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Com base nas leituras de IED I

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO II (TURMA DE INVERNO) ATIVIDADES ESTRUTURADAS Com base nas leituras de IED I, do semestre passado, e nas discussões deste início de semestre (IED II), desenvolva o tema “Direito Positivo e Direito Natural”. 700 palavras.
A evolução jurídica está atrelada a evolução histórica que cada sociedade alcançou em determinado período histórico. A sociedade e o Estado usaram do direito natural e do positivo de inúmeros jeitos no decorrer da evolução. No estágio atual, temos que na lacuna do direito positivo, o juiz utilizara da norma natural para encontrar a solução ao caso concreto.
O conceito do direito natural e do direito positivo
Devemos ter noção que os conceitos são modificados conforme o tempo histórico, nesses casos, vamos analisar como e desenvolveram:
Nessa perspectiva, para Andityas Soares de Moura Costa Matos (2006, p. 191) o direito natural é:
“a doutrina idealista do direito que enxerga ao lado, ou melhor, acima do direito positivo algumas normas imutáveis e de observância obrigatória, postas por uma autoridade supra-humana (que seria a natureza, Deus ou a razão humana, como veremos adiante. As normas jusnaturais se dão a conhecer por meio das leis naturais que, em conjunto, formam o que se chama de ordem natural”.
Nessa mesma linha, diz Hans Kelsen (apud MATOS, 2006, p. 191): “As normas imutáveis da doutrina do direito natural apenas podem ser as leis naturais”.
Diante dessas considerações, o direito natural pode ser intendido como aquele estabelecido por um nível supra humana, pertencendo a uma natureza divina, atribuindo a imutabilidade e a eficácia universal. 
Conquanto, o direito positivo é aquele contido de forma expressa na norma jurídica, as leis, possuindo superioridade as normas não escritas, por terem sido ordenadas no ambiente que corresponde a soberania do ordenamento.
Os positivistas defendem que o direito positivo é o único capaz de dizer o direito, conforme menciona Tércio Sampaio Ferraz Júnior em seu livro Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, denominação (apud MATOS, 2006, p. 189): “A tese de que só existe um direito, o positivo nos termos expostos, é o fundamento do chamado positivismo jurídico […]”.
A evolução do direito natural e do direito positivo nos diferentes momentos históricos
No período clássico, o direito positivo sobressaia sobre o natural, pois este era intitulado como direito comum, enquanto o positivo recebia as pompas de especial ou particular, claro que depende da sociedade.
Enquanto na Idade Média, a sociedade teve alterações em relação ao seu pensamento, com muita influência da igreja, dessa forma o direito natural, visto como mandado por Deus, tomou um caráter superior ao direito positivo foi renegado para poucas situações, mesmo considerado como uma espécie de direito.
Por fim, no modernismo a situação teve outra reviravolta, voltando o direito positivo a ser sinônimo de direito, enquanto o direito natural não era visto mais como um direito. O positivismo jurídico teve nascimento nesse momento.
 O juiz como objeto de estudo no que concerne à formação do direito antes e depois do Estado Moderno
A formação do Estado Moderno, na pós era medieval, está relacionada com a passagem do período jusnaturalista ao juspositivista. Norberto Bobbio (1995, p. 21) define o Estado como: “a associação perpétua de homens livres, reunidos em um conjunto com o fito de gozar os próprios direitos e buscar a utilidade comum”.
Na idade Média, havia um pluralismo, onde os grupos sociais possuíam o seu ordenamento, fruto da organização civil, em detrimento do Estado.
Nesse sentido, para Norberto Bobbio (1995, p. 28) o direito é:
“quando, surgindo um conflito entre dois sujeitos, intervém um terceiro (juiz nomeado ou arbítrio escolhido pelas partes) que estabelece uma regra (que provavelmente se tornará um “precedente”, isto é, será aplicada também em outros casos) segundo a qual a controvérsia será resolvida. Se, em uma dada sociedade, não há intervenção deste “terceiro”, não se pode falar em direito em senso estrito: dir-se-á que aquela sociedade vive segundo usos, costumes (mores) etc”.
Entretanto, no modernismo, no qual houve a formação dos Estados Modernos, o rei unificou todos os poderes da organização civil, centralizando em si, monopolizando a produção jurídica por parte do Estado
A manutenção do direito natural no século XVIII até os tempos hodiernos
O jusnaturalismo permaneceu nos estudos jurídicos e no ordenamento ate o século XVIII, no qual os tecnólogos do direito apontavam que em lacunas, deveriam utilizar-se desse método para resolver a lacuna.
No mesmo sentido dispõe Hobbes (apud BOBBIO, 1995, p.43):
“Uma vez que é impossível promulgar leis gerais com as quais se possa prever todas as controvérsias a surgir, e são infinitas, evidencia-se que, em todo caso não contemplado pelas leis escritas, se deve surgir a lei da equidade natural, que ordena atribuir a pessoas iguais como iguais […]”.
Tal premissa que o direito natural será aplicado quando ausente o direito positivo permaneceu mesmo com a codificação, como, verbi gratia, no mencionado artigo 4º da LINDB e artigo 140 do Código de Processo Civil, ou seja, o ordenamento jurídico brasileiro também reconhece a legitimidade do direito natural e mais, utiliza desse direito na inexistência da norma positiva.
Conclusão
Constata-se então quee concerne ao direito natural e ao positivo, certificando que a lei natural resiste mesmo com a presença do direito positivo e da codificação.
Nesse sentido, buscamos demonstrar a necessidade da coexistência da lei positiva e da lei natural, eis que o ordenamento jurídico não será capaz de listar todas as hipóteses que podem ocorrer com o cidadão. Ademais, acreditamos que nem é esse o objetivo da ordem jurídica.

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