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1 CLARETIANO - CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA (EAD) PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Me. Robson Amaral da Silva COORDENAÇÃO BATATAIS 2018-2021 DADOS GERAIS DO CURSO - Mantenedora: Ação Educacional Claretiana Município Sede: Batatais UF: SP CGC: 44.943.835/0001-50 Dependência Administrativa: Particular - Mantida: Claretiano - Centro Universitário Município Sede: Batatais UF: SP Região: Sudeste Endereço: R. Dom Bosco, 466 Bairro: Castelo CEP: 14.300-000 Telefone: (16) 3660-1666 Fax: (16) 3761-5030 Atos Regulatórios do Claretiano – Centro Universitário Ato Regulatório: Retificação da Portaria 684 de 26/05/2017. Tipo de documento: Retificação No. Documento: Retificação de 14/06/2017 Data do Documento: 14/06/2017 Data de Publicação: 14/06/2017 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Recredenciamento EAD Tipo de documento: Portaria No. Documento: Portaria 684 de 26/05/2017. Data do Documento: 26/05/2017 Data de Publicação: 29/05/2017 Prazo de validade: 28/05/2017 Ato Regulatório: Aditamento - Credenciamento de Polo de Apoio Presencial Tipo de documento: Portaria No. Documento: Portaria 191 de 22/03/2017. Data do Documento: 22/03/2017 Data de Publicação : 23/03/2017 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Aditamento - Credenciamento de Polo de Apoio Presencial Tipo de documento: Portaria No. Documento: Portaria 1089 de 24/11/2015. Data do Documento: 24/11/2015 Data de Publicação : 25/11/2015 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Qualificação como Comunitária Tipo de documento: Portaria No. Documento: 668 Data do Documento: 05/11/2014 Data de Publicação: 06/11/2014 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Retificação Tipo de documento: Retificação No. Documento: Ref. Portaria 526/2013 Data do Documento: 31/10/2013 Data de Publicação: 31/10/2013 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo 3 Ato Regulatório: Alteração de Nomenclatura da IES Tipo de documento: Portaria No. Documento: 526 Data do Documento: 21/10/2013 Data de Publicação : 22/10/2013 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Recredenciamento Tipo de documento: Portaria No. Documento: Portaria 516 de 09/05/2012. Data do Documento: 09/05/2012 Data de Publicação: 10/05/2012 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Recredenciamento Tipo de documento: Portaria No. Documento: 4501* Data do Documento: 23/12/2005 Data de Publicação : 23/12/2005 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Credenciamento EAD Tipo de documento: Portaria No. Documento: 3635 Data do Documento: 09/11/2004 Data de Publicação: 10/11/2004 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo Ato Regulatório: Credenciamento Tipo de documento: Decreto No. Documento: 66.642* Data do Documento: 27/05/1970 Data de Publicação: 29/05/1970 Prazo de validade: Vinculado ao Ciclo Avaliativo - Curso: …..nome do curso Modalidade: ( ) Bacharelado (X) Licenciatura ( ) Superior de Tecnologia Áreas de Formação: Educação Numero total de vagas anuais: 2018: 1200 2019: 2020: 2021: Data de autorização do curso: Resolução CONSUP/CEUCLAR n° 05 de 13 de Agosto de 2008. Data do Reconhecimento do curso: Reconhecido pela Portaria n°332, de 17 de Agosto de 2011 (publicada no D.O.U. de 18/08/2011) Data da Renovação de Reconhecimento do Curso: CPC – 3 Avaliação in loco: Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): 2014 – Nota 3,0 Carga horária total do curso: 2.800 horas Regime escolar: Semestral Sistema de organização: a distância Tempo de Integralização em semestres: Mínimo: 3 anos Máximo: 5 anos Polos de Oferta do Curso:Carga horária total do curso: 2.800 horas Regime escolar: Semestral Sistema de organização: a distância Tempo de Integralização em semestres: Mínimo: 3 anos Máximo: 5 anos Polos de Oferta do Curso: 2018: ÁGUA BOA, ARACAJU, ARAÇATUBA, BARREIRAS, BARRETOS, BATATAIS, BELÉM DO PARÁ, BELO HORIZONTE, BLUMENAU, BOA VISTA, BRAGANÇA PAULISTA, BURITIS, CAMPINA GRANDE, CAMPINAS, CAMPO GRANDE, CAMPO DOS GOAYTACAZES, CHAPECÓ, CRUZEIRO DO SUL, CUIABÁ, CURITIBA, DIAMANTINA, DIVINÓPOLIS, DOURADOS, FEIRA DE SANTANA, FLORIANO, FLORIANÓPOLIS, FORTALEZA, GOIANÉSIA, GOIÂNIA, GOVERNADOR VALADARES, GUARAPUAVA, GUARATINGUETÁ, GUARULHOS, IMPERATRIZ, IPATINGA, JI-PARANÁ, JOÃO PESSOA, LINHARES, MACEIÓ, MANAUS, MARABÁ, MARINGÁ, MOGI DAS CRUZES, MOSSORÓ, NATAL, OSASCO, PALMAS, PARINTINS, PELOTAS, POÇOS DE CALDAS, PORANGATU, PORTO ALEGRE, PORTO VELHO, POUSO ALEGRE, PRESIDENTE PRUDENTE, RECIFE, RIBEIRÃO PRETO, RIO BRANCO, RIO CLARO, RIO DE JANEIRO, RIO VERDE, RONDONÓPOLIS, SANTA INÊS, SANTARÉM, SANTO ANDRÉ, SÃO CARLOS, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SÃO LUIS, SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ, SÃO PAULO, SINOP, SOBRAL, SOROCABA, TAGUATINGA, UBERLÂNDIA, UBERABA, VITÓRIA, VITÓRIA DA CONQUISTA, VILHENA E VOLTA REDONDA. 2019: 2020: 2021: - Coordenação de Curso: Nome: Robson Amaral da Silva CPF: 055.141.336-05 E-mail: educalicenciatura@claretiano.edu.br Endereço: Rua Luiz Corbi, 397 Bairro: Parque Igaçaba CEP: 14804-406 Cidade: Araraquara UF: São Paulo Titulação do Coordenador: Graduação em Educação Física Licenciatura pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (2005) e especialização em Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2008). Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar (PPGE-UFSCar) na área de concentração “Processos de Ensino e de Aprendizagem”, linha “Práticas Sociais e Processos Educativos” (2010). Atua desde fevereiro de 2010 como professor do Claretiano - Centro Universitário de Batatais nos cursos de Bacharelado (presencial e a distância) e Licenciatura em Educação Física (presencial e a distância) e Pedagogia (presencial e a distância). Sócio do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) (2012) e da Sociedade de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana (SPQMH) (2006). Coordena os Cursos de Graduação em Educação Física – Licenciatura, presencial, semipresencial e EaD, e o curso de Pós-Graduação em Educação Física Escolar do Claretiano – Centro Universitário desde setembro 2017. Professor convidado do curso de especialização em Educação Física Escolar da UFSCar. Atuou como professor de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental da rede pública estadual paulista de Educação (SEE/SP), na cidade de Araraquara, durante 08 anos (2006-2014). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física Escolar, atuando principalmente com os seguintes temas: educação física escolar, educação, esportes e lazer. 5 1. APRESENTAÇÃO/ INTRODUÇÃO Paulo Freire falava de utopia enquanto ato de denunciar a sociedade naquilo que ela tem de injustiça e de desumanizadora e enquanto ato de anunciar a nova sociedade. Denunciar e anunciar são utopias. Precisamos formar seres que sonhem com uma sociedade humanizada, justa, verdadeira, alegre, com participação de todos nos benefícios para os quais todos trabalhamos. Goethe, pensador alemão, dizia que, para que alguém possa ser algo especial, é necessário que outros acreditem que ele é especial. Para construir a utopia, temos que acreditar nela. Ela é fruto de nova sensibilidade ética e estética. Não se trata de uma sensibilidade qualquer. A dimensão ética e estética cria e implode perguntas. A qualidade das perguntas que desencadearão nossos projetos é sensível à delicadeza que a educação deve ter para com o bem.(ALMEIDA E FONSECA JUNIOR, 2000, p. 32-33). O Projeto Político Pedagógico é uma proposta instituída pela Lei de Diretrizes e Bases (LDBen), no. 9394/96, sob os artigos 12 (incisos I e IV) e 13 (incisos I e II). Caracteriza-se por pedagógico porque é instrumento de discussão do ensinar e do aprender, em um processo de formação e de construção de cidadania, e não apenas de preparação técnica para uma ocupação temporal. Também político, porque trata dos fins e valores referentes ao papel da universidade na análise crítica, na transformação social e nas relações entre conhecimento e estrutura de poder e, principalmente, coletivo, uma vez que se constitui e coexiste na participação de seus atores (coordenador, professores,tutores, alunos, direção, comunidade escolar) no processo de análise, discussão e tomada de decisão quanto aos rumos que, consciente e criticamente, definem como necessários e possíveis à instituição universitária. (PIMENTA; ANASTASIOU, 2002). Para Gadotti (1998, p. 16), “o projeto político pedagógico da instituição está inserido num cenário marcado pela diversidade. Cada instituição é resultado de um processo de desenvolvimento de suas próprias contradições [...]. Assim, este projeto busca responder ao ideal de formação pessoal e profissional dos alunos e as demandas do mercado da cidade, região e país. Nesse sentido, este projeto — como “esboço e linhas ainda não definitivas, uma espécie de convite a pensarmos juntos – professores, tutores, alunos comunidade escolar – nesta magnífica e provocante tarefa de construir um futuro melhor para todos” (ALMEIDA; FONSECA JUNIOR, 2000, p. 23) — apresenta a proposta de trabalho do Curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura (EaD) para a sua implementação no quadriênio 2018- 2021, a partir do cenário do Claretiano – Centro Universitário, sua missão e objetivos educacionais; a concepção do curso, perfil do formando/egresso, objetivos e competências; a organização, matriz e conteúdos curriculares; disciplinas; estágio; Atividade Acadêmico- Científico Culturais; Prática; a organização pedagógica e estrutural do curso, acompanhamento e avaliação; finalmente, toda a estrutura física da IES, buscando alcançar e proporcionar uma formação de qualidade e democrática aos futuros professores de Educação Física. 