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Estratégia de Marketing na era digital 06

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AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA DE MARKETING 
NA ERA DIGITAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Juliana Machado de Sousa 
 
 
02 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Estamos na reta final, já acabando a disciplina, então, respire! Agora 
é que vem elas: as métricas! Elas fazem parte de um contexto muito importante 
no trabalho de gestores e profissionais de marketing digital, pois visam a 
acompanhar e avaliar resultados para corrigir rumos caso necessário. Nenhuma 
estratégia é livre de equívocos, mas corrigir rapidamente é vital! 
As métricas servem não apenas para avaliar se o que foi traçado versus 
planejado está de fato acontecendo (e como está acontecendo), mas como 
também para acompanhar se cada etapa do plano está sendo alcançada. Dessa 
forma, pequenas correções poderão ser feitas a fim de colocar o plano novamente 
no prumo caso algo não tenha saído exatamente conforme planejado. Esse é um 
tópico muito importante do marketing digital, apesar de ser o último desta 
disciplina. Fique atento, falta pouco para terminarmos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Medir coisas sempre fez parte de nossas vidas. Quem vive, mede. Mede 
para saber o que fazer, o que é melhor para determinado caso e as vezes para 
descobrir o que realmente importa. Para introduzir o tema da aula de hoje, leia e 
reflita sobre o texto "Medições Fabulosas: A Lebre e o Jabuti", de Montini, 
publicado no site Almanaque do IPEM-SP, disponível em: 
<https://ipemsp.wordpress.com/2015/01/21/medicoes-fabulosas-a-lebre-e-o-
jabuti/>. 
E aí, o que achou? Onde estariam as métricas nessa fábula? O que eles 
pretendiam medir? Você concorda com a escolha? O que a moral da história fala 
sobre as métricas escolhidas na fábula? 
TEMA 1 – CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
Apesar da importância que o marketing (digital ou não) tem para os 
negócios, existe uma dificuldade na hora de mensurar o resultado de seus 
esforços. A maioria dos profissionais não têm experiência no assunto e acaba por 
levar em consideração modelos e itens não muito adequados na hora de trazer 
números que legitimem a eficácia das ações. 
 
 
 
03 
1.1 Conceito 
O marketing é muito mais que comunicação ou publicidade; é algo mais 
amplo, estratégico e contextual. Envolve criatividade e comunicação, mas também 
pesquisa, estatísticas, cálculos de precificação, ROI, entre outros. Para saber se 
qualquer estratégia funciona, é preciso mensurá-la, ou seja, apresentar uma 
medida para comparação entre o que foi objetivado e o alcançado. 
Um dos maiores obstáculos de analistas, gestores e diretores de marketing 
(pelo menos antes da Era Digital) era conseguir apoio para colocar em prática 
suas ideias e estratégias porque raramente conseguiam apresentar em números 
os resultados de campanhas. O retorno sempre foi algo medido de forma meio 
“capenga”, assim, sem muita certeza. “Nossa campanha foi um sucesso, muita 
gente comentando” diziam uns, “muitas pessoas foram as lojas ver o produto”, 
diriam outros, e coisas do tipo. Mas, na prática, não se sabia se as vendas eram 
mesmo fruto da campanha ou se os que foram às lojas, e compraram, o fizeram 
porque foram impactados pela campanha ou se era por outras razões. Veremos 
mais adiante que essas justificativas eram as avós do que chamamos de métricas 
de vaidade. Você vai entender mais a diante. 
Com isso, vamos direto ao assunto: você deve entender que não basta 
apenas ter ferramentas excelentes, conhecer o usuário e desenhar estratégias 
lindas, alinhadas com tudo isso. É preciso saber medir, mensurar os resultados 
porque a partir deles é que a equipe, os gestores ou quem quer que seja 
interessado direto, poderá comemorar, reforçar, reestruturar, mudar ou fortalecer 
as estratégias traçadas. É como diz o ditado: “O que não é medido não pode ser 
melhorado”. É sobre isso que tratam as métricas; são parâmetros para medir 
desempenho. Conforme Paul Farris et al., (2010): “Métrica é um sistema de 
mensuração que quantifica uma tendência, dinâmica ou característica. Usam-se 
métricas para explicar fenômenos, diagnosticar causas, compartilhar descobertas 
e projetar resultados de eventos futuros. Facilitam a compreensão e a 
colaboração”. 
1.2 Por que são necessárias as métricas? 
Os gestores precisam saber quantificar oportunidades e ameaças aos negócios, 
saber justificar riscos e benefícios que possam ser fruto de estratégias 
previamente traçadas ou de resultados já alcançados. Saber avaliar planos, 
 
