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1 
Escola Superior de Soldados 
―Cel PM Eduardo Assumpção‖ 
―Apostila de Técnica de Direção 
Preventiva de Viaturas 
EAD EAP 2020‖ 
2 
 
Í N D I C E 
Direção defensiva........................................................................................................3 
Principais causas de acidentes....................................................................................3 
Condições adversas e comportamentos seguros no trânsito.......................................4 
Passagem de serviço motorizado e manutenção de primeiro escalão.........................5 
Deslocamento para ocorrência....................................................................................24 
3 
DIREÇÃO DEFENSIVA 
Todo acidente é evitável? 
Sim, por que sempre haveria algo que poderia ser feito por alguém para evitá-lo, caso o 
responsável tivesse usado a razão e o bom senso para condução de maneira correta respeitando a 
sinalização e as leis de trânsito. É então que aparece o conceito de direção preventiva que vai além da 
direção preventiva. 
Direção Defensiva: é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) 
dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito; 
Direção Policial Preventiva: ramo da direção defensiva que se destina a otimizar os 
processos técnicos de condução dos veículos de emergência, seja em deslocamentos de 
patrulhamento ou de urgência, visando a um comportamento técnico-seguro aos profissionais de 
polícia, de caráter duradouro e permanente que disseminem uma verdadeira cultura de segurança, tanto 
nos deslocamentos com viaturas policiais, quanto a condução habitual segura, com seus veículos 
particulares, ambos amparados e protegidos em seus direitos constitucionais que é o bem maior 
tutelado: a preservação da vida. DA SILVA 2014. Estes são os conceitos resumidos do trabalho do Maj 
De Jesus. 
CONDIÇÕES ADVERSAS 
Como já foi visto no ano passando as condições adversas dividem-se em condições adversas 
comuns a todos os motoristas e condições adversas peculiares a atividade policial. Esses conceitos 
são importantes para que prossigamos nos nossos estudos neste ano, sobretudo em razão da principal 
condição adverso presente: O Ser Humano. 
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES 
De acordo com o IPEA/ANTP, o acidente de trânsito é todo ocorrido em via pública, inclusive 
calçadas, decorrente do trânsito de veículos e pessoas, que resulta em danos humanos e materiais. 
Compreende colisões entre veículos, choques com objetos fixos, capotamentos, tombamentos, 
atropelamentos e queda de pedestres e ciclistas. 
• 7% por outras causas menores.
• 6% são causadas por más condições nas vias;
• 12% são causadas por falhas mecânicas nos veículos (manutenção preventiva);
• 75% são causados por falhas humanas;
4 
COMPORTAMENTOS SEGUROS NO TRÂNSITO 
Existem procedimentos ao serem praticados conscientemente, ajudam a prevenir ou evitar 
acidentes. Podemos chamar estes procedimentos de Método Básico na Prevenção de Acidentes e 
aplicá-los em qualquer atividade no dia-a-dia, que envolva riscos. Podemos aplicá-los, também, no ato 
de dirigir, desde que conheçamos os fatores que mais levam à ocorrência de um acidente. 
Ver, pensar e agir com conhecimento, rapidez e responsabilidade, são os princípios básicos 
de qualquer método de prevenção de acidentes. As estatísticas mostram que é grande o número de 
acidentes que ocorrem envolvendo dois ou mais veículos e que as colisões mais comuns são chamadas 
de "tradicionais", por peritos ou órgãos ligados ao trânsito, além de outros fatores que veremos a 
seguir. 
Colisão com o veículo da frente: 
É aquela em que você bate no veículo que está à sua frente e diz "infelizmente não foi possível 
evitar", por ele ter parado bruscamente ou não ter sinalizado que iria parar. O condutor defensivo 
evitaria facilmente esse acidente, utilizando-se corretamente das distâncias recomendadas e evitando 
dirigir muito próximo ao veículo da frente. As condições encontradas pelos condutores nas vias, são as 
mais diversas e a surpresa é o elemento causador dos acidentes dessa natureza, se não estivermos a uma 
distância segura dos outros veículos. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o 
seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista. 
Mas qual a distância correta? É aquela que nos dê tempo suficiente para pararmos nosso 
veículo sem atingir o veículo da frente, mesmo em situações de emergência ou de parada brusca. 
A aquaplanagem é um dos motivos que irá dificultar sua parada a tempo, provocando a 
colisão, assim como os pneus lisos (carecas) ou mal calibrados, que fazem parte dos equipamentos 
obrigatórios. 
Veja agora algumas sugestões para evitar a colisão com o veículo da frente: 
- Esteja atento:
Nunca desvie a atenção do que está acontecendo em volta e observe os sinais do condutor da 
frente, tais como luz de freio, seta, pisca-pisca, sinalização com os braços, etc., pois indicam o que ele 
pretende fazer. 
5 
- Controle a situação:
Procure ver além do veículo da frente para identificar situações que podem obrigá-lo a 
manobras bruscas sem sinalizar, verifique a distância e deslocamento também do veículo de trás e ao 
seu lado para poder tomar a decisão mais adequada, se necessário, numa emergência. 
- Mantenha distância:
Se você não estiver longe o suficiente, irá bater no veículo da frente. Lembre-se de que com a 
chuva ou pista escorregadia essa distância deve ser maior que em condições normais (DICA: em pistas 
escorregadias, dobre a distância e a atenção). 
- Comece a parar antes:
Se necessário pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de perigo, caso o veículo 
tenha sistema ABS, mas caso contrário pise aos poucos para evitar derrapagens ou parada brusca, 
pondo em risco os outros condutores na via que talvez não conheçam como você esta. 
Colisão com o veículo de trás: 
Uma das principais causas de colisões na traseira é motivada por motoristas que dirigem 
