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Sumário 1. Introdução1. Introdução 2. Sistemas de Equações Lineares2. Sistemas de Equações Lineares 3. Equações e Sistemas Não Lineares3. Equações e Sistemas Não Lineares 4. Interpolação4. Interpolação 5. Ajuste de Funções5. Ajuste de Funções 6. Integração6. Integração 7. Equações Diferenciais Ordinárias7. Equações Diferenciais Ordinárias Aula 10 1Cálculo Numérico Computacional Equações e Sistemas Não Lineares Equações não lineares incluem as equações polinomiais e as equações transcendentes Equações polinomais são equações da forma: Equações transcendentes são equações que contém alguma função que não é redutível a uma fração entre polinômios, e cuja solução não pode ser expressa através de funções elementares. Exemplos: ▪ equações trigonométricas (2 sin(x) = x) ▪ equações exponenciais (xex = 2) ▪ equações logarítmicas (x log x = 4) Aula 10 2Cálculo Numérico Computacional Sumário 3. Equações e Sistemas Não-Lineares3. Equações e Sistemas Não-Lineares • Enumeração, localização e separação de raízes • Métodos iterativos para a resolução de equações polinomiais ou transcendentes • Métodos de quebra • Métodos de ponto fixo • Resolução de sistemas de equações não-lineares • Algoritmos Aula 10 3Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Enumerar as raízes de um polinômio p(x) é dizer quantas raízes possui o polinômio e de que tipo são Sabemos que, se p(x) é do grau n, temos n raízes; porém, precisamos saber se são reais ou complexas, positivas ou negativas, simples ou múltiplas Teorema (Regra de Descartes): O número de raízes reais positivas de uma equação polinomial nunca é maior que o número de trocas de sinal (T) na sequência de seus coeficientes não nulos e, se é menor, é sempre por um número par A mesma regra pode ser aplicada para as raízes reais negativas de p(x), calculando-se p(–x) Enumeração das Raízes Reais de uma Equação Polinomial Aula 10 4Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Exemplo 1: p(x) = x3 + 2x2 – 3x – 5 A sequência de sinais é + + – –. Logo, T = 1 Pode-se afirmar com exatidão que p(x) tem uma raiz positiva. p(–x) = –x3 + 2x2 + 3x – 5 A sequência de sinais é – + + –. Logo, T’ = 2 p(x) pode ter duas ou zero raízes negativas: - Se p(x) tiver duas raízes negativas, não terá nenhuma complexa - Se p(x) não tiver raízes negativas, então terá duas complexas(*) Enumeração das Raízes Reais de uma Equação Polinomial (*) Em um polinômio com coeficientes reais, se houver uma raiz complexa, o seu conjugado também será raiz Aula 10 5Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Exemplo 2: p(x) = x4 – x3 + x2 – x + 1 T = 4, então p(x) tem quatro, duas, ou nenhuma raiz positiva p(–x) = x4 + x3 + x2 + x + 1 T’=0, então p(x) não tem raízes negativas Então, p(x) pode ter: - quatro raízes positivas; - duas raízes positivas e duas complexas; - quatro raízes complexas Enumeração das Raízes Reais de uma Equação Polinomial Aula 10 6Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Regra de “du Gua”: Dada a equação polinomial p(x) = 0 de grau n sem raízes nulas, e se para algum k, 1 k < n tivermos ak2 ak+1 ak–1, então p(x) terá raízes complexas Regra da Lacuna: Se os coeficientes de p(x) forem todos reais e para algum k, 1 k < n tivermos ak = 0 e ak+1ak–1≥ 0, então p(x) = 0 terá raízes complexas Enumeração das Raízes Complexas de uma Equação Polinomial Aula 10 7Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Exemplo 1: p(x) = 2x5 + 3x4 + x3 + 2x2 – 5x + 3 ▪ T = 2; daí p(x) = 0 tem duas ou zero raízes reais positivas p(–x) = –2x5 + 3x4 – x3 + 2x2 + 5x + 3 ▪ T’ = 3; daí p(x) = 0 tem três ou uma raiz real negativa As alternativas possíveis são: Enumeração das Raízes Complexas de uma Equação Polinomial Reais Positivas Reais Negativas Complexas 2 3 0 2 1 2 0 3 2 0 1 4 Pela regra de “du Gua”: a22 a3 a1 ou seja: 1 3 2 então p(x) tem raízes complexas, eliminando a primeira alternativa do quadro ao lado Aula 10 8Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Exemplo 2: p(x) = 2x6 – 3x5 – 2x3 + x2 – x + 1 ▪ T = 4, daí p(x) = 0 tem quatro, duas, ou nenhuma raiz real positiva p(–x) = 2x6 + 3x5 + 2x3 + x2 + x + 1 ▪ T’=0, daí p(x) = 0 não tem raízes reais negativas Pela regra da Lacuna, temos que p(x) = 0 tem raízes complexas, pois: a2 = 0 e a1 a3 ≥ 0 Reais Positivas Reais Negativas Complexas 4 0 2 2 0 4 0 0 6 Enumeração das Raízes Complexas de uma Equação Polinomial Logo, temos as seguintes possibilidades: Aula 10 9Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes A enumeração de raízes de equações transcendentes, pela sua complexidade, está fora do escopo da disciplina, e será feita de modo aproximado pelo método gráfico OBS: certas equações transcendentes apresentam um número infinito de raízes Máximos locais negativos ou mínimos locais positivos indicam a existência de raízes complexas nas proximidades Enumeração das Raízes de Equações Transcendentes Aula 10 10Cálculo Numérico Computacional Enumeração das Raízes Exercício: Enumere as raízes