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Trabalho-Brendha

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Universidade Nilton lins
 Aluna: Brendha Campos de Araújo
 Turma: Periodontia 053
 Prof: Rosanne Pires
 Classificação das Doenças Periodontais e Peri-implantares –2018
 Manaus-AM
 2020
Classificação APP 1999
Resumidamente, a classificação antiga dividia as doenças gengivais em:
· Doenças gengivais induzidas por placa: ex: induzidas somente por placa, fatores sistêmicos, medicamentos, e induzidas por desnutrição.
· Doenças gengivais não induzidas por placa: ex: bactérias, vírus, fungos, traumas fatores genéticos, alergias e corpos estranhos.
E as periodontites divididas em:
· Periodontite crônicas
· Periodontites agressivas
· Periodontites associadas a fatores sistêmicos
· Periodontites necrosantes
Nova Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Periimplantares. 2018
 No mês de junho de 2018, foi lançado o Proceedings do Workshop Mundial para a Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Peri-Implantares, esse evento ocorreu no dia 9 ao 11 de novembro de 2017 nos estados unidos. Organizado pela Academia Americana de Periodontia e da Federação Europeia de Periodontia. Elaborou-se um guia prático para a nova classificação, organizando essas condições em 3 grandes grupos.
Foram feitas duas novas classificações, para as doenças periodontais, e as doenças peri-implantares
As condições de doenças periodontais foram divididas em 3 grupos que subdividem.
	Saúde periodontal, condições e doenças periodontais.
· Saúde gengival e periodontal, 
· Gengivite induzida por placa, 
· Gengivite não induzida por placa
	Periodontite.
· Doenças periodontais necrosantes
· Periodontites
· Periodontites causadas por doenças sistêmicas.
	Outras condições que afetam o periodonto.
· Manifestação de periodontite por doença sistêmica
· Abcessos periodontais e lesões endoperiodontais.
· Condições e deformidades mucogengivais
· Forças oclusais traumáticos 
· Fatores relacionados a prótese. 
Grupo 1. Saúde periodontal, condições e doenças periodontais. Nesta classificação, há duas situações de saúde periodontal e gengival: 
· Saúde clínica em um periodonto íntegro
Não há perda de inserção, profundidade de sondagem de até 3 mm, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e radiograficamente não há perda óssea,
· Saúde clínica gengival em um periodontal reduzido
A) Paciente com periodontite estável 
Há perda de inserção, profundidade de sondagem de até 4 mm, sem sítios com profundidade de sondagem igual ou superior a 4 mm com sangramento à sondagem e radiograficamente com perda óssea.
 B) Paciente sem periodontite
Perda de inserção, profundidade de sondagem de até 3 mm, sangramento à sondagem em menos de 10% dos sítios e possível perda óssea radiográfica 
1.2 Gengivite Induzida por placa
Esta está associada ao biofilme e pode ser dividida em 
· Gengivite associada somente ao biofilme. 
Gengivite em periodonto íntegro: sítios com profundidade de sondagem menor ou igual a 3 mm, 10% ou mais de sítios com sangramento à sondagem, ausência de perda de inserção e de perda óssea radiográfica.
Gengivite em periodonto reduzido: sítios com profundidade de sondagem de até 3 mm, 10% ou mais dos sítios com sangramento à sondagem, perda de inserção e possível perda óssea radiográfica.
 Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente: o paciente tem histórico de periodontite, por isso, apresenta perda de inserção, sítios com bolsa periodontal de até 3 mm, 10% ou mais dos sítios com sangramento à sondagem e perda óssea radiográfica.
· Gengivite mediada por fatores de risco sistêmicos ou locais:
 Ocorre quando a placa bacteriana é associada alguma doença sistêmica. Como diabetes, Tabagismo, fatores nutricionais, fatores hormonais, etc.
· Aumento da gengiva influenciada por medicamentos
 Comum com o uso de anticonvulcionantes, imunossupressores, anticoncepcionais, e bloqueados de canais de cálcio. 
1.3 Gengivite não induzida por placa
Estas são divididas em 8 grupos
1. Desordens Genéticas e de desenvolvimento
· Fibromatose gengival hereditária 
2. Infecções especificas 
· Etiologia bacteriana, viral e fungica. 
3. Condições inflamatórias e imunes.
· Doenças autoimunes, hipersensibilidade, e lesões inflamatórias granulomatosas. 
4. Processos reacionais
· Tumores na gengiva
5. Neoplasias
· Pré-malignas e malignas 
6. Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
· Deficiência de vitaminas, (VitC)
7. Lesões traumáticas
· Traumas mecânicos, físicos e queimaduras.
8. Pigmentação gengival.
· Tatuagem por amalgama, melanose do tabagista, etc. 
Grupo 2. Periodontite
2.2 Periodontite Necrosante
 Por estarem relacionadas diretamente com a imunidade do paciente, a periodontite pode ocorrer em pacientes comprometidos crônico e gravemente, temporário e moderadamente. 
Estas Periodontites, se dividem em 3:
· Gengivite necrosante: processo inflamatório na gengiva, caracterizado pela presença de necrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival e dor, halitose febre e sialorreia em crianças 
· Periodontite necrosante: Esta é a gengivite necrosante não tratada. É a Inflamação do periodonto caracterizado pela presença de necrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival, halitose, dor e perda óssea.
· Estomatite necrosante: condição inflamatória severa do periodonto e da cavidade oral em que a necrose dos tecidos moles se estende além da gengiva, acontece em pacientes comprometidos sistematicamente de forma severa.
2.3. Periodontites 
Clinicamente se apresenta pela perda de inserção de sítios Interproximais não adjacentes, perda de inserção de 3mm ou mais no vestibular, lingual ou palatina de 2 ou mais dentes. 
As periodontites são classificadas de acordo com seus graus e estágios. As tabelas a seguir mostrarão de forma resumida cada uma delas.
	Estágios de periodontite 
	Estagio1 
	Estagio2 
	Estagio3
	Estagio 4
	 
