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Estudo dirigido uveíte

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Estudo dirigido sobre inflamação uveal
Carla Pedelegrin, Natasha Siqueira
1. Estudo dirigido 
1 - A uveíte é uma síndrome que acomete o trato uveal, que é composto por íris, corpo ciliar e coroide, a inflamação uveal pode ter causas exógenas ou endógenas, quando não se consegue definir a etiologia é classificada como uveíte idiopática.
A barreira hemato-ocular é um importante mecanismo de defesa ocular, ela é composta pela barreira hemato-aquosa anteriormente e pela camada hemato-retiniana posteriormente, essas barreiras consistem em intracelulares entre células epiteliais do corpo ciliar e do endotélio vascular. A desestabilização dessa barreira marca o início da uveíte anterior.
A resposta inflamatória é dividida em três fases: ativa, subaguda e crônica.
A fase aguda ocorre com a desestabilização das barreias hemato-oculares. Inicialmente as arteríolas se contraem, porém, posteriormente a lesão celular causa liberação de ácido araquidônico, esse é metabolizado em prostaglandinas e substâncias vasoativas e quimioatraentes. As células do endotélio vascular sofrem ação da histamina, serotonina, cinina, complemento e outros fatores que aumentam a permeabilidade vascular, esses fatores fazem com que as junções intracelulares se abram e ocorra extravasamento do líquido para os tecidos, flare aquoso, dessa maneira ocorre migração de células inflamatórias e proteínas. Essa primeira fase apresenta todos os cinco sinais cardinais da inflamação, vermelhidão e calor pelo aumento de volume sanguíneo, edema pela migração de líquidos e células e a dor e perda de função causadas por derramamentos de fluidos e produtos químicos irritantes. 
Essa primeira fase é exsudativa, composta por exsudatos seroso, fibrinoso, sanguíneo e purulento, que são percebidos clinicamente.
Na fase subaguda ocorre a resposta imunológica do organismo, nesse momento se o sistema imune for capaz de controlar os eventos inflamatórios haverá remissão das alterações, caso a resposta não seja suficiente evoluirá a fase crônica, necrose ou recorrência.
2- Lacrimejamento excessivo, blefaroespasmo e fotofobia são sugestivo de vários graus de desconforto ocular. não específicos de uveíte. Injeção ciliar (hiperemia dos vasos paralímbicos e ciliares anteriores. Miose como resposta a prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios que agem no músculo esfíncter da íris. Turbidez aumentada de humor aquoso (flare) ocorre conforme proteínas plasmáticas e componentes celulares acumulam-se dentro da câmara anterior, após quebra da barreira hemato aquosa. Exsudatos visíveis de células sanguíneas vermelhas ou brancas na câmara anterior (quebra da barreira hemato-uveal, são eles hifema e hipópio. PIO diminuída (diminuição produção humor aquoso com quebra da barreira hemato aquosa, aumento fluxo uveoescleral mediado em parte pelas PGs.  Edema (complexo antígeno-anticorpo ou debris inflamatórios se aderem ao endotélio corneano com quebra da função endotelial são responsáveis pelo edema).
3- Terapia anti-inflamatória tópica sintomática deve ser instituída imediatamente após determinação do diagnóstico. A terapia sistêmica necessita de prudência, podendo incluir combinações de anti-inflamatórios,, antimicrobianos e terapia adicional específica.  A tópica isolada pode ser usada para casos leves, sistêmica para uveíte anterior, severa e posterior. Importante também identificar a causa base e basear a terapia nessa causa.
Corticoides: 
Tópicos: prednisolona 1% ou dexametasona 0,1%. 
Sistêmicos: prednisolona
	Subconjuntival: betametasona, metilprednisolona, triancinolona
AINES:
	Tópicas: indometacina, flurbiprofeno, surprofeno, diclofenaco
	Sistêmicas:Flunixin meglumine, carproflen
IMUNOSSUPRESSORES:
	Azatioprina
ANTIMICROBIANOS:
	Tópicos: amplo espectro
	Sistêmicos: Amoxicilina, trimetoprim/sulfadiazina, cefalosporina e cloranfenicol. 
	Midriáticos/cicloplégicos: Atropina 1% Escopolamina e fenilefrina
2. Referências bibliográficas
Azevedo, M. G. Uveíte em cães: revisão bibliográfica. 2017. 50f. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2017.
DE SOUSA PONTAS, K. C., et al. ETIOPATOGENIA DA UVEÍTE ASSOCIADA A DOENÇAS INFECCIOSAS EM PEQUENOS ANIMAIS. Revista Ceres, vol. 53, núm. 309. Viçosa. setembro-outubro, 2006, pp. 618-626. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/3052/305226785009.pdf>. Acesso em 12 de outubro de 2019.
GELLAT, K. N. Essentials of Veterinary Ophthalmology. Gainesville, Wiley blackwell, 2008.

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