 
04 
explicar variâncias, julgar desempenho e identificar pontos que possam ser 
alavancados e/ ou aperfeiçoados. Tudo isso em termos numéricos. Em síntese, 
exigem métricas. “Se você não pode medir, não consegue gerenciar” (Peter 
Drucker) 
TEMA 2 – VISÃO GERAL DE MÉTRICAS NO CONTEXTO ATUAL DE NEGÓCIOS 
O marketing de hoje é mais tecnológico do que sempre foi. Há algumas 
décadas, produtos e serviços não muito bons vendiam muito, pois a demanda era 
maior que a oferta. Ocorre que, nos dias atuais, com a tecnologia e disseminação 
de informação, os internautas têm acesso à uma série de produtos e serviços que 
antes não tinham. Assim, o lucro das empresas é menor e elas têm que correr 
atrás dos clientes. Na Era Digital, a rede é ilimitada, sendo o principal canal de 
contato e venda. Num universo de ferramentas e estratégias, o desafio é saber 
“ler” os resultados para saber o que fazer: estourar uma champanhe ou chorar. As 
fórmulas que davam certo há 30, 20 anos (anúncio na revista de maior circulação 
no país, por exemplo), já não funcionam mais. 
2.1 Web analítica 
Com tantas mudanças e novos cenários, as métricas ganharam destaque. 
Isso porque plataformas como o Google Analytics que trazem uma ampla gama 
de informações oriundas de páginas digitais, permitem uma análise completa do 
cenário em questão. Em virtude disso, pode-se dizer que estamos vivendo uma 
fase da web analítica, aquela cujos dados que traz podem e devem ser analisados. 
É a única forma de manter ações e negócios na rede. O assunto é extenso e as 
ferramentas são muitas. Trouxe para vocês alguns (além do Google Analytics) 
exemplos e para que servem: 
 <www.sitespect.com>: para análise de testes A/B1; 
 <www.vertster.com>: semelhante ao Google Analytics; 
 <www.visualwebsiteoptimizer.com>: ferramenta para avaliação de blogs, 
de sites, testes A/B e aumento de conversão; 
 <www.google.com/wensiteoptimizer>: ferramenta para mensurar 
desenvolvimento de versões diferentes de botões, sites, páginas etc.; 
 
1 Um teste A/B consiste em apresentar versões da mesma página, com variações pequenas, de 
modo aleatório para os visitantes para então medir qual delas apresentou um resultado melhor. 
 
 
05 
 <www.clicktale.com>: ferramenta de heat map (ou mapa de calor; para 
visualizar áreas mais clicadas numa página). Avaliação de movimento do 
mouse (como usuário busca, pesquisa, o que procura), locais de nos quais 
os usuários clicam; ferramenta excelente para entender o comportamento 
do usuário e suas interações com o site. 
2.2 Mensuração: possibilidades e planejamento 
Como dito, no meio digital as possibilidades em termos de ferramentas, 
estratégias, ações e também formas de as mensurar são inúmeras. Empresas, 
negócios, pessoas e instituições contam com um arsenal amplo de possibilidades, 
basta saber o que existe e como aplicar. 
Em se tratando de medidas, é possível, por meio da internet, medir dentre 
duas opções de nome para livros qual a mais adequada e que agrada ao público-
alvo: por meio de uma campanha de links patrocinados, dá para descobrir a que 
mais chamou atenção do público. Se você precisa melhorar o tráfego de sua 
página e melhorar a reciprocidade de anúncios no Facebook, experimente 
segmentar utilizando palavras-chave da concorrência e meça se há aumento de 
comentários e interações. O que se observa é que tudo podeser medido, é preciso 
apenas paciência e tempo para coletar dados, pesquisar e fazer testes, muitos 
testes. 
Agora, temos que levar em consideração que tão importante quanto ter 
como medir é preciso saber o que se quer medir e como se vai medir. A definição 
de quais métricas utilizar é de suma importância para o sucesso de qualquer ação 
de medição. Não se pode, por exemplo, medir peso por meio da velocidade e vice-
versa. Por essa razão, para definir quais métricas são importantes, alguns pontos 
devem ser previamente definidos: 
 O que será testado/ avaliado? 
 Qual métrica será utilizada? 
 Qual ferramenta/ plataforma de mensuração fará o trabalho? 
 Qual o período do teste? 
 Quem serão os responsáveis pela coleta e leitura de dados? 
Como vivemos em tempos de redes sociais, um destaque tem que ser dado 
à forma como podemos medir ações a partir deste recurso tão popular. Existem 
basicamente três formas de mensurar resultados nas redes sociais: engajamento 
 