"colados" e nem sempre se pode escapar dessa situação, principalmente numa emergência. 
A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-se do condutor que o segue a curta distância, 
reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra faixa de trânsito ou acostamento, levando-o a 
ultrapassá-lo com segurança. Veja as sugestões para livrar-se de situações de perigo: 
- Planeje o que fazer:
Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar. Planeje antes o seu 
trajeto, mesmo em conduções de emergência, para não confundir o condutor que vem atrás com 
manobras bruscas. 
- Sinalize suas atitudes:
Informe através de sinalização correta e dentro do tempo necessário o que você pretende fazer, 
para que os outros condutores também possam planejar suas atitudes. Certifique-se de que todos 
entenderam e viram sua sinalização. 
6 
- Pare aos poucos:
Alguns condutores só se lembram de frear após o cruzamento onde deveriam entrar. Isto é 
muito perigoso, pois obriga os outros condutores a frear bruscamente e nem sempre é possível evitar a 
colisão. 
Livre-se dos ―colados‖ à traseira da viatura: Use o princípio da cortesia e favoreça a 
ultrapassagem dos "apressadinhos", mantendo sempre as distâncias recomendadas para sua segurança. 
Se você parar bruscamente, mudar de faixa de trânsito ou não sinalizar suas intenções, poderá 
causar um acidente grave. 
Colisão frente a frente: 
É um dos piores tipos de acidente, pois em poucos segundos os veículos se transformam em 
ferro retorcido, envolvendo os condutores e ocupantes de tal maneira que raramente escapam com vida. 
Vários são os fatores que ocasionam este tipo de acidente e quase todos eles derivam do 
descumprimento das leis de trânsito ou de normas de direção defensiva, portanto do condutor 
preventivo deve estar atento a atitudes dos outros motoristas que revelem tal situação: excesso de 
velocidade; problemascom o veículo ou distração do condutor, ingestão de bebida alcoólica, dormir no 
volante são facilmente percebidos pela oscilação do veículo na pista. 
Essas colisões também ocorrem nas ultrapassagens feitas em desacordo com as medidas de 
segurança. 
Veja algumas sugestões para evitá-las: 
- Evite as ultrapassagens perigosas:
Em locais de pouca visibilidade, nas curvas, locais proibidos por sinalização, verificando 
sempre se o tempo e o espaço de que você dispõe são suficientes para realizar a ultrapassagem com 
segurança. 
- Cuidado com as curvas:
Vários fatores como: velocidade, tipo de pavimento, ângulo da curva, condições do veículo e 
condutor são fatores que podem determinar a saída do seu veículo da sua faixa de direção, indo chocar-
se com quem vem no sentido contrário, causando um acidente grave. Caso você saia da pista para uma 
área de acostamento não retorne imediatamente à pista (isso poderá levá-lo para a contra mão de 
direção causando este tipo de acidente), mas se mantenha em frente pelo acostamento, retornando aos 
poucos e gradativamente. Nas curvas reduza sempre a velocidade e mantenha-se atento. 
7 
- Atenção nos cruzamentos:
Estes acidentes ocorrem nas manobras de virar à direita ou esquerda, não observar o semáforo 
ou a preferência de passagem no local, assim como a travessia de pedestres. Espere com calma e só 
realize a manobra nos locais permitidos e com segurança. Em caso de urgência faça o cruzamento faixa 
por faixa, lanço por lanço, paulatinamente, vendo e sendo visto. Na maioria destes acidentes, por força 
do impacto, o condutor ou ocupantes são projetados para fora do veículo, através do para-brisa ou 
portas do veículo. Isso não ocorre se eles usarem o cinto de segurança. 
Além de conhecer aqueles fatores presentados (ver, pensar e agir) e os tipos de colisões, você 
deve estar preparado em todos os momentos, para atitudes que ajudem na prevenção. A Escola 
Superior de Soldados (ESSd), Órgão de Apoio de Ensino Superior e Órgão Gestor do Conhecimento 
(OGC) dos Cursos e Estágios de Técnicas de Direção Policial Preventiva, reconhecidos e utilizados 
como referência pelas Polícias Militares dos Estados, Forças Armadas, Polícia Federal entre outras 
instituições, tem resultados estatísticos dos acidentes envolvendo policiais militares. A observação de 
alguns desses acidentes, revela que não foram observadas questões simples, porém básicas, para a 
condução de um veículo, que evidenciam a má formação e os diversos vícios que expõem a saúde, a 
integridade física e a vida do policial, da equipe e dos demais usuários da via. 
A maneira incorreta de se posicionar no veículo é uma das grandes causas de acidentes. 
Alguns condutores de emergência "acham" que estão dirigindo direito ao se apoiarem nas portas 
colocando os braços ou a cabeça para fora do veículo, com uma única mão ao volante (lavando pratos) 
e a outra mão sobre o câmbio. Por desconhecerem comportamentos adequados acabam por se exporem 
desnecessariamente, seguindo atitudes dos mais ―antigos‖. Assim é sempre bom relembrarmos alguns 
conceitos básicos de ergonomia, onde o Policial deverá fazer os ajustes em conformidade com o seu 
biótipo: 
Ajuste do banco: O banco está dividido em três partes, e todas deverão ser ajustadas. 
Ajuste do assento: Encontrar a distância confortável dos pedais: Colocar os pés sob os pedais 
de forma que toquem o assoalho do veículo, sem ficar com as pernas totalmente esticadas, ficando 
levemente flexionadas; outra forma é, no veículo com câmbio mecânico, pisar no pedal da embreagem 
com o pé direito e pressioná-lo até atingir o curso máximo e tocar o assoalho, sem que para isso o 
condutor desencoste o quadril da parte inferior do encosto do banco. 
Ajuste do encosto: Estando com o corpo totalmente encostado no banco, posicionar os braços 
à frente, um cada lado do volante na posição 14h45, (quinze para as três) do relógio e sem forçar para 
frente ou recuar os ombros, fazer que o volante do veículo toque o pulso, pois desta forma, ao fazer a 
pega no volante, os braços ficarão levemente flexionados, permitindo manobras firmes, rápidas e 
seguras, aliado ao fato que, se mantendo firme e apoiado ao encosto do banco, caso o veículo perca 
