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A segurança e a saúde do trabalhador- pedreiro


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Segurança e higiene do trabalho
A segurança e a saúde do trabalhador
Capítulo I
“O direito de viver e trabalhar em um meio ambiente sadio deve ser considerado como um dos direitos fundamentais do homem"... (Carta de Brasília, 2510"1, VII Reunião do Conselho da União Internacional dos Magistrados)
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e doenças relacionadas com o trabalho. Já no séc. IV a.C., faziam-se referências à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos.
Mas foi com a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do séc. XVIII e com o aparecimento das máquinas de tecelagem, movidas a vapor, que a ocorrência de acidentes aumentou.
A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e principalmente crianças foram as grandes vítimas.
A primeira legislação no campo da proteção ao trabalhador, "Lei das Fábricas", surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de trabalho.
No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da 2ª Guerra Mundial, a situação dos trabalhadores não foi diferente: nossas condições de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas que a maioria dos países industrializados do mundo.
Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da década de 30, várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade da formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
A partir daí, a CIPA sofre várias regulamentações, mas a preocupação com a Segurança e Saúde do trabalhador ainda é pequena.
Quando da divulgação das primeiras estatísticas de Acidentes do Trabalho pelo então Instituto Nacional de Previdência Social - INP-C, tem-se conhecimento da gravidade da situação da Segurança do Trabalho no Brasil - 16,75% de trabalhadores acidentados no ano de 1970.
Diante desses dados, uma série de medidas foram tomadas para tentar reverter a situação. Dentre elas, ressaltamos:
1 - Obrigatoriedade da existência de Serviços de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança nas Empresas (1972).
2 - Alterações do capítulo V da CLT modificando a Legislação Prevencionista (1977) e Regulamentação das 29 Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, favorecendo uma atuação mais efetiva da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) nas empresas.
3 - Amplo programa de formação de profissionais nas áreas de Segurança e Medicina do Trabalho.
4 - Desenvolvimento de programas de orientação à prevenção de acidentes e de formação de cipeiros (obrigatório a partir de 1978). E, mais recentemente, o aparecimento de um
empresariado progressista, com uma visão prevencionista que associa a qualidade de produtos e serviços à qualidade de vida do trabalhador.
Estas medidas têm colaborado para a redução do número de acidentes e doenças do trabalho oficialmente divulgados. Porém, a complexidade das questões, relativas ao registro de acidentes e doenças profissionais, torna difícil precisar o índice dessa redução, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores não é registrada e, portanto, seus acidentes e doenças não são comunicados ao INSS e à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.
Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) e, em fevereiro de 1999, a Portaria 8, modificando a redação NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Estes instrumentos representam a busca do comprometimento e envolvimento doe empresários e dos trabalhadores na solução de um problema que interessa a todos superar.
Saúde e higiene do trabalho
Capitulo II
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o conceito de saúde está associado ao completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças, ou seja, a saúde ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados pelas condições de vida no ambiente de trabalho. Quanto mais sólidos forem os processos de medicina e higiene do trabalho relativos a uma determinada atividade laboral, mais completa será a saúde ocupacional.
Higiene do trabalho é definida como:
"A ciência e a arte devotada à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao controle dos fatores ambientais e agentes” tensores “originados no ou do local de trabalho, os quais podem causar enfermidades, prejuízos à saúde e bem estar, ou significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade".
O termo antecipação mostra a necessidade de buscarmos sempre identificar os potenciais riscos à saúde antes que um determinado processo industrial seja implementado ou modificado, ou que novos agentes sejam introduzidos no ambiente de trabalho.
O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação do ambiente de trabalho a fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles associados e qual prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de trabalho.
Os termos avaliação e controle designam principalmente as monitorações que serão conduzidas no ambiente de trabalho.
Estes termos expressam, resumidamente, o método de trabalho da higiene ocupacional: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle.
De modo mais amplo, a higiene não se refere apenas ao ambiente industrial, mas a qual quer tipo de atividade laboral, sendo mais apropriado, na língua portuguesa, o turno higiene ocupacional.
Riscos ambientais
Capitulo III
Para que você previna os acidentes e doenças do trabalho você precisa conhecer e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Para isso, iniciamos, neste capítulo, uma analise dos riscos ambientais.
Tabela I – Anexo IV – da Portaria 25 SSST, de 29,12.94
	Grupo 1
Verde
	Grupo 2
Vermelho
	Grupo 3
Marrom
	Grupo 4
Amarelo
	Grupo 5
Azul
	
	
	
	
	
	Físicos
	Químicos
	Biológicos
	Ergonômicos
	Acidentes
	Ruídos
	Poeiras
	Vírus
	Esforço físico intenso
	Arranjo físico inadequado
	Vibrações
	Fumos
	bactérias
	Levantamento e transporte manual de peso
	Máquinas e equipamento sem proteção
	Radiações não ionizantes
	Neblinas
	Fungos
	Controle rígido de produtividade
	Iluminação inadequada
	Frio
	Gases
	Parasitas
	Imposição de ritmos excessivos
	Eletricidade
	Calor
	Vapores
	Bacilos
	Trabalho em turno e noturno
	Probalidade de incêndio ou explosão
	Pressões anormais
	Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral
	-
	Jornada de trabalho prolongada
	Armazenamento inadequado
	Umidade
	-
	-
	Monotonia e repetividade
	Animais peçonhetos
	-
	-
	-
	Outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico
	Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes
Riscos físicos
São considerados riscos físicos:
•
ruídos;
•
calor e frio;
•
vibrações;
•
pressões anormais;
•
radiações;
•
umidade.
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Tabela - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente.
Nível de ruídos dB (A)
Máxima exposição diária permissível
85
8 horas
86
7 horas
87
6 horas
88
5 horas
89
4 horas e 30 minutos
90
4 horas
91
3 horas e 30 minutos
92
3 horas
93
2 horas e 40 minutos
94
2 horas e 40 minutos
95
2 horas
96
1 hora e 45 minutos98
1 hora e 15 minutos
100
1 hora
102
45 minutos
104
35 minutos
105
30 minutos
106
25 minutos
108
20 minutos
110
15 minutos
112
10 minutos
114
8 minutos
115
7 minutos
Conseqüências - O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: - fadiga nervosa;
•
alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
•
hipertensão;
•
modificação do ritmo cardíaco;
•
modificação do calibre dos vasos sangüíneos;
•
modificação do ritmo respiratório;
•
perturbações gastrointestinais;
•
diminuição da visão noturna;
•
dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.
Medidas de controle - Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído nos locais de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:
•
Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora do ruído; isolamento do ruído.
•
Medida de proteção individual: fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI) (no caso, protetor auricular).
O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
•
Medidas médicas: exames audiométricos periódicos; afastamento do local do trabalho; revezamento.
•
Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI; campanha de conscientização.
•
Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar o seu uso.
Observação:
Medidas médicas, educacionais e administrativas devem ser adotadas em todas as situações de risco.
Vibrações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo) São as provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Conseqüências - alterações neurovasculares nas mãos; problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda da substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro)
As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.
Conseqüências - lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Medidas de controle - Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
Radiações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de RX e de Radioterapia estão, freqüentemente, expostos a este tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operações em fornos, ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
Medidas de controle:
•
Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação. (Ex.: biombo protetor para operação de solda); enclausuramento da fonte de radiação (Ex.: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de RX). * Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (Ex.: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador; óculos para operadores de forno). * Medida administrativa: (Ex.: dosímetro de bolso para técnico de RX)
•
Medida médica: exames periódicos.
Calor
Altas temperaturas podem provocar:
•
desidratação;
•
erupção da pele;
•
câimbras;
•
fadiga física;
•
distúrbios psiconeuróticos;
•
problemas cardiocirculatórios;
•
insolação.
Frio
Baixas temperaturas podem provocar:
•
feridas;
•
rachaduras e necrose da pele;
•
enregelamento: ficar congelado;
•
agravamento de doenças reumáticas;
•
predisposição para acidentes;
•
predisposição para doenças das vias respiratórias.
Medidas de controle:
•
Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar calor e gases dos ambientes; isolamento das fontes de calorífrio.