das equações abaixo: 4x3 – x + 2 = 0 2x4 + x3 + 4x2 – x + 5 = 0 x5 + 3x2 – x + 8 = 0 Aula 10 11Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Localizar as raízes reais de p(x) = 0 é determinar um intervalo que contenha todas as raízes reais de p(x) = 0 Localizar as raízes complexas de p(x) = 0 é determinar os raios interno e externo que contenham raízes complexas de p(x) = 0 a e b são chamadas de cota inferior e cota superior, respectivamente Localização das Raízes de uma Equação Polinomial a b a b b a Aula 10 12Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Teorema (Cota de Verne): Toda raiz positiva de p(x) = 0; sendo a0 0, verifica 0 ≤ α ≤ CS, sendo: onde M é o valor absoluto do menor dos coeficientes negativos, e ap é o último coeficiente positivo antes do primeiro coeficiente negativo. CS é a cota superior. Fazendo o mesmo processo para –p(–x) temos a cota inferior Localização das Raízes Reais de uma Equação Polinomial Aula 10 13Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Exemplo: p(x) = x5 + x4 – 9x3 – x2 + 20x – 12 M = |–12| e ap = a1 = 1 Logo, Para as raízes negativas, temos: p(–x) = –x5 + x4 + 9x3 – x2 – 20x – 12 – p(–x) = x5 – x4 – 9x + x2 + 20x + 12 M = 9 e ap = a0 = 1 Localização das Raízes Reais de uma Equação Polinomial cota superior cota inferior Aula 10 14Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Teorema (Cota de Kojima): Dado o polinômio p(x) = a0xn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an-2x2 + an-1x + an, toda a raiz , real ou complexa, verifica que: || q1 + q2 onde q1 e q2 são os valores maiores de Localização das Raízes Complexas de uma Equação Polinomial Aula 10 15Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Exemplo: p(x) = x5 + x4 – 9x3 – x2 + 20x – 12 Temos: a0 = 1, a1 = 1, a2 = –9, a3 = –1, a4 = 20 e a5 = –12 {11,91/2,11/3,201/4, 121/5} = {1, 3, 1, 2.114742527, 1.643751829} Daí q1 = 3 e q2 = 2.114742527, e temos que toda a raiz satisfaz: || < 5.114742527 Para determinar o raio interno devemos calcular p(1/x) = –12x5 + 20x4 – x3 – 9x2 + x + 1 e aplicar o mesmo procedimento: {1.666..., 0.288675239, 0.908560296, 0.537284966, 0.608364342} q1 = 1.666... e q2 = 0.908560296 C = 2.575226962 1/C = 0.388315288 Localização das Raízes Complexas de uma Equação Polinomial cota interna cota externa Aula 10 16Cálculo Numérico Computacional Localização das Raízes Exercício: Localize as raízes das equações abaixo: 4x3 – x + 2 = 0 2x4 + x3 + 4x2 – x + 5 = 0 x5 + 3x2 – x + 8 = 0 Aula 10 17Cálculo Numérico Computacional Separação das Raízes Separar as raízes de uma equação polinomial ou transcendente é encontrar uma sequência de subintervalos distintos, tais que cada subintervalo contenha exatamente uma raizreal e cada raiz real esteja contida em um subintervalo Para a separar as raízes de uma equação polinomial existem diversos métodos; para funções transcendentes não existe nenhum processo mais geral Utilizaremos aqui apenas o método gráfico, fazendo refinamentos sucessivos em pontos estratégicos O método gráfico consiste em traçar o gráfico da equação no intervalo dado pelas cotas inferior e superior Toda a vez que a função trocar de sinal, teremos uma raiz; para raízes de multiplicidade par não temos troca de sinal Aula 10 18Cálculo Numérico Computacional Separação das Raízes Exemplo 1: f(x) = e–x – x = 0 Podemos fazer e–x = x, e teremos duas funções conhecidas: Como y = ex é monotônica estritamente decresente e y = x é crescente, temos uma única raiz que está situada em (0.5, 1) -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 y = exp(-x) y = x Aula 10 19Cálculo Numérico Computacional Separação das Raízes Exemplo 2: p(x) = x3 – 9x2 + 20x + 1 Enumeração: T = 2 2 ou 0 raízes positivas T’ = 1 1 raiz negativa Localização: (Cota de Laguerre-Thibault) CS = 9 CI = –1 Separação: método gráfico (usando x = 1, x [–1, 9]): -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 -50 0 50 100 150 200 Vemos que há uma raiz em [-1,0] e o gráfico pode indicar que não há raízes positivas Aula 10 20Cálculo Numérico Computacional Separação das Raízes No entanto, refinando x para 0.5, tomando x [4,5], temos : p(4) = 1 p(4.5) = 0.125 p(5) = 1 temos agora que existem duas raízes positivas, uma em [4,4.5] e outra em [4.5,5] -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 -50 0 50 100 150 200 4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 5 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 Aula 10 21Cálculo Numérico Computacional Separação das Raízes Exercício: Separe as raízes das equações abaixo: 4x3 – x + 2 = 0 2x4 + x3 + 4x2 – x + 5 = 0 x5 + 3x2 – x + 8 = 0 Aula 10 22Cálculo Numérico Computacional Sumário Equações e Sistemas Não Lineares Sumário Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Enumeração das Raízes Localização das Raízes Localização das Raízes Localização das Raízes Localização das Raízes Localização das Raízes Localização das Raízes Separação das Raízes Separação das Raízes Separação das Raízes Separação das Raízes Separação das Raízes