8 
tração nas rodas traseira e derrape, há uma percepção imediata nas costas, possibilitado manobras de 
correção instantânea, antes mesmo da percepção visual. 
Ajuste do Encosto de Cabeça: Este deverá se ajustado não apenas pelo motorista, mas por 
todos os ocupantes do veículo, pois em caso de colisão forte na traseira ou em situação de impacto 
dianteiro, o pêndulo (vai e vem) causado pela ação do cinto de segurança, inibirá a fratura ou lesão da 
coluna cervical ou mesmo uma luxação no pescoço. Este deverá ser ajustado de forma que a parte de 
ferro do encosto, envolta em espuma, toque a cabeça na sua parte superior, fazendo um alinhamento 
com os olhos. 
OBS: O Encosto de cabeça é uma peça removível, portanto, em caso de acidente em que 
algum ocupante fique preso ao veículo, impossibilitado de abrir as portas, remova um dos encostos de 
cabeça e use-o como ferramenta para quebrar os vidros e sair com segurança. 
Pegada no Volante: Posição correta, 14h45, (quinze para as três), sempre pegando no volante 
por fora, fechando todos os dedos para ter maior firmeza na condução do veículo, porém, em algumas 
situações, como pista com piso irregular ou pista escorregadia, poderá manter os polegares esticados ao 
longo do volante. Jamais pegar no volante com apenas uma das mãos, mesmo por cima e por fora, 
exceto quando uma das mãos estiver executando outro procedimento no veículo; não pegar no volante 
com a mão por dentro, explicar que dessa maneira, fica condicionado a realizar a manobra em uma 
única direção, mesmo antes da necessidade de fazê-la; não manusear o volante com apenas uma das 
mãos apoiada sobre o volante, (lava prato); 
Essa pegada, além de errada, em caso de situação de emergência, se houver perda de 
estabilidade ou derrapagem do veículo, aliado ao stress do momento e o suor das mãos, ficará muito 
difícil, quase impossível controlar o veículo. 
Treinar o Motorista para que, nas situações que houver necessidade de se fazer zig-zag com o 
veículo e em espaços apertados, fazer as transposições das mãos, sempre pegando no volante por cima, 
no topo e trazê-lo até o momento em que a mão que trouxe o volante atinja a região da perna, soltando 
e buscando novamente no topo e, repetir o movimento o quanto for necessário ou até atingir o curso 
máximo do volante, de forma que, nas curvas, não ficar com os braços cruzados, se tocando, pois dessa 
forma ficará limitado e em caso de derrapagem da parte dianteira do veículo, já não haverá muito o que 
fazer, correndo riscos de se envolver em acidentes, sem contar que dessa forma, o volante estará sendo 
seguro por apenas um dedo de cada mão. 
9 
Freio de Estacionamento: Pressionar e manter o botão liberador até a posição de travamento 
das rodas e soltá-lo. Justificar que, além da manutenção do equipamento, pois dessa forma evita o 
desgaste prematuro pela ação de contato entre as catracas. 
O mais importante é condicionar o motorista que eventualmente poderá fazer uso desse meio 
de frenagem para reduzir velocidade e até mesmo auxiliá-lo em algumas manobras, evasivas ou 
correção de traçado e perda de estabilidade do veículo. Lembrar que se o freio de estacionamento for 
acionado em velocidade média a alta, a traseira do veículo tende a dançar, sair de sua trajetória, 
podendo ocasionar rodopios e capotamento, portanto, nessas situações de velocidade, ao acionar o freio 
de estacionamento, manter o botão de liberação pressionado e simular uma frenagem tipo ABS, 
travando e soltando o freio, pois desta forma evita-se que o veículo saia da trajetória e ganha-se espaço 
de frenagem. 
Ajuste dos Espelhos Retrovisores: Ajustar os espelhos externos e o interno de modo que o 
motorista não percao contato frontal do veículo, apenas desviando o olhar ele possa ter uma visão 
ampla das laterais e traseira; 
Espelhos Retrovisores Externos: Traçar duas linhas imaginárias dividindo o espelho em 
quatro partes e posicioná-los de forma que se possa visualizar, a maçaneta traseira do veículo pelo 
ângulo interno-inferior do espelho, pois dessa forma aumenta o campo de visão lateral e, na percepção 
de algo ao lado que não foi possível visualizá-lo através dos espelhos, admite-se uma rápida olhada por 
sobre o ombro esquerdo e ou janela lateral direita, para certificar-se e ter segurança em sua condução 
veicular, lembrando que o foco principal de sua atenção é à frente e a 180º, usando visão periférica. 
Espelho Retrovisor Interno: Posicioná-lo de forma a visualizar as duas colunas traseiras do 
veículo, pois dessa forma, é possível uma visão total da parte traseira, ora pelo centro, ora pelas 
laterais. 
Identificação dos Pontos Cegos: Identificar os pontos cegos nos veículos, sendo as colunas 
os principais, mas também os espelhos retrovisores se tornam pontos cegos em algumas circunstâncias. 
Eliminam-se estes pontos com um leve deslocamento do tronco a frete ou para trás. 
Quarto Pedal ou Pedal de Segurança: Item importantíssimo em instrução de ergonomia, 
pois é o principal meio de apoio que sustentará o motorista firme no banco, tendo condições de realizar 
manobras bruscas em situações de emergência, pois sua preocupação será tão somente a de controlar o 
veículo, tendo segurança para isso. Alguns veículos já vêm de fábrica adaptados com um pedal na 
lateral esquerda dos pedais, embreagem, freio e acelerador e, no caso da ausência desta, o motorista 
deverá posicionar o pé esquerdo junto a lateral interna, calçando o mesmo na saliência do Paralamas, 
que dá um ponto firme de apoio. Em situações de emergência, onde se exige o máximo de habilidade 
do condutor, essa postura de utilização do quarto pedal lhe proporcionará segurança para executar seu 
deslocamento, pois quando não está utilizando o pé esquerdo para acionar o pedal da embreagem, este 
10 
deverá estar fixado firme no pedal de segurança, forçando para que o corpo fique ao máximo 
pressionado contra o encosto do banco, sendo esse anatômico, o corpo encaixa-se e não se move 