•
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (Ex.: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio - avental e luvas de amianto para trabalhar no calor).
Pressões anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões - São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.
Altas pressões - São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfurarão (SHIELD), caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Exemplos: Caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados no fundo de mares, rios e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
Conseqüências:
•
ruptura do tímpano quando o aumento da pressão for brusco.
•
liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos, causando dores abdominais, obstrução dos vasos sangüíneos e morte.
Medidas de controle - Por ser uma atividade de alto risco, existe legislarão específica (NR15) a ser obedecida.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
Conseqüências:
•
doenças do aparelho respiratório;
•
quedas;
•
doenças de pele;
•
doenças circulatórias.
Medidas de controle:
•
Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do trabalho; colocação de estrados de madeira; ralos para escoamento.
•
Medidas de Proteção individual: fornecimento do EPI (Ex.: botas, avental e luvas de borracha para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc).
Riscos químicos
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida ou gasosa e classificam-se em: poeiras; fumos; névoas; gases; vapores, neblinas e substâncias, compostos ou produtos químicos em geral.
Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão disperses no ar (aerodispersóides).
Poeiras
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As poeiras são classificadas em:
•
Poeiras minerais
Ex.: sílica, asbesto, carvão mineral
Conseqüências:
Silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral).
•
Poeiras vegetais
Ex.: algodão, bagaço de cana-de-açúcar
Conseqüências:
Bíssinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar) etc.
•
Poeiras alcalinas
Ex.: calcário
Conseqüências:
Doenças pulmonares obstrutivas crônicas, enfizema pulmonar
Poeiras incômodas
Conseqüência:
lnteração com outros agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho, potencializando sua nocividade.
Fumos
Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos: Ex.: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro.
Conseqüências:
Doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação específica de acordo com o metal.
Os metais que oferecem maior risco nos processos industriais são: chumbo, mercúrio, arsênico, estanho, cobre, níquel, cromo, zinco e ferro.
Névoas
Partículas líquidas resultantes da condensação de vaporesou da dispersão mecânica de líquidos. Ex.: névoa resultante do processo de pintura a revólver; monóxido de carbono liberado pelos escapamentos dos carros.
Gases
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex.: GLP (gás liqüefeito de petróleo), hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.
Vapores
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex.: nafta, gasolina, naftalina, etc.
Névoas, Gases e Vapores podem ser classificados em:
•
Irritantes: irritação das vias aéreas superiores. Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, cloro etc.
•
Asfixiantes: dor de cabeça, naúseas, sonolência, convulsões, coma e morte. Ex.: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetíleno, dióxido de carbono, monóxido de carbono etc. 
•
Anestésicos: (a maioria dos solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno) etc. Ex.: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, perclorotileno, xileno, etc.
Vias de penetração dos agentes químicos
Os agentes químicos podem penetrar no organismo de 3 maneiras: 
•
Via cutânea (pele)
•
Via digestiva (boca)
•
Via respiratória (nariz)
A penetração dos agentes químicos no organismo depende de sua forma de utilização.
Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais
Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser levados em consideração:
•
Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos manifestar-se-ão no organismo:
•
índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de trabalho:
•
Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo:
•
Toxicidade: é o potencial tóxico da substância
no organismo;
•
Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
•
Medidas de controle - As medidas sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma idéia do que pode ser adotado, pois existe uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as medidas de proteção devem ser adaptadas a cada tipo:
•
Medidas de proteção coletiva: Ventilação e exaustão do local; ventilação e exaustão do ponto de operação; armazenamento adequado; substituição do produto químico utilizado por outro menos tóxico; redução do tempo de exposição; estudo de alteração de processo de trabalho; conscientização dos riscos no ambiente.
•
Medidas de proteção individual: Fornecimento do EPI como medida complementar (Ex.: máscara de proteção respiratória para poeira, para gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com produtos químicos em geral, aventais e botas).
•
Medidas médicas: Exames médicos periódicos para controle da exposição do trabalhador aos riscos químicos; afastamento do local ou do trabalho.
Riscos biológicos
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.
Para que estas doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.
Medidas de controle – As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto); controle médico permanente; uso de EPI; higiene rigorosa nos locais de trabalho; hábitos de higiene pessoal; uso de roupas adequadas; vacinação; treinamento; sistema de ventilação/exaustão.
Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato com seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano com relação à ação dos riscos biológicos:
•
cutânea: Ex.: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela urina do rato.
•
digestiva: Ex.: ingestão de alimentos deteriorados.
•
respiratória: Ex.: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado.
Riscos ergonômicos
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico; levantamento de peso; postura inadequada; controle rígido de produtividade; situação de estresse; trabalhos em período noturno; jornada de trabalho prolongada; monotonia e repetitividade; imposição de rotina intensa.
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como a 'aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem estar no trabalho'.
Conseqüências - Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Medidas de controle - Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequadas etc.
Riscos de acidentes
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.
Arranjo físico deficiente
É resultante de: prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.
Máquinas e equipamentos sem proteção
Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comandos de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas
Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção.
Eletricidade
Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.
Incêndio ou explosão
Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.
Mapeamento de riscos
É uma metodologia de verificação nos locais de trabalho, tornada obrigatória a partir da publicação da Portaria no 25, de 29/12/94, da SSST, e que consiste numa análise do processo de produção e das condições de trabalho.
O seu objetivo é reunir informações necessárias para que seja estabelecido o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho da empresa, além de possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, estimulando a sua participaçãonas atividades de prevenção e contribuindo para a conscientização a respeito dos riscos no ambiente de trabalho. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho e a incidência de doenças ocupacionais, que interessa sobremaneira aos empresários e trabalhadores.
Para a realização do Mapa de Riscos, deve-se contar com a participação dos cipeiros e dos trabalhadores além dos profissionais de segurança e medicina do trabalho (SESMT). E uma metodologia que busca a participação dos envolvidos no processo produtivo para determinar os riscos existentes.
A partir da Portaria no 25, de 29/12/94, da SSST, a realização do Mapeamento de riscos tornou-se uma atribuição da CIPA.
A nova NR 5 (Portaria 8, de 23/02/99), ratificou essa atribuição no item 5.16, alínea "a”:
“identificar os riscos no processo de trabalho e elaborar o Mapa de Riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, quando houver”:
O Mapa de Riscos deve, então, ser executado pela CIPA, por seus membros, observadas as seguintes etapas:
•
conhecimento do processo de trabalho no local analisado;
•
identificação dos riscos existentes (Tabela 1 anexo IV - da Portaria 25 SSST, de 29.12.94);
•
identificação das medidas preventivas existentes e verificação de sua eficácia;
•
identificação dos indicadores de saúde;
•
conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local;
•
elaboração do Mapa de Riscos, sobre layout da empresa.
O Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
Simbologia utilizada:
Círculos com diâmetros diferentes
risco grave 
risco médio risco pequeno
O tamanho do círculo expressa a gravidade do risco, que é representado por uma cor:
Riscos ambientais
Cores
Agentes físicos
verde
Agentes químicos
vermelho
Agentes biológicos
marrom
Agentes ergonômicos
amarelo
Agentes de acidentes
azul
Acidentes e doenças do trabalho
Capítulo IV
Conceito legal
O artigo 131 do Decreto Lei 2171 de 05/03/ 97 estabelece:
"Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso Vil do artigo 11 desta Lei (exemplo: autônomos em geral), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
Exercício do trabalho a serviço da empresa
Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente do trabalho é necessário que haja entre o resultado e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado danoso tenha origem no trabalho Desempenhado e em função do serviço.
Assim, por exemplo se um empregado for assistir a um jogo de futebol e cair a arquibancada onde sentou, não se tratará de acidente do trabalho. Todavia, se com ele cai o empregado do clube que estava a efetuar a limpeza da arquibancada, a legislação referida protegerá o funcionário do clube.
Lesão corporal
Por lesão corporal deve ser entendido qualquer dano anatômico. Por exemplo: uma fratura, um machucado, a perda de um membro.
Perturbação funcional
Por perturbação funcional deve ser entendido o prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento de um órgão como o pulmão, por exemplo.