 
06 
dos usuários, “buzz” ou barulho e a conversão. Quanto aos demais meios (e-
mail, conteúdo, blogs, buscadores), cito as métricas correspondentes no Tema 4 
– métricas que importam. 
O engajamento fala do nível de relacionamento que foi estabelecido com 
os usuários; um nível alto de engajamento é muito bom; é a parte mais estreita do 
funil de relacionamento, no qual já se estabelece certa confiança, reciprocidade, 
recorrência e até defesa da marca, produto ou negócio. 
O buzz, é o nível de barulho, o burburinho gerado em torno de uma ação, 
campanha. Quanto maior o buzz, melhor. Exceto em casos nos quais o barulho 
se deve a comentários negativos, ações desastradas ou campanhas equivocadas 
que queimam as marcas. 
A conversão é uma métrica que aponta o quanto das interações estão 
sendo convertidas em vendas (o mais desejável), cadastros, downloads e 
compartilhamento de links. 
Saber o que e como medir é muito importante, como já vimos. Passar por 
cima dessa tarefa ou fazer vistas grossas não é nada benéfico para as ações 
digitais. Quem não gosta de números e cálculos precisará repensar seus 
conceitos e se aproximar das exatas, de outra forma, correrá o risco de incorrer 
em erros, como buscar alternativas inválidas para justificar ações e campanhas. 
É sobre isso que trata o tópico a seguir. 
TEMA 3 – MUNDO DIGITAL: MÉTRICAS DE VAIDADE 
Já comentei anteriormente aqui sobre a importância de se mensurar as 
ações feitas em marketing digital. No entanto, quando se fala em redes sociais 
especialmente, as formas de mensuração são inúmeras, pois inúmeras são as 
estratégias possíveis, visto que depende do tipo de negócio, objetivos e propósitos 
de cada entidade. Além disso, existem diversos indicadores, recursos de 
ferramentas muito boas, como o Google Adwords (por exemplo) que são 
desconhecidos até mesmo dos profissionais. 
Por desconhecimento, “miopia” e/ ou falta de gestores trabalhando em 
conjunto com programadores, designers, agências e outros, é que muitas vezes 
as métricas escolhidas para “falar” do negócio não são adequadas. Falam sobre 
o que não se quer saber, significam pouco em termos de resultados, levam o nada 
a lugar algum. Mas acabam sendo “bonitinhas”, e distraem os gestores 
desavisados... são as métricas de vaidade: não importam, mas inflam o ego! 
http://marketingdeconteudo.com/marketing-digital
http://marketingdeconteudo.com/marketing-digital
 