durante as manobras mais agressivas, evitando assim que o motorista utilize do volante ou da porta do 
veiculo para se segurar. Importante lembrar que, quando o condutor do veículo está utilizando o pedal 
de segurança, forçando o corpo contra o encosto do banco, caso haja perda de trajetória da parte 
traseira do veículo, tem uma percepção instantânea, mesmo antes da percepção visual, tendo condições 
de realizar manobras de correção rapidamente. 
Lembrar que todos os ocupantes do veículo deverão procurar um apoio para que, em situações 
de um deslocamento de emergência, fiquem ancorados no interior do veículo e se necessário, alguma 
reação ainda embarcado, tenham segurança em realizá-las. 
Utilização do Freio: Em nossa frota, existem veículos dotados de freio do tipo mecânico, 
(trava das rodas) e do tipo ABS (Antíloco Breaking System), Ante travamento das rodas. 
Freio ABS: Como usá-los? Os veículos dotados com sistema de freio ABS, possibilitam uma 
frenagem segura, mesmo em piso de diversos revestimentos ou mesmo em condições de chuva, pois é 
um sistema de frenagem que evita que a roda bloqueie quando o pedal de freio é acionado fortemente e 
entre em derrapagem, deixando o automóvel sem aderência à pista e; desta forma, pode-se até fazer 
uma curva com o pé pressionando forte o pedal do freio. Lembrar que não é aconselhável deixar para 
frear dentro da curva, pois caso o sistema ABS falhe, será acionado o sistema mecânico com 
travamento das rodas e, nesse caso, dependendo da velocidade, não conseguirá realizar a manobra da 
curva e fatalmente se envolverá em acidente. 
Freio Mecânico: Sistema que acionado, trava as rodas e o veículo tende a derrapar até que a 
força física que vem impulsionando o veículo se perca e esse pare. É um sistema já ultrapassado, pois 
necessita de um espaço maior para frenagem e parada do veículo e sua eficácia fica comprometida em 
piso escorregadios, pedregosos, terras e outros, além do que, em caso de necessidade de realizar 
mudança de direção ou em curvas, o condutor não terá êxito, pois com as rodas travadas, o comando ao 
volante não obedece. Neste caso, o motorista precisa conhecer bem seu veículo e treinar 
exaustivamente a frenagem, simulando um freio do tipo ABS, onde o condutor irá pisar forte no freio e 
quando sentir que travou as rodas, liberar o pedal do freio e pisar forte novamente e repetir a ação até a 
obtenção do resultado desejado. Lembrar que em nenhuma das situações, sendo o veículo dotado de 
freio ABS ou mecânico, pisar no freio e no pedal da embreagem simultaneamente, pois se assim o 
fizer, estará anulando o freio motor e precisará de um espaço maior para a parada do veículo aliado ao 
fato que o veículo poderá ficar instável e perder a trajetória. 
Freio Motor: é um recurso em que o funcionamento do motor do veículo ajuda a diminuir ou 
controlar a velocidade do carro, sendo possível utilizá-lo também em carros automáticos, quando no 
sistema esportivo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trav%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roda
11 
Cinto de Segurança: O cinto de segurança é um dispositivo de defesa e segurança dos 
ocupantes de um meio de transporte. O mesmo serve para, em caso de colisão, não permitir a projeção 
do passageiro para fora do veículo e nem que este bata com a cabeça contra os para- brisas ou outras 
partes duras do veículo. O cinto de segurança é obrigatório em aviões e veículos com motores, em 
quase todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Como quebrar esse paradigma que o cinto de 
segurança vai atrapalhar e ou retardar um desembarque rápido e em caso de incêndio ou submersão, os 
ocupantes poderão ficar presos ao veículo? Por meio da técnica! 
Técnica de Colocar o Cinto (ativação): Com a mão oposta a do cinto, segurá-lo pelo engate 
e puxá-lo até a parte superior do volante e trazê-lo até o ponto de fixação pressionando até ouvir o 
―click‖ de travamento, sem olhar, pois assim não perderá contato com o exterior. Para uma pessoa com 
dimensões avantajadas em que apenas levando o engate do cinto até o volante não for suficiente para 
engatá-lo, auxiliar com a outra mão, pegando no cinto junto a coluna do veículo e puxá-lo até o volante 
e, ao mesmo tempo a mão que já está sobre o volante segurando o engate do cinto deslocar até o ponto 
de conexão e travamento. Lembrar que, quando se puxa o cinto numa linha horizontal, facilita sua 
liberação, evitando assim o trava e solta que acontece quando puxamos rápido já na direção do engate. 
Técnica de Liberar o Cinto (desativação): Se houver a necessidade de um desembarque 
rápido e os ocupantes estiverem usando o cinto de segurança, não é preciso entrar em pânico, pois 
existem técnicas para tal. Comece a treinar o desembarque por etapas, 1, 2 e 3 (regra dos três 
segundos). 
Etapa Um: Leve a mão que fica ao lado do ponto onde o cinto de segurança está travado e 
coloque seu polegar sobre a trava que libera o cinto; ao mesmo tempo, com a outra mão espalmada, 
coloque os dedos unidos entre o cinto de segurança e seu corpo, podendo colocá-los diretamente na 
altura do abdômen ou se preferir, eleve a mão até a altura do pescoço onde terá um espaço entre o 
cinto e seu corpo e deslize até a altura do abdômen. 
Etapa Dois: Pressione a trava que libera o cinto e vá com a outra mão até a maçaneta da 
porta e verá que o cinto de segurança já não estará mais envolto em seu corpo. 
Etapa Três: Abra a porta e a empurre com força para fora colocando seu pé na base da 
porta, segurando-a em seu retorno, evitando assim que você venha se ferir, caso a porta volte ao seu 
encontro e você colida com a mesma durante o desembarque. 
Após treinar por etapas,fazer tudo simultaneamente para verificar a eficiência das técnicas 
apresentadas. 
Exercícios práticos são fundamentais para que tais manobras e procedimentos sejam 
realizados com sucesso. 
PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colis%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ve%C3%ADculo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Avi%C3%B5es
 
