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Primeira Tópica Freudiana

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RESENHA – PRIMEIRA TÓPICA FREUDIANA
A tópica do capitulo VII refere-se aos vários modos e graus de distribuição do desejo, sendo que os lugares aos quais ele se refere são lugares metafóricos e não são lugares anatômicos. Freud exclui qualquer possibilidade de vermos esses “lugares”, como sendo anatômicos, físicos ou neurológicos. Essa teoria dos lugares psíquicos foi sugerida pelo contexto cientifico da época, que tentava, a todo custo, encontrar lugares anatômicos para os distúrbios mentais e para os fenômenos psíquicos normais. A tópica freudiana escapa a esse tipo de empreendimento, já que os lugares de que ele trata não são lugares físicos, não podem ser localizados anatomicamente e não possuem nenhuma realidade ontológica. 
O núcleo essencial do texto pertence sendo, porém, o que ficou conhecido como constituindo a 1° tópica freudiana, isto é, a concepção do aparelho psíquico formado por instâncias ou sistemas. Freud nomeou aparelho psíquico como uma organização psíquica e ela é dividida em sistemas ou instâncias que tem funções especificas, mas, que estão interligas entre si. Freud dividiu essas instâncias em: pré-consciente, consciente e inconsciente. Juntas essas instâncias trabalham nas ações e reações a serem desempenhados na mente. 
A teoria freudiana é dividida em primeira tópica e segunda tópica. Na primeira tópica, Freud dividiu a mente em pré-consciente, consciente e inconsciente. E a segunda tópica abrange o id, ego e superego. 
Esse aparelho psíquico é composto por três sistemas. Então, o sistema consciente tem a função de receber informações que são provenientes das excitações do exterior e do interior, e essas informações ficam registradas de forma qualitativas, de acordo com o prazer ou desprazer que essas informações causam. Porém, o consciente, não retém esses registros, ou seja, não absorve como sendo um depósito desses registros. 
O sistema pré-consciente é articulado com o sistema inconsciente e tal, aparece como sendo um projeto. Ele aparece esboçado como uma barreira de contato. Ele funciona como uma espécie de peneira que vai selecionar o que pode e o que não pode passar para o consciente. 
Nesta primeira tópica, o inconsciente é visto como a parte primária do aparelho psíquico. Ou seja, o sistema inconsciente opera segundo as leis dos processos primários. 
O inconsciente rege a primeira tópica freudiana; ele vem a ser o conteúdo ausente da consciência. Esse conteúdo ausente é o centro da teoria psicanalítica. 
Freud diz que o inconsciente é um sistema psíquico autônomo que está regido por leis próprias que fogem aos entendimentos da racionalização consciente. Se um evento parece espontaneamente, isto se deve aos elos entre os eventos e pensamentos anteriores ocultos no inconsciente. Exemplo: muitas vezes determinadas atitudes e depois nos questionamos do porque termos feito aquilo e não encontramos razões e por quês. Mas, aquele ato está ligado a um elo com pensamentos anteriores que estão no inconsciente. Ou seja, fogem totalmente aos entendimentos da racionalização consciente.
Na primeira tópica o inconsciente é a instância psíquica constituída por representantes pulsionais recalcados. Ele é fortemente investido pela energia pulsional e por desejos da infância. No inconsciente também é regido o princípio do prazer, e a libido, entendida como a descarga energética como forma de encontrar satisfação e prazer. O inconsciente não apresenta uma “lógica racional”, não existe modo, tempo, espaço e causalidade no inconsciente.

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