 
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Assim, precisamos dar uma olhadinha nelas, pois estão aí, rondando o dia 
a dia de todos os profissionais. Elas não são indesejadas nem perigosas, apenas 
não servem como a bússola que todas métrica têm o propósito de ser. Antes de 
vermos as que interessa, vamos dar uma passadinha nelas para vocês depois 
saberem separar o joio do trigo. 
3.1 Conceito 
São aquelas informações que na prática não ajudam na tomada de 
decisões, pois seus dados não são relevantes em relação ao que se pretende 
alcançar. Por exemplo: se eu quero vendas, por que dar demasiada importância 
a “likes”? Isto não quer dizer que são métricas que você deva ignorar, mas 
apenas que não são as que refletirão o quão perto ou longe uma entidade está de 
alcançar deus objetivos. 
Com a alavancagem das redes sociais, muitas entidades (empresas, 
marcas, pessoas, instituições) decidiram investir na gestão e presença nas redes. 
Ocorre que, não adianta simplesmente criar uma página de site ou patrocinar 
anúncios sem um objetivo claro. No Google Adwords é possível criar campanhas 
e monitorar os resultados. No entanto, há que se saber quais métricas 
acompanhar, interpretá-las e (o mais importante) saber que ações tomar para 
fortalecer bons resultados e mitigar fracassos. Aí sim você estará utilizando 
ferramentas e métricas da maneira certa, ou seja, extraindo o melhor delas. 
3.2 Métricas de vaidade: quais são? 
A seguir, as nossas “vilãs do bem”; do bem porque não fazem mal, mas vilãs 
porque roubam nossa atenção e nos levam a lugar algum: Likes, downloads de 
apps, cliques, compartilhamentos, taxa de rejeição, seguidores, pageviews 
ou visualizações da página. 
3.2.1 Likes 
Quando surge a pergunta “como estão as campanhas no Facebook?”, uma 
resposta comum é: “Vai muito bem! Alcançamos “x” likes”. Ok, ótimo! Mas o que 
é possível fazer com essa informação? O que ela diz realmente sobre o negócio? 
É possível que um internauta tenha dado um like por ter gostado do título, ou da 
imagem colocada junto, e só. Não é o tipo de informação que conduza à alguma 
conclusão e, consequentemente, à uma tomada de decisão. Um like é apenas um 
 
 
08 
like. Ele pode ser um primeiro passo rumo a uma relação que poderá ser 
estabelecida no futuro, depois do internauta ter passado por alguns níveis do funil 
de relacionamento, que vai desde a simples curiosidade até a compra, cadastro, 
efetivo. Mas trata-se de hipóteses, de algo que só poderá ser visto em longo prazo. 
Até aqui não quer dizer nada. E pensar que tem entidade que paga para ter likes!2 
3.2.2 Downloads de apps 
Se você possui um Aplicativo (App), é muito importante que as pessoas 
façam o download dele! Porém, é preciso entender melhor o quão relacionado 
com faturamento e usuários pagos esse número significa. Tão importante quanto 
baixar é literalmente usar o aplicativo. Mas como saber se quem baixa vai 
necessariamente usar e, se usar, quanto vai consumir, se vai consumir... a partir 
dessa métrica não tem como saber. Logo, não parece tratar de uma métrica 
confiável, não? 
O download de Apps gera um custo transacional para empresas e muitas 
vezes a taxa de desinstalação está acabando com esse número. Para quem ainda 
está criando o App ou o lançou há pouco tempo no mercado, o número de 
downloads é com certeza bem importante. Mas, em longo prazo, observe a citada 
taxa de desinstalações, downloads x cadastros de usuários e dos usuários 
pagantes do seu App. Se a entidade obtém poucos downloads, mas muitos 
cadastros, poucas desinstalações e os usuários fazem uso das funções pagas 
deles, este é um bom sinal de início. À medida em que o negócio amadurece, 
outras métricas deverão ser levadas em consideração. 
3.2.3 Cliques 
Outra métrica que frequentemente soa interessante e válida, mas pode ser 
mera vaidade é a taxa de cliques. É interessante para saber se você está 
conseguindo levar os usuários até o site, página, blog, anúncio, ou o que quer que 
seja. Mas sem ter um objetivo claro bem definido por trás da métrica é um 
número vazio. Pode-se conseguir muitos cliques, mas se houver uma baixa taxa 
de conversão3 ou tempo de permanência na página, é preciso reavaliar para qual 
 
2 Uma importante observação: existem casos em que a compra de likes pode ser válida: quando 
um negócio/página estiver iniciando e ninguém conhece a pessoa ou o negócio – ter muitos likes 
dá legitimidade e passa uma imagem positiva: “se muita gente gosta, deveter algo de bom”. Mas 
é uma estratégia inicial para alavancar popularidade; Como métrica, insisto, não diz muita coisa. 
3 Depende do negócio: Pode ser vendas (e-commerce), cadastro (para geração de base de dados 
para e-mail marketing), comentário (serviços: dá legitimidade, gera buzz). 
http://marketingdeconteudo.com/como-criar-um-blog/
http://marketingdeconteudo.com/fundo-de-funil/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://marketingdeconteudo.com/fundo-de-funil/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
 