1.1. Histórico da Instituição A universidade conserva, memoriza, integra e ritualiza uma herança cultural de saberes, idéias e valores, que acaba por ter um efeito regenerador, porque a universidade se incumbe de reexaminá-la, atualizá-la e transmiti-la. (ao mesmo tempo em que) gera saberes, idéias e valores, que, posteriormente, farão parte dessa mesma herança. Por isso, a universidade é conservadora, regeneradora e geradora. (Tem, pois,) uma função que vai do passado por intermédio do presente (Morin, 2000, p. 9-10), (da crítica do presente), em direção à humanização, uma vez que o sentido da educação é a humanização, isto é, possibilitar que todos os seres humanos tenham condições de ser partícipes e desfrutadores dos avanços da civilização historicamente construída e compromissados com a solução dos problemas que essa mesma civilização gerou (PIMENTA; ANATASIOU, 2002, p. 162). 1.1.1. Congregação dos Missionários Claretianos: Visão Histórica A Congregação dos Missionários Claretianos, tem como fundador Santo Antônio Maria Claret, que nasceu no dia 23.12.1807, em Sallent, Catalunha, Espanha. Filho de uma família católica, foi formado nos ensinamentos cristãos e desde criança desejava ser missionário, para levar o anúncio do Evangelho e a salvação a toda a humanidade. Foi ordenado sacerdote no ano de 1835 e sempre levou um estilo de vida missionária: passava de cidade em cidade anunciando o Reino de Deus. Exerceu várias atividades: missionário apostólico e pregador itinerante em várias regiões, pároco, diretor de escola e promotor da educação, escritor da boa imprensa (falada e escrita), diretor espiritual, fundador de congregação e movimentos, arcebispo de Santiago de Cuba (de 1850 a 1857), confessor real, etc. Foi perseguido por motivações políticas, apesar de ter sempre evitado envolver-se com ela, pois era um verdadeiro 'apóstolo'. Em função disso, foi exilado na França, onde veio a falecer no dia 24.10.1870, dia em que celebramos sua festa em todas as frentes apostólicas claretianas espalhadas pelo mundo. Homem de oração e de grande mística, levou uma vida sóbria e austera, totalmente voltada para o serviço à Igreja e, por onde andava, arrastava multidões. Sua santidade foi reconhecida pela Igreja e foi beatificado no ano de 1937 e canonizado no dia 7.5.1950. Claret foi um homem que trabalhou em várias frentes, sempre sensível ao mais urgente, oportuno e eficaz. Pensava sempre como preparar as pessoas para a missão e como articular iniciativas de formação. Escreveu várias obras, criou escolas técnicas e agrárias em Cuba, escreveu 15 livros, 81 opúsculos e traduziu outras 27 obras. Foi Presidente do Mosteiro El Escorial (de 1859 a 1868), importante escola espanhola, onde criou uma verdadeira 'universidade eclesiástica'; incentivou a Congregação de Missionários para que trabalhasse com este importante e eficaz meio de evangelização. Santo Antônio Maria Claret, no seu ideal evangelizador e nas suas andanças missionárias pela Espanha, Ilhas Canárias e outras regiões, percebeu que poderia tornar seu apostolado mais produtivo se conseguisse articular homens desejosos de proclamar a mensagem de Jesus Cristo, unidos em torno de uma congregação religiosa. Assim, em 16.7.1849, na cidade espanhola de Vic, na Catalunha, fundou, com mais cinco amigos sacerdotes, a congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, cujos membros são conhecidos como Missionários Claretianos. O objetivo da Congregação é este: anunciar, por todos os meios possíveis, no Serviço Missionário da Palavra, o Evangelho de Jesus Cristo a todo o mundo. Inicialmente ela se dedicou exclusivamente ao serviço missionário e posteriormente foi assumindo outras atividades apostólicas: paróquias, educação (colégios, faculdades, escolas eclesiásticas, formação de leigos, agentes de pastoral e voluntários), missões, meios de comunicação social, obras sociais e promocionais, etc. Atualmente a Congregação Claretiana conta com mais de 3100 missionários, presentes em todos os continentes e em 63 países. No Brasil, ela chegou no ano de 1895, conta atualmente com uns 150 missionários e está presente em vários Estados: São Paulo, 7 Paraná, Mato Grosso, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e Rondônia. Seguindo o estilo de Claret, que foi um educador, a Congregação Claretiana assumiu a Educação como um meio de evangelizar e promover a vida. Na área educacional, trabalha em várias atividades: ensino infantil, fundamental, médio e superior. Em vários países trabalha na formação do clero, de religiosos e religiosas e de agentes de pastoral leigos. Nos cinco continentes (mais de 60 países), trabalha com 90 centros educacionais e com mais de 77 mil alunos e conta com a colaboração de mais de 19 bispos, 2.155 sacerdotes, 2 diáconos permanentes, 164 irmãos, 553 estudantes professos e 120 noviços, em 64 países, em 487 comunidades missionárias, além de um grande número de funcionários administrativos que colaboram na missão partilhada. (Dados de 2013. Disponível em: http://www.claret.org/pt-pt/historia-da-congregacao. Acesso em 15 de agosto de 2017). 1.1.2. Claretiano - Centro Universitário: Visão Histórica O Claretiano é mantido pela EDUCLAR - Ação Educacional Claretiana - que é dirigida pelos Padres Missionários Claretianos, desde 1925, com sede à Rua Dom Bosco, 466, Bairro Castelo, na Cidade de Batatais - SP. Depois de várias décadas de funcionamento como internato, os Missionários Claretianos decidiram dar nova orientação aoColégio, transformando-o em um Centro de Ensino Superior, objetivando formar professores e profissionais em geral, com espírito cristão e sólida formação humana. Partindo do princípio de que a educação é promotora da dignidade da pessoa humana e do seu desenvolvimento integral, a atividade educativa dos Claretianos sempre esteve atenta ao processo histórico da educação no país. Coerentes com estes princípios, intensificaram-se as reflexões sobre as questões básicas da educação em todos os segmentos da Instituição, visando ao crescimento harmônico de toda a comunidade educativa. A dedicação dos claretianos à educação superior começou no ano de 1970, com a fundação da Faculdade de Educação Física de Batatais, que abriu as portas para o surgimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras "José Olympio". Posteriormente, as Faculdades Claretianas que contavam com campus nas cidades de Batatais, Rio Claro e São Paulo, transformaram-se em Faculdades Integradas – UNICLAR - União das Faculdades Claretianas. Em março de 2001, a unidade de Batatais obteve o credenciamento do Ministério da Educação, como Claretiano - Centro Universitário. Em 2005, recebeu o Recredenciamento de Centro Universitário por mais cinco anos, pela Portaria 4.501, de 23 de dezembro de 2005, do Ministério da Educação. (Diário Oficial da União de 13 de janeiro de 2006). Em 2009, recebeu mais uma visita para fins de recredenciamento, com processo finalizado a partir da Portaria 516, de 09 de maio de 2012 (publicada no Diário Oficial da União, em 10 de maio de 2012). Com o objetivo de unificar todas as unidades educativas Claretianas de Educação Básica e Educação Superior, no dia 24 de outubro de 2012, foi lançado o Claretiano – Rede de Educação, de modo a estruturar um modelo de gestão e dar sustentabilidade ao Claretiano. Durante o processo de estruturação do modelo de gestão, várias dimensões da instituição, a partir de Áreas Temáticas: Administrativo e Financeiro, Comunicação e Marketing, Educação e Ação Pastoral, Gestão Estratégica de Pessoas, Material Didático, Registro e Controle Acadêmico, Responsabilidade Social e Filantropia e Tecnologia da http://www.claret.org/pt-pt/historia-da-congregacao Informação, foram analisadas e estudadas com os objetivos de aprimoramento e unificação de todas as unidades educacionais da Rede, além de estudar o Projeto Educativo, a Missão e ressaltar os princípios que norteariam a organização de todas as instituições em forma de rede. Como resultado desse trabalho, foram propostos sete princípios: SINGULARIDADE, ABERTURA, INTEGRALIDADE, TRANSCENDÊNCIA, AUTONOMIA, CRIATIVIDADE e SUSTENTABILIDADE, todos baseados no Projeto Educativo Claretiano, gerando no ano de 2014 um documento chamado Carta de Princípios. Também, resultante da estruturação do Claretiano - Rede de Educação, especificamente, a Área Temática Educação e Pastoral, realizou um trabalho de Unificação dos Projetos Político Pedagógicos dos Cursos de Graduação, subsidiado pelo Projeto Educativo Claretiano e pelos princípios de abertura, singularidade, integralidade, transcendência, autonomia, criatividade e sustentabilidade. Este trabalho teve como dos eixos a unificação e alinhamento das Matrizes Curriculares dos Cursos de Graduação, efetivado a partir da participação dos coordenadores de curso, em reuniões presenciais e por videoconferências, tendo também o apoio de documentos oficiais do Ministério da Educação brasileiro. A unificação e o alinhamento das Matrizes Curriculares significam que os Cursos de Graduação do Claretiano – Rede de Educação passaram a ter a mesma Matriz