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Disfunções Sexuais: Causas e Tratamentos

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Disfunção:
	Característica para o Diagnóstico
	Possíveis Causas:
	Tratamento indicado:
	Desejo sexual hipoativo
	A característica essencial do Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo é uma deficiência ou ausência de fantasias sexuais e desejo de ter atividade sexual (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é melhor explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto uma outra Disfunção Sexual) nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C).
	Vários problemas médicos, problemas psiquiátricos ou quantidades aumentadas de prolactina podem causar o problema. Outros hormônios também podem estar envolvidos. Acredita-se que fatores como problemas de relacionamento ou estresse sejam possíveis causas de redução do desejo sexual em mulheres.
	O Desejo sexual hipoativo é algo que deve ser tratado no contexto de um relacionamento interpessoal. Portanto, é comum que ambos os parceiros sejam envolvidos na terapia. Normalmente, o terapeuta tenta encontrar uma causa psicológica ou biológica do DSH. Se constatar que o problema seja causado organicamente, o paciente deve ser encaminhado ao clínico.
	Aversão sexual
	A característica essencial do Transtorno de Aversão Sexual é a aversão e esquiva ativa do contato sexual genital com um parceiro sexual (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é melhor explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual) (Critério C).
	Lubrificação insuficiente que pode ocorrer na ausência de preliminares e também é causada por outros fatores, tais como níveis reduzidos de estrogênio após a menopausa, o parto ou a amamentação. A ingestão de vários medicamentos, como antidepressivos, medicamentos para pressão arterial elevada, pílulas anticoncepcionais. Dor durante o sexo após uma cirurgia pélvica, acidente, episiotomia, etc.Infecções vaginais tais como eczema, infecção do trato urinário, candidíase, clamídia thrychomonas, endometriose etc. Ansiedade, stress, depressão. Problemas de relacionamento não resolvidos. História de abuso sexual ou físico no passado levando a memórias negativas sobre as relações sexuais. A ingestão de álcool ou cigarro, dentre outro.
	A linha de terapia sexual é breve, de base cognitivo-comportamental, tais como:
Aborda-se o tema e as situações que provocam medo de forma progressiva e, inicialmente, periférica. Também podem ser usadas terapias cognitivas, para que a pessoa reinterprete a realidade que gera a ansiedade. Outra possibilidade é a solução para o problema envolva tratamentos psicológicos de longo prazo, que levem o paciente a entender as causas do transtorno para depois definir objetivos futuros. Indica-se também a ingestão de alimentos afrodisíacos: morango, abacate e amêndoas, pois aumentam o apetite sexual.
Esse paciente também deve procurar uma avaliação psiquiátrica.
	Transtornos da excitação sexual
	A característica essencial do Transtorno da Excitação Sexual Feminina é uma incapacidade persistente ou recorrente de adquirir ou manter uma resposta de excitação sexual adequada de lubrificação-turgescência até a conclusão da atividade sexual (Critério A). A resposta de excitação consiste de vasocongestão da pelve, lubrificação e expansão vaginal e turgescência da genitália externa. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é melhor explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C).
	As causas podem ser psicológicas (p. ex., depressão, baixa autoestima, ansiedade, estresse, distrações) ou fatores físicos ou ambos. O estímulo sexual inadequado ou o ambiente errado para a atividade sexual também pode contribuir.
	O tratamento deve focar o fator causal mais provável, levando-se em consideração a interação entre fatores biológicos, psicológicos e de relacionamentos.
	Transtornos do orgasmo
	A característica essencial do Transtorno Orgásmico Feminino é um atraso, ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual (Critério A). As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O diagnóstico de Transtorno Orgásmico Feminino deve fundamentar-se no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que se poderia esperar para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é melhor explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C).
	Fatores situacionais e psicológicos podem contribuir para o transtorno do orgasmo. Elas incluem as seguintes: Ato sexual que termina consistentemente antes que a mulher esteja suficientemente excitada (como quando o homem ejacula muito rápido)
Preliminares insuficientes 
Em um ou ambos os parceiros, falta de compreensão sobre como seus órgãos genitais funcionam
Má comunicação sobre sexo (por exemplo, sobre de que tipo de estimulação uma pessoa gosta)
Problemas no relacionamento, como conflitos não resolvidos e falta de confiança
Ansiedade sobre o desempenho sexual
O medo de relaxar, ser vulnerável e não estar no controle (possivelmente como parte de um medo de não estar no controle de todos os aspectos da vida ou como parte de uma tendência geral de manter as emoções sob controle)
Uma experiência física ou emocionalmente traumática, como abuso sexual
Transtornos mentais (tais como depressão)
Distúrbios físicos também podem contribuir para o transtorno do orgasmo. Incluem danos nos nervos (por exemplo, o que é causado por diabetes, lesões na medula espinhal ou esclerose múltipla) e anomalias nos órgãos genitais.
	Tratar quaisquer condições médicas subjacentes;
Mudar medicamentos antidepressivos;
Realizar sessões de terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou terapia sexual;
Aumentar a estimulação do clitóris durante a masturbação e a relação sexual.