Caracterização do acidente do trabalho
O acidente típico do trabalho ocorre no local e durante o trabalho e é considerado como um acontecimento súbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador uma incapacidade para a prestação de serviço.
A legislação (art. 1 31 da Lei 2171/97) enquadra como acidentes aqueles que ocorrem nas seguintes situações:
Acidente de trajeto
Quando um trabalhador sai de casa para prestar serviço é justo que ele fique protegido pela legislação de acidente. Assim, no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela, está o trabalhador protegido pela legislação acidentária. Fica caracterizado como acidente do trabalho também aquele que ocorre na ida ou na volta do trabalho, ou o ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua as refeições em sua casa. Deixa de caracterizar-se o acidente quando o empregado tenha, por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal. Entende-se por percurso normal o caminho ordinariamente seguido, locomovendo-se a pé ou usando transporte fornecido pela empresa, condução própria ou transporte coletivo urbano.
Assim, quando ocorrer variação de trajeto, por vontade do trabalhador, ou quando houver interrupção, também por interesse próprio, deixa de caracterizar-se o acidente do trabalho.
Nos períodos destinados a refeições ou descansos bem como em intervalos destinados à satisfação de necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado a serviço da empresa para fins de acidente do trabalho.
Ato do terceiro
Quando se fala em acidente do trabalho, nunca nos ocorre a possibilidade de que um ato de outra pessoa possa caracterizar-se como acidente.
Esse ato de terceiro pode ser culposo ou doloso. Será considerado culposo quando a pessoa que deu ensejo ao mesmo não tinha a intenção de que o fato acontecesse. Foi um ato de imprudência, negligência, imperícia que resultou num dano a outrem. Já o ato doloso é consciente, e a pessoa que o pratica age de má fé com a vontade dirigida para a obtenção de um resultado criminoso.
Assim, o legislador (pessoa que elabora as leis) estendeu o conceito de acidente aos atos dolosos que atingem o trabalhador proveniente da relação de emprego, tais como os casos de sabotagem, ofensa física levada a cabo por companheiro de serviço ou terceiro, resultante de disputa originada na prestação de serviço.
Como vemos, a exclusão que se manifesta é a referente a ato doloso contra o empregado, oriundo de terceiro ou de companheiro de serviço, não originado de disputa relativa ao trabalho.
Assim, o ferimento sofrido por um empregado no local e horário de trabalho, por parte de outro colega de serviço, com origem em questão de ciúme ou mesmo de discussão sobre futebol, não se caracteriza como acidente do trabalho.
Força maior
A caracterização de acidente do trabalho vai tão longe que atinge as lesões oriundas de inundações, incêndios ou qualquer outro motivo de força maior, desde que ocorrido em horário de trabalho.
Acidente fora do local e horário de trabalho
Além do acidente do trabalho caracterizado pelas causas acima enunciadas e além do acidente em caminho, sobre o qual já tecemos considerações, o legislador considera como acidente do trabalho o sofrido pelo trabalhador mesmo fora do local e horário de trabalho, quando ocorra no cumprimento de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa. Ou, ainda, quando seja espontaneamente prestado o serviço para evitar prejuízo à empresa.
Quando o empregado acidentar-se realizando uma viagem a serviço da empresa, estaremos diante de um acidente de trabalho, qualquer que seja o meio de condução utilizado ainda que, seja de propriedade do empregado.
Causas de incapacidade “associadas” ao acidente do trabalho
O acidente do trabalho, portanto, em sentido amplo, é aquele que causa lesão corporal, perturbação funcional ou doença que provoque morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, ocorrido nas condições anteriormente enunciadas.
Pode acontecer que o empregado já tivesse condições pessoais que facilitassem o acontecimento ou resultado. Se um indivíduo tem uma certa fraqueza óssea e sofre uma pancada que para outro traria com conseqüência apenas uma zona dolorida, mas para ele resulta em fratura, suas condições pessoais não afastam a aplicação da legislação acidentária pela totalidade do acontecimento. Se uma lesão com ferimento atinge um diabético, que em face de suas condições de saúde vem a sofrer a amputaçãode uma perna ou de um braço, a legislação acidentária cobre a conseqüência total.
Por isso, a Lei (art. 131, inciso I, da Lei 2171/97) também considera como acidente do trabalho:
"O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda de sua capacidade para o trabalho ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação".
Doenças profissionais e do trabalho
O legislador equiparou ao acidente do trabalho as doenças que, oriundas do trabalho, acarretem incapacidade laboral. Para tanto, vem estabelecido no artigo 131 da Lei 2171/97:
Doença profissional
É a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Assim, o saturnismo (intoxicação provocada em quem trabalha com chumbo), e a silicose (pneumoconiose provocada em quem trabalha com sílica) são doenças tipicamente profissionais.
Doença do trabalho
É a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Como exemplo, poderia ser citada a surdez como doença do trabalho tendo em conta o serviço executado em local extremamente ruidoso.
De outra parte, não são consideradas como doença profissional ou do trabalho as doenças degenerativas, as inerentes a grupo etário e as que não acarretem incapacidade para o trabalho.
Atos Inseguros e Causas Inseguras
Vamos analisar a seguinte história ocorrida em uma capital brasileira e contada em todos os meios de comunicação:
“Um jovem rapaz ao sair no domingo com alguns amigos para comemorar a vitória de seu time de futebol predileto, pegou o carro do pai, e parou em um bar para beber algumas cervejas.
Depois de ingerir muitas cervejas, saiu do bar e pegou na direção do veículo para voltar para casa, não colocou o cinto de segurança e decidiu cortar caminho por uma estrada secundária que estava com a pista completamente esburacada e sem sinalização.
Em uma curva mais fechada, com mau iluminamento e com o carro a 140 km/h, o jovem rapaz perdeu o controle da direção vindo a colidir brutalmente com o veículo em uma árvore no acostamento da pista”.
Analisando as causas do acidente acima temos diversos atos e condições inseguras:
	Quais são os ATOS inseguros?
	Quais são as CONDIÇÕES inseguras?
	Beber antes de dirigir e/ou dirigir depois de beber
	Estrada esburacada
	Não colocar o cinto de segurança
	Estrada sem sinalização
	Dirigir acima dos limites de velocidade estipulados pela lei do trânsito
	Estrada sem iluminamento
Com base nesta história podemos notar que:
• Todo ATO inseguro só acontece devido a natureza humana.
• Toda CONDIÇÃO insegura só acontece devido ao meio em que ocorre o acidente.
ATOS INSEGUROS:
É a violação de um procedimento seguro aceito, que pode causar um acidente e as conseqüentes perdas. Abaixo, descreveremos algumas atitudes com potencial para gerarem acidente:
• 
Andar distraído dentro de uma empresa;
• 
Correria no interior de uma empresa;
•
Brincadeiras em serviço;
•
Atravessar uma rua ou avenida sem observar a sinalização ou na ausência desta, sem prestar a devida atenção.
•
Carregar nos bolsos ferramentas pontiagudas ou cortantes.
•
Usar ar comprimido para limpeza da roupa ou do corpo;
•
Guardar material tóxico, remédios, produtos inflamáveis, fósforos, inseticidas, material de limpeza, em local de fácil acesso para as crianças;
•
Carregar peso superior ao recomendado ou a capacidade física e de modo a dificultar a visão;
•
Apontar lápis com lâminas improvisadas ou giletes;
•
Deixar armas de fogo em local de fácil acesso para as crianças;
•
Jogar cigarro acesso no lixo;
•
Cruzar o sinal amarelo;
•
Andar de motocicleta sem capacete;
•
Fumar na cama ou em local proibido;
•
Nadar em local proibido;
•
Fazer fogueiras junto a rede elétrica ou interior de bosques;
•
Trancar a porta do banheiro durante o banho;
•
Guardar gasolina na garagem como reserva ou transporta-la no interior do veículo não adequado e em recipientes inadequados.
•
Colocar inseticidas no interior do quarto durante a noite com pessoas no interior deste;
•
Operar máquinas e equipamentos sem a devida autorização;
•
Não usar equipamentos de proteção individual em local onde ele é necessário;
•
Excesso de autoconfiança e irresponsabilidade;
•
Teimosia, exibicionismo, indisciplina, distração, descuido.