12 
 
 
 
1. O encarregado que esta entrando de serviço deverá verificar: 
1.1. as determinações referentes à área de atuação; 
1.2. as ordens estratégicas operacionais; 
1.3. as ocorrências em andamento; 
1.4. operacionalidade do TMD (Terminal Móvel de Dados) junto ao serviço de dia; 
1.5. operacionalidade do rádio junto ao COPOM/CAD; 
1.6. os impressos oficiais (BOPM, RSO, dentre outros, de acordo com a modalidade de 
policiamento); 
1.7. materiais correspondentes ao tipo de atividade da equipe (especialidade de atuação ex: cilindro de 
ar, etilômetro, elastômero, armas portáteis, caixa de contenção de animais, dentre outros). 
2. O motorista que está entrando de serviço deverá verificar as novidades da viatura: 
2.1. pasta de documentos (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo - CRLV, ficha de controle de 
abastecimento e/ou cartão de abastecimento); 
2.2. inspeção interna e externa a fim de verificar possíveis irregularidades; 
2.3. estado geral da viatura, conforme o POP de Manutenção de 1º escalão em viatura. 
 
 
MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO ESCALÃO 
 
A manutenção das viaturas policiais está prevista nas Instruções para Transporte Motorizado 
na Polícia Militar do Estado de São Paulo (I-15-PM). Como sabemos, a manutenção dos veículos da 
Policia Militar divide-se em cinco escalões os quais serão executados por condutores, pessoal de 
manutenção das OPM e por terceiros, merecendo a nossa especial atenção a manutenção de 1º 
Escalão.
Responsabilidade: É do comandante da subunidade ou equivalente nos veículos dos quais é 
detentor: Exerce sua atribuição por intermédio de inspeções sistemáticas ou periódicas para verificar 
se a manutenção do escalão está sendo convenientemente executada. 
Execução: Condutores auxiliados pela guarnição, sendo realizada diariamente antes, durante 
e após a utilização do veículo, com as ferramentas e equipamentos existentes no veículo. 
 
13 
 
 
 
PRINCIPAIS ITENS A SEREM VERIFICADOS 
 
Limpeza do veículo:
Compreende a limpeza externa, atentando para o aspecto geral da viatura, bem como, a 
limpeza interna atentando para a limpeza do compartimento do guarda preso, motor, porta-malas e 
região dianteira do veículo. 
Devemos observar alguns cuidados para com a limpeza externa no que diz respeito aos 
adesivos, assim temos: 
1. Para assegurarmos a garantia dos adesivos e uma melhor preservação dos mesmos, 
indicamos SHAMPOO NEUTRO para veículos na lavagem. Certifique-se que o shampoo não causa 
danos ás superfícies pintadas. O shampoo deve ser: não abrasivo, nem muito ácido (PH menor que 3) e 
nem muito alcalino (PH maior que 11) isento de solventes aromáticos fortes e solventes clorados. 
Resíduos de shampoo causarão manchas e descoloração, podem ser evitados através de um enxágue 
completo. 
2. Não esfregue excessivamente a esponja ou rodo para não ocorrer danos á película. 
Manchas que penetram no substrato não podem ser removidas. 
3. Não realize a lavagem de veículo com equipamentos de alta pressão por causarem 
deslocamento nas bordas e tirar pedaços do adesivo. 
Observações: Nunca use produtos químicos de qualquer natureza, como solventes, produtos 
de limpeza (sabão em pó, detergentes), soluspan, cera, equipamento de lavagem mecânica 
que possam submeter a frequente e vigorosa ação abrasiva sobre o adesivo. Equipamentos a 
vapor (aquecimento intenso) e equipamentos de polir (diretamente no adesivo, principalmente 
nas bordas) devem ser evitados. 
 
OUTROS CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA: 
 
Recomenda-se lavar o motor somente quando houver a necessidade de reparos, com a 
finalidade de evidenciar vazamentos ou avarias, tomando o cuidado para não direcionar o jato de alta 
pressão diretamente nos componentes do motor para não danificar aos seus acessórios, não 
pulverizando qualquer derivado de petróleo após a lavagem do motor, pois tal procedimento poderá 
danificar mangueiras, cabos de ignição e outros componentes do motor. Observação: não efetuar a 
lavagem com motor quente! 
 
 
14 
 
 
Reabastecimento: o reabastecimento compreende o ―completamento‖ de óleo lubrificante do 
motor, água do radiador, calibragem dos pneus, fluido de freio e embreagem, fluido hidráulico da 
direção.
Execução de pequenos reparos: compreende-se por pequenos reparos, aqueles efetuados 
pelo motorista da viatura, usando as ferramentas pertencentes ao veículo e em curto espaço de tempo 
como, por exemplo:
aperto dos parafusos da roda; 
colocação de calotas de roda; 
conserto de pneus; 
isolamento de cabos elétricos; 
colocação de tapetes; 
fixação de laterais internas das portas; 
aperto de parafusos do painel de instrumentos, porta-luvas; 
substituição de lâmpadas das lanternas, lâmpadas faróis, fusíveis e etc. 
 
Sistema de lubrificação 
 
Figura 01 – Representação gráfica do sistema de lubrificação 
COMPOSIÇÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE E SUAS DIFERENÇAS 
O lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, 
evitar o contato entre as superfícies metálicas, arrefecer, limpar, independentemente de ser mineral, 
sintético ou semissintético. 
A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos. Os óleos minerais são obtidos da 
separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. 
 
15 
 
 
Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua 
fabricação, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características 
físico-químicas e por isso são produtos mais puros. 
Os óleos semissintéticos ou de base sintética, empregam mistura em proporções variáveis de 
básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a 
otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado. 
 
Tabela 01 – Composição e aplicação de óleos lubrificantes 
 
 
BASE VISCOSIDADE - SAE ADITIVAÇÃO - API 
MINERAL 
Retirado da natureza 
Menor desempenho 
ÓLEOS DE VERÃO 
20, 40, 50... 
VEÍCULOS DE SERVIÇO 
SJ, SL,SM....SZ 
S –Serviço 
J –Aditivação 
SINTÉTICO 
Desenvolvido em 
Laboratório Maior 
desempenho
ÓLEOS DE INVERNO 
20W, 40W, 50W... 
W - Winter (inverno) 
VEÍCULOS COMERCIAIS 
CI-4, CG-4,CJ-4.... 
Movidos a Diesel 
SEMI-SINTÉTICO 
Mescla das duas bases 
MULTIVISCOSOS 
20W 40, 20W50... 
Mais comum no Brasil 
MOTORES DE TRABALHO 
TA, TB,TC...TZ 
2Tempos 
 
 
VERIFICAÇÃO DE NÍVEL, VISCOSIDADE E COMPLETAMENTO DO ÓLEO 
LUBRIFICANTE. 
 
Conhecida a composição do óleo lubrificante do motor passamos para a verificação de nível e 
suas particularidades, considerando os seguintes detalhes: 
Nivelamento do veículo em relação ao solo, ou seja, o veículo deverá estar estacionado em 
uma superfície plana, pois a tendência das substâncias no estado líquido é se nivelar em relação ao 
horizonte, portanto, caso haja inclinação do terreno, a indicação na vareta medidora poderá apontar 
para uma leitura incorreta. 
Para uma leitura mais próxima da realidade realize o procedimento com o motor frio, 
contudo, caso o motor esteja quente, aguardar pelo menos 5 (cinco) minutos antes de efetuar a 
leitura. 
 
16 
 
 
Tabela 02 – Aspectos a serem observados na verificação do nível de óleo 
 
 
 
Algumas montadoras adotaram a cor amarela para 
indicar os itens passíveis de verificação do nível e 
―completamento‖. 
Caso o seu veículo sejadiferente consulte o manual do 
proprietário do veículo 
 
A leitura deve estar entre as marcas indicadoras de 
nível mínimo e máximo da vareta medidora. 
O nível ideal para veículos utilizados como viaturas 
policiais deverá estar próximo do indicador máximo da 
vareta, pois esse tipo de serviço é considerado “extra 
severo”. 
 