 
 SEVERIDADE
	Perda da inserção 
	1 a 2 mm
	3 a 4 mm
	5mm ou mais
	5mm ou mais
	
	Perda óssea radiográfica
	Terço coronal (> 15%)
	Terço coronal (15 a 33%)
	Terço médio ou apical da raiz
	Terço médio ou apical da raiz
	
	Perda dental 
	Sem perda dental causada pela periodontite
	4 ou menos dentes perdidos
	5 ou mais dentes perdidos
	
COMPLEXIDADE 
	
LOCAL
	Profundidade de Sondagem 4 mm ou menos Perda óssea horizontal 
	Profundidade de sondagem
 5 mm ou menos
Perda óssea horizontal 
	Profundidade de sondagem 
 6 mm menos 
Perda óssea vertical de 3 mm ou mais
	Disfunção mastigatória
Trauma oclusão secundário (mobilidade 2mm ou mais) – de 20 dentes na boca 
	
EXTENSÃO 
	
ADICIONAL AO ESTAGIO 
	Localizada (<30% dos dentes envolvidos)
Generalizada (Mais de 30% dos dentes envolvidos)
Padrão Molar Incisivo
	Grau de periodontite 
	Grau A 
	 Grau B
	Grau C
	
CRITERIO PRIMÁRIO 
	Evidencia direta 
	Perda de inserção clinica 
	Sem perda por 5 anos 
	2 mm ou menos de perda em 5 anos 
	5 mm o mais de perda em 5 anos
	
	Evidencia Indireta 
	PERDA OSSEA
	 <0,25
	 0,25 a 1.0 
	 >1.0
	
	
	
FENOTIPO 
	Muita placa pouca perda
	Perda de acordo com os níveis de placa
	Pouca placa e muita perda 
	
MODIFICADORES 
	
Fatores de risco 
	Tabagismo 
	Não fumantes
	<10 cigarros por dia 
	>10 cigarros por dia
	