Condições Inseguras
É a condição ou circunstancia física perigosa em equipamentos, instalações, máquinas, ferramenta ou ambiente que podem ocasionar um acidente com as perdas conseqüentes. Exemplo:
• Condição insegura de natureza física:
•
Falta sinalização
•
Pisos irregulares e escorregadios;
•
Áreas insuficientes;
•
Excesso de ruído;
•
Pouca iluminação;
•
Falta de ordem e limpeza;
•
Instalações elétricas impróprias e/ou com defeitos;
•
Localização imprópria do maquinário;
•
Falta de proteção em partes móveis dos maquinários;
•
Maquinários com defeito;
•
Equipamentos de proteção individual e/ou coletivos inadequados ou com defeitos;
•
Uso de vestimentas pessoais impróprias (roupas largas com pontas de tecido sobrando ou, usar brincos,cordões, gargantilhas e demais adereços) desde que não tenha ocorrido orientação prévia.
• 
Condição insegura de natureza emocional
•
Instabilidade emocional;
•
Problemas familiares;
•
Discussão com os colegas;
•
Alcoolismo e/ou dependências de narcóticos;
•
Fadiga física ou emocional;
•
Condição insegura de natureza psicológica.
•
Política promocional imprópria;
•
Clima de insegurança;
•
Exigência de maior produtividade;
•
Problemas com a chefia;
•
Seleção inadequada;
•
Falha no treinamento;
Situações não rotineiras
Essas situações são representadas pelas forças da natureza, com ressalva para raio. 
EXEMPLO: Inundações, terremotos, ressacas, maremotos, vendavais, etc.
É preciso analisar bem antes de classificar uma situação como um Imprevisto, pois é tendência natural nossa faze-lo e, muitas das vezes, por trás do Imprevisto, existem, na verdade, o ato inseguro e/ou a condição insegura. Isso influi na prevenção das causas dos acidentes.
Medidas de controle e proteção dos riscos
Capítulo V
Cabe também à CIPA identificar os riscos e propor medidas de controle para situações perigosas ou insalubres da empresa. Há uma série de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente e/ou no homem. A prioridade deve ser dada às medidas de proteção coletiva.
Medidas de proteção coletiva
Neste sentido, três alternativas podem ser adotadas:
Eliminação do risco - Do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da empresa diante da situação de risco.
A eliminação do risco pode ocorrer em vários níveis da produção:
•
Na substituição de uma matéria-prima tóxica por uma inócua, que ofereça menos riscos à saúde do trabalhador.
•
Na alteração nos processos produtivos;
•
Realizando modificações na construção e instalações físicas de empresa.
•
Produzindo alterações no arranjo físico.
Neutralização do risco - Na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco, por motivo de ordem técnica, busca-se a neutralização do risco, que pode ser feita de três maneiras:
•
Proteção do risco.
Ex.: Grade para proteção de polias.
•
Isolamento do risco no tempo e no espaço.
Ex.: Instalação do compressor de ar fora das linhas de produção (desta maneira, o ruído não atingirá os trabalhadores).
•
Enclausuramento do risco.
Ex.: Fechar completamente um forno com paredes isolantes térmicas (esta medida protegerá os trabalhadores do calor excessivo).
Sinalização de risco - A sinalização do risco é recurso que se usa quando não há alternativas que se apliquem às duas medidas anteriores: eliminação e neutralização do risco pela proteção coletiva.
A sinalização deve ser usada como alerta de determinados perigos e riscos ou em caráter temporário, enquanto tomam-se medidasdefinitivas.
Medidas de proteção individual
Esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de proteção coletivas, ou como forma de complementação destas medidas, a empresa adotará as medidas de proteção individual (EPls).
De acordo com o artigo 166 da CLT, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
A seguir alguns itens da NR 6 - Equipamento de Proteção Individual:
6.1 - Para fins de aplicação desta Norma Reguladora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
6.2
- A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a)
Sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ ou de doenças profissionais e do trabalho;
b)
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c)
Para atender situações de emergência.
6.5
- O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda, comercializado ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e da Administração - MTA, atendido o disposto no subitem 6.9.3.
6.6
- Obrigações do empregador.
6.6.1
- Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:
a)
Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
b)
Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTA e de empresa cadastrada no DNSST/MTA;
c)
Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
d)
Tornar obrigatório o seu uso;
e)
Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f)
Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
g)
Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.
6.7
- Obrigações do empregado
6.7.1
- Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
a)
Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
b)
Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c)
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
6.9.3
- Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador, e o número de CA.
Além das medidas técnicas citadas, existem outras formas de controle dos acidentes e das doenças. As Medidas Médicas, por exemplo, se constituem em exames admissionais, periódicos,alteração de função, para mudança de setor (ambiente) e demissionais e que indicam o estado de saúde dos trabalhadores.
Organização do Posto de Trabalho
Capítulo VI
O posto de trabalho significa o local, o lugar em que o trabalhador exerce a sua atividade, ocupa uma função. Por iisto, os postos de trabalho devem ser aprorpiados ao homem.
Estes classificam-se em:
Postos adequados
São os postos que oferecem aos seus usuários conforto, boa visualização, liberdade de movimentos, relação das dimensões do ambiente, da disposição dos maquinárioas e dos móveis com o tipo físico do usuário.
Postos inadequados
São os postos que oferecem aos seus usuários desconfortos, fadiga, dificuldades de postura, relações de tamanho incompatíveis, etc.
Vejamos alguns exemplos de postos de trabalho inadequados.
Desconforto de postura
A postura do trabalhador ao realizar suas atividades deve ser a mais confortável possível principalmente quando o trabalho é realizado por várias horas horas na mesma posição. A posição sentada, por exemplo, representa um aspecto importante do desconforto de postura na medida em que é mantida durante um longo tempo.
No caso de desconforto de postura, devem ser estudadas as condições de trabalho sob três aspectos:
•
A tarefa a ser executada – movimentos, postura e esforço mental ligados à atividade e à organização da mesma;
•
O ambiente de trabalho – a localização do posto de trabalho em relação à iluminação, à climatização, ao ruído;
•
A morfologia do operador – aspectos físicos e de tamanho.
Importante
Problemas de postura podem gerar dores de cabeça, na nuca, nos ombros, nas costas e nas pernas.
Desconforto visual
A fadiga visual deve-se à necessidade de ler em condições dificeís. Este esforço seja maior ou menor, nem sempre está relacionado à existencia de doenças visuais. Muitos sintomas de desconfortos visual são devidos à má postura, à iluminação inadequada do posto de trabalho, à quantidade impropria de iluminação ou má localização das fontes luminosas.
Tomemos como exemplo o trabalho dos digitadores onde a correta iluminação e a boa visualização são fundamental importância. Os erros mais comuns em relação a esse trabalho são:
•
Má localização de fonte de luminosa, o que provoca reflexos na tela do monitor ou no teclado;
•
Contraste entre a letra projetada na tela e o fundo;
• 
Posicionamento inadequado de documentos;
•
Distâncias visuais mal estabelecidas entre o olho do digitador e a tela ou documento;
• 
Utilização de materiais que provoquem reflexos.
O ideal seria estabelecer uma iluminação tecnicamente correta e manter a mínimo diferença entre a distância olho/documento, olho/tela e olho/teclado.
Como esses aspectos nem sempre são levados muito a sério, com odecorrer do tempo ocorre a fadiga visual.
Alguns sitomas da fadiga visual são as dores nos olhos, a sensação de ardencia e irritação, visão trocada, ofuscamento, visão dupla e dores de cabeça.
Com base no que foi exposto anteriormente podemos considerar agentes de riscos ergonomicos:
•
Os fatores ergonomicos negativos;
• 
Os postos de trabalho inadequados;
• 
O desconforto de postura;
• 
O desconforto visual.
E as consequencias provocadas pelos agentes de riscos ergonomicos podem levar os trabalhadores de diversas artividade profissionais aos males como artrite, atrose, bursite, lombalgias, varizes, fadiga, etc.
Dentre os males acima mencionadas a fadiga merece atenção especial pois, a longo prazo, diminui a resistência do trabalhdor, contribuindo para o surgimento de outras doenças e envelhecimento precoce.