Curricular oferecida tanto na modalidade a distância como na presencial. Por exemplo: o Curso de Graduação em Administração – Bacharelado tem uma Matriz Curricular – conjunto de disciplinas, para ser oferecida em ambas as modalidades nas diversas Unidades Educativa de Educação Superior do Claretiano – Rede de Educação. Assim, como um dos principais resultados da criação do Claretiano – Rede de Educação partir de 2015, todos os cursos de graduação do Claretiano são ofertados com Projetos Político-Pedagógicos e (PPPC) matrizes curriculares unificados e articulados, originados da criação do Claretiano – Rede de Educação, em 2012. Todas as matrizes curriculares foram concebidas com quatro disciplinas por semestre, sendo duas disciplinas de 60 horas e duas de 90 horas, considerando tempo de integralização e carga horária mínimos; disciplinas institucionais, centro de formação de professores, optativas de formação, das áreas de gestão, saúde, informática e engenharias; ementas; quantidade de disciplinas ofertadas e carga horária por semestre; e tempo mínimo de horas dos demais componentes curriculares. Cabe salientar que na época, 67 cursos passaram pelo processo de unificação, totalizando 134 Matrizes Curriculares unificadas, que estão sendo implantadas desde o ano de 2015. Atualmente, todos os novos cursos da Instituição são concebidos, organizados e implementados considerando esta política. Em 22 de outubro de 2013, foi publicada Portaria nº 526, de 21 de outubro de 2013, que alterou a denominação para Claretiano – Centro Universitário. Atualmente, o Claretiano oferece cursos de graduação (presencial e a distância) nas áreas da Educação, Teologia, Saúde, Engenharias, Administração, Tecnologia e Social, articuladas com as atividades de pesquisa e extensão, sendo estes: Educação Física – Bacharelado, Educação Física – Licenciatura, Artes Visuais - Licenciatura, Biologia – Licenciatura, Computação – Licenciatura, Filosofia - Licenciatura, Filosofia – Bacharelado, Geografia, História – Licenciatura, Letras - Português / Inglês, Letras – Português, Matemática - Licenciatura, Música - Licenciatura, Pedagogia - Licenciatura, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Teologia – Bacharelado, Biomedicina – Bacharelado, Enfermagem – Bacharelado, Estética – Bacharelado, Fisioterapia – Bacharelado, Nutrição – Bacharelado, Terapia Ocupacional – Bacharelado, Administração – Bacharelado, Biblioteconomia– Bacharelado, Ciências Contábeis – Bacharelado, Relações Internacionais – Bacharelado, Curso Superior de Tecnologia em: Serviços Jurídicos e Notariais, Agronegócio, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gastronomia, Gestão Ambiental, Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Franquias, Gestão de Micro e Pequenas Empresas, Gestão Financeira, Gestão Pública, Logística, Processos Gerenciais, 9 Gestão de Recursos Humanos, Secretariado, Estética e Cosmetologia e Gerontologia, além de uma gama de cursos de pós-graduação - especialização nessas áreas. 1.1.3. Educação a Distância do Claretiano: visão histórica A primeira ação educativa do Claretiano - Centro Universitário, na modalidade a distância, surgiu em 1997, com o programa de televisão “O assunto é...”, veiculado mensalmente pela Rede Vida de Televisão em rede nacional. O programa visava informar a população a respeito de assuntos ligados à área da Saúde, especificamente Fisioterapia, tendo sido exibido durante três anos. Em 1998, a Ação Educacional Claretiana, mantenedora do Claretiano - Centro Universitário e das Faculdades Integradas Claretianas, começou a desenvolver estudos e pesquisas a respeito da aplicação de recursos tecnológicos na educação. Em princípio foram desenvolvidos ambientes de sala de aulas virtuais, com o objetivo de serem um complemento pedagógico aos cursos presenciais. As salas de aula virtuais foram implementadas no Claretiano - Centro Universitário de Batatais em 2002. A estrutura desenvolvida para atender o ambiente de sala de aula virtual mostrou-se apropriada à aplicação de cursos e as primeiras iniciativas surgiram com os do tipo livres, como: Oficina de Redação; Apicultura, Shiitake, Ariel, Referências, (no final de 1999), com mais de dois mil alunos.Reconhecendo a Educação a Distância como uma modalidade de democratização de acesso ao ensino, flexibilidade de estudos e favorecimento do desenvolvimento da autonomia dos educandos, o Claretiano - Centro Universitário, em 2002, começou a sinalizar a oferta de uma parte das disciplinas dos cursos reconhecidos na modalidade a distância (cerca de 10%, conforme autorizado na época pela Portaria no 2.253 de 18/10/01, publicada no DOU de 19/10/2001, que facultava a oferta de até 20% das disciplinas dos cursos reconhecidos na modalidade de Educação a Distância). Então no ano 2002, o Claretiano inicia o Projeto de Disciplinas em Educação a Distância (20%) na Graduação Presencial no Curso de Complementação Pedagógica, oferecendo uma parte de suas disciplinas na modalidade a distância conforme autorizado pela referida Portaria (atualmente revogada pela Portaria no. 4.059, de 10 de dezembro de 2004). Para viabilizar e dar suporte à implementação das disciplinas e também de tecnologias alternativas em programas e projetos educativos, semipresenciais e/ou a distância, na graduação, pós-graduação e extensão, foi utilizada a ferramenta EDUCLAD e também criado o Núcleo de Ensino a Distância (NEAD). Com os primeiros encaminhamentos dados à graduação, (Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), o Claretiano (sob a responsabilidade da Coordenadoria de Pós-Graduação), iniciou os estudos da proposta de cursos a distância a partir das áreas de Fisioterapia, Educação Física e Educação. No ano de 2002, foi iniciado o estudo da proposta de oferta dos cursos de Licenciatura em Filosofia e Computação (ambos graduação) e solicitada em dezembro de 2002, junto ao Ministério da Educação uma visita in loco para avaliação dos mesmos e credenciamento institucional para atuação em graduação a distância. No início do ano de 2003, dando continuidade ao Projeto de Disciplinas em Educação a Distância (20%) na Graduação Presencial, o Claretiano - Centro Universitário, abre espaço nos cursos de graduação reconhecidos como: Licenciatura em Educação Física, Licenciatura em Pedagogia: Administração Escolar, Licenciatura em Letras Português/Inglês, Fisioterapia e Licenciatura em Filosofia, para as disciplinas Comunicação e Expressão, Metodologia da Pesquisa Científica e Sociologia da Educação, serem oferecidas na modalidade a distância. A continuidade desse Projeto coincide com a criação da Coordenadoria de Educação a Distância (CEAD), antigo Núcleo de Ensino a Distância (NEAD) e do Projeto Sala Virtual, para o apoio às disciplinas presencias dos cursos de graduação e pós-graduação. O ano de 2004, o Claretiano - Centro Universitário foi marcado por algumas ações que deram apoio e fortalecimento a modalidade a distância ao seu contexto educacional. Em março do mesmo ano, tem início as ofertas de Cursos de Pós-graduação a distância: Educação Especial, Educação Infantil e Alfabetização e Nutrição e Condicionamento Físico. Ainda neste período foi implantada a ferramenta Blog para orientação de monografias nos cursos de Graduação; também a introdução da disciplina de Tecnologia Educacional para Educação a Distância, como suporte de nivelamento junto a todos os alunos dos cursos de graduação reconhecidos ou não. Conjuntamente com o desenvolvimento da plataforma EDUCLAD, o Claretiano continuou investindo na capacitação de seus docentes, sempre ministrada por integrantes da Coordenadoria de Educação a Distância (CEAD). No mês de maio de 2004, o Claretiano - Centro Universitário recebeu a visita in loco do Ministério da Educação, sob a responsabilidade dos professores Luiz Valter Brand Gomes, da Universidade Federal Fluminense e José Dimas d'Avila Maciel Monteiro, da UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina, para avaliar os cursos de Licenciatura em Filosofia e de Licenciatura em Computação a distância. Tanto a estrutura criada para a oferta dos cursos, quanto os projetos pedagógicos dos mesmos, foram muito bem avaliados. Como todas as ofertas, até então, eram avaliadas curso a curso, estava previsto, para o segundo semestre de 2004, outra visita in loco para avaliar os cursos de Pedagogia e Letras a distância. Nesse contexto, a partir de agosto de 2004, o Claretiano - Centro Universitário integra a Comunidade de Aprendizagem Virtual da Rede de Instituições Católicas de Ensino Superior (CVA-RICESU). Este consórcio é formado por renomadas Instituições de Ensino Superior, tais como Claretiano - Centro Universitário (Ceuclar), Centro Universitário La Salle (UNILASALLE), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade Católica de Brasília (UCB), Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Católica de Santos (Unisantos), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Esta parceria com a RICESU vem conferir maior amplitude e credibilidade ao projeto de Educação a Distância do CLARETIANO e amplia seus horizontes de atuação, como também reafirma com mais intensidade seu compromisso com a democratização dos saberes e a inclusão social. No final de 2004, pela Portaria no. 3.635, de 9 de novembro de 2004, o Claretiano - Centro Universitário é credenciado (Ministério da Educação) pelo prazo de três anos para a oferta de cursos superiores a distância, no estado de São Paulo. De modo inédito, esta portaria é emitida contemplando a autonomia universitária à Instituição. A partir desta portaria, o Claretiano - Centro Universitário, abre em 2005 suas atividades na modalidade a distância a partir dos seguintes cursos de Graduação (Complementação Pedagógica, Licenciatura em Computação, Licenciatura em Letras, Licenciatura em Filosofia, Licenciatura em Pedagogia com ênfase nas áreas de Educação e Séries Iniciais, e Licenciatura em Pedagogia com ênfase em Administração, orientação e Supervisão) e Pós-Graduação (Gestão Ambiental, Psicopedagogia no Processo Ensino Aprendizagem, Psicopedagogia: Abordagem Clínica dos Processos de Aprendizagem, Educação Infantil e Alfabetização, Educação Especial, Metodologia da Língua Portuguesa e Direito Educacional). 