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Trabalho filosofia da educação- Alexandre

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA/ LICENCITATURA EM: MATEMÁTICA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): VIVIANE CRISTINA SILVA VAZ
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: DOCENTE X RELAÇÕES DE APRENDIZADO
 ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: ALEXANDRE AUGUSTO DA SILVA PRINA
 DATA: 07/04/2019
No dia 05/04/2019 entrevistei e acompanhei a rotina da professora Priscilla Dália Santiago Alves, licenciada na área de Ciências Biológicas pela Faculdade Técnica Educacional Souza Marques, no colégio Vasco da Gama, localizado dentro do estádio São Januário, em São Cristóvão. 
A docente me informou que o ato de ensinar é muito mais que repassar um conhecimento, é ampliar a visão de problemáticas que muitas vezes não são notáveis e significativas nas observações do dia-dia. É saber ouvir o ouvinte (no caso, os discentes) e complementar aquele argumento com situações reais e próximas do cotidiano.
Afirmou que as escolhas dos procedimentos de ensino ocorrem com uma metodologia padrão: Há um material disponível para as aulas, seguindo todo um cronograma, com avaliações feitas por bimestre, porém a mesma garantiu que prefere intercalar com aulas lúdicas ou multidisciplinares, pois garante maior eficiência para o conhecimento estudado, sendo comprovado por outras atividades realizadas em instituições diferentes e com poderes aquisitivos bem distintos.
Alegou que se baseia principalmente nos princípios do filósofo e educador Paulo Freire, acreditando que para aprender não há idade, hora, nem local ou poder aquisitivo porque o conhecimento está muito além do dinheiro e da posição na classe social. O ensino vem da capacidade e interesse de cada um de nós, cabendo a cada indivíduo saber o tempo certo de aprimorar o estudo. Além do mais, a professora Priscilla ainda trabalhou o questionamento da aprovação automática ou algo similar. Ela disse: “Não basta só “passar” de ano, ser aprovado direto, o foco maior do meu trabalho é fazer com que eles (alunos) entendam como as situações ocorrem e de que maneira conseguem colocar esse aprendizagem na rotina diária, a utilidade dela”.
Conforme observado, os conflitos foram e são muito constantes. Iniciou-se desde o momento em que a mesma foi contratada após o início do ano letivo 2019, no qual ocorreu a troca do corpo docente na instituição e a professora anterior tinha uma rejeição elevada pelas turmas trabalhadas. Num momento posterior, para obter uma boa aprovação pelos discentes, precisou-se usar uns termos “mágicos”: liberar a turma dez minutos mais cedo na hora do intervalo ou na hora da saída, trabalho valendo ponto, alegar que a prova será fácil, com questões objetivas e outros termos. Outra problemática também perceptível é a falta de material didática para os alunos, isso faz com que os professores como um todo tenham os conteúdos atrasados pelo fato de necessitar copiar o assunto da aula no quadro. Como em muitas instituições, ocorre atraso no pagamento do corpo acadêmico e sem querer, isso é reflito na disposição para dar aula. Somado à isso, já ocorreu casos de ameaças para o professor em forma de brincadeira e isso foi resolvido da forma mais simples: a abordagem em conversa. Esse fato ocorreu de forma isolada, porém se persistir será tomada outra atitude, a conversa com a coordenação pedagógica.
Por ter sido uma entrevistada integrante do colégio que é ligado ao futebol, que têm uma forte atuação no esporte na vida dos meninos e adolescentes da unidade. O foco é observar os profissionais, sonhar com patrocínio, empresário, ficar rico, família incentivando e ao mesmo tempo cobrando isso e desfocando do principal e básico, que é a educação. Como acompanhei a sexta- feira pré jogo do clássico Bangu X Vasco, jogo ocorrido em 07/04/2019, o assunto para o final de semana era o campeonato carioca e o próximo evento datado para uma semana antes do feriado prolongado (sexta- feira santa com São Jorge).
A partir dessas observações e relatos foi detectado que o esforço e a metodologia para atrair a atenção dos discentes é dobrado, porque é necessário ir contra o ritmo de vida do aluno em casa e tentar desligá-lo do treino e do esporte para que o mesmo consiga pensar em um plano B, uma segunda alternativa, confirmando mais o desafio de ser educador, mas apresentando a importância e reforçando o poder do conhecimento, pois muitos dos argumentos trazidos pelos discentes são estimulados e resolvidos pelos professores.

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