A fadiga é a diminuição do poder funcional dos órgãos provocada, entre a outros fatores, por exemplo de trabalho.
Manifesta-se por uma sensaçãocaracterísticas de maol-estar físico e mental que sae apresenta sob a forma de enfrequecimento geral, depressão, falta de apetite, insonia, pertubações gástricas e/ou intestinais, irritabilidade, pertubações sensitivas e motoras.
No local de trabalho a fadiga pode ser causada pela iluminação inadequada, condições térmicas adversas, ruído excessivo, etc.
No ambiente de trabalho, a fadiga pode ser prevenida. A primeira medida deve ser planejar o local de trabalho com as condições ideias baseadas na ergonomia. Tanto a fadiga como utros probloemas de saúde diminuem a eficiência do trabalhador e, assim, trazem problemas para a empresa. A falta de boas condições causa a diminuição da eficiência do trabalho, a redução da produção, desperdicio de material, faltas emexcesso, aumento das doenças, aumento dos acidentes de trabalho, rotatividade da mão-de-obra, etc.
Além do que deve haver um controle do estado de saúde do trabalhador, sendo obrigatório passar por exames médicos antes de ser admitido na empresa e depois sendo assistindo periodicamente.
Devemos lembrar que a saúde não diz respeito somente ao bom estado dos órgãos do corpor mas, também, ao funcionamento do nosso cerebro onde registramos sentimentos como medo, alegria, tristeza, amor, tranquilidade, irritação, indiferença, desinteresse, etc. Nosso equilibrio emocional é influenciado pelo ambiente de trabalho. Qualquer desequilibrio de natureza física e/ou emocional pode gerar fadiga.
Podemos concluir que a fadiga e os demais efeitos negativos dos agentes de riscos ergonomicos sobrea saúde do trabalhador podem ser atenuados, se não totalmente evitados, se forem adotadas medidas de controle e gerenciamento coforme as que foram mencionadas.
Portanto, devemos estar atentos para tudo o que nos foi falado e mostrado, pois só assim poderemos melhorar cada vez mais a nosa qualdiade de vida.
Prevenção e combate a incêndios
FOGO
1.1 – Reação Humana
Um dos grandes marcos da história da civilização foi o dominios do fogo pelo homem. A partir daí, pode-se aquecer, cozer seus alimentos, fundir o metal para fabricação de utensilios, instrumentos e máquinas, que tornaram possível o desenvolvimento do presente.
Mas esse mesmo fogo que tanto constrói pode destruir, ele mesmo pode destruir tudo o que por sua própria ação, foi possível construir. E quando isso acontece, quando ele nos ameaça a reação homem de hoje. Ainda é igual ao himem primitivo, ele foge, assim como o primeiro homem. Fugiu ao vê-lo.
Os homens primitivos fugiam por desconhecer sua natureza, não viam que um simples punhado de terra bastaria para apagar uma pequena chama.
Hoje, porém o homem não precisa mais fugir, conhecer o fogo como um fenomeno químico e a partir daí descobriu como lutar contra ele através de métodos e equipamentos adequados.
Possui, portanto conhecimento e equipamentos adequados, e sabe que quando no início e sempre possível combatê-lo.
1.2 – Teoria do Fogo:
Ao iniciarmos o estudo sobre extinção de incêndio, precisamos conhecer determinados principios báscios do fogo. A explicação exata do conceito fogo é mais facil do que parece, tratando-se de um termo tão conhecido de todos.
Na ceituação moderna o fogo é tido como uma reação química, denominada combustão, onde os materiais combustiveis combinam-se com o comburente (normalmente oxigênio do ar) produzindo luz e calor.
1.3 – Elementos essenciais:
Como vimos o fogo é um reação química, e portanto, são necessários pelo menos dois elementos que reajam entre si, na presença de algumas circunstancias que favoreça a reação.
Três elementos são essenciais à combustão:
-
Combustivel;
-
Comburente (O2);
-
Calor.
Diante destes três elementos em condições ideiais certamente poderemos construir, um triângulo, um triângulo no qual colocamos em cada um dos lados elementos essenciais (em equilibrio) para a combustão.
2.1 – Definições
São substâncias ou misturas que podem entrar em combustão, podemos dividir os combustiveis, quanto em estado físico, em:
-
Combustiveis Sólidos: Papel, Papelão, Tecido, Madeira, Carvão, Cereais, etc...
-
Combustiveis Líquidos se subdividem em:
Voláteis: Álcool, Éter, Benzina, Gasolina, Solventes, etc...
Não Voláteis: Óleo de Linhaça, Óleo de Caldeira, Óleo Lubrificante, etc...
-
Combustiveis Gasoso: GLP, Etano, Acetileno, Hidrogêncio, etc...
2.2 – Classificação
Conforme Normal Regulamentadora número 20, os líquidos combustiveis se dividem da seguinte forma:
-
Líquidos combustiveis são aqueles que apresentam ponto de fulgor igual ou superior a 70º C e inferior a 93,3º C.
-
Líquidos inflamáveis são aqueles que apresentam ponto de fulgor inferior a 70º C e sua pressão de vapor não exceda 2,8 Kg/cmdois absoluta a 37,7º C.
Quando um líquido inflamável tem o ponto de fulgor abaixo de 37,7º C, ele se classifica como líquido combustível de classe I.
Quando um líquido inflamável tem o ponto de fulgor superior de 37,7º C e inferior a 70º C, este se classifica como líquido combustível classe II.
2.3 – Cuidados 
Ao iniciar o combate ao fogo, procure conhecer que tipo de combustível está queimando, caso não atente para este importante detalhe você poderá inalar fumaças tóxicas, colocando sua saúde ou vida em risco. Procure atentar se os equipamentos e instalações que armazenam e transferem líquidos combustiveis e gases inflamáveis estão providos de cabos de aterramento.
A eletricidade estática é um grande risco para a ocorrência de um acidente grave.
Comburente:
É o oxigênio do ar, temos cerca de 21% de oxigênio no ar atmosférico por Volume, o que possibilita a expansão do fogo e ativa a quantidade de chamas intensificando-as.
Existem corpos que possuem grande quantidade de oxigênio em sua estrutura (agentes oxidantes), libeerando-o durante a queima.
Neste casos, pode-se manter a reação em lugar fechado.
Obs.: - O mínimo necessário para a respiração humana é uma concentração de 16% por volume, observar no ambiente não exista gases contaminantes e agressivos ao homem.
4.1 – Transmissão de Calor:
Nos trabalhos de extinção de incêndio ou prevenção é primordial conhecermos como o calor pode se transmitir.
E este processo está dividido em três formas.
4.2 – Transmissão por Radiação ou Irradiação:
É a transmissão do calor por meio de ondas térmica e raios.
Ela se processa através do espaço vaxio, não necesitando continuidade molecular entre fonte calorifica, e o corpo que recebe calor.
Um exemplo que temos é o calor que nos é irradiado pelo sol, outro pode ser um incêndio em um prédio vizinho etc...
4.3 - Transmissão por Condução:
É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um movimento vibratório que as anima e comunica de uma para outra. Não há intervalo entre os corpos.
Um exemplo que poderemos citar, quando aquecemos uma barra de ferro em uma de suas extremidades, se colocarmos material combustível em sua outra extremidade este irá entrar em combustão.
4.4 - Transmissão por Convecção:
É a forma de transmissão característica de fluidos de gases e líquidos, ela se dá pela formação de correntes descendentes e ascendentes. As massas gasosas quentes tenderão a se acumular em lugares altos, enquanto que as frias tenderão a ocupar os locais mais baixos. As massas de ar que se deslocam do local do fogo levam calor suficiente para incendiar corpos combustíveis com que entram em contato.
Temperaturas:
5.1 - Temperatura de Fulgor:
É a temperatura na qual os corpos combustíveis começam a desprender vapores que se incendeiam em contato com uma fonte de calor, porém a chama não é constante de vapores. É o chamado ponto de lampejo ou 'flash'. Temos como exemplo um pedaço de carvão vegetal, em estado natural para que este possa queimar, é necessário que uma fonte de calor esteja em contato, até que este atinja seu ponto de fulgor.
