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Colorações histopatológicas

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P A T O L O G I A B U C A L 
Colorações Histopatológicas 
 
Introdução 
→ As colorações histopatológicas são importantes, 
pois a maioria dos tecidos são incolores, dificultando 
assim a sua observação no microscópico. Aí entram 
as técnicas de coloração histopatológicas, tornando 
visíveis seus componentes e diferenciando uns dos 
outros. 
→A maioria dos corantes podem ser classificados 
quimicamente em corantes básicos, ácidos e neutros. 
●Corantes básicos: Possuem auxocromo catiônico 
(+), com afinidade por componentes ácidos dos 
tecidos (aniônicos (-)). 
●Corantes ácidos: Possuem auxocromo aniônicos (-), 
com afinidade por componentes básicos dos tecidos 
(catiônicos(+)). 
→ Os componentes dos tecidos que se coram com 
corantes básicos são chamados de basófilos. 
→Os componentes dos tecidos que coram com 
corantes ácidos são chamados de acidófilos. 
→Exemplos de corantes básicos: HEMATOXILINA 
(núcleo), azul de toluidina, azul de metileno. 
→ Exemplos de corantes ácidos: EOSINA (citoplasma 
e matriz extracelular), Orange G, Fuscina ácida. 
Hematoxilina-Eosina (HE) 
→ Coloração Histológica Universal 
→ “Coloração de Rotina” 
→A Hematoxilina é um corante básico, que tem 
atração por substâncias ácidas. A Eosina é o contrário. 
→ A hematoxilina é um corante de cor azul-púrpura. 
E a Eosina é um corante vermelho. 
→ Exemplificando: Ao observar no microscópio uma 
célula, seu núcleo se apresenta na coloração azul-
púrpura, ou seja, basófilo. Isso porque o núcleo é rico 
em DNA (Ácido desoxirribonucleico), ou seja, ácido. 
Portanto é atraído pela hematoxilina (um corante 
básico). Já o citoplasma da célula possui um caráter 
mais básico e é, portanto, corado em tonalidades de 
vermelho da Eosina. Algumas regiões do citoplasma 
podem apresentar azuladas, pois em algumas regiões 
há RNA (Ácido ribonucleico), que é corado pela 
hematoxilina. 
Impregnação em prata 
→Alguns tecidos não são corados pela HE, como é 
o caso das fibras reticulares. Para observar essas fibras 
em microscopia óptica, algumas técnicas específicas 
podem ser utilizadas, como a coloração 
ou impregnação em prata. 
→ O corante em prata tem atração por substâncias 
argirofilia (substâncias identificadas pela prata). 
→ Ao observar a lâmina impregnada em prata, essas 
fibras apresentam-se enegrecidas. 
Tricômico de Masson 
→ Como o nome sugere, tricômico, utiliza-se três 
cores, que irão diferenciar diferentes estruturas. Mas 
o principal destaque dessa técnica são as fibras de 
colágenos do tipo I, facilitando sua observação. Nesta 
técnica as fibras colágenas assumem coloração 
verde/azul. Além disso, permitem observar o núcleo 
e o citoplasma das células muito bem. 
→ A suspeita diagnóstica de leiomioma é confirmada 
no tricômico de Masson que cora, também, fibras 
musculares em vermelho. 
 