	
	Diabetes 
	Sem diabetes 
	HBA1C < 7%
Com diabetes
	HAB1C >7% 
Com diabetes
2.3 Periodontites como manifestações de doenças sistêmicas. 
Ocorre quando uma doença sistêmica é o principal fator etiológico da periodontite. A doença muda o modo que o corpo reage perante a infecção 
Este grupo de periodontite se subdivide em dois grandes grupos 
 1.Desordens sistêmicas 
1.1 Desordem genética: ex: síndrome de down, síndrome de cohen, etc. 
1.2. Doenças de imunodeficiência Adquirida: ex: Neutropenia adquirida e infecção por HIV.
1.3. Doenças inflamatórias: ex: Epidermólise bolhosa adquirida e doença inflamatória do intestino
2. Outrasdesordens sistêmicas como: diabetes mellitus, obesidade, osteoporose, artrite, estresse emocional, depressão, tabagismo e uso de medicações. 
Grupo 3. Outras condições que afetam o periodonto 
3.1. Manifestação periodontais de doenças sistêmicas 
Estas, por sua vez, é causada por desordens sistêmicas que podem causar perda dos tecidos de suporte. 
· Neoplasias: carcinoma oral de células escamosas, tumores odontogenicos.
· Outras desordens: Granulomatose com poliangite, histiocitose de células de Langerhans, granulomas de células gigantes, hiperparatireoidismo e esclerose Sistêmica.
3.2. Abcessos Periodontais e Lesões Endoperiodontais 
Se define pelo acúmulo de pus na parede gengival de bolsa periodontal, causando destruição tecidual. São classificadas de acordo com fatores etiológicos:
1. Abcesso periodontal em paciente com periodontite: 
 • Exacerbação aguda: Em pacientes não tratados ou não responsivos a terapia periodontal 
 • Após o tratamento: Após raspagem, cirurgia ou medicação
2. Abcesso periodontal em paciente sem periodontite 
 Perda óssea, dor, vitalidade negativa, mobilidade dental, fístula, supuração
3. Lesões endoperiodontais: Comunicação patológica entre os tecidos pulpar e periodontal, que pode ser aguda ou crônica.
 • Lesão endoperiodontal com dano radicular 
Quando há fratura radicular ou perfuração do canal ou assoalho pulpar e reabsorção radicular externa. 
 • Lesão endoperiodontal em paciente com periodontite 
Grau 1: Bolsa periodontal estreita e profunda em uma superfície radicular Grau 2: Bolsa periodontal larga e profunda em uma superfície radicular Grau 3: Bolsas periodontais profundas em duas ou mais superfícies radiculares
 • Lesão endoperiodontal em paciente sem periodontite
Grau 1: Bolsa periodontal estreita e profunda em uma superfícia radicular Grau 2: Bolsa periodontal larga e profunda em uma superfície radicular Grau 3: Bolsas periodontais profundas em duas ou mais superfícies radiculares
3.3 Condições e deformidades Mucogengivais
A recessão gengival é influenciada pelo fenótipo periodontal, resultante da combinação de fenótipo gengival. Para o diagnóstico, deve-se utilizar a transparência gengival da sonda durante a sondagem 
• Sonda Visível: Fenótipo fino
 • Sonda não visível: Fenótipo espesso
Classificação das recessões gengivais
 Recessão tipo 1 (RT1): Sem perda interproximal. JCE interproxima não detectável clinicamente na mesial ou distal
Recessão Tipo 2 (RT2): Perda de inserção interproximal, com distância da JCE ao fundo da bolsa menor ou igual a perda de inserção vestibular
 Recessão Tipo 3 (RT3): Perda de inserção interproximal da JCE ao fundo da bolsa maior que a perda de inserção vestibular
Degrau:
 • Classificação da condição radicular de acordo com a presença de concavidades 
 Classe +: Presença de degrau cervical maior que 0,5mm 
 Classe -: Ausência de degrau cervical maior que 0,5mm 
3.3 Forças Oclusais traumáticas 
Forças oclusais traumáticas são definidas como qualquer força oclusal que resulte em dano aos tecidos de inserção periodontal. Não há evidências de que forças oclusais traumáticas causem perda de inserção periodontal ou acelerem a progressão da periodontite em humanos. Portanto, há evidências de que forças oclusais não causam recessão gengival. 
Trauma oclusal primário: Ocorre em dentes com suporte normal 
Trauma oclusal secundário: Ocorre em dentes com suporte reduzido
Forças Ortodônticas: Podem resultar em reabsorção radicular, desordens pulpares, recessão gengival e perda óssea alveolar. 
3.4. Fatores relacionados aos dentes e as próteses 
Se dividem em: 
· Fatores locais relacionados ao dente que podem modificar ou predispor a doenças gengivais induzidas pelo biofilme/periodontite. E Fatores locais relacionados à prótese dental: 
· Margens de restaurações posicionadas no espaço dos tecidos aderidos supra ósseos 
· Procedimentos clínicos relacionados à confecção de restaurações indiretas
· Reações de hipersensibilidade aos materiais odontológicos.
Condições e doenças Peri-implantares. 
Se divide em: 
· Saúde Peri-implantar: 
Tem ausência de inflamação, sangramento e perda óssea. Não há aumento da profundidade de sondagem em relação a exames prévios e é o que se espera após o tratamento com implantes. 
· Mucosite Peri-implantar: 
Tem a presença de sangramento e/ou supuração à sondagem, te ausência de aumento ou pequeno aumento da profundidade de sondagem e ausência de perda óssea.
· Peri-implante: Há o desenvolvimento mais rápido que o da periodontite, tem presença de sangramento e/ou supuração Aumento da profundidade de sondagem em relação a exames prévios e com presença de perda óssea
· Deficiência nos tecidos Peri-implantares moles e duros:
Se relacionam com a condição clínica antes, durante e depois da colocação dos implantes
Se dividem em:
· Dimensão diminuída do processo alveolar/rebordo:
Exposição a: Infecções endodônticas, perda de suporte periodontal, agenesia dental, etc.
· Recessão da mucosa Peri-implantar
Exposição a: Mau posicionamento do implante, ausência de osso vestibular, tecido mole fino, trauma cirúrgico
· Ausência de mucosa queratinizada
Não existem evidências sobre o efeito da mucosa queratinizada na saúde Peri-implantar
· Osso Peri-implantar
Altura da papila entre dentes e implantes é afetada pela altura dos tecidos periodontais nos dentes adjacentes ao implante
A altura da papila entre implantes é determinada pela crista óssea.

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