11 Ainda no ano de 2005, o Claretiano foi avaliado para oferta de seus cursos superiores a distância em outras unidades da federação, visto que seu credenciamento institucional limitava suas ações em Educação a Distância no território paulista. Resultado deste processo é a Portaria nº 557, de 20 de fevereiro de 2006 (publicada no D.O.U. em 21 de fevereiro de 2006) que autoriza o Claretiano - Centro Universitário a estabelecer parcerias com instituições para realização de momentos presenciais, ofertando seus cursos a distância em pólos em outras unidades da federação. Continuando seu projeto de implantação de cursos de graduação a distância, a partir de 2006 nascem novos cursos em Educação a Distância no Claretiano. São oferecidos os cursos de Administração, Ciências Contábeis, Planejamento Administrativo e Programação Econômica (PAPE) e Programa Especial de Formação Pedagógica (nas áreas de Filosofia, Matemática, Letras e Biologia). Em 2007, novos cursos são oferecidos pelo Claretiano, somados àqueles em oferta anterior. São eles: Teologia, Ciências da Religião, Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos, Tecnólogo em Logística e Tecnólogo em Gestão Financeira (antigo Planejamento Administrativo e Programação Econômica, sendo renomeado em função da publicação do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia). Além dos cursos de Graduação presenciais e a distância, o Claretiano oferece cursos de Especialização nas modalidades semipresencial e a distância, e cursos de extensão a distância.Em 2008, os cursos de Licenciatura em História, Geografia, Artes e Ciências Sociais passaram a integrar o grupo de cursos ofertados a distância pelo Claretiano - Centro Universitário. Em 2009, os cursos de Licenciatura em Educação Física e mais dois tecnólogos na área de informática. Em 2010, foi finalizado o processo de Supervisão pela Nota Técnica no. 03/2011/CGS, DRE SEAD/SEED/MEC e Secretaria de Educação a Distância – Despacho do Secretário em 04/01/2011 (Arquivamento do Processo de Supervisão, após visita in loco dos avaliadores designados pela SEED), publicado no Diário Oficial da União em 07/01/2011. Assim sendo, o processo retomou seu trâmite normal para o Recredenciamento desta modalidade. Em 2011, o Claretiano – Centro Universitário recebeu o reconhecimento dos cursos: Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Artes, Ciências Contábeis, Ciências da Religião, Educação Física, Filosofia, Geografia, História, Letras, Teologia, Tecnologia em Gestão TI, Tecnologia em Logística, Tecnologia em Recursos Humanos e Tecnologia em Gestão Financeira ( Diário Oficial da União Nº 159/2011); Licenciatura em Computação e Filosofia (Diário Oficial da União Nº 123 /2011) e Licenciatura em Pedagogia (Diário Oficial da União Nº 95 /2011). Em 2012, foi iniciada a oferta dos seguintes cursos: Engenharia (Engenharia de Produção); Saúde (Educação Física – Bacharelado); Formação de Professores (Biologia; Matemática); Programa Especial de Formação Pedagógica (Artes - Educação Artística; Computação; Geografia; História; Matemática; Química); Gestão Pública (Curso Superior de Tecnologia). Em 2014, começa a fazer parte a oferta dos cursos de Engenharia Elétrica, Enfermagem, Serviço Social e Música (licenciatura). A partir de 2016, foi realizada a reformulação nos cursos do Programa Especial de Formação Pedagógica, referentes à Resolução nº 2, de 26 de junho de 1997 (CNE - publicada no D.O.U. de 15/7/97 - seção 1 - p.14.926) ofertados no Claretiano - Centro Universitário desde o ano de 2006, nas áreas de Biologia, Língua Portuguesa, Matemática e Filosofia) e os de segunda licenciatura desde 2009, estes últimos com a entrada como portador de título, nas áreas de Biologia, Língua Portuguesa, Matemática, Filosofia, Pedagogia), em atendimento à Resolução 02 de julho de 2015, sendo ofertados dois cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados e um curso de segunda licenciatura, ligados às licenciaturas já existentes na instituição. Em 2017, acrescenta-se a oferta dos cursos: Filosofia – Bacharelado; Biblioteconomia; Curso Superior de Tecnologia em Serviços Jurídicos e Notariais e Teologia, em 4 anos (até 2016, integralizado em 3 anos). Em 2018, inicia-se os Cursos Superiores de Tecnologia em Gastronomia, Gerontologia, Gestão de Franquias, Gestão de Micro e Pequenas Empresas, Processos Gerenciais e Relações Internacionais – Bacharelado. Toda proposta da Modalidade a Distância se caracteriza e funciona em consonância com a Missão, o Projeto Educativo, Político Pedagógico Institucional, com o Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Claretiano - Centro Universitário e com as legislações referentes a Educação a Distância (DECRETO Nº 9.057, DE 25 DE MAIO DE 2017, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; PORTARIA NORMATIVA No - 11, DE 20 DE JUNHO DE 2017, que estabelece normas para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a distância, em conformidade com o Decreto no 9.057, de 25 de maio de 2017, e com as regulamentações de recredenciamento institucional para a modalidade). 2. MISSÃO DO CLARETIANO - CENTRO UNIVERSITÁRIO A Missão do Claretiano - Centro Universitário consiste em formar a pessoa para o exercício profissional e para o compromisso com a vida, mediante o seu desenvolvimento integral, envolvendo a investigação da verdade, o ensino e a difusão da cultura, inspirada nos valores éticos e cristãos e no carisma Claretiano que dão pleno significado à vida humana. (PROJETO EDUCATIVO, 2012, p. 17). Para que a missão se concretize pedagogicamente o Claretiano - Centro Universitário assume uma postura aberta, dinâmica e sensível, buscando responder às necessidades e expectativas dos contextos externo (socioeconômico e cultural) no qual ela está inserida e interno (da própria Instituição). No ano de 2011, no XV Encontro da CECLAB (Comissão de Educadores Claretianos do Brasil), todas as unidades de educação da Província Claretiana do Brasil vivenciou momentos de partilhas das experiências concretizadas pelos educadores claretianos da Educação Básica e Superior, bem como a reflexão dos fundamentos antropológicos, filosóficos e teológicos que norteiam o trabalho pedagógico. Dessa foi identificada a necessidade de sistematizar e propor um Projeto Educativo único que norteasse o trabalho dos educadores claretianos. Em 2012, foi lançada a versão do Projeto Educativo para todas as unidades educativas Claretianas (com a anuência dos missionários Claretianos durante o 2º. Capítulo da Província do Brasil), revisado e único, que lançou os fundamentos para a compreensão do modo de educar segundo o espírito claretiano. Assim, o Projeto Educativo/Missão tem e vem inspirando todo o trabalho pedagógico/administrativo/acadêmico do Claretiano, que também, orientado pelas políticas educacionais de âmbito nacional e necessidades regionais de seu entorno, tem sido concebido, por todos os segmentos envolvidos no seu processo de implementação, como um elemento permanente de apoio, reflexão e análise para a formação humana de nossos alunos. 3. CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA (EAD): HISTÓRIA, CONCEPÇÃO E EMBASAMENTO LEGAL 13 No tocante a sua trajetória histórica, o surgimento do curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura (EaD) se deve, inicialmente, ao sucesso apresentado pelo mesmo curso na modalidade presencial, desde sua origem. A discussão sobre a formação do professor de educação física aliada às possibilidades pedagógicas da Educação à Distância, resultou em um curso que visa possibilitar a sociedade, de maneira geral, a capacitação para o exercício docente nas escolas com competência e seriedade, ancorado nos ideais claretianos tratados anteriormente. Nesse sentido, para entendermos a origem do curso na modalidade a distância se faz necessário identificar os pressupostos que balizam a estruturação do curso presencial, uma vez que ambos partilham dos mesmos ideais de formação no campo da Educação Física. Ao nos remetermos à gênese da Educação Física como área do conhecimento, logo percebemos uma forte influência das ciências biológicas no campo, o que trouxe impactos diretos tanto na elaboração do arcabouço teórico que alicerça a produção de conhecimentos quanto nas experiências empreendidas nos diferentes espaços em que a Educação Física se faz presente. Neste contexto, o século XIX, momento em que a Educação Física passa a se fazer presente na escola, é particularmente interessante para a compreensão do papel atribuído à área no desenvolvimento do projeto histórico da época. Na Europa, segundo Soares (2001), este