Tricômico de Goldner 
→ Técnica utilizada para coloração de osso não 
mineralizado. 
→ Permite diferenciar o osso mineralizado (corado a 
verde) do osteóide (corado a laranja/vermelho). 
 → Os núcleos coram de azul acinzentado e a 
cartilagem de purpura. 
Tricômico de Mallory 
→ Técnica utilizada para coloração do tecido 
conjuntivo, evidenciando fibras de colágeno e fibras 
musculares. . 
→ Cora estas fibras em azul e as vezes em amarelo. 
Ácido Periódico de Schiff (PAS) 
→ Técnica utilizada para coloração, especificamente, 
de estruturas contendo uma alta proporção de 
macromoléculas de carboidrato (glicogênio em 
tecidos). 
→ Podendo corar, também, as mucinas 
(mucopolissacarídeos neutros) e fungos. 
→ Os fungos se coram em vermelho-rosado 
brilhante: principalmente suas paredes celulares 
compostas de uma mistura de celulose e quitina 
(contém polissacarídeos). 
→ Um corante básico é frequentemente usado junto 
com o PAS, como corante de contraste. 
PAS pode ser usada para distinguir entre diferentes 
tipos de doenças de estocagem de glicogênio. 
Azul de Alcian (AA) 
→ É um compostos catiônico (+), ou seja, corante 
básico. 
→ Tem grande especificidade em corar mucinas 
ácidas em cor azul. 
→ Os tecidos corados com AA não são afetados por 
posteriores tratamentos com água ou álcool, e possui 
uma elevada durabilidade de coloração. 
Vermelho Congo 
→ Essa técnica tem a capacidade de corar amiloide 
de laranja/vermelho, e pode ser usada juntamente 
com a imuno-histoquímica. 
→ O núcleo central da amiloide mostra uma 
característica refringência verde-esmeralda em luz 
polarizada e imagens em cruz de malta, lembrando o 
trevo de quatro folhas. 
 
Gram 
→ Coloração utilizada para corar lâminas com 
determinadas bactérias. 
→ Se justifica pela composição da parede bacteriana. 
Fotana Masson 
→ Utilizado para demonstração de substancias 
argentafins, como a melanina, glânulos argentafins de 
tumores carcinoides e alguns grânulos 
neorossecretores. 
→ Certos componentes tecidulares são argentafins, 
isto é, eles possuem a capacidade de reduzir soluções 
de prata a prata metálica visível, sem a necessidade 
de um agente redutor externo 
 
Sudan 
→ Grande afinidade com gorduras, portanto, essa 
técnica é usada para corar amostras sudanófilicas, 
usualmente lipídeos, triglicerídeos e lipoproteínas. 
→ É frequentemente usada para determinar o nível 
de gordura fecal para diagnosticar esteatorreia. 
 
Giemsa 
→ Usado para o diagnóstico histopatológico 
de malária e outros parasitas. 
→ Também usada para a visualização de células 
sanguíneas, bacilos esporulados, cromossomos e da 
bactéria H. pylori, protozoários. 
 
Grocott (Metenamina de prata de 
Grocott - GMS) 
→ É a melhor técnica para visualizações de fungo. 
→ Trata-se, também, de um impregnação pela prata 
em corte de parafina, que destaca a parede celular 
dos fungos em cores que vão do amarelo-ouro ao 
negro. 
 
http://anatpat.unicamp.br/bineuplacassenis2.html
http://anatpat.unicamp.br/bineuplacassenis2.html
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Exame_de_gordura_nas_fezes&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasitismo
 
Outras colorações 
→ Coloração de wade e ziehl neelsen: Demonstrar o 
Mycobacterium em cortes de tecido. 
→ Método do Oil O Red: para identificação de lipídeos 
em cortes congelados. 
→ Azul da Prussia-Perls (AP): É o método de eleição 
para a identificação da hemossiderina (pigmento 
ferroso, anormal microscópico), corando-a de azul. 
→ Verhoeff-van Giesson (VVG): Para identificar 
sistema elástico, núcleos, colágeno e outras estruturas 
tissulares. 
→ Azul de Cresil brilhante: Corante básico que tem 
afinidade com o RNA (Ácido ribonucleico). 
→ Azul de Metileno: Corante bacteriológico 
→ Papanicolau: Técnica utiliza três soluções corantes: 
a Hematoxilina de Gill (substituida também pela 
Hematoxilina de Harris), OG-6 e EA-36 ou EA-65. 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Hematoxilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/OG-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/EA-36
https://pt.wikipedia.org/wiki/EA-65

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