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página o visitante está sendo levado, e se ela está alinhada com a expectativa da 
chamada. São os riscos, por exemplo, de se utilizar os “clickbaits”4 – chamadas 
atraentes, que prometem algo relevante ao usuário, mas na verdade só visam a 
atrair cliques. Pode ser um tiro no pé. 
3.2.4 Compartilhamentos 
O número de compartilhamentos de uma página ou conteúdo não diz 
necessariamente algo quanto ao sucesso de uma estratégia (pelo menos 
imediatamente). O compartilhamento dos conteúdos leva mais tráfego para o site, 
porém, uma vez conquistado esse tráfego, é preciso desenvolver um trabalho de 
captação da atenção do usuário a fim de que percorra todo o caminho do funil de 
vendas, o que significa conversão. Isso será possível, se depois do 
compartilhamento (que demonstra interesse no conteúdo), forem desenvolvidas 
estratégias de relacionamento e engajamento que deverão, sim, ser mensuradas. 
3.2.5 Taxa de rejeição 
A taxa de rejeição significa quantos usuários abandonam sua página antes 
de cumprir certos requisitos do Google, para que ela não seja considerada como 
rejeitada pelo usuário. Alguns requisitos levam em consideração o tempo gasto 
navegando em cada página, se houve interação, se foi feito algum 
compartilhamento ou visitas a links. Evidentemente, se a página for mais antiga, 
conhecida e trafegada, elas poderão naturalmente apresentar taxas maiores de 
rejeição. No entanto, observe: é uma taxa construída a partir de requisitos 
externos e que depende do tráfego. Isso quer dizer que não necessariamente a 
rejeição maior determinada pelo Google seja uma rejeição real ou que deva servir 
como único parâmetro. Por exemplo: se a página “Fale conosco” tiver poucas 
interações o Google pode entender como rejeição, mas isso pode significar na 
prática que os produtos estão “redondos”, ou sejam, têm qualidade, serviços bem 
prestados, com a cadeia logística organizada e eficiente. Assim, não há 
necessidade para muitos clientes de entrar em contato com a empresa e o que 
seria algo considerado negativo (rejeição) na verdade reflete algo positivo. 
 
4 Ou caça-clique é um termo pejorativo que se refere a conteúdo da internet que é destinado à 
geração de receita de publicidade on-line, normalmente às custas da qualidade e da precisão da 
informação, por meio de manchetes sensacionalistas e/ou imagens em miniatura chamativas para 
atrair cliques e incentivar o compartilhamento do material pelas redes sociais. Fonte: Wikipedia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Publicidade_online
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manchete
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thumbnail
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social_virtual
 
 
010 
3.2.6 Seguidores 
Em qualquer rede social, seja Facebook, Twitter ou Instagram, o número 
de pessoas que acompanham a página quer dizer algo próximo de nada, 
enquanto métrica de negócios. Ter muitos seguidores ou fãs nas redes sociais é 
interessante, mas não está diretamente relacionado ao sucesso de uma empresa, 
marca ou personalidade. A pessoa pode seguir e não interagir. Quem não faz 
isso? De todas as pessoas, empresas e marcas que você segue nas redes sociais, 
você interage e converte com todas? 
3.2.7 Pageviews, ou “visualizações da página” 
O número de visualizações de uma página é uma métrica que não diz nada 
a respeito da evolução do site ou blog. Ao contrário de visitantes únicos, esse 
dado do Google Analytics pode estar equivocado e mesmo que fosse 100% 
correto nada pode ser decidido a partir dele. Um site pode ter 30.000 visualizações 
e 300 visitantes, ou 15.000 visualizações de 15.000 visitantes. São cenários 
diferentes que exigem atitudes diferentes. Existem outras métricas que podemos 
considerar como de vaidade, porém, esses exemplos já são suficientes para você 
entender “o espírito da coisa”. Basta sempre considerar a regra: se não ajuda a 
tomar uma decisão de negócios, talvez não seja a principal métrica a ser 
acompanhada! 
TEMA 4 – MUNDO DIGITAL: MÉTRICAS QUE IMPORTAM 
4.1 Contexto 
Para que guardem melhor as métricas e compreendam seu contexto, 
apresento-as divididas em: Métricas de receita e vendas, Métricas de 
campanhas pagas, Métricas de marketing de conteúdo, Métricas de e-mail 
marketing. 
 Métricas de receita e vendas 
1. Retorno sobre investimento (ROI): Mostra qual foi o retorno sobre o valor 
investido. 
Fórmula 1 – ROI 
 