Terapia de casal é outra opção de tratamento muito conhecida. Um psicólogo pode ajudar você e seu parceiro a lidar com quaisquer divergências ou conflitos que estejam ocorrendo. Isso pode resolver os problemas que surgem no relacionamento e no quarto.
	Transtornos sexuais dolorosos
	TSD representam um grupo heterogêneo, entre
dispareunia e vaginismo. O TSD pode decorrer de doenças com substrato orgânico evidente, como tumores, fissuras no intróito vaginal, infecções, endometriose; porém muitas vezes a etiologia é indeterminada.
	O estresse e condições psicológicas têm sido
associados tanto ao desencadeamento quanto à manutenção
das condições dolorosas crônicas
	Existem diversas abordagens terapêuticas, locais ou sistêmicas, para o tratamento dos TSD, as quais têm se mostrado
efetivas na redução, porém não na resolução completa da dor.
Conforme citado anteriormente, o TSD pode ser compreendido como uma entidade das síndromes dolorosas crônicas,
repercutindo em implicações terapêuticas.
	Vaginismo
	A característica essencial do Vaginismo é a contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou espéculo (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A perturbação não é melhor explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto por outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral (Critério C). Em algumas mulheres, até mesmo a previsãoda penetração vaginal pode provocar espasmo muscular. A contração pode variar desde leve, induzindo alguma tensão e desconforto, até severa, impedindo a penetração.
	As causas do vaginismo ainda não são bem conhecidas, provavelmente multifatoriais. O vaginismo primário está mais relacionado a um mecanismo psicossomático e, o secundário, a uma experiência negativa real ou imaginaria. Independentemente da causa, ela funciona como um ciclo: medo da dor, ansiedade, contração e dor. Por ser multifatorial, é impossível focar apenas nas causas psicológicas ou só nas orgânicas.
	O médico deve, sempre que possível, avaliar o casal, condições de tratamento etc. Existem médicos, psicólogos e terapeutas especializados nestes problemas que devem ser consultados para evitar frustração por tratamentos inadequados.
Deve-se tratar com medicamentos doenças associadas que podem causar dor como infecção, e hormônios para atrofia. Alguns trabalhos incluem gel anestésico e Botox para ajudar a relaxar a musculatura.
Após excluir e tratar as causas orgânicas é importante dar apoio emocional, orientar a paciente a conhecer seu próprio corpo, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico (exercícios de Kegel), terapia cognitiva-comportamental, biofeedback, focando no componente da dor.
As cirurgias podem ajudar a corrigir os problemas anatômicos, mas no vaginismo já são excluídos estas doenças.
	Disfunção sexual devida a uma condição médica geral
	A característica essencial da Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral é a presença de uma disfunção sexual clinicamente significativa, considerada exclusivamente decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral.
	Uma variedade de condições médicas gerais pode causar disfunção sexual, compreendendo condições neurológicas (por ex., esclerose múltipla, lesões medulares, neuropatia, lesões do lobo temporal), condições endócrinas (por ex., diabete melito, hipotiroidismo, hiper e hipoadrenocorticismo, hiperprolactinemia, estados hipogonadais, disfunção pituitária), condições vasculares e condições geniturinárias [490](por ex., doença testicular, doença de Peyronie, infecções da uretra, complicações pós-prostatectomia, lesão ou infecção genital, vaginite atrófica, infecções da vagina e genitália externa, complicações pós-cirúrgicas como cicatrizes de episiotomia, vagina atrófica, cistite, endometriose, prolapso uterino, infecções pélvicas, neoplasmas).
	 Quando falamos de doenças crônicas, referimo-nos a todos os quadros clínicos em que a cura não é possível, sendo a intervenção terapêutica é para controle dos sintomas.
Quanto ao conceito de deficiência, segundo a Organização Mundial de Saúde, remete para qualquer perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função anatômica, fisiológics ou psicológica.
	Disfunção sexual induzida por substância
	A característica essencial da Disfunção Sexual Induzida por Substância é uma disfunção sexual clinicamente significativa que tem como resultado um acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério A). Dependendo da substância envolvida, a disfunção pode envolver prejuízo do desejo, da excitação, do orgasmo ou dor sexual. A disfunção é considerada plenamente explicada pelos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento ou exposição a uma toxina) (Critério B). A perturbação não deve ser melhor explicada por uma Disfunção Sexual não induzida por substância (Critério C).
	As disfunções sexuais podem ocorrer em associação com intoxicação causada pelas seguintes classes de substâncias: álcool; opioides; sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos; estimulantes (incluindo cocaína); e outras substâncias.
	O abuso crônico de álcool e o de nicotina estão associados a problemas eréteis. Em caso de uso destes medicamentos, converse com o médico habilitado e jamais suspenda ou diminua a dosagem sem prescrição médica. Outras medicações podem ser associadas, paraminimizar estes efeitos negativos sobre a sexualidade.
Exercícios de terapia sexual aprimoraram e aperfeiçoam a qualidade do relacionamento sexual.

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