Aproveite a oportunidade para verificar a viscosidade 
do óleo utilizando o dedo polegar e o dedo indicador, 
conforme figura ao lado. 
 
 
 
FORMAÇÃO DE BORRA 
 
Mesmo utilizando o óleo correto e combustível de qualidade assegurada, períodos de troca 
além do recomendado podem levar à formação de borra, devido ao excesso de contaminação e de 
oxidação do lubrificante. Nos manuais dos veículos contém a informação da quilometragem 
recomendada para cada intervalo de troca. 
É importante diferenciar o tipo de serviço do veículo. Para carros de passeio, valores como 
10.000, 15.000 e 20.000 Km geralmente fazem referência a serviço leve (uso rodoviário), mas na 
maioria dos casos o serviço é severo (uso urbano do tipo anda e para, distâncias curtas) e o período 
adotado para a troca deve ser a metade (5.000, 7.500 ou 10.000 Km, respectivamente). 
Essa informação não está muito clara em alguns manuais e se não for observada com atenção, 
problemas de borra podem ocorrer. 
 
 
17 
 
 
MISTURA DE ÓLEOS COM COMPOSIÇÕES QUÍMICAS DIFERENTE. 
 
Como estudado anteriormente, é de conhecimento que os óleos lubrificantes possuem uma 
composição química própria e específica que vão, desde sua base principal (mineral, sintético e 
semissintético), viscosidade (SAE - óleos de verão, óleos de inverno e multiviscosos) e aditivação 
(API - sendo indicados pelos fabricantes, conforme o tipo de serviço para o qual o veículo foi 
desenvolvido veículos de serviço, veículos comerciais e motores de trabalho). 
Promover a mistura inadvertida destes tipos de lubrificantes certamente irá ocasionar reação 
química nociva para o motor devido a incompatibilidade entre eles e a inevitável formação de borra 
interna. 
 
COMBUSTÍVEL DE MÁ QUALIDADE. 
 
O uso de gasolina adulterada pode gerar borra no cárter. O óleo lubrificante é contaminado 
por subprodutos da queima do combustível durante sua vida útil. Essa contaminação ocorre e faz parte 
da operação do motor, mas se o combustível for adulterado estes subprodutos serão de natureza 
diferente e resíduos com aspecto de resina poderão se formar no motor, aumentando a probabilidade 
da formação de borra, entupindo passagens de óleo e prejudicando a lubrificação e refrigeração interna 
do motor. 
 
USO DO ÓLEO LUBRIFICANTE INCORRETO NO MOTOR 
 
Geralmente quando se utiliza um lubrificante com nível de desempenho inferior ao 
recomendado pelo fabricante do veículo. Mesmo reduzindo o período de troca, pode haver problemas 
de formação de borra devido ao envelhecimento (oxidação) precoce do lubrificante. 
 
PRAZO DE VALIDADE DO ÓLEO 
 
Todos os lubrificantes possuem validade, e não é apenas a validade correspondente ao tempo 
de uso do lubrificante dentro dos motores, mas sim o prazo de validade após a fabricação, assim 
como muitos outros produtos perecíveis. 
Atualmente é obrigatório constar este prazo de validade nos rótulos dos óleos, mas ainda há 
uma certa dúvida no mercado, pois existem fabricantes que indicam um prazo de tempo que em 
média é de 5 anos, e, há outros fabricantes que determinam a validade do produto como ―valido por 
tempo indeterminado‖, sendo assim não há uma validade específica para produto desde que o mesmo 
 
18 
 
 
seja armazenado de forma correta: tampado em local seco, limpo e longe do calor. 
https://fabriciogalvani.wixsite.com/olhonooleo/single-post/2014/12/09/Lubrificante-tem-prazo-de-
validade. Acesso em: 31 Outubro 2019. 
 
A PARTIR DO USO 
 
O óleo do motor é fabricado dentro de um rigoroso conceito de lubrificação para atender as 
características dos motores, mais antigos e motores mais modernos. O óleo do motor, mineral tem seu 
índice de viscosidade e recebe aditivos extras que o condicionam a trabalhar sob diferentes condições 
de aplicação. Os óleos sintéticos, feitos em laboratórios, são ainda melhores elaborados com aditivos 
especiais que melhoram o poder de lubrificação do óleo. Como todo item do automóvel e 
particularmente do motor, o óleo lubrificante tem validade e precisa ser substituído num prazo, 
dependendo do óleo e fabricante do motor, estabelecido no plano de manutenção do veículo. 
 
A PARTIR DA QUILOMETRAGEM 
 
Outra forma considera para troca de óleo do motor é pela quilometragem alcançada pelo 
veículo, onde o óleo cumpriu com sua função dentro do motor, sob as mais diversas condições de uso. 
Essa quilometragem é estabelecida pelo fabricante do motor e, alguns veículos têm prazos de troca 
diferentes dos outros. 
Em situações de uso severo, dito para situações onde o veículo transita em estradas de chão, 
empoeiradas ou sob intenso trânsito de cidade, estes prazos são reduzidos por que o motor trabalha 
em condições extremas extraindo do óleo todo seu potencial. 
Com o tempo ou quilometragem o óleo precisa ser substituído, estabelecido no plano de 
manutenção do veículo pela MOTOMEC, garantindo eficiência do motor, menos desgaste das peças e 
uma redução no consumo de combustível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://fabriciogalvani.wixsite.com/olhonooleo/single-post/2014/12/09/Lubrificante-tem-prazo-de-validade
https://fabriciogalvani.wixsite.com/olhonooleo/single-post/2014/12/09/Lubrificante-tem-prazo-de-validade
 
19 
 
 
SISTEMA DE ARREFECIMENTO DO MOTOR 
 
Figura 02 – Representação gráfica do sistema de refrigeração 
 
 
Os motores endotérmicos produzem grandes quantidades de energia resultante da queima de 
combustível no seu interior, todavia, caso esta energia em forma de calor não seja dissipada, ela irá se 
acumular no motor e prejudicar o seu bom funcionamento. Este fenômeno é conhecido como 
superaquecimento do motor, cujos efeitos, comprometem a viscosidade do óleo lubrificante, o 
coeficiente de dilatação dos pistões dentre outros problemas que podem culminar em danos graves no 
motor, como por exemplo, a queima da junta do cabeçote, encolhimento dos pistões, o travamento de 
bielas e virabrequim. 
Para que isso não ocorra, foi desenvolvido um sistema de refrigeração capaz de dissipar este 
calor no ambiente. Ele pode se utilizar de ar ou fluido refrigerante como componente 
condutor/dissipador. Atualmente a indústria automobilística tem preferência por utilizar fluido 
refrigerante nos veículos, tendo em vista tratar-se de um meio mais eficiente de realizar o 
arrefecimento do motor. 
 
