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PSD II Medicina 4° período Docentes: Dra Gilda Maria Sales e Cássio Florencio Pediculose • Introdução • Morfologia • Pediculus humanus humanus • Pediculus humanus capitis • Pthirus púbis • Doenças transmitidas por piolhos • Dermatite por piolhos PEDICULOSE • Insetos hematófagos obrigatórios (macho, fêmea e ninfas) • Problemas na idade média; • Atualmente “raro” (higiene pessoal, troca diária de roupas, inseticidas, etc) • Além do prurido, podem veicular patógenos (tifo exantemático, febre das trincheiras) • 532 espécies em 15 famílias, apenas 2 parasitam o homem; – Pediculidae • Pediculus humanus humanus (piolho do corpo, muquirana) • Pediculus humanus capitis (piolho da cabeça) – Pthiridae • Pthirus pubis (chato) Sub-ordem Anoplura (Piolhos sugadores) Ordem Phthiraptera Metamorfose gradual: hemimetábolo Fêmea coloca 7-10 ovos/dia e 200 ovos/vida Longevidade adultos 40 dias no hospedeiro Sub-ordem Anoplura Morfologia • Insetos pequenos • Sem asas • Aparelho bucal picador-sugador • Tarsos adaptados para fixar em pelos • Longevidade adultos 3 meses (110 ovos) • Incubação dos ovos = 8-9 dias • Ninfa 1 até adulto = 15 dias • Comum em países de clima frio • Frequente na população humana adulta (prostitutas, mendigos e prisioneiros) • Transmissão: tifo exantemático (Rickettsia prowazeki), febre das trincheiras (Rochalimaea quintana) e a febre recorrente (Borrelia recurrentis) Pediculus h. humanus (pediculose do corpo) • TRATAMENTO: – Inseticida tópico (spray, banho etc.) – Fever ou mergulhar roupa do hospedeiro por 2h com lysoform ou formol – Lesões na pele com pomadas (corticóides), se infectado – Antibiótico, se infectado Pediculus h. humanus (pediculose do corpo) Pediculus h. humanus ovo (lêndea) opérculo Pediculus humanus Pediculus sp. Aparelho bucal Pediculus humanus capitis Pediculus humanus capitis Pediculose: infestação por piolhos sugadores; pediculose do couro cabeludo. Picada do inseto ocasiona dermatite (saliva), paciente arranha pele facilitando entrada de patógenos. Doenças transmitidas pelas fezes do piolho (esmagamento do piolho com dedos). Pediculus humanus capitis TRATAMENTO: 1) Catação manual (não espremer entre os dedos) 2) Penteação ou escovação (retirada adultos e ninfas) 3) Corte de cabelo ou raspagem da cabeça 4) Óleos, cremes ou vaselina 5) Solução salina 6) Inseticidas: tóxicos e desaconselhados quando apresenta infecções secundárias. 7) Inseticidas piretróides (3x com intervalo de 5 dias) Aplicar área afetada e massagear Cobrir com toalha por 30 minutos (knock down) Lavar bem com água e sabão Pthirus pubis (chato) Pthirus pubis (chato) Pitiríase palpebral ou Pediculose palpebral Pthirus pubis - garras Pthirus pubis – ovo (lêndea) Doenças transmitidas por piolhos Tifo por Rickettsia prowasekii Quando Pediculus humanus suga sangue de um paciente com tifo, as rickéttsias invadem as células epiteliais de seu estômago. Depois, elas passam a ser eliminadas com as fezes que o inseto deposita habitualmente sobre a pele, enquanto suga. Como não há invasão de outros órgãos, as rickéttsias não podem ser inoculadas pela picada do piolho. Mas, visto que a picada causa prurido intenso, as pessoas são levadas a coçar-se e, eventualmente, contaminam a picada com as fezes do piolho. Piolhos esmagados entre as unhas podem ser outras fontes de infecção. As rickéttsias podem ser adquiridas por aspiração das fezes dessecadas dos piolhos, ou contato destas com as mucosas e as conjuntivas. Os pacientes apresentam, então bacteremia e lesões vasculares, com extravasamento de plasma, hemoconcentração e choque. Doenças transmitidas por piolhos Febre das trincheiras É outra rickettsiose, devida cer a cada 3 a 5 dias. O número de recidivas varia de 1 a 10 ou mais. exantema. A evolução é, em geral, be- nigna e, em muitos assintomática. Tratamento e como para o tifo. O controle de piolhos é a medida fundamental. Febre recorrente por Borrelia recurrentis Caracteriza-se por acessos a Rochalimaea quintana, que febris que duram 2 a 9 dias, produz febre, com início súbi- com intervalos sem febre de 2 to e calafrios, mas com ten- a 4 dias. dência a declinar e reapare- De início, há um exantema petequial transitório. Nos casos não-tratados a letalidade varia de 2 a 10%; No período febril, surge um mas nos surtos epidêmicos chega a 50%. Os surtos são devidos à casos, transmissão contaminativa por Pediculus humanus, sen- prevenção do o homem o único reser- vatório. Uma forma endêmica é mantida por carrapatos. Tratamento: com tetracicli- na ou eritromicina. A preven- ção é como para o tifo. Dermatite por piolhos Diagnóstico e tratamento • A presença de lêndeas e de piolhos na cabeça (sobretudo na nuca e atrás da orelhas) facilita o diagnóstico. • Na pediculose do corpo, os ovos devem ser procurados na roupa íntima. • O tratamento mais simples para a pediculose da cabeça consiste em raspa-la completamente. • Se isso não for socialmente aceitável, aplicação de xampus profiláticos. • São também eficientes as preparações com piretrinas. • Ultimamente, prefere-se o creme de permetrina a 1%, mais eficiente e mais agradável de usar. • Curam-se as pediculoses do corpo e do púbis com aplicação, na roupa, de pós inertes com DDT a 10%. • A lavagem de roupa em lavadora automática é muito eficiente.
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