 
011 
ROI = Receita obtida – valor investido / valor investido 
2. Custo de aquisição por cliente (CAC): Quanto a empresa gasta para 
conquistar um consumidor, seja para um serviço ou produto. 
Fórmula 2 – CAC 
CAC = Despesas + investimentos em marketing e vendas* / Número de novos 
clientes em um período 
*Inclua todos os custos envolvidos: investimentos em mídia, campanhas, vendas, salários etc. 
3. Ticket médio: Explicita o valor que cada cliente gasta, em média, nos 
serviços ou produtos da empresa. 
Fórmula 3 – Ticket médio 
Ticket médio mensal = Receita do mês/ Número de clientes do mês 
Se o ticket médio estiver baixo, implemente estratégias para aumentá-lo, 
fazendo upselling e crosselling. Naquele, são ofertados produtos/ serviços/ 
vantagens adicionais (combo); neste, ocorre uma “venda casada”: determinado 
produto/ serviço é complementado, alavancado, melhorado com adição de outros 
itens. 
4. Valor do tempo de vida do cliente (Lifetime Value ou LTV): Boa métrica para 
empresas de serviços recorrentes (assinaturas ou contratos), pois há 
dificuldade em saber se um cliente realmente está gerando lucro. O valor 
do tempo de vida do cliente ou Lifetime Value permite identificar o 
potencial de lucro de cada consumidor, fornecendo uma previsão de 
rendimentos. 
Fórmula 4 – LVT 
LTV = Ticket médio mensal x Tempo médio de retenção de cada cliente 
O ideal é que o valor do LTV seja pelo menos três vezes maior do que o 
CAC. 
 Métricas de campanhas pagas 
5. Taxa de Cliques (Click-through-rate ou CTR): A taxa de cliques diz respeito 
à real efetividade dos anúncios. CTR é utilizado em forma de porcentagem, 
seguindo a fórmula: 
 
http://marketingdeconteudo.com/glossario-inbound-sales/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
 
012 
Fórmula 5 – CTR 
CTR (%) = (Número de cliques no anúncio/ Número de impressões) x 100 
a. Custo por clique (CPC): Métrica utilizada em campanhas pagas por meio 
da qual é possível determinar o investimento feito para que cada internauta 
chegue à determinada página do site, como uma landing page, por 
exemplo. Ela serve também para avaliar quais versões dos anúncios estão 
apresentando uma melhor performance e quais devem ser descartadas. 
Fórmula 6 – CPC 
CPC = Custo da campanha / Número de cliques obtidos 
6. Custo por Lead5 (CPL): Nem todas as estratégias de marketing digital 
buscam gerar leads. No entanto, em muitos negócios há a necessidade 
de se nutrir a relação entre entidade x internauta. Assim, conhecer o custo 
por lead é fundamental. Se o CPL for alto, é preciso que o ticket médio por 
cliente seja ainda maior. Portanto, esse é um número para ficar 
atento. Quanto mais baixo, melhor. 
Fórmula 7 – CPL 
CPL = Investimento total na campanha / Número de leads gerados 
 Métricas de marketing de conteúdo 
7. Taxa de conversão:6 Proporção entre o número de visitantes que se tornam 
clientes ou realizam uma ação considerada valiosa (fim) para a entidade. 
O cálculo dataxa de conversão depende do objetivo estipulado. Em geral, 
consiste na razão entre o número de visitas em uma página e o número de 
visitantes que de fato tomaram a ação desejada. 
 
5 Leads podem ser definidos como pessoas (ou empresas) que entraram em contato com sua 
empresa e têm potencial para se tornarem clientes. Ou seja, lead é uma oportunidade de negócio 
que deve ser captada e cultivada para dar retornos efetivos. Fonte: https://endeavor.org.br/leads/. 
6 Quando o usuário cumpre determinada ação que tenha um valor mensurável e importante para 
o negócio, ou seja, é uma oportunidade e o caminho para o que todos buscam no mercado: 
assinatura de newsletter, cadastro em uma promoção, download de um e-book, uso de versão 
teste de produtos e compra. 
 
https://marketingdeconteudo.com/como-fazer-um-fluxo-de-nutricao/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
 
013 
8. Visitas únicas: Essa métrica mostra a quantidade exata de usuários que 
visitam seu site, pois não contam as duplicidades de visita. É um número 
fundamental de ser monitorado, pois também permite saber a porcentagem 
de visitantes que retornam à uma página. Em geral, quanto mais pessoas 
estiverem retornando, melhor. Ainda assim, é importante manter um certo 
equilíbrio. 
9. Tempo gasto no site: Explicita o tempo médio que cada usuário gasta em 
uma página/ site. A partir desses números, é possível descobrir e corrigir 
problemas que estejam afastando os visitantes ou impedindo-os de passar 
mais tempo no site. 
 Métricas de e-mail marketing 
10. Taxa de abertura de e-mail: A taxa de abertura revela a quantidade de 
pessoas de determinada lista que abriram um e-mail disparado. Para 
manter as taxas altas, o primeiro passo é escrever bons assuntos de e-
mail. A partir dessa métrica você pode analisar que tipo de assunto mais 
atrai sua audiência. Além disso, fazer uma limpeza periódica da lista 
também ajuda. 
11. Taxa de cliques em e-mail: O nome já diz tudo. A partir dessa métrica é 
possível testar diferentes formatações para ver qual surte mais efeito. Por 
exemplo: inserir uma maior quantidade de links ao longo da mensagem; 
incluir um botão colorido com um call-to-action (CTA); colocar imagens 
com links no corpo do e-mail; e assim por diante. 
Depois de conhecer as métricas de marketing digital mais utilizadas, é 
preciso pôr a mão na massa. Esse é um processo indispensável na gestão digital 
e que faz toda diferença. Quem costuma mensurar, acaba extraindo insights e 
oportunidades que podem ser valiosas. Com a prática, as ideias e percepções são 
geradas mais rapidamente, estabelecendo resultados em menos tempo, utilizando 
menos recursos. Vale a pena, acredite! 
FINALIZANDO 
Infelizmente, chegamos ao fim da nossa disciplina de Estratégia de 
Marketing na Era Digital! Foi um prazer imenso poder compartilhar com vocês um 
pouco do que sei e receber tantos feedbacks ao longo do curso. Como disse em 
alguns momentos no decorrer das aulas, em especial na parte de estratégias, o 
https://marketingdeconteudo.com/o-que-e-cta/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
 
 
014 
conteúdo foi aqui apresentado a partir de um ponto de vista estratégico, ou seja, 
amplo e não detalhado. Isso porque para abarcarmos tudo do marketing digital, 
seria necessário pelo menos um ano inteiro de forma intensiva! 
O objetivo foi dar a você uma visão geral do que é o marketing digital, sua 
importância, onde ele se encaixa e o que pode fazer pelos negócios. Com este 
entendimento agora, você, que for atuar na área, deve continuar persistindo, 
estudando, especializando-se e, principalmente, praticando muito, pois a cada dia 
uma novidade surge. Esperamos ter ajudado a dar o pontapé inicial para esse 
mundo digital (novo para alguns, nem tanto para outros) e desejo que você siga em 
frente com muito sucesso nas escolhas que fizer. Conte conosco. Um grande 
abraço! 
 
 
015 
REFERÊNCIAS 
ADOLPHO, C. Os 8 Ps do marketing digital. 8. ed. São Paula: Novatec, 2017. 
E-TALKS – Métricas nas Mídias Sociais. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=aDJNcTbHa4Q>. Acesso em: 27 jan. 2018. 
FARRIS, P. et al. Métricas de marketing. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 
KOTLER, P. et al. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. 1. ed. São Paulo: 
Sextante, 2017. 
O QUE é conversão? Nova Escola de Marketing. Disponível em: 
<https://novaescolademarketing.com.br/marketing-de-conteudo/marketing-digital-
o-que-e-conversao/>. Acesso em: 27 jan. 2018. 
TURCHI, S. Estratégias de Marketing Digital e e-commerce. 1. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012.

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