ADITIVO PARA RADIADORES 
 
O aditivo para radiador é um produto barato e que pode fazer a diferença na durabilidade das 
peças do sistema de arrefecimento e no controle da temperatura interna do motor, pois ele, misturado à 
água, é responsável por retirar o calor interno do motor do carro e dissipá-lo no radiador. Esse 
processo é muito importante para o motor, pois evita que ele superaqueça e possivelmente venha a 
fundir, queimar junta ou trincar o cabeçote dentre outros possíveis problemas. 
 
20 
 
 
Existem disponíveis no mercado dois tipos de aditivo, o orgânico e o inorgânico, também 
chamado de aditivo sintético. 
Ambos os produtos servem perfeitamente para contribuir para a dissipação de calor e prevenir 
desgaste e oxidação de peças. Tanto o orgânico quanto o inorgânico tem como principal agente o 
mono-etilenoglicol ou o etilenoglicol para controlar o ponto de congelamento e ebulição da água. A 
diferença entre essas duas substâncias é que o mono-etilenoglicol é mais durável que o etilenoglicol. 
Apesar de tanta semelhança, eles possuem diferenças. 
 
ORGÂNICOS: 

O aditivo orgânico é desenvolvido através de materiais orgânicos – OAT (OrganicAcid 
Technology), ou seja, de origem natural. Este tipo de aditivo deve atender a norma NBR 15297,que 
regula o desenvolvimento e fabricação de aditivos do tipo coolants orgânicos concentrados. 
Segundo a ABNT, o objetivo desta norma é: 
Especificar os requisitos exigíveis e os ensaios para determinação das características dos 
líquidos de arrefecimento concentrados tipo orgânico à base de mono-etilenoglicol, destinados à 
preparação da solução refrigerante que, por sua vez, deve promover o arrefecimento do motor 
endotérmico e conferir proteção adequada contra congelamento, fervura, cavitação e corrosão. 
 
INORGÂNICO OU SINTÉTICO: 

Ao contrário do orgânico, o inorgânico é sintético, ou seja, completamente desenvolvido em 
laboratório, assim como acontece com o óleo sintético e o mineral. Enquanto um é proveniente de 
substâncias naturais, o outro é desenvolvido em laboratório, o sintético. 
O aditivo inorgânico costuma ter uma vida útil menor que o orgânico. Além disso, seu 
descarte na natureza pode causar contaminação por substâncias que podem trazer prejuízos ao meio 
ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.gigaconteudo.com/quando-trocar-o-oleo-do-carro-e-qual-tipo-de-oleo-escolher
 
21 
 
 
ADITIVOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 
TIPOS DE ADITIVO PARA RADIADOR 
 
 
 
COMPLETAMENTO DE NÍVEL DO FLUIDO REFRIGERANTE 
 
O fluido refrigerante tem papel importante no funcionamento do motor devendo ser 
verificado seu nível durante as inspeções de rotina, lembrando que, atualmente, a grande maioria dos 
veículos são dotados do sistema selado de arrefecimento, ou seja, o referido sistema possui um 
reservatório de expansão destinado a armazenar os líquidos resultantes da dilatação das moléculas 
quando o motor encontra-se nas temperaturas de trabalho, não permitindo que tais líquidos sejam 
jogados no ambiente, mantendo o nível do sistema inalterado. Ocorre que mesmo selado, o sistema 
está sujeito aos efeitos das altas temperaturas, que por sua vez, promovem fadiga dos componentes do 
sistema de arrefecimento como mangueiras, selos do motor, bomba d’água, radiador, além da 
consequente evaporação do fluido refrigerante. Diante deste quadro, torna-se necessário o 
procedimento de completar o nível do líquido refrigerante, todavia, alguns cuidados devem ser 
tomados durante a realização do procedimento. 
 
VERIFICAÇÃO DO NÍVEL E COMPLETAMENTO 

Faça a verificação do nível de água do radiador quando o motor estiver frio, pois será a 
melhor oportunidade para aferir com precisão o correto nível que se encontra o líquido refrigerante. O 
nível ideal deve estar entre as marcas de mínimo e máximo do reservatório de expansão, conforme 
mostra a figura3. 
 
INORGÂNICOS: 
 
 LABORATÓRIO 
 MENOR DURABILIDADE 
 AGRIDEM O MEIOAMBIENTE 
 AZUL E VERDE 
ORGÂNICOS: 
 
 NATUREZA 
 MAIOR DURABILIDADE 
 BIODEGRADÁVEIS 
 VERMELHO, AMARELO E ROSA 
 
 
22 
 
 
O estado do líquido deve ser outro detalhe a ser observado, atentando sobre o aspecto do 
líquido e da sua coloração, indicadores que podem nos revelar informações importantes sobre a atual 
situação do sistema de arrefecimento. Uma boa transparência do reservatório de expansão nos ajudará 
na realização desta tarefa conforme mostrado na figura03. 
 
Figura 03 – Reservatório de expansão do radiador 
 
 
FORMAS DE COMPLETAMENTO DE NÍVEL DO FLUIDO EFRIGERANTE 
NO RADIADOR 
 
Figura 04 – Radiador de água 
 Errado Certo 
 
Caso haja necessidade de completar o nível de solução do radiador, com motor quente, 
devemos nos precaver, pois as altas temperaturas atingidas pelo motor podem causar queimaduras 
graves a quem esteja efetuando o procedimento, portanto, vai a dica: 
Com o motor ligado, abra a tampa do radiador gradativamente liberando a pressão residual do 
sistema. Não esquecer de proteger as mãos durante o procedimento para evitar queimaduras;
 
23 
 
 
Após abrir a tampa verifique o nível da solução; 
Ainda com o motor em funcionamento, complete o nível se necessário e recoloque a tampa, 
observando o seu perfeito travamento no bocal do radiador; 
Aproveite a oportunidade para verificar o estado do líquido e as condições da tampa do 
radiador (válvula de pressão residual). 
 
FORMAS DE COMPLETAMENTO DE NÍVEL DO FLUIDO REFRIGERANTE NO 
RESERVATÓRIO DE EXPANSÃO 
 
Figura 05 – Reservatório de expansão 
 
 
 Errado Certo 
 
Sistemas de refrigeração que utilizam reservatório de expansão são chamados de selados e 
geralmente levam mais tempo para se efetuar o completamento de nível. Caso necessite completar o 
nível do sistema com o motor quente, proceda da seguinte forma:
Mantenha o motor ligado e espere a ventoinha do radiador entrar em funcionamento; 
Aguarde cerca de 10 a 15 segundos para começar a abrir a tampa do reservatório de expansão, 
isto permitirá que a pressão residual do sistema diminua e você possa gradativamente soltar a tampa; 
Durante o procedimento proteja as mãos para evitar queimaduras. 
Após abrir a tampa, complete o nível com solução aditivada, observando as marcas de 
mínimo e máximo do reservatório de expansão; 
Lembre-se que o motor deverá estar ligado durante todo o procedimento. 
 
 
 
 
 
24 
 
 
CONSEQUÊNCIAS NOCIVAS AO MOTOR POR NÃO UTILIZAR SOLUÇÃO ADITIVADA 
NO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO 
 
A prática de completar o nível do sistema de arrefecimento colocando água, ao invés de 
solução aditivada, pode provocar danos graves ao motor. 

Figura 06 – Danos ao motor 
 
 Selo do motor Bomba D’água Cabeçote 
 
 
 
DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA 
 
O Policial Militar condutor de viatura tem a responsabilidade de garantir a ordem pública e 
isso inclui a SEGURANÇA NO TRÂNSITO. Além das regras de circulação o condutor policial 
deverá aprimorar suas habilidades para evitar acidentes mesmo tendo que adotar posturas de risco. 
A EMERGÊNCIA POLICIAL exige que o condutor dirija a viatura de maneira mais 
―agressiva‖ e isso não significa de maneira imprudente. 
Prender ou capturar o infrator é fundamental, porém, sua vida e sua integridade (e da equipe) 
são incontestáveis. 
Para tanto vamos verificar o que diz os Procedimentos Operacionais Padrão: POP: 1.01.01 e 
POP: 1.01.02. 
 
 
25 
 
 
Figura 07 – Acidentes com Viaturas 
 
 
 
 
CONHECIMENTO DO FATO 
Antes de iniciar o deslocamento é necessário conhecer o fato que lhe foi noticiado certificando-se do nível de 
gravidade. 
 
DESLOCAMENTO A PÉ OU DE VIATURA PARA O LOCAL DO FATO 
1. Identificar o local de origem e o local onde deseja chegar. 
2. Traçar itinerário para o local da ocorrência, bem como, os caminhos alternativos. 
3. Acionar dispositivos de luz intermitente (―high light‖), faróis baixos e sirene, quando estiver de viatura, de 
acordo com norma vigente. 
4. Utilizar velocidade compatível com a via e a segurança do trânsito. 
5. Atravessar avenidas, ruas etc., observando o fluxo de trânsito. 
6. Deslocar-se pela faixa esquerda da via (viatura), sempre que estiver em serviço de urgência. 
7. Para os deslocamentos a pé, quando em serviço de urgência, atentar para possíveis locais de abrigo e 
cobertura. 
 
26 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA: 
 
BRASIL. Conselho Nacional de Transito (CONTRAN). Resolução nº 168, de 04 de dezembro de 2004. 
Estabelece Normas e Procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a 
realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especialização, de 
reciclagem e dá outras providências. Disponível em: 
<http:www.denatran.gov.br/download/RESOLUCAO_CONTRAN_168.pdf>. Acesso em: 31 Outubros 2019. 
BRASIL. Departamento Nacional de Transito (DENATRAN). Portaria nº 94, de 31 de maio de 2017. Institui o 
curso de agentes de transito para profissionais que executemas atividades de fiscalização, operação, 
policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento nos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Transito. 
Disponível em <http:www.denatran.gov.br/imagens/Portarias/2017/Portarias0942017.pdf>. Acesso em: 31 
Outubros 2019. 
DA SILVA, Carlos Eduardo de Jesus Gomes. Técnicas de Deslocamento de Viaturas em Comboio 
Policial: Proposta de Diretiva – Monografia do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais — Centro de 
Aperfeiçoamento e Estudos Superiores, Polícia Militar do Estado de São Paulo, 2014. 
SÃO PAULO (Estado). Polícia Militar do Estado de São Paulo. Instrução para transportes motorizados da 
Polícia Militar do Estado de São Paulo (I-15-PM). 6. ed. Disponível em: 
<http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/1empm/1empm_v3/Publicacoes/Manuais/Manuais
%201%C2%AAEM/I-15-PM.pdf>. Acesso em: 31 Outubros 2019. 
_________.________ Dispõe sobre o deslocamento de viatura em patrulhamento- 5.05.00 Procedimento 
Operacional Padrão. Disponível em: 
<http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf>. Acesso em: 
31 Outubros 2019. 
_________.________ Dispõe sobre o deslocamento de viatura em patrulhamento - 1.01.01 Procedimento 
Operacional Padrão. Disponível em: 
<http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf>. Acesso em: 
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/1empm/1empm_v3/Publicacoes/Manuais/Manuais%201%C2%AAEM/I-15-PM.pdf
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/1empm/1empm_v3/Publicacoes/Manuais/Manuais%201%C2%AAEM/I-15-PM.pdf
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf
 
27 
 
 
31 Outubros 2019. 
_________.________ Dispõe sobre o deslocamento de viatura em patrulhamento - 1.01.02 Procedimento 
Operacional Padrão. Disponível em: 
<http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf>. Acesso em: 
31 Outubros 2019. 
Olho no Óleo: Lubrificante tem prazo de validade, Revista Eletrônica. Disponível em: 
<https://fabriciogalvani.wixsite.com/olhonooleo/single-post/2014/12/09/Lubrificante-tem-prazo-de-validade>. 
Acesso em: 31 Outubros 2019. 
 
http://www.intranet.polmil.sp.gov.br/organização/unidades/6empm/pop/Processo_201001.pdf
https://fabriciogalvani.wixsite.com/olhonooleo/single-post/2014/12/09/Lubrificante-tem-prazo-de-validade

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