é o período no qual ocorre a consolidação do Estado burguês e da burguesia como classe dominante, ao passo que a classe operária se torna a sua oponente histórica. A fim de manter a hegemonia, a burguesia sabe que deve investir na formação de indivíduos ajustados a esta nova ordem social, política e econômica. A construção destes homens e mulheres deverá ocorrer integralmente, ou seja, deve-se cuidar igualmente dos aspectos mentais, intelectuais, culturais e físicos. Nas palavras da autora: É nesta perspectiva que podemos entender a Educação Física como a disciplina necessária a ser viabilizada em todas as instâncias, de todasas formas, em todos os espaços onde poderia ser efetivada a construção deste homem novo: no campo, na fábrica, na família, na escola. A Educação Física será a própria expressão física da sociedade do capital. Ela encarna e expressa os gestos automatizados, disciplinados, e se faz protagonista de um corpo “saudável”: torna-se receita e remédio para curar os homens de sua letargia, indolência, preguiça, imoralidade, e, desse modo, passa a integrar o discurso médico, pedagógico... familiar (idem, p.5-6). O pensamento médico higienista, dominante à época, se espraia ao longo do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, reproduzindo historicamente suas influências, trazendo, até hoje, um forte viés biológico para a área. O desenvolvimento moral e físico dos indivíduos passa a ser uma das justificativas para a presença da Educação Física nas escolas e a sua função precípua no sistema educacional. Neste particular, Soares et al (2012) apontam que os métodos ginásticos se tornaram a referência para o desenvolvimento da Educação Física na escola, sempre amparados pelo referencial científico oriundo das ciências biológicas. Os autores fazem questão de destacar o fato das aulas serem ministradas por instrutores físicos advindos da instituição militar e que traziam para o espaço escolar a disciplina e hierarquia características dos rígidos métodos militares. Nos dizeres dos autores, “a Educação Física escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar” (idem, p.53). Diante deste cenário é possível observarmos que, desde seu início, o processo de formação de professores de Educação Física esteve atrelado às escolas militares. A primeira iniciativa se refere à experiência da Seção de Educação Física da Força Pública de São Paulo, que no ano de 1914 formou os primeiros mestres de ginástica e de esgrima. Esta Seção é fruto da chegada da Missão Militar Francesa ao nosso país em 1902 com vistas à instrução militar da Força Pública. A partir da década de 1920, com a adoção do Método Francês como método oficial de instrução militar, a Educação Física passa a adotá-lo em suas aulas nas escolas brasileiras. No final desta década, mais precisamente em 1929, passa a funcionar o Curso Provisório de Educação Física, que originou a Escola de Educação Física do Exército. Os egressos deste curso, em sua maioria sargentos e cabos das forças armadas, foram ministrar aulas de Educação Física não somente em instituições militares, mas também em escolas civis (QUELHAS; NOZAKI, 2006). No meio civil, a formação profissional em Educação Física inicia a sua trajetória com criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), ligada à Universidade do Brasil (Decreto-lei n.º 1.212/39), e da Escola de Educação Física do Estado de São Paulo. Estas iniciativas desvelam o caráter intervencionista dos militares na sociedade e a preocupação deste grupo com a Educação Física no intuito de instrumentalizá-la a fim de atender o projeto de “revigoramento da raça” e de “preparação física do futuro soldado” (QUELHAS; NOZAKI, 2006). Após a Segunda Guerra Mundial surgem outras tendências que procuram adquirir a supremacia no interior da Educação Física escolar. O destaque fica por conta do Método Desportivo Generalizado (MDG), idealizado pelo professor francês Auguste Listello, que a partir da década de 1950 consegue ampla circulação do referido Método a tal ponto que este torna-se o referencial teórico-metodológico para a Educação Física no contexto educacional brasileiro. O MDG visava a formação integral dos indivíduos por meio de jogos e atividades desportivas e para isto quatro princípios se tornaram basilares em seu desenvolvimento: Educação Física para todos; Educação Física orientada; prevenção do mal; e aproveitamento das horas livres. Em consonância com os princípios citados, os jogos e as atividades desportivas experienciados deveriam proporcionar aos educandos estímulos para o trabalho em equipe, solidariedade, altruísmo e hábitos higiênicos. No período compreendido entre as décadas de 1950 e 1960, inicia-se o processo conhecido como esportivização da Educação Física e que terá a sua ampliação e consolidação durante os dois decênios seguintes. A partir da influência marcante do MDG, o esporte afirma-se paulatinamente no interior da instituição escolar e passa a ser o conteúdo predominante nas aulas de Educação Física. O que se observa com o passar dos tempos é a subsunção da Educação Física aos códigos/normas esportivas, ou seja, as aulas de Educação Física nas escolas passam a ser balizadas por princípios de rendimento atlético, racionalização, comparação de rendimentos, racionalização de meios e técnicas, dentre outros que valorizam a performance dos estudantes. Ao se trazer à baila esta discussão, três aspectos merecem ser destacados: o primeiro se refere à tentativa de instrumentalização do esporte no sentido reforçar o projeto societário de impulsionar o desenvolvimento do capitalismo em nosso país, além do intento de torná-la uma potência olímpica. É interessante notar que no contexto educacional mais amplo estamos vivenciando a franca expansão da pedagogia tecnicista, o que demostra uma aproximação com o processo de esportivização ora mencionado; já o segundo ponto fica por conta da tentativa de desviar a atenção da população em geral dos descalabros cometidos pela ditadura militar vigente desde 1964; o terceiro aspecto que merece destaque diz respeito à formação dos professores de Educação Física para atuar nas instituições escolares neste período. O processo formativo destes profissionais é marcado pelo perfil técnico baseado em conhecimentos ainda alicerçados nas ciências biológicas. No que concerne ao processo formativo em Educação Física, os currículos dos cursos de graduação se baseavam na Resolução nº 69/69 do Conselho Federal de Educação (CFE), formulada com base no Parecer nº 894/69 deste mesmo Conselho. Esta regulamentação tornou imperiosa a necessidade de reformulação dos cursos de licenciatura em Educação 15 Física a fim de atender às exigências do CFE e estabelecer um currículo mínimo com 1800 horas/aula, ministradas em, no mínimo três anos e no máximo cinco anos, conferindo, ao final, ao estudante concluinte o título de Licenciado em Educação Física e Técnico de Desportos. A partir de então, os currículos dos diferentes cursos de Educação Física espalhados pelo país eram compostos por disciplinas “Básicas” (Biologia, Anatomia; Fisiologia, Cinesiologia, Biometria e Higiene), “Profissionais” (Socorros Urgentes, Ginástica, Rítmica, Natação, Atletismo e Recreação) e “Pedagógicas” (Psicologia da Educação; Didática; Estrutura e Funcionamento do Ensino de 2º Grau, além da Prática de Ensino). Nesta estrutura de organização da formação superior em Educação Física, nota-se uma clara formação tecnicista na área em detrimento de uma formação pedagógica para atuação nas escolas (QUELHAS; NOZAKI, 2006; OLIVEIRA; COSTA, 1999). Betti (1991, p.70) faz uma pequena síntese sobre o processo em curso à época: Os interesses do sistema esportivo ficaram garantidos também na formação dos recursos humanos, confundindo-se mais uma vez o Esporte com a Educação Física. Como resultado, tem-se um currículo balizado pela esportivização e bastante superficial. Sob este currículo, expandiram-se os Cursos Superiores de Educação Física na década de 70. A proposta de currículo mínimo perdurou por alguns anos até que, a partir da Resolução nº 03 de 16 de junho de 1987 do CFE, tivéssemos uma nova alteração na organização dos cursos de graduação em Educação Física. Ficava, agora, estabelecido, mínimos conteúdos e duração a serem observados. Ao invés de um currículo mínimo, foram indicadas áreas que deveriam ser contempladas no processo deestruturação curricular: “Formação de Cunho Humanístico” (Conhecimento Filosófico, Conhecimento do Ser Humano e Conhecimento da Sociedade); “Formação de Cunho Técnico”; e “Aprofundamento e Conhecimento” Além disso, com esta Resolução temos a instituição de mais uma habilitação na área, o Bacharelado. Na avaliação de Oliveira e Costa (1999) houve um salto qualitativo com a implementação desta nova forma de organização dos cursos de graduação na área, pois a exigência de um currículo mínimo foi suprimida, possibilitando às Instituições de Ensino Superior (IES) liberdade para estruturarem suas grades curriculares levando-se em consideração o perfil profissional desejado (OLIVEIRA; COSTA, 1999). No final dos anos de 1970 e ao longo da década seguinte, o Brasil se encontrava em um período de transição para o regime democrático. Após longos anos sob a batuta dos militares, a sociedade brasileira começa a vislumbrar novos tempos em termos de liberdade de expressão. Acompanhando o contexto da sociedade em geral, a Educação Física acompanha o surgimento