Ou seja, inicie o desprendimento de gases necessários para queima, lembre-se nos corpos combustíveis o que queima são os gases desprendidos, e cada corpo combustível tem seu ponto de fulgor, isso quer dizer que quando este está próximo destas temperaturas ele estará apto para entrar em combustão.
5.2
- Temperatura de Combustão:
É a
temperatura na qual os gases desprendidos dos corpos combustíveis, ao entrarem em contato com uma
fonte extrema de calor, entram em combustão e continuam a queimar.
Neste ponto em que chegarmos, numa fonte de calor extrema onde a chama. É constante chamamos de ponto ou temperatura de combustão, também chamada de 'fire point".
Por exemplo, um recipiente um uma determinada quantidade de álcool, este só irá inflamar-se quando atingir quantidade suficiente para alimentar a combustão, como se trata de um produto bastante volátil iremos conseguir iniciar a combustão a uma determinada distância.
5.3 - Temperatura de Ignição:
É a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor externa.
Como por exemplo, podemos colocar o fósforo, que, com um simples contato com o ar atmosférico, entra em combustão espontânea-.
Classes de Incêndio:
6.1
-Classe A:
São os combustíveis que tem a propriedade de queimar em sua superfície e profundidade, deixando resíduos.
Necessitam para extinção de resfriamento e penetração do agente.
A água e o mais utilizado é encontrado abundantemente é seu custo é pequeno. Exemplo de combustível classe A:
6.2
- Classe B:
São
os combustíveis líquidos, queimam apenas em sua superfície, não deixando resíduo.
Sua
extinção é feita por meio de abafamento, isto é, isolando do mesmo o suprimentode oxigênio.
Exemplo de combustível classe B:
6.3 - Classe C:
São incêndios em equipamento elétricos energizados, ou com a capacidade de armazenar energia elétrica (televisor), caracterizando por oferecer risco a quem irá combatê-lo. Para sua extinção é necessário o uso de um agente extintor não condutor de energia elétrica, quando o equipamento estiver desligado da rede elétrica e não possuir armazenamento de energia elétrica este será considerado de classe A.
Exemplos de combustível classe C:
6.4 - Classe D:
Ocorre em materiais chamados pirofóricos ou pirofóricos tais como: magnésio, titânio, zircônio, etc...
O agente extintor nestes casos deverá ser selecionado com cuidado, pois alguns podem provocar reações, aumentando a gravidade da ocorrência.
Capítulo 07 - Extintores:
7.1 - Extintores quanto à inspeção:
Todo extintor deverá estar em local sinalizado e desobstruído e de fácil localização, receber manutenção e recarga anual, inspeção periódica visual, aonde deveremos atentar para seus dados sobre recarga e manutenção, assinado e datando sua ficha de inspeção que deverá estar junto ao equipamento:
- 
seu lacre, manômetro quando houver, peso (extintores de Gás Carbônico), válvulas de alívio, mangueiras, difusores, gatilhos, pistolas, prazo para teste hidrostático do cilindro, etc...
7.2
- Equipamentos quanto a Classe de incêndio:
	Classe de Incêndio
	Material
	Agente Extintor
	A
	Papel, Papelão, Tecido, Madeira, etc...
	Água / Espuma Mecânica
	B
	Gasolina, Álcool, Óleos, Solventes, etc...
	Esp. Mecânica, PQS, CO2.
	C
	Transformadores, motores, comutardor.
	CO2 / PQS
	D
	Magnésio, Titânio, Zircônio.
	Pó Especial
	E
	Materiais Radioativos
	Usar de acordo com o que se está queimando
7.2.1-
Prevenção de Incêndio
•
Não fume 30 minutos antes do final do trabalho.
•
Não use cestos de lixo como cinzeiros
•
Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, etc.
•
Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.
•
Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.
•
Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.
•
Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores.
•
Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada.
•
Não cubra fios elétricos com o tapete.
•
Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na.
•
posição vertical e na embalagem original.
•
Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
•
Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso.
•
Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim).
•
Verifique, antes de sair do trabalhoso os equipamentos elétricos estão desligados.
•
Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos.
•
Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.
7.3
- Agentes Extintores:
7.3.1 - Água:
Nos casos de incêndio de classe A, se possível utilizar extintores de água pressurizada, pois são mais eficientes e de baixo custo, atuando por resfriamento. Seu jato poderá atingir uma distancia aproximada de 1 O metros. São encontrados em capacidade de 10 L, 75 L, 150 L.
7.3.2 - Espuma Mecânica:
Este agente é bastante eficiente em incêndios de classe B, podendo também ser usado em de classe A. atuam por abafamento. Seu jato poderá atingir uma distância aproximada de 1 O metros. São encontrados em capacidade de 09 L com pressão injetada ou, pressurizado.
7.3.3 - Pó Químico Seco (PQS):
Este agente é bastante eficiente em incêndios de classe B e C, agem por abafamento, existem vários tipos de PQS, podem der tipo AB ou ABC, este último muito eficiente....
Nos casos de incêndio em componentes eletrônicos com o uso do PQS, certamente o agente extintor danificará por completo o equipamento, por isso, o recomendamos nestes casos como a última alternativa. Seu jato poderá alcançar aproximadamente 8 metros. São encontrados em capacidade de 1,2,4,6,8,12,20,30,50,70,100 Kg ou 250 Kg , com pressão injetada ou não de Gás Carbônico ou Nitrogênio.
Normalmente as carretas são acompanhadas com gás para pressurização do equipamento, atenção às carretas não deverá ser utilizada em pavimentos diferente, devido aos riscos no deslocamento deste equipamento.
7.3.4 - Gás Carbônico:
São eficientes em incêndios de classe B e C, pois atuam por resfriamento (- 7M), e abafamento, não deixam resíduos. Deverá ser utilizado com critério, pois quando aplicado em ambiente fechado o CO2 ocupará o espaço do 02, trazendo risco as pessoas. Outra desvantagem é que seu jato tem um pequeno alcance (03 m), expondo o combatente ao risco, como por exemplo, um painel de alta voltagem, nestes
casos o ideal será termos no local também um extintor de PQS. São encontrados em capacidade de 2,4,6,10,20,25,30 Kg.
7.3.5 - Outros Agentes:
Outros agentes facilmente são encontrados na natureza: areia, terra, etc... Que poderão ser empregados em incêndios de várias classes com restrições aos incêndios de classe B, por dependerem de outros fatores a serem avaliados caso a caso, e muito eficaz em incêndios de classe D, como estes agentes não dispõe de um equipamento para sua aplicação, deveremos atuar com cautela.
7.4 - Lembre-se:
Os extintores portáteis deverão ser utilizados em casos de princípio de incêndio;
Avalie primeiramente as condições do local e do equipamento de combate, com que irá atuar;
Procure primeiramente retirar as pessoas do local afetado;
Sempre que for iniciar o combate ao incêndio se possível esteja acompanhado, ou avise que irá começar a atuar, se o local for provido de alarme primeiramente o acione;
Procure estar equipado, para o sucesso dá operação;
Procure monitorar a concentração de 02, quando ambiente for fechado;
Não abra as janelas, isso deverá alimentar as chamas;
Procure desligar a energia elétrica da edificação;
Em caso de dúvida não atue, procure orientação.
A forma correta de combate, está na atuação em um dos lados do triângulo. do Fogo, escolha a mais segura.
7.4.1 - TRANSPORTE
Podem ser empilhado no veículo na posição deitada, com no máximo, 7(sete) linhas sobre-postas ou na posição em pé.
Deve-se atentar para os seguintes cuidados:
•
Não bater com violência o conjunto da válvula 1 manômetro.
•
Evitar atritos bruscos de objetos pontiagudos com a pintura do cilindro para que não ocorram riscos ou violação do sistema de lacres de fabricação.
•
Evitar quedas de alturas superiores a 30 centímetros no caso do extintor cair em pé; ou 5 centímetros no caso do contato com a superfície ser com a válvula.
7.4.2-
INSTALAÇÃO
Para instalação dos extintores portáteis, devem ser observadas as seguintes exigências:
A) Quando forem fixados em paredes ou colunas, os suportes devem resistir a três vezes a massa total do extintor e a posição da alça de manuseio não deve exceder 1,60 m, do piso. 
B) O local escolhido deve ser visível para que os usuários sempre saibam onde os extintores estão localizados e onde haja menor probabilidade de o fogo bloquear seu acesso.
C)
Manter os extintores preferencialmente protegidos contra intempéries e danos físicos.
D)
O seu acesso não deve ser obstruído por pilhas de mercadorias ou qualquer outro material.
E)
Deverá atender também, diferenças existentes na legislação da localidade onde o extintor estiver
sendo instalado.
8 – Proteção Hidráulica
Proporciona nível adequado de segurança aos ocupantes de uma edificação em caso de incêndio, bem como minimizar a probabilidade de propagação do fogo para prédios vizinhos.
Derivantes
Equipamentos destinado a dividir uma linha de mangueira em outras de diâmetro inferior. Esta peça é utilizada para aumentar o poder de combate, ou seja, de um ponto de hidrante , forma-se dois. Proporcionalmente a pressão e a vazão diminui, porém é umaopção de grande valor.
Chave de Mangueira
Destina-se a facilitar o acoplamento e desacoplamento das mangueiras. Apresenta na parte curva dentes que se encaixam nos ressaltos existentes no corpo da junta de união. Geralmente utilizado pelas empresa este modelo com dimensões de 1./12” x 2.1/2”.
Porta Corta-Fogo
O objetivo é confirnar o incêndio, ou seja, significa manter o incêndio controlado, confinando o sinistro no local de origem, impedindo que o fogo passe de uma mabiente para o outro.
Esguinchos
São peças metálicas que, engatada às mangueira e sob a pressão da água, dão a forma de direção, para que o operador possa combater o fogo com maior eficiência.
1 – Agulheta
É também chamado neblina porque o operador pode dar forma sólida ou como chuveiro, apenas dando um toque de rotação no esguicho.
2 – Regulável
É o esquicho de longo alcance e de jato sólido.
Sprinklers
São também chamados chuveiros automáticos que, instalados ao longo das tubulações, agem a determinadas temperaturas fixas, fundindo ou rompendo um elemento, dando passagem para a água da rede de distribuição.
8.1.2 – Formas de acondicionamento
As mangueiras apresentam vários tipode de acondicionamento que são:
1 – Aduchada
Consiste em enrolar a manguieira, dobrando-a ao meio, de modo que a parte inferior fique maior que a superior, formando um rolo.
2 – Zig-Zag
Consiste em dobrar a mangueira de modo que as camadas fiqeum sobrepostas.
3 – Espiral
Consiste em enrolar, a partir de uma junta, a mangueira sobre si mesma formando em espiral que termina na junta oposta.
Plano de Abandono
O abandono de um edificio em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos.
Nunca use elevador para sair de um prédio onde há um incêndio.
Se um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.
Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor unto ao chão.
Use as escadas - nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo.
Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar por socorro.
Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenhas fechada.
Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.
Procure conhecer o equipamento de combate a incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência.
Um prédio pode lhe das várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. NÃO salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.
Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastada da multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar. NÃO RETORNE. Chame o Corpo de Bombeiros imediatamente.
Ao constatar um principio de incêndio, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (fone 193).
Forneça informações precisas.
•
Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio.
•
Número do telefone de onde se está falando.
•
Nome completo de quem está falando.
• 
Relato do que esta acontecendo.
Em seguida, desligue o telefone e aguarde a chamada de confirmação do local.
Orientações Gerais
1 - Nas situações de emergência procure sempre manter a calma e agir rapidamente.
2 - Não corra perigo de vida na tentativa de ajudar ao próximo. Com o advento da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) alguns procedimentos não são utilizados ou realizados por segurança própria, tais como respiração boca a boca, contato direto com sangue e ou fluidos (saliva, líquido amniótico, sêmen,etc).
3 - Chame o quanto antes uma ambulância ou um médico.
4 - Verificar se a vítima:
a) Respira
Colocá-la em posição de segurança, afrouxar as roupas, cintos, gravatas, etc.
b) Não respira
Liberar a boca de obstruções e manter abertos os canais de respiração aérea (boca-nariz)
c)
Verificar a pulsação do pescoço (carotídea). No caso de não haver pulso, iniciar a reanimação.
d)
Se há ferimentos graves, estancar o sangramento e colocar em uso as medidas antichoque.
e)
Se há suspeita de fratura na coluna vertebral, não mova a vítima por nenhum motivo. Manter o corpo, o tronco e a cabeça em linha reta,
5 - Cobrir a vitima para que ela não pegue friagem, porém, sem exageros.
6 - O que NÃO fazer;
a)
NÃO mover a vítima, a não ser que isso seja indispensável para salvá-la ou evitar outros acidentes.
b)
NÃO dobrar a cabeça ou pescoço da vítima bruscamente
c)
NÃO dar bebidas alcoólicas.
d)
NÃO lhe dar nada para beber ou comer.
e)
Se a vítima estiver inconsciente, NÃO a deixe sozinha...
Checar Responsividade
Antes de qualquer manipulação, o socorrista deve estimular a vítima verbalmente, identificando-se mesmo que a vitima pareça inconsciente. A resposta do paciente identifica circulação sanguínea cerebral presente, vias aéreas pérvias e presença de respiração. Não havendo resposta a estímulos verbais, deve ser realizada a estimulação dolorosa sobre o esterno ou no leito ungueal.
Deve-se determinar o nível de consciência utilizando o método AVDI.
A - Acordado.
V - Responde a estímulos verbais.
D - Responsivo a dor.
I - lrresponsivo
Permeabilização de Vias Aéreas e Estabilização Cervical
Caso a vitima esteja inconsciente, deverá ser alinhada e posicionada em decúbito dorsal com técnica de rolamento. Deve-se suspeitar de lesão de coluna cervical em todo paciente Inconsciente até prova em contrário. A cabeça deve ser mantida em posição neutra, utilizando a manobra manual de abertura de vias aéreas e elevação da mandíbula, que é a menos traumática para a coluna cervical.
Observar a presença de corpos estranhos, vômito ou sangue na cavidade oral.
Retirar manualmente corpos estranhos e aspirar a orofaringe, caso necessário.
Utilizar cânula orofaríngea em vitimas arreativas.
A coluna cervical deve permanecer sob estabilização manual até que seja imobilizada por meio equipamento apropriado. (Ex.: colar cervical).
Ventilação Pulmonar e Oxigenação
O socorrista deve posicionar sua face junto à do paciente, com seu pavilhão auricular próximo às narinas da vitima, procurando ver o movimento aéreo pela boca e nariz, e sentir o ar sendo expirado, durante um período mínimo de cinco segundos.
Descobrir o tórax da vitima, inspecionando-o a procura de ferimentos aspirativos (pneumotórax aberto) e caso presente, ocluindo-os imediatamente.
Em vitimas apnéicas, iniciar assistência ventilatória, sempre utilizando oxigênio suplementar.
AMBÚ
Circulação
Na vítima arreativa deve-se palpar pulso carotídeo e iniciar ressuscitação cardiopulmonar na ausência de pulso com massagem cardíaca externa. Durante a inspeção, deve-se procurar evidências de hemorragia externa de vulto, e adotar medidas de controle de hemorragias externas. Palpar o pulso radial, para avaliar grosseiramente a pressão arterial. A presença deste pulso indica que a pressão arterial sistólica (máxima) é maior que 80mmHg.Testar o enchimento capilar das extremidades superiores. Observar a coloração da pele, pois a rapidez ou o tom acinzentado de pele indica hemorragia.
Avaliação Neurológica Sumária
Juntamente com a avaliação do nível de consciência pelo método AVDI, o socorrista líder deve examinar as pupilas da vitima inconsciente, observando diâmetro, simetria e fator reação, visando detectar sinais de Tosões intracranianas graves.
Expor a vitimaDescobrir o paciente, para. observar a presença de lesões graves, tais como traumatismos penetrantes em áreas cobertas pelas roupas.
ANÁLISE SECUNDÁRIA
Sinais vitais
Determinar a freqüência e as características do pulso radial. Observar freqüência e características da respiração. Aferir pressão arterial. Avaliar de modo comparativo a Temperatura corporal da vitima.
Anamnese Dirigida Sumária
É feita simultaneamente a determinação dos sinais vitais. Seus quatro componente principais são:
•
Queixa principal
•
História da doença atual
•
Histórico médico
•
Uso de medicações e alergias
Exame da cabeça aos pés
Consiste em um exame mais detalhado da vitima, seguindo uma seqüência da cabeça aos pés (craniocaudal)
Cabeça
Inspecionar e Palpar o couro cabeludo para lesões corto-contusas, hematomas e depressões. Inspecionar e palpar a face. Determinar diâmetro, simetria e fotorreação das pupilas. Observar coloração das mucosas e drenagem de sangue ou liquor pelos ouvidos ou nariz. Examinar a cavidade oral com mais atenção, procurando lesões e sangramento e próteses. O hálito da vitima deve ser avaliado.
Pescoço
Observar lesões penetrantes. As jugulares externas, alterações de volume e hemorragias externas.
Durante a palpação desta região, comparar os pulsos carotídeos, verificar a presença de enfisema subcutâneo, centralização e integridade da traquéia e coluna cervical.
Tórax
Deve ser inspecionado à procura de feridas penetrantes, lesões contusas, deformidades e movimentos respiratórios paradoxais. Em seguida, é feita a palpação das clavículas, do arcabouço costal, verificando presença de enfisema subcutâneo, fraturas e áreas instáveis na parede torácica.
Abdomen
Abdomen e inspecionado verificando-se a presença de feridas penetrantes, equimoses evisceração.
A palpação dos quatro quadrantes é útil para determinar presença de dissensão e sensibilidade.
Pelve
O exame da cintura pélvica é realizado com a compressão bilateral no sentido ântero-posterior e látero-láteral das cristas ilíacas ântero-superiores e a palpação da sínfise pubiana. O objetivo é determinar a presença de dor e instabilidade.
Região Genital
Observar lesões externas, uretrorragia e priapismo (ereção mantida, involuntária, sem estimulo sexual). O priapismo é sugestivo de lesão medular.
Membros
O exame dos membros superiores é geralmente realizado em primeiro lugar. É iniciado pela inspeção, observando deformidades, lesões com exposição óssea e hemorragias. Em seguida, é
feita palpação das superfícies ósseas, procurando determinar presença de fraturas. Verificar e comparar bilateralmente a sensibilidade, motilidade e presença de pulso.
Dorso
Examinar durante a manobra de rolamento utilizada para colocar a vítima sobre a prancha longa.
Casos Traumáticos e Clínicos Emergenciais
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA - PCR
Parada Cardíaca
Cessação abrupta da função de bombeamento cardíaco, que pode ser reversível com intervenção rápida, mas que causa a morte em sua ausência. No passado era denominada “Morte Clínica".
Parada Respiratória
Cessação abrupta da função da respiração, que pode ser reversível com intervenção rápida, mas que causa a morte em sua ausência.
Principais Causas da Parada Cardio-Respiratória
•
Obstrução das vias aéreas, através de corpos estranhos
•
Afogamentos
•
Asfixia por fumaça
•
Choques Elétricos
•
Choques Mecânicos (Acidentes traumáticos)
•
Drogas
•
Doenças Cardíacas
Reconhecimento da Parada Cardíaca-.
•
Palpação do pulso carotídeo, braquial, radial, etc. (insensível)
•
Auscultação tórax (inaudível)
•
Exame das pupilas (dilatada e não descontrai com a luz)
Reconhecimento da Parada Respiratória
•
Movimento do tórax (inexistente)
•
Ruído na respiração (inexistente)
•
Calos na respiração (inexistente)
Primeiros Atendimentos:
1) Constatação da Inconsciência
2)
Desobstrução das Vias Aéreas
3)
Restauração da Respiração
4)
Restauração da Circulação
5)
Detenção das Hemorragias
6)
Prevenção do Estado de Choque
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
A primeira coisa a fazer numa emergência é verificar se a vítima está respirando. Se não estiver, você terá menos de quatro minutos para salvar-lhe a vida. Todo segundo conta, não pare para tratar de nenhum ferimento, telefonar para o médico ou procurar ajuda. Aja imediatamente.
O método mais fácil, menos cansativo e de maior sucesso para ventilação artificial é o boca-a-boca. Hoje os socorristas profissionais dispõem de Bomba Ambú, evitando riscos de contato com sangue e outros líquidos do corpo da vítima que podem gerar doenças.
O termo "ventilação artificial" é o mais correto e aparece em muitas literaturas.
Verificando a respiração
- 
Coloque o ouvido perto do nariz ou boca da vítima e ouça a respiração.
-
Veja se o peito ou o abdômen está se movendo e sinta com as mãos qualquer movimento
- 
Os lábios ou os lóbulos das orelhas estão azulados?
Se você não conseguir ver, ouvir ou sentir qualquer respiração, inicie a ventilação artificial, imediatamente. Tente fazê-la mesmo que duvide do seu sucesso na operação.
Ventilação Artificial - Método boca-a-boca
1. Deite a vítima em decúbito dorsal e rapidamente retire sangue, vômito e próteses com os dedos. Procure até bem no fundo da boca, na garganta.
Ponha a cabeça bem para trás.
2. Segure a nuca com uma das mãos e incline a cabeça para trás o mais que puder, com a outra mão apoiada na testa. Isso levantará a língua e fará com que ela não bloqueie as vias respiratórias. Pode ser que isso seja o suficiente para que a vítima volte a respirar. Solte a roupa que estiver apertada.
Levante o queixo Abra a boca
3. Se a vítima não começar a respirar, aperte-lhe as narinas para fechá-las. Tome fôlego. Cole seus lábios em volta dos dela e respire pausada e firmemente, mandando o ar para os os pulmões da vítima. O tórax da vitima subirá conforme o ar for entrando em seus pulmões.
4. Tome fôlego, novamente, posicione a boca e sopre de novo. Dê seus quatro primeiros sopros o mais rápido possível, sem esperar que o tórax desça. Isso ajudará a refazer o fornecimento de oxigênio. Pare de soprar, quando o tórax estiver subindo. Tire a boca e veja o tórax descer à medida que vai se esvaziando.
Observe o tórax descendo
Continue fazendo a ressuscitação boca-a-boca pausadamente. Não sopre.muito forte, só o suficiente para fazer o tórax subir. Continue até que a vítima comece a respirar normalmente, outra vez, ou até que chegue auxílio especializado. Não perca as esperanças. Houve pessoas que ressuscitaram após muitas horas de ventilação artificial.
Se a vítima vomitar, vire a cabeça dela para um lado, limpe a boca com os dedos e comece de novo.
Se o tórax dela não subir quando você soprar é porque a cabeça não está inclinada o suficiente ou porque a garganta pode estar obstruída. Ajuste a posição da cabeça e tente de novo. Se não funcionar faça a compressão abdominal (Manobra de Heimlich). Verifique de novo se há qualquer obstrução e remova com os dedos. Veja se o coração ainda está batendo e continue a ressuscitação.
Bebês e crianças pequenas
Coloque a criança na mesma posição que o adulto, com a cabeça inclinada para trás. Cole sua boca sobre a boca e o nariz dela e lance sopros curtos e superficiais, de modo a não danificar os pulmões delicados da criança. Pequenos sopros são suficientes para um bebê.
Métodos alternativos
Utilize um método alternativo de respiração artificial:
-
Se a vítima estiver com o maxilar quebrado ou com ferimento grave da face
-
Se a vítima estiver presa com o rosto para baixo
-
No caso de envenenamento corrosivo (queimadura), onde você poderá correr risco de contaminação utilizando o método boca-a-boca.
O método Holger Nielsen
1 - Limpe rapidamente a boca da vitima, retirando sangue, vômito ou próteses com os dedos. Procure bem no fundo da boca. Vire a vitima de costa sobre uma superfície firme. Dobre-lhe os braços e apoie-lhe a cabeça nas próprias mãos. Vire-lhe a cabeça para o lado. Ajoelhe de frente para a cabeça com o pé próximo ao cotovelo

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