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Dermatozoonoses: Escabiose e Pediculose

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Dermatozoonoses 
Quezia Brito 
escabiose 
dermatose por ácaros 
escabiose ou sarna 
agente etiológico: Sarcoptes scabiei 
transmissão por contato pessoal 
não tem predileção por idade, sexo ou raça 
 
Manifestações clínicas: 
principal sintoma: prurido, principalmente, à 
noite 
sulco escavado pelo parasita, apresentando, em 
uma das extremidades, uma vésico-pápula, onde 
se encontra a fêmea do ácaro 
 
afeta, principalmente, os espaços interdigitais 
das mãos, axilas, cintura, nádegas, mamas, pênis, 
face e pés 
 
em crianças, também podem ocorrer nas 
palmas, plantas, couro cabeludo e pescoço 
lesões secundárias: Escoriações e piodermites 
 
 
Diagnóstico clínico: 
história de prurido noturno 
prurido em vários familiares ou pessoas da 
mesma residência 
exame físico: sulcos e distribuição das lesões 
situações atípicas: 
✓higiene excessiva: “sarna em gente limpa” 
✓crianças: lesões urticadas ou eczematosas 
(lactentes) 
✓idosos: reação mínima com raros sulcos 
✓contaminação de familiares: pode não haver 
✓nenhuma queixa dos familiares da pessoa 
infectada 
✓iatrogenia: quando a parasitose é tratada com 
corticoides tópicos, e sistêmicos. Quadro extenso, 
com localizações atípicas e com aspecto 
eritêmato-urticado-eczematoso 
✓hiperinfestação: ocorre em imunodeprimidos, 
principalmente, em HIV positivo. Quadro extenso 
e com lesões diversas (escoriações, crostas, 
liquenificação e impetiginização) 
✓escabiose nodular: lesões papulonodulares, 
pruriginosas, nas regiões genital, inguinal e axilar. 
Reação de sensibilidade a produtos de 
degradação parasitária. Permanecem após o 
tratamento 
 
✓sarna crostosa ou norueguesa: ocorre em 
imunodeprimidos, desnutridos ou pessoas de 
higiene precária. Forma de hiperinfestação. 
Crostas com vários milímetros de espessura 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
particularmente nos casos atípicos 
pesquisa dos ácaros ou ovos dos ácaros 
escarificação dos sulcos ou pápulas suspeitas 
(várias lesões) 
o exame negativo não invalida o diagnóstico 
 
Tratamento: 
Permetrina 
✓tratamento tópico de eleição 
✓creme ou loção 5% 
✓não é irritante como a deltametrina (ex: 
escabin) 
✓pode ser usada em adultos, crianças, gestantes 
e mulheres em aleitamento 
 
Ivermectina 
✓tratamento sistêmico de eleição 
✓comprimidos 6 mg 
✓imunocomprometidos ou formas resistentes: 
tratamento tópico e sistêmico simultaneamente 
 
Nódulos da escabiose nodular: 
✓os nódulos persistem por meses, com prurido 
variável 
✓corticoide oclusivo ou infiltração de 
triancinolona 
✓formas resistentes: talidomida 
 
Hiperinfestação e sarna crostosa: 
✓ivermectina e permetrina 
 
Prurido após o tratamento: 
✓nos casos que perduraram por longo período 
sem diagnóstico 
✓pode permanecer por semanas 
✓memória do prurido ou sensibilidade a 
antígenos parasitários 
✓corticoides tópicos e sistêmicos e anti-
histamínicos até o desaparecimento do prurido 
 
 
Cuidados gerais: 
lavagem de toda roupa pessoal e de cama (não 
necessitam ser fervidas) 
tratar simultaneamente todas as pessoas da 
mesma residência 
evitar o uso de sabonetes escabicidas que são 
inúteis para a cura da parasitose e podem causar 
dermatite de contato por irritação primária ou 
sensibilização 
 
Escabiose por ácaros de animais e vegetais 
escabiose ou sarna de animais (cachorro, gato, 
porco, cavalo, etc) 
agentes etiológicos: Variedades de Sarcoptes 
scabiei 
✓S. canis (cachorro) 
✓S. suis (porco) 
pode, eventualmente, atingir o homem 
limita-se ao indivíduo afetado 
pápulas ou vesículas com halo urticado 
localizam-se nas áreas de contato com o animal 
infestado 
evolução por surtos 
diagnóstico: quadro clínico + história de contato 
com animal infestado 
tendem a desaparecer espontaneamente 
tratamento: loção de permetrina 5% 
 
pediculose 
dermatose por insetos 
anopluros, comumente conhecidos por piolhos 
ectoparasitas pequenos, responsáveis pelas 
pediculoses 
parasitam o couro cabeludo e o corpo 
agentes etiológicos: 
✓Pediculus humanus capitis (“piolho da cabeça”) 
✓Pediculus humanus corporis (“piolho do corpo”) 
✓Phthirus pubis (“piolho da região pubiana”) 
 
 
Pediculose no couro cabeludo 
prurido no couro cabeludo 
ao exame: presença dos ovos (lêndeas) que 
são ovoides, esbranquiçados e aderentes à haste 
do cabelo 
 
diagnóstico diferencial: 
✓dermatite seborreica (“caspa”) 
 
✓piedra branca 
 
tratamento 
✓xampu de permetrina 1% 
✓remoção das lêndeas com pente fino, após 
passar vinagre diluído 1:1 em água morna 
✓ivermectina, via oral 
 
Pediculose no corpo 
prurido e urticas 
hiperpigmentação e eczematização podem 
ocorrer 
áreas comumente afetadas: interescapular, 
ombro, axilas e nádegas 
diagnóstico: achado do parasita nas roupas 
tratamento: higiene e lavagem da roupa são 
suficientes para cura 
 
 
 
Pediculose pubiana – ftiríase 
prurido 
escoriações e eczematizações 
regiões mais afetadas: pelos pubianos e 
perianais 
outras regiões: pelos das axilas, tronco, coxas, 
sobrancelhas e cílios 
 
diagnóstico: achado das lêndeas aderentes às 
hastes pilosas 
tratamento: 
✓loção de permetrina 5% 
✓cílios: vaselina + remoção manual das lêndeas 
 
cimidíase 
dermatose por hemípteros 
cimicídios, comumente conhecidos por 
percevejos 
hemípteros hematófagos que parasitam 
diversas espécies animais 
agente etiológico (homem): cimex lectularius e 
cimex hemipterus 
colonizam-se em fendas e buracos de móveis 
(camas e colchões) 
hábitos noturnos sugam o homem 
urtica muito pruriginosa no local da picada 
podem ocorrer lesões a distância, por 
sensibilização 
tratamento: corticoide tópico e anti-
histamínicos 
 
 
 
 
pulíase 
dermatose por Siphonaptera 
dermatose causada por Siphonaptera (pulgas) 
Pulex irritans: 
✓espécie de maior importância 
✓principal hospedeiro: homem 
✓pode também ser encontrada em outros 
animais (cão, gato, porco, etc) 
aloja-se nas roupas, tapetes, cortinas, mobiliário 
e animais domésticos 
urtica no local da picada 
podem ocorrer lesões a distância 
crianças susceptíveis: prurigo agudo infantil 
(estrófulo) e prurigo de hebra 
tratamento: corticoide tópico e anti-histamínico 
 
 
tungíase 
dermatose por Siphonaptera 
dermatose causada por Siphonaptera (pulgas) 
comumente conhecida como bicho-de-pé 
Tunga penetrans: 
✓hematófagos: macho: após alimentar-se 
abandona o hospedeiro 
fêmea fecundada: Penetra na 
pele expelindo os ovos 
✓habita lugares secos e arenosos 
✓encontrada, principalmente, nas zonas rurais 
(chiqueiros e currais) 
✓hospedeiros habituais: Homem e porco 
discreto prurido sensação dolorosa 
pápula amarelada com ponto escuro central 
localizam-se, geralmente, ao redor das unhas 
dos dedos dos pés e nas plantas 
 
tratamento: 
✓remoção da pulga com agulha estéril e 
desinfecção com antissépticos locais 
✓destruição das pulgas com eletrocautério 
✓infestações intensas: ivermectina ou tiabendazol 
profilaxia: 
✓uso de calçados em áreas suspeitas e 
eliminação das fontes de infestação 
 
larva migrans 
dermatose por helmintos 
bicho-geográfico ou bicho-de-praia 
afecção frequente 
agentes etiológicos: 
✓Ancylostoma brasilienses (parasita normal do 
cão e gato) 
✓Ancylostoma caninum (eventualmente) 
ovos na areia ou terreno arenoso → calor e 
umidade → larvas infestantes 
penetração da larva na pele → trajeto linear e 
sinuoso → erupção saliente com pápula na 
porção terminal → a larva fica localizada na 
pápula 
 
prurido moderado a intenso 
tratamento: 
✓droga de eleição: albendazol 400 mg, dose 
única 
✓infestação resistente ou intensa: repetir o 
medicamento após 24 e 48 horas 
✓ivermectina, dose única 
✓infestação mínima (1 ou 2 larvas): pomada de 
tiabendazol 5% 
 
cisticercose 
dermatose por helmintos 
cisticercose cutânea (Cysticercus cellulosae 
cutis) 
agentes etiológicos: Taenia solium e Taenia 
saginataocorre, geralmente, pela ingestão de ovos da 
tênia em água, hortaliças ou frutos contaminados 
nódulos subcutâneos, duros, bem delimitados 
podem persistir por meses ou anos sem 
alteração 
é importante por indicar a possibilidade da 
localização em outros órgãos, especialmente no 
sistema nervoso 
diagnóstico: exame histopatológico 
tratamento: 
✓exérese 
✓praziquantel 
✓albendazol

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