de movimentos “renovadores” (SOARES et al., 2012) que irão contestar às concepções de Educação Física baseadas na perspectiva biológica. Tais maneiras de ver e fazer Educação Física na escola já não comportam a complexidade das manifestações da cultura corporal e precisam ser revistas. O retorno de muitos intelectuais da área ao nosso país, o surgimento de programas de Pós-Graduação e a maior divulgação de referenciais advindos das ciências humanas e sociais, contribuíram sobremaneira para esta mudança de perspectiva em relação à Educação Física. O contexto delineado abre espaço para reflexões de cunho epistemológico importantes para a Educação Física, desembocando naquilo que muitos chamam de “crise de identidade”. As décadas seguintes revelam uma franca expansão da sociedade de mercado, sobretudo baseada em sua forma neoliberal, e que exigem a formação de novos profissionais sintonizados com este momento histórico, haja vista que o Estado brasileiro havia sofrido uma série de reformas para atender às exigências de organismos internacionais multilaterais representantes do capital internacional no que se refere ao processo de formação humana. É neste contexto que surgem os Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Reforma do Ensino Técnico e Profissional (Decreto 2208/97), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Diretrizes Curriculares de Ensino Médio. Em termos de ensino superior, as Diretrizes Curriculares se tornaram uma arena de sucessivos embates em torno do processo de formação profissional, o que não foi diferente para o curso de Educação Física. No início dos anos 2000, em particular, a formação em licenciatura em Educação Física passa a ser balizada por dispositivos legais que contemplam a formação de professores para atuação na educação básica e de diretrizes específicas para a graduação na área. Diante do exposto, a Educação Física passa a ser compreendida sobre outras bases. Sabendo que este é um campo de conhecimento que lida com o corpo humano, e que esse corpo expressa movimentos carregados de signos, com valores e princípios, e em diferentes contextos de aplicação, não podemos reduzir a Educação Física à uma área exclusivamente de cunho biológico. Compreendê-la como um fenômeno social, que ocorre em diferentes cenários, com enredos diversificados, desenvolvidos por atores, que também, diferentemente, atuam para públicos diversos, é ampliar sua dimensão. A formulação elaborada por Soares et al. (2012, p.62-63) expressa, de forma adequada, uma compreensão de Educação Física que incorporou os debates travados ao longo dos anos 1980. Neste sentido, para os autores: A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal. Ela será configurada com temas e formas de atividades, particularmente corporais, como as nomeadas anteriormente: jogo, esporte, ginástica, dança ou outras, que constituirão o seu conteúdo. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem. Sob esta perspectiva ampliada da área, a finalidade da Educação Física como componente curricular da educação básica passa a ser, então: [...] introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. “A integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade” (Betti, 1992, 1994a). Para isso, não basta aprender habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se o aluno aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si próprio), aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva (BETTI; ZULIANI, 2002, p.75). Portanto, a Educação Física atualmente passa a ser compreendida como um campo que tematiza as atividades ligadas ao patrimônio humano-genérico denominado cultura corporal, abordando estas manifestações em hoje, pode ser compreendida como área que tematiza/aborda as atividades corporais em suas dimensões culturais, sociais e biológicas. A Educação Física transcende a preocupação exclusiva com a aptidão física e saúde dos indivíduos e relaciona as produções culturais expressas por meio dos jogos, danças, esportes, lutas, ginásticas, dentre outros, aos aspectos lúdico e estético. A partir desta explanação inicial sobre o panorama da Educação Física no cenário nacional e internacional, cabe situar a trajetória histórica de desenvolvimento do curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD) do Claretiano – Centro Universitário. No 17 final da década de 1960, a Direção do antigo Colégio São José, fiel à sua missão educadora e visando o aproveitamento do excelente patrimônio físico (instalações escolares, quadras poliesportivas, piscinas, áreas arborizadas) e após consultas às forças vivas da cidade, optaram pela criação de uma escola de Educação Física, primeiro curso na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras José Olympio (assim denominada na referida época o atual Claretiano - Centro Universitário). Movimentando-se nesse sentido, foram encaminhadas as tramitações legais. Buscou- se a aquisição dos devidos equipamentos e em 27 de maio de 1970, o Ministério da Educação, pelo Diário Oficial, autorizou o funcionamento da Escola Superior de Educação Física de Batatais, então a quinta do país no gênero e a primeira deste atual Centro Universitário. As mudanças mais significativas do curso ocorreram pelas orientações da Resolução MEC/CFE nº 03/1987, com nova descrição do curso e revisão da matriz curricular com base nas áreas de conhecimento propostas. Até 1999 o curso foi se adaptando às transformações expressas pela produção de conhecimento na área, porém mantendo sempre voltada a formação de professores (licenciatura plena). A Educação Física teve seu efetivo reconhecimento em 1998, com a promulgação da Lei 9696/98. Com a regulamentação da profissão (Lei 9696/98, Diário Oficial da União 02/09/98) coube ao curso de Educação Física se organizar e se atualizar considerando essas orientações. A partir de 2000 o curso presencial passou por novas mudanças, com base nas discussões e produções de seu colegiado, mantendo os princípios pedagógicos institucionais, passoupor mudanças orientadas nas novas propostas curriculares (CEEF/1999) e no relatório da comissão de avaliadores do MEC para renovação de reconhecimento. Adotando assim um projeto de curso com eixos norteadores voltados à DOCÊNCIA, como tipo de aprofundamento. Nesse sentido, os conjuntos de disciplinas passaram a contemplar os conhecimentos específicos e competências para uma DOCÊNCIA generalista, na perspectiva da Educação, Saúde e Qualidade de Vida, subdividida como segue: • Docência na Educação Escolar– Professor de Educação Física para o Ensino Básico (fundamental e médio), na perspectiva da educação formalizada pela política nacional. • Docência na Educação Não Escolar – Professores de Educação Física na perspectiva da educação informal. No ano de 2004, com base nas novas diretrizes curriculares a instituição designou um grupo de estudos composto por professores do curso presencial para atender as novas propostas. Após estudos e aprovação do Conselho Superior, a instituição optou por manter a licenciatura, com base nas propostas (Res.CES 138/2002 e Parecer CES 09/2001), com vistas a prosseguir os estudos vislumbrando a possibilidade de também criar o bacharelado. Com a regulamentação da profissão coube ao curso presencial de Educação Física organizar-se e atualizar-se levando-se em consideração as orientações do CONFEF (Conselho Federal de Educação Física). Seguindo as orientações e necessidades de nossos alunos, o Claretiano - Centro Universitário, em 2005, opta pelas duas formações, o Licenciado e o Graduado (Bacharel) em Educação Física. Durante os anos seguintes a matriz do curso presencial passou por inúmeras discussões e acabou por sofrer uma reforma visando sua adequação as propostas mais avançadas em termos de formação de professores. Tal reforma compreendeu uma reestruturação na oferta das disciplinas, sem, contudo, haver prejuízo à carga horária dos cursos. A partir destas discussões que alteraram a matriz curricular do curso presencial de Graduação em Educação Física - Licenciatura surge a proposta para o curso na modalidade EaD. Acreditávamos, naquele momento, que a mesma qualidade oferecida no curso presencial seria apresentada aos alunos do curso na modalidade EAD, na medida em que ambos deveriam estar articulados às diretrizes governamentais. Devido às especificidades da modalidade EaD diferenças significativas foram respeitadas visando a melhor formação para o aluno. Tais diferenças, no entanto, não impediram uma articulação entre as duas modalidades possibilitando, por exemplo, a utilização de materiais didáticos desenvolvidos, contratação de corpo docente etc. Assim, no ano de 2008 o início dos trabalhos do Curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD) foi autorizado pela Resolução CONSUP/CLARETIANO n° 05 de 13/08/08. Naquele ano foram contatados profissionais de notório saber para prepararem o material necessário ao desenvolvimento do curso. A experiência do Claretiano com a implementação de cursos a distância foi de vital importância para a abertura de turmas no início do ano de 2009. Nesse período, atendendo a uma demanda já existente em alguns polos de apoio presencial, foi possível criar turmas em cinco polos distintos: São Paulo, São José dos Campos, Belo Horizonte, Curitiba e Batatais. Devido ao grande sucesso apresentado no primeiro semestre a coordenação do curso, com apoio de seu colegiado e aprovação da direção do Claretiano, optou, para o segundo semestre do ano de 2009, pela abertura de turmas em mais três polos: Taguatinga, Rio Claro e Campinas. Nos anos que seguiram a sua abertura, o curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD), apresentou um crescimento gradativo no que diz respeito a quantidade de regiões atendidas. Em 2010 foram formadas turmas em dezenove polos de apoio presenciais, os quais contavam com toda estrutura já existente anteriormente e que foram adequadas as necessidades do curso como, por exemplo, a construção e locação de espaços específicos e contratação de pessoal especializado para o atendimento aos alunos. Em 2011 mais turmas foram abertas em outros dez polos, totalizando nesse momento, o atendimento a mais de quarenta turmas distribuídas em vinte e nove polos de apoio presencial. Em agosto do ano de 2011, após avaliação do MEC, o Curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura (EaD) foi reconhecido pela Portaria MEC nº 332 de 17/08/2011, publicada no Diário Oficial da União de 18/08/2011. Vale lembrar que foi nesse mesmo ano que a turma ingressante em 2009, e que estava concluindo o curso, realizou o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). Os alunos foram muito bem avaliados e a nota geral dos alunos no ENADE foi 4,0 (quatro) pontos. Tal nota foi bastante comemorada tanto pelos alunos quanto pela instituição, pois o resultado confirmou que os trabalhos desenvolvidos estavam na direção correta e, embora necessitasse de algumas reformulações, estávamos abrindo caminho e construindo história como o segundo curso de Educação Física Licenciatura, na modalidade EaD, a ter iniciado as suas atividades no Brasil e o primeiro a ser reconhecido pelo MEC. Relatos confirmam que muitos de nossos ex-alunos ingressam no mercado de trabalho, aprovados em concursos públicos ou em escolas privadas, e que são, constantemente, elogiados pela competência e compromisso profissional, perpetuando com isso a Missão do Claretiano - Centro Univeristário. O Curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD), tem como embasamento o Projeto Educativo Claretiano (PEC), o Projeto Político Pedagógico Institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional (2010-2014) e as seguintes normatizações: Lei n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional); Lei nº 10.861 de 2004 (institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior); Portaria nº 3635/04 de 9 de novembro de 2004 (Credenciamento Institucional para a oferta de Educação a Distância); Parecer CNE/CES nº 58 de 18 fevereiro de 2004 (Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Educação Física); Resolução CNE/CES nº 7, de 19 31 de março de 2004 (que institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena); Parecer CNE/CP nº 9, de 8/05/2001 e Resolução CNE/CP nº 1, de 18/02/2002 (institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena); Resolução CNE/CP 2/2002 (Carga horária e tempo de integralização das licenciaturas, embora revogada, está em vigor de acordo com as prerrogativas da Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015); legislações referentes a Educação a Distância (Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; Portaria Normativa No - 11, de 20 de junho de 2017, que estabelece normas para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a distância, em conformidade com o Decreto no 9.057, de 25 de maio de 2017, e com as regulamentações de recredenciamento institucional para a modalidade, Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (Lei n° 11.645 de 10/03/2008; Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004), Titulação do corpo docente (Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996), Resolução CONAES n ° 1, de 17/06/2010 (Núcleo Docente Estruturante - NDE), Decreto n° 5.296/2004 (Condições de acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida); Lei n° 12.764/12 (Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista); Decreto n° 5.626/2005 (Disciplina de Libras); Parecer CNE/CP nº 8, de06/03/2012 e Resolução CNE/CP nº 1, de 30/05/2012 (Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos); Lei nº 9.795, de 27/04/99 e Decreto nº 4.281, de 25/06/02 (Políticas de Educação Ambiental). 3.1. Missão e Filosofia do Curso Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo assim a distância entre o que fizemos e o que fazemos. (FREIRE, 2000, p. 67). O Curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura concebido a partir do Projeto Educativo, seus Princípios: SINGULARIDADE, ABERTURA, INTEGRALIDADE, TRANSCENDÊNCIA, AUTONOMIA, CRIATIVIDADE e SUSTENTABILIDADE e Projeto Político Pedagógico Institucionais, tem como missão formar a pessoa humana para o futuro exercício docente no campo da Educação Física na educação escolar básica. Não obstante, o indivíduo, compreendido na missão Claretiana e, consequentemente, na missão do curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura, é um ser único, constituído pelas dimensões espiritual (noetica), biológica, psicológica, social e cultural, construídas de maneira singular em sua relação com o mundo e com os outros. Cabe destacar que esta maneira de compreender o indivíduo em formação está em consonância com as Diretrizes instituídas para os cursos de graduação na área, conforme observamos no texto legal: “O curso de graduação em Educação Física deverá assegurar uma formação generalista, humanista e crítica, qualificadora da intervenção acadêmico-profissional, fundamentada no rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta ética” (BRASIL, 2004, p.1). Trata-se de pessoa que encontra no processo educativo referências essenciais para refletir sobre sua própria existência e assim transformá-la. De suas experiências com o mundo e com as outras pessoas, traz diversas proposições e questionamentos que servem de suporte ao processo educativo no ensino superior. Neste processo, necessita de orientações que lhe auxiliem nas articulações entre a sua prática social cotidiana com aqueles subsidiários da prática profissional. O conhecimento do senso comum, construído no cotidiano da existência do indivíduo, deve ser confrontado e articulado com os conhecimentos acadêmico-científicos necessários à capacitação profissional. Estes devem ser compreendidos enquanto “conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais específicos da Educação Física e aqueles advindos das ciências afins, orientados por valores sociais, morais, éticos e estéticos próprios de uma sociedade plural e democrática” (BRASIL, 2004, p.2). Estes devem estar distribuídos, conforme descrito nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Educação Física, em unidades de formação específica e ampliada, abrangendo a Relação ser humano-sociedade, a dimensão Biológica do corpo humano, a Produção do conhecimento científico e tecnológico, os conhecimentos sobre a Cultura Corporal de Movimento, a dimensão Técnico-instrumental e a Didático-pedagógico. Tais conhecimentos devem servir de suporte teórico para a prática profissional na escola de ensino básico, preferencialmente nas instituições públicas, pautando por sua qualidade, gratuidade e respeito à diversidade humana, a qual deve acolher. O profissional da educação, formado no Curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD) do Claretiano – Centro Universitário, é elemento importante para o desenvolvimento e manutenção dessa escola na medida em que contribui significativamente na formação humana dos alunos. Cabe ao curso possibilitar as reflexões necessárias para que o futuro profissional perceba seu compromisso sócio-político e ético na busca de uma sociedade mais justa, digna e igualitária. Neste particular, as reflexões de Freire (2003, p.33) são inspiradoras para se pensar todo o exposto sobre a missão e filosofia do curso: Não é possível pensar os seres humanos longe sequer da ética, quanto mais fora dela. Estar longe ou pior, fora da ética, entre nós, mulheres e homens é uma transgressão. É por isso que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. (p.33). Cabe a área da Educação Física e seus profissionais desenvolverem ações na tentativa dessa formação autônoma que superem a simples transferência de conhecimentos técnico-instrumentais. Trata-se de compreender tal profissional enquanto agente transformador e os conhecimentos da cultura corporal enquanto constituintes de uma área que deva ser valorizada e utilizada nesse processo. 3.2. Justificativa da Oferta do Curso: função social e presença do curso na região As Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica - Parecer do CNE nº 09 de 2001 (BRASIL, 2001, p.11) – destacam a necessidade de uma profunda revisão do processo formativo em vigor a fim de contemplar os novos desafios impostos à educação contemporânea e o panorama histórico que vem sendo configurado ao longo das últimas décadas: Durante os anos 80 e 90 (séc. XX), nosso país deu passos significativos no sentido de universalizar o acesso ao ensino fundamental obrigatório, melhorando o fluxo de matrículas e investindo na qualidade da aprendizagem desse nível escolar. Agregam- 21 se a esse esforço o aumento da oferta de ensino médio e de educação infantil nos sistemas públicos, bem como o estabelecimento de diretrizes nacionais para os diferentes níveis da Educação Básica1, considerando as características do debate nacional e internacional a respeito da educação e mais recentemente o Decreto 6.755 de 29 de janeiro de 2009, que instituiu no Brasil a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, sob a responsabilidade da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e ainda, o projeto de lei 8.035/2010 (que propõe o novo Plano Nacional de Educação, com vigência até 2020), que prioriza entre 20 metas, 6 para a formação de professores (Idem, p.3). Dentre os aspectos que devem ser repensados, o referido documento destaca: [...] a organização institucional, a definição e estruturação dos conteúdos para que respondam às necessidades da atuação do professor, os processos formativos que envolvem aprendizagem e desenvolvimento das competências do professor, a vinculação entre as escolas de formação e os sistemas de ensino, de modo a assegurar-lhes a indispensável preparação profissional (Idem, p.11). Esse contexto está marcado essencialmente pela democratização do ensino, que clama concomitantemente pela sua qualidade que, por sua vez, passa pela formação inicial e continuada de professores. Não basta apenas democratizar o acesso à escola é necessário, também, uma educação que atenda à diversidade cultural característica da sociedade brasileira. O Claretiano - Centro Universitário sempre buscou atender essa necessidade da educação e, por essa razão, acredita que a perspectiva das Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica e mais atualmente a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica e o Plano Nacional de Educação devem ser questão sine qua non de sua proposta pedagógica e, consequentemente nas suas formas de organização institucional. A partir do Centro de Formação de Professores, instituído no Claretiano - Centro Universitário em 2005, a instituição constituiu um espaço de discussão, retomadae dinamização das suas licenciaturas, bem como de proposição de mudanças substanciais na estrutura curricular e pedagógica desses cursos, com a premissa de oferecer novos rumos para a formação de futuros professores do ensino básico das várias regiões do país. Uma das formas de dinamização e concretização da política de formação de professores da Educação Básica do Claretiano – Centro Universitário foi a separação do, até então, curso de Licenciatura Plena (o qual forma o profissional de Educação Física generalista para atuar no ambiente escolar e não-escolar), nos cursos de Licenciatura de Graduação Plena (licenciatura) e Graduação em Educação Física em nível de graduação Plena (bacharelado), no polo de Batatais (cidade sede onde a coordenação do curso está situada) e nos demais polos que, atualmente, essa instituição atende, na modalidade a distância2. A implementação do curso é permeada pela busca da qualidade na formação dos professores da educação básica de nosso país, bem como a melhoria dos índices educacionais das cidades sedes dos polos de apoio presencial do curso e seu entorno. 1 Segundo a Lei 9694, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Educação Básica é formada pela Educação Infantil (oferecida em creches e entidades equivalentes, para crianças de até 03 anos e pré- escolas, para crianças de 04 a 05 anos), Ensino Fundamental (1o.. a 5o.. e 6o.. a 9o..) e Ensino Médio (duração mínima de 03 anos), retificada pela Lei nº 11.274/06. 2 Abertura de possibilidades de oferecimento a partir da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais 9394/96; apoio dessa modalidade descrito no Plano Nacional de Educação visando a formação de professores (Lei 10.172/01). Além da justificativa de uma formação de qualidade para o professor da educação básica, em nível de contexto nacional, pode-se considerar atualmente o grande número de alunos matriculados nessa etapa de ensino. De acordo com dados disponibilizados através de notas estatísticas extraídas do Censo Escolar da Educação Básica de 2016 (INEP, 2017, p.10- 20): Há 48,8 milhões de matrículas nas 186,1 mil escolas de educação básica no Brasil; Em 2016, foram matriculados 8.268.092 alunos na Educação Infantil, sendo 3.233.739 em creches e 5.034.353, na Pré-Escola; O ensino fundamental é a maior etapa de toda educação básica, ultrapassando 27,5 milhões de matrículas – 15,3 milhões nos anos iniciais e 12,2 milhões nos anos finais); São 8,1 milhões de matrículas no ensino médio. [...] Já o ensino médio apresentou uma recuperação do nível de matrícula no último ano com um crescimento de 0,7%. Com base neste resumo e dada às necessidades da educação da população torna-se perceptível que a formação de professores é uma atividade eminentemente política e necessária para o desenvolvimento do Brasil e emancipação dos indivíduos na sociedade. No tocante a esta questão do processo formativo de professores, Gatti e Barreto3 (2009, p.252) trazem uma reflexão interessante ao ponderarem que: Considerando que a valorização da profissão de professor da educação básica passa pela própria formação dos docentes e pelas condições de carreira e de salários vinculadas a ela, bem como pelas condições concretas de trabalho nas escolas, políticas que visem contribuir para o desenvolvimento da profissionalidade (competência, qualificação mais aprofundada) e da profissionalização dos professores demandam a superação de alguns entraves para o exercício da docência na direção de melhoria da formação e das aprendizagens das novas gerações. Dessa forma, o Curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura (EaD), ofertado pelo do Claretiano - Centro Universitário, buscará contribuir na formação de um profissional da educação com o seguinte perfil: Um professor reflexivo-investigador, comprometido com a área da Educação, com a ética democrática, trabalhando para a promoção da dignidade humana, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade, atuando como profissional e cidadão, conhecedor da sua realidade econômica, cultural, política e social para atuar como agente transformador do contexto em que está inserida a prática educativa; orientador e mediador de um processo ensino- aprendizagem democrático, que lide de forma justa com a diversidade existente entre seus alunos, envolvido com a escola e a comunidade (cidadania). Um docente que saiba planejar, organizar, implementar e desenvolver a práxis pedagógica, bem como projetos e experiências educativas utilizando-se das tecnologias de informação e comunicação, bem como estratégias como suportes educacionais, para que torne o conhecimento acessível aos educandos. Um educador que saiba avaliar criticamente a sua própria atuação e o contexto em que atua; que saiba desencadear um trabalho em equipe; e que seja atualizado e autônomo para buscar o aprimoramento de sua formação continuada (Centro de Formação de Professores – Claretiano, 2005, p. 2). Considerando as conclusões apresentadas no documento de Gatti e Barreto (2009) e dada à necessidade de demanda de cada região4, o Claretiano – Centro Universitário buscou 3 As autoras tiveram por objetivo apresentar um panorama da situação da formação do professor da Educação Básica no contexto brasileiro, a pedido da UNESCO. 4 Tabelas que apresentam os dados referentes a cada polo de apoio e que justificam o oferecimento do curso (Matrículas na Educação Básica (Educação Infantil (Creche e Pré-Escola); Ensino Fundamental (1º. ao 5º. , 6º. ao 9º); Ensino Médio); Número de Escolas de Educação Básica; Número de Cursos Superiores oferecidos na Região) 23 identificar a necessidade de oferta do curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura (EaD) nos polos que se seguem nas tabelas abaixo, após a realização de um estudo elaborado de cada realidade, tendo como base os dados sócio-econômicos e demográficos de cada região e que apresentamos a seguir: Água Boa A Cidade de Água Boa está localizado no Estado de Mato Grosso, recobre uma área de 7.582 km² e está circundada pelas cidades apresentadas na tabela abaixo. A região conta com uma população de 106.500 habitantes onde 5.000 são alunos matriculados no ensino médio. Cidade População (2017) Matrícula Ensino Médio (2015) Quantidade de Empresas (2015) Pessoal ocupado (2015) PIB per capita (2014) Número de Cursos de Graduação em Educação Física - Licenciatura Água Boa 24.501 1.205 790 5.139 33.670,73 2 Campinápolis 15.386 1.039 207 967 11.765,38 0 Canarana 20.707 877 677 3.827 45.395,82 1 Nova Nazaré 3.655 57 39 267 13.500,83 0 Nova Xavantina 20.639 865 644 3.064 22.105,6 1 Paranatinga 21.612 957 613 4.068 34.006,09 0 Águas Lindas de Goiás A Cidade de Águas Lindas de Goiás está localizado no Estado de Goiás, recobre uma área de 191,198 km² e está circundada pelas cidades apresentadas na tabela abaixo. A região conta com uma população de 319.428 habitantes onde 10.567 são alunos matriculados no ensino médio. Cidade População (2017) Matrícula Ensino Médio (2015) Quantidade de Empresas (2015) Pessoal ocupado (2015) PIB per capita (2014) Número de Cursos de Graduação em Educação Física - Licenciatura Águas Lindas de Goiás 195.810 6.595 1.871 13.707 7.838,60 4 Cocalzinho de Goiás 19.583 777 268 1.660 14.413,63 0 Padre Bernardo 32.148 894 520 2.553 12.638,21 0 Santo Antônio do Descoberto 71.887 2.301 556 5.191 7.838,60 2 Aracaju A Cidade de Aracaju é um município e a capital do Estado de Sergipe, recobre uma área de 181,9 km²e está circundada pelas cidades apresentadas na tabela abaixo. A região conta com uma população de 997.320 habitantes onde 34.212 são alunos
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