobreza, da vulnerabilidade e da exclusão social continuam sendo as principais características sociais tanto do Brasil quanto da América Latina. Essa tendência cresce vertiginosamente com a ascensão de governos de extrema direita, os quais priorizam os interesses privados, do mercado e das elites, enquanto excluem, discriminam, culpabilizam e punem com a perversidade da miséria os segmentos populacionais despossuídos, usurpados, injustiçados e vitimados pelo descaso das autoridades e pelo julgo da sociedade.
 Temos pela frente tempos difíceis, restando a possibilidade de resistência no âmbito pessoal e profissional. Somos muitos, somos a maioria, e seremos fortes se buscarmos o mesmo ideal.
 Nesta perspectiva, deve-se compreender que os problemas sociais são multidimensionais e, por essa razão, sua resolutividade não está restrita a um único setor ou a mudanças meramente técnicas e administrativas na gestão pública, mas na superação da configuração fragmentada e desarticulada em que se encontram as políticas públicas.
 O tema nos levou há uma reflexão de nossa postura com futuros profissionais, agindo em uma sociedade desigual, excludente onde muitos tem pouco e poucos tem muito. Podemos agir como agentes de transformação da sociedade, uma vez que não existe um caminho inexorável de “evolução” de programas sociais, são propostas que refletem uma outra visão dos horizontes da proteção social.
2
 
10.ANEXOS: 
 
 Fonte: idd.org.br Fonte:pt.slidecultural.com.br
 
 Fonte: sul21.com.br
 
 
 Fonte:slide player.com.br 
 
REFERÊNCIAS
ALVES, Giovanni.Trabalho de desenvolvimento:Choque do capitalismo e nova degradação do trabalho no Brasil.Bauru.Canal 6, 2014.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Resolução CFESS n. 273, de 13 de março de 1993. In: ______. Código de Ética Profissional do/a Assistente Social. 9. ed. revista e atualizada. Brasília: CFESS, 2011.
Castro, Jorge. “Política social, distribuição de renda e crescimento econômico”. In: Fonseca, Ana; Fagnani, Eduardo (Orgs.). Políticas sociais, desenvolvimento e cidadania: economia, distribuição de renda e mercado de trabalho. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2013.
_____. Desenvolvimento e crise no Brasil: 1930 - 1967. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
GUERRA, Yolanda. Serviço Social: dilemas da precarização e estratégias de enfrentamento. In Crise contemporânea e Serviço Social. Maceió: EDUFAL, 2010.
 https://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1988/
https://www.educacao.cc/cidada/o-que-e-a-constituicao-brasileira-e-para-que-serve-a-carta-magna.htmlMANDEL, Ernest. A crise do capital: os fatos e sua interpretação marxista. São Paulo: Ensaios, 1990.
______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Censo Suas 2014: análise dos componentes sistêmicos da política nacional de assistência social. Brasília: MDS; Sagi; SNAS, 2015a
NETO, José Paulo. A construção do projeto ético-político do Serviço Social. Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional.
_____. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.
 
SALVADOR, Evilásio. Fundo público e Seguridade Social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2010.
VIEIRA, Evaldo Amaro. As políticas sociais e os direitos sociais no Brasil: avanços e retrocessos. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 53, p. 67-73, mar. 1997.
WEFFORT